Por Rev.
Munguba Jr. (*)
Não costumo abordar assuntos
relacionados a denominações religiosas. O que sempre defendo é que cada pessoa
tem o direito de seguir o caminho que escolher, sustentando as teologias e
ideologias com as quais mais se identifica. No entanto, é impossível não olhar
para o líder da maior religião cristã do mundo: o Papa.
Hoje, é difícil acreditar em tudo o que
se publica nas redes sociais, já que muitas pessoas fazem qualquer coisa para
aumentar visualizações, curtidas e compartilhamentos. Somos constantemente
bombardeados por notícias verdadeiras, meias-verdades e mentiras.
O Papa Leão XIV tem promovido uma
verdadeira revolução neste novo tempo, conduzindo uma guinada na estrutura
doutrinária da Igreja Católica em direção a um aspecto mais bíblico e menos
humanista. Ele tem procurado trazer o texto sagrado como referência prioritária
na exegese doutrinária.
Seu posicionamento tem sido marcado por
amor e gentileza, mas também por firmeza em enfatizar verdades fundamentais do
cristianismo, como a de que Cristo é o centro da Igreja.
Como batista, aprendi com meus pais a
amar Maria, valorizá-la e até pregar sermões maravilhosos sobre ela, cheios de
amor e esperança. Olhamos para sua escolha sobrenatural, sua maternidade
milagrosa e sua presença constante na vida de seu amado Filho, Jesus. Maria foi
até as últimas consequências para permanecer perto dEle, mesmo diante da cruz.
Como Maria foi especial!
Compreendi que o Papa não está
diminuindo Maria, mas apenas recolocando no centro aquilo que é essencial ao
cristianismo: Cristo.
O Papa está apenas iniciando seu
pontificado e tem buscado santificar cada vez mais a Igreja. Precisamos dar
tempo para que ele trabalhe e desenvolva seu ministério pastoral. Julgamentos
apressados tendem a ser injustos.
Não tenho procuração para defender Leão
XIV, mas não gosto de julgamentos precipitados contra nenhum líder religioso.
Sinto dor quando vejo um pastor ou padre sendo julgado prematuramente. Não
pretendo acobertar erros, apenas defender a prudência na avaliação. Devemos
lembrar que "com a medida que medirmos, seremos medidos". Não somos
juízes e muito menos perfeitos.
Penso que podemos ser mais bondosos,
gentis e misericordiosos com todos. Vamos aguardar. Afinal, como a própria
Bíblia ensina, "a luz tudo revela."
Uma reflexão sobre fé, liderança e
cautela nos julgamentos
(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador
Cristão da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil e presidente da Igreja Batista Seven Church.
Fonte: O Povo, 22/11/2025. Opinião. p.20.

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