Em 1998
A
eleição presidencial de 1998 no Brasil foi realizada em um domingo, 4 de
outubro de 1998. Foi a terceira eleição presidencial do país após a promulgação
Constituição Federal de 1988. Pouco antes desse pleito foi aprovado um projeto
de emenda constitucional permitindo a reeleição aos ocupantes de cargos no
Poder Executivo. Em segundo lugar ficou Luiz Inácio Lula da Silva do Partido
dos Trabalhadores (PT) com quase 32% dos votos. Ciro Gomes, então membro do
Partido Popular Socialista (PPS, atual Cidadania), veio em terceiro lugar, com
mais de sete milhões de votos (quase 11% do total). Esta eleição trouxe o uso
das urnas eletrônicas, que seriam utilizadas em todos os municípios no pleito
seguinte. A disputa pela presidência em 1998 contou com 12 candidatos, o maior
número da história do país desde a eleição de 1989, quando mais do que o dobro
de candidaturas foram lançadas.
Fofoca que "puniu" Heleno Torres
As
conversas com o ex-presidente Michel Temer geralmente ocorrem em almoços: ele,
o amigo em comum José Yunes e este escriba. (Esses encontros costumam ocorrer
às sextas-feiras e, às vezes, contavam com a participação com Delfim Netto, com
sua verve apurada, o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira e outros que
integram um "clubinho" de advogados amigos). Em um desses almoços, em
um restaurante nos Jardins, deparamo-nos com o advogado e professor da
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, o pernambucano Heleno Torres,
um dos maiores tributaristas do país, que se fazia acompanhar em sua mesa do
então Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams. Ao nos ver chegar, Heleno e
Adams dirigiram-se à nossa mesa para cumprimentar Michel. O mesmo ocorreu na
saída. Heleno despediu-se de nós. Perguntei a Heleno: "E aí, já é
ministro?". O advogado respondeu: "Não, mas se for convidado, você
receberá convite para minha posse". Ao chegar ao meu escritório, vi
estampada no UOL a manchete: "Heleno Torres escolhido para o STF".
Jornalista, não pude resistir à ideia de confirmar a informação. Disse o que
Heleno teria me dito; "não fui convidado, mas se for, você será convidado
para a posse". Coloquei-a no Twitter. Instantes depois, recebo um
telefonema de Thomas Traumann, então ministro da Secretaria de Comunicação, em
tom de recriminação, dizendo que a informação não era verdadeira e que estava
sabendo de nossa confraternização em um restaurante. Confraternização? Que
maluquice era essa? Indaguei. Segundo a fofoca, estávamos todos, Michel à
frente, brindando o convite a Heleno Torres... Azucrinavam os ouvidos da
presidente Dilma, que não acreditou estarmos em mesas separadas, não havendo
almoço conjunto nem comemoração. Insisti para que ele, Traumann, lesse a
manchete nas redes sociais. Hoje, mantenho a informação: vi estampada na rede
de um jornal a informação sobre a escolha do tributarista.
Resumo
da história: se estava prestes a ser convidado, o amigo Heleno teria perdido a
vaga por causa desse lamentável episódio, que mostra a índole da então
presidente Dilma: "castigar" o professor por uma informação errada
que recebera de sua assessoria. Luis Inácio Adams estava presente. Não seria o
caso de ser ouvido pela presidente?
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/409594/porandubas-n-852

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