Por Lauro Chaves Neto (*)
O ESG - Environment,
Social and Governance (ambiental, social e governança, na sigla em inglês)
é a transição da visão macro para a ação microeconômica na promoção da
sustentabilidade, pois será a disseminação da cultura ESG que irá transformar
em sustentável a sociedade.
O desenvolvimento
sustentável é aquele que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a
habilidade das futuras gerações de atender suas. Esse conceito foi desenvolvido
pela ONU, na década de 1970.
O tema ESG já é o
foco dos investidores nas suas decisões de financiamento. Avaliar a
sustentabilidade e o impacto social de um negócio passou a ser determinante
para o valor das empresas.
Apenas nações
praticando a sustentabilidade não é o suficiente. O setor produtivo precisa
implantar a ética e a transparência na sua governança, cuidar do meio ambiente
desde a seleção dos seus fornecedores até a gestão dos resíduos, e cuidar das
pessoas, não só de acionistas e colaboradores, assim como atuar proativamente
na transformação da sociedade.
Algumas práticas,
no entanto, são rotuladas de ESG e não conseguem agregar valor ao negócio, já
outras, possuem um viés ainda mais danoso, o de se divulgar ações que não
possuem conexão com a realidade.
Uma empresa que
tenta mostrar que faz, pelo meio ambiente, mais do que aquilo que realmente
executa, poderia ser descrito como propaganda enganosa, porém o vocabulário
corporativo prefere usar "greenwashing", nesses casos. Já quando são
"falsas" informações sobre iniciativas sociais é comum se usar o
termo "socialwashing".
Um dos erros que
mais se repete é divulgar iniciativas sustentáveis, social ou ambiental, que
foram planejadas e ainda não implantadas, ao invés de focar nos resultados
efetivos de iniciativas exitosas.
Vincular as
questões ambientais, sociais e de governança à cadeia de valor da organização é
uma estratégia de negócios que irá contribuir para a sustentabilidade da
empresa! O oposto do greenwashing e do socialwashing. A
certificação, como por exemplo o Selo ESG da Fiec, com auditoria internacional,
é uma das melhores alternativas para verificar o propósito.
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 11/11/24. Opinião. p.18.
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