sábado, 8 de agosto de 2020

ORIGENS REAIS DE ALGUMAS SUPERSTIÇÕES POPULARES II


1) Quebrar espelho dá azar
Entre os antigos gregos, um popular método divinatório consistia em usar uma tigela com água para refletir a imagem da pessoa que queria saber sobre seu destino. Se, durante a consulta, o recipiente caísse e quebrasse, era sinal de que a pessoa morreria ou teria dias nebulosos pela frente. Os romanos adaptaram o oráculo grego e acrescentaram que o infortúnio se prolongaria por sete anos, tempo que duraria cada ciclo da vida. Quando os primeiros espelhos de vidro surgiram, ainda na Idade Média, a superstição passou também a ter função econômica: como eram objetos muito caros, os empregados eram avisados de que quebrá-los dava azar.
2) Trevo de quatro folhas dá sorte
Acredita-se que os primeiros a usar o trevo-de-quatro-folhas como talismã tenham sido os druidas, antigos sacerdotes celtas, ainda no primeiro milênio a.C.: quem tivesse uma dessas plantinhas conseguiria enxergar demônios na floresta e, assim, escapar deles. O poder do trevo viria de sua raridade na natureza — em geral ele tem apenas três folhas. Além disso, o quatro era tido como um número cabalístico: são quatro as estações do ano, os pontos cardeais, os elementos alquímicos (água, ar, fogo e terra) e as fases da Lua.
3) Não passar debaixo de escada
De acordo com uma das teorias sobre a origem desta superstição, ela viria da associação entre o dogma cristão da Santíssima Trindade, que jamais deveria ser violado, e o triângulo formado pela sombra de uma escada encostada numa parede. Passar debaixo da escada seria como profanar o triângulo sagrado, um pecado gravíssimo e de consequências funestas. Outra hipótese é a de que a crença tenha surgido na Europa medieval, por causa dos ataques aos castelos. Como os invasores utilizavam escadas encostadas nos muros para invadir as fortalezas, a principal defesa era derramar óleo fervendo sobre os inimigos. Ou seja, quem estivesse debaixo da escada podia receber um banho fatal.
4) Suas orelhas esquentam quando falam mal de você
Não se sabe ao certo quando surgiu a crença de que, se alguém estiver falando mal de você, suas orelhas “pegarão fogo”. Mas, ainda em meados do século 1, o historiador romano Plínio, o Velho, tentou achar uma explicação. Para ele, a origem da superstição estaria ligada à ideia, difundida na época, de que no ar existiria uma espécie de “mercúrio universal”, substância que permitiria a transferência de energia entre pessoas. Assim, quando alguém fala de você, mesmo estando a léguas de distância, as palavras acabam chegando a seus ouvidos. Seja como for, caso sinta as orelhas quentes, não custa nada saber qual a receita para contra-atacar o falatório alheio: basta morder de leve o dedo mindinho da mão esquerda para que o fofoqueiro dê uma baita mordida na própria língua!
Fonte: Revista Supertinteressante.

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