Por Pedro Jorge Ramos Vianna (*)
Como já escrevi
sobre a campanha do Senhor Trump à presidência dos EUA, venho, agora, descrever
a causa da minha preocupação.
Para tanto
elaborei alguns pontos para comparação entre o comportamento de Adolf Hitler e
do Senhor Donald John Trump em seus temas de campanha; anotei as
características pessoais de cada um e seus comportamentos face à Constituição
de seus países.
No que diz
respeito aos temas de campanha é notória a semelhança: ambas baseadas em
mentiras; ambas tiveram como tema a "nação grande"; ambas propagavam
ódio a alguma raça; ambas foram apoiadas pela extrema direita; ambas tinham a
luta contra o desemprego como ponto focal.
Quanto às
características pessoais, temos as seguintes: a) ambos foram julgados e
condenados pela justiça de seus países; b) ambos usam gestos teatrais; c) ambos
apresentam pouca cultura; d) ambos são homofóbicos; e) Hitler foi acusado de
ter sido culpado pela morte de uma sobrinha (pela qual diz-se que ele era
apaixonado), enquanto Trump teve envolvimento com mulheres fora do casamento;
Hitler foi soldado (Cabo) do exército alemão; Trump se esquivou dessa obrigação
com atestados médicos; Hitler foi cumpridor de suas obrigações para com o
Fisco. Trump teve vários problemas com o Fisco americano.
Finalmente,
registro que se diz que Hitler estimulou a queima do "Reichstag" e o
mesmo se diz para Trump, no que respeita à invasão do Capitólio.
Há a
possibilidade de termos se não, um novo Hitler, mas um regime belicoso, capaz
de invadir a Groelândia, ou o Canadá, por exemplo?
A obsessão do Sr.
Trump por um Estados Unidos grandioso, por manter o dólar como moeda universal,
por dominar o que ele chama de "áreas de extrema importância" para a
segurança de seu país, talvez o leve a pensar que ao tomar qualquer atitude contra
qualquer país, esteja fazendo um bem ao tal país.
Quem sabe ele se
lembre que a Áustria recepcionou Adolf Hitler com mais de um milhão de pessoas
em uma praça de Viena.
Adolf Hitler para
conseguir o apoio do povo alemão tinha a seu favor um sistema de propaganda,
via rádio e jornal, dominado pelo partido nazista, para propagar o que hoje se
conhece como "fake news". Mas, atualmente, a televisão está aí para
mostrar ao vivo o que de fato acontece no país.
Porém, notem, o
Sr. Trump não descuidou de trazer para o seu "time", para trabalhar
diretamente com ele, um dos homens mais poderosos do sistema de informação
mundial, o Senhor Elon Musk, o dono, por exemplo, da Empresa "SpaceX e da
"X", o qual demonstrou, explicitamente, com seu gesto, sua admiração
por Hitler.
É importante
lembrar que a "SpaceX" monitora satélites (inclusive militares)
e a "X" pode propagar "fake news".
O mundo está
perplexo; e eu, preocupado!
(*)
Economista e professor titular aposentado da UFC,
Fonte: O Povo, de 9/02/25. Opinião. p.20.
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