Por jornalista Tarcísio Matos,
de O Povo
Spray
de molho de pimenta
E se chama Raimundaú – Raimunda Silva, natural de Mundaú, praia do
Trairi. Se um dia ganhasse sozinha os 18 milhões da mega-sena, tinha um sonho a
satisfazer: comer requeijão até empanzinar. Ela que, grávida até a derradeira
semana dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, buscou nos atletas estrangeiros
nomes pra botar nos trigêmeos. Pormenores interessantes marcam os dias
primeiros de vida deles.
Inaugura a chegada ao mundo, pelas mãos da parteira dona Rosa (toda
parteira deveria chamar-se dona Rosa), o Michael Felps Barroso Silva. No
primeiro banho de bacia, tanta água no ouvido da criança que precisaram soprar
com força, depois de derramarem coisinha de álcool dentro. O segundo, quer
dizer, a segunda, Simone Biles Barroso Silva, uma semana de nascida, caiu da
rede (dos braços da avó Judite) e quase se morre. O derradeiro, Usain Bolt,
tadinho, nasceu com os pezinhos pra dentro...
- Mas um dia vai correr feito um condenado! – vislumbra
Raimundaú otimista.
Só
quem tem cartaz!
E a campanha eleitoral tá no mundo. Zuca de Vilalba é postulante.
Considera-se eleito. “Só com voto de baitola e de
quenga. Que tem por peste aqui na cidade!” Apesar das certezas, nem tudo são
alegrias. Semana passada, em reduto do adversário, Zuca passou maus momentos em
pleno comício: a vontade insustentável de defecar – o mato algo inóspito àquela
hora. E aí?
Correu pro banheiro da única bodega ali aberta, quase vazia, acompanhado
do assessor. Obrou como um ministro. Ao final, cadê papel pra higiene da urna?
Caçou, caçou e nada! Jeito foi gritar, apelar por algo limpante. Assessor
disfarça, busca solução sem escândalos. Observa cartazes do adversário de Zuca
nas paredes. Com voz meio abafada, mão em forma de concha em direção à
fechadura do WC...
- Vai uns dois cartazes do coronel Zé Diós?!?
- Deus me livre e guarde!!!
- Home, ‘seje’ democrata ao menos essa vez! Tome!
Se limpe de ôi fechado!
Traços
do arquiteto
Mui grato por seu e-mail, senhorita Zefa Sal Grosso. Histórias
belíssimas as que você pede sejam aqui reproduzidas, para deleite da
humanidade. Valeu!
“Caro jornalista, que nota você
dá pra Iolanda Casquinó, esposa do Ormá, cuja frieza bem sabemos valer 10? Ele
me disse que tava a fim de fazer amor com ela e sabe o que ela respondeu?
‘Posso cagar, primeiro, meu bem?’ Queixa-se duma gastrite. No que Ormá
aconselha terapêutico: “Pois então deixe de gastrar!”
Insisto no Ormá e na Iolanda. Contou-me ela que por conta da gastrite
tem vontade de urinar de 5 em 5 minutos. Daí perguntou ao marido o que fazer. E
repare a resposta linda dele: “Mije de 4
em 4 minutos!”
Por fim, estava Iolanda no mercado quando a moçado instituto de pesquisa
pediu-lhe minutinho de atenção; queria saber se Oscar Niemeyer, à época aos 100
anos, seria o brasileiro mais importante do século XX. Desabafo de Iolanda:
- Igualmente Ormá, Oscá, essa jovem liderança, é o
Óóóóó!!!
Fonte: O POVO, de 10/09/2016.
Coluna “Aos Vivos”, de Tarcísio Matos. p.8.
Nenhum comentário:
Postar um comentário