Por
Artur Bruno (*)
Não é novidade o Ceará ser
reconhecido por suas praias: a temperatura da água, as extensas faixas de terra
com inúmeras opções de lazer casam com paisagens exuberantes. Mas, de uns
tempos pra cá, isso vem se modificando. E para melhor.
Temos, no Ceará, 26 Unidades de
Conservação (UCs) estaduais, gerenciadas pela Secretaria do Meio Ambiente. Em
Fortaleza, contamos com a maior reserva ecológica em áreas urbanas do Norte e
Nordeste: o Parque Estadual do Cocó. O Parque, regulamentado pelo governador
Camilo Santana em 2017, oferece, ao longo dos seus 1.571 hectares, opções de
educação ambiental, esporte e lazer.
De fato, de nada adiantaria este
tesouro ecológico sem equipamentos convidando as pessoas a ocupá-lo. Áreas como
o entorno do anfiteatro e a área Adahil Barreto foram remodeladas e recebem
milhares de pessoas todos os meses. Nas manhãs de domingo, o Projeto Viva o
Parque propicia à população a oportunidade de reaproximar-se da natureza através
de atividades de educação ambiental, práticas esportivas, lazer e recreação.
O Projeto conta com uma
programação diversificada: oficinas ambientais, aulas de dança, palestras,
contação de histórias infantis, brincadeiras tradicionais, trilhas ecológicas,
massagem, apresentações culturais, entre outras. Além das atividades
oferecidas, as famílias realizam piqueniques, aniversários, encontros de
amigos.
O Viva o Parque deu tão certo que
ganhou versões em outras UCs. Em Caucaia, por exemplo, o Parque Estadual
Botânico também oferece o Programa. Em Fortaleza, a Floresta do Curió e o
Ceará-Maranguapinho - esta última no bairro da Canindezinho - também já possuem
esta alternativa. São bairros periféricos, onde os moradores possuem poucas ou
nenhuma opção de espaço de entretenimento.
Enfim, trata-se de uma nova
cultura, de apreciar um verde que está além da famosa cor dos nossos mares. É o
lado mais lúdico da educação ambiental: quanto mais nos apegarmos à necessidade
destes espaços preservados, usando-os de forma correta, maiores serão as
chances de tornarmos nosso Ceará um estado sustentável.
(*)
Secretário do Meio Ambiente e
Sustentabilidade (SEMA) do Estado do Ceará. Sócio do Instituto do Ceará.
Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 30/7/19. p.18.
Nenhum comentário:
Postar um comentário