Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
São Francisco de Assis
nasceu em 1181, em Assis de Francesco, converteu-se ao cristianismo em 1206,
renunciando aos bens paternos e iniciando uma vida de pregação do Evangelho.
Com certeza, Francisco analisou e debateu a religião, a civilização e a
sociedade, observando os valores espirituais e materiais. Sempre valorizou o
diálogo, principalmente, mediante as palavras simples, o amor de Deus, a
caridade, a cautela nos julgamentos, a firmeza nas resoluções, a fidelidade nas
obrigações, a humildade e a sabedoria. Segundo Jacques Le Goff, um dos
biógrafos de Francisco, “A fraternidade
franciscana, a consagração a pobreza e uma liderança dinâmica alternando a
solidão e a inserção social a partir da pregação nas cidades de Úmbria o
fixaram como uma das mais cultuadas figuras religiosas do Ocidente”. Ainda de acordo com Le Goff, “São Francisco seria o santo mais moderno da Igreja por
defender a ecologia, o anticonsumismo, a simplicidade, a liberdade de espírito,
sendo um feminista de primeira hora na relação com Santa Clara e a ordem das
clarissas”. Realmente, são Francisco sempre
desenvolveu e estudou uma proposta de paz, o que é visível em sua conhecida
oração: “Senhor, fazei-me um instrumento de
vossa paz”. Acredito que, se fizemos uma
análise do conteúdo da oração, teríamos um mundo melhor, onde a solidariedade e
o amor ao próximo prevaleceriam. É por isso que essa oração é ecumênica, ou
seja, não se conflita com nenhuma outra religião. Defensor da gratuidade
(ofereça sem pensar em receber) - Lc 14, 12-14- assim era Francisco. O mundo
está com sede de paz. Como seria bom se nos dias de hoje os líderes mundiais e
as pessoas que formam opinião, seguissem o pensamento de São Francisco. Tiremos
o ódio de nossos corações e coloquemos amor. Segundo São Francisco: “Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de
Cristo”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 16/8/2019.
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