Por Pedro Ferreira
de Lima Filho SJ (*)
Iniciado em 24 de dezembro de 2024 pelo
Papa Francisco, o Jubileu de 2025 traz como tema “Peregrinos da Esperança”,
convidando o mundo a refletir sobre o papel essencial da esperança em tempos de
crises climáticas e de guerras sem precedentes. Mais do que um evento
litúrgico, essa celebração é um convite à renovação espiritual e à prática de
valores universais como justiça social, perdão e fraternidade. Em um cenário
global de divisões e incertezas, o jubileu surge como um momento propício para
reavaliar nossas escolhas e redescobrir caminhos de reconciliação e
solidariedade.
Com raízes na tradição bíblica, o
jubileu simboliza perdão e recomeço. Porém, o chamado de 2025 vai além da fé
cristã, propondo uma peregrinação interior acessível a todos, independentemente
de crença ou religião. A mensagem é clara: combater o individualismo e promover
a solidariedade. Virtudes como esperança e misericórdia se tornam pilares para
a construção de um futuro mais acolhedor e justo, em que a humanidade se
reconecte com o essencial.
Além da reflexão, o jubileu nos desafia
a agir. Para os católicos, é um momento de renovação da fé e do compromisso com
a Igreja. Porém, sua essência é universal: como podemos transformar nosso
entorno? Essa celebração nos provoca a traduzir crenças, ou seja, sejam
religiosas ou humanistas em ações concretas que inspirem mudança e esperança.
O Ano Jubilar de 2025 é um convite a
superar as divisões e a fortalecer laços de solidariedade. Sob a liderança do Papa
Francisco, somos chamados a promover a paz, a justiça social e o cuidado com o
meio ambiente, em um compromisso que une pessoas de todas as crenças e
culturas.
Mais do que uma celebração religiosa, o
jubileu inspira um movimento global de transformação, guiado pela esperança na
construção de um mundo mais justo e harmonioso. Que, ao final deste jubileu, em
24 de dezembro de 2025, a humanidade esteja mais unida e confiante em um futuro
de maior equilíbrio e cooperação.
(*) Filósofo, pedagogo e teólogo.
Fonte: O Povo, de 14/01/2025.
Opinião. p.16.
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