quarta-feira, 19 de março de 2025

Cidades do Cariri estão entre as dez melhores do Ceará para residir

Por Rita Fabiana Arrais (*)

No atual cenário socioeconômico do país, o local de moradia é o trunfo que possibilita os indivíduos saciarem as necessidades básicas sem maiores gastos além daqueles programados mensalmente. Pode-se encontrar um celeiro de oportunidades no campo profissional com remunerações consideráveis, ou empreender no mercado local.

É bem verdade que não buscamos somente isso! Com o tempo passamos a querer uma vida para além do labor, uma qualidade de vida. E o que é isso?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003), qualidade de vida é "a percepção do indivíduo de sua inserção na vida", considerando o dinamismo das relações sociais e as sensações de bem-estar como, por exemplo: saúde, educação, cultura, lazer, meio ambiente.

No ano de 2024 buscou-se mensurar a qualidade de vida em cada cidade do Brasil - por meio do Índice de Progresso Social - pautando-se na avaliação de 53 indicadores sociais e ambientais divididos em três grupos (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades), com escala de pontuação de 0 a 100.

O Ceará, a nível nacional ficou com a décima terceira posição, e sua capital em décimo oitavo. A Região Metropolitana do Cariri (RMC) dominou o top 10 das melhores cidades cearenses para se viver bem. A cidade de Juazeiro do Norte ocupou a segunda colocação (64,4 pontos) mostrando maior força nos critérios de Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, Crato a quarta colocação (62,86 pontos) com destaque também nesses itens e Brejo Santo em nono (61,24 pontos) demonstrando força nas Oportunidades.

Esses dados trazem à reflexão o abismo entre Crescimento Econômico e Desenvolvimento Social, pois se levarmos em consideração o PIB per capita da cidade de Barbalha nessa mesma pesquisa, encontraremos valores maiores do que Crato e Brejo Santo, contudo a cidade ficou apenas em quinquagésimo quinto (58,43 pontos).

Ressalta-se que relatórios baseados em dados públicos são relevantes para que haja avaliações mais profundas em relação aos gargalos que impedem melhores desempenhos quanto ao saciar das necessidades da população e a qualidade de vida. E para isso, é preciso rever o benefício coletivo do uso dos investimentos públicos e incentivos privados.

(*) Economista.

Fonte: O Povo, de 14/02/25. Opinião. p.17.

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