Por Cândido
B.C. Neto (*)
Já afirmei repetidas vezes, que passa pela educação superior,
direta ou indiretamente, quase todas metas do Plano Nacional da Educação- PNE.
O Ceará instituiu seu Plano Estadual de Educação, de acordo com a política
educacional estabelecida na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, levando em conta as características próprias das vinte e
preservando as dez diretrizes que deverão ser cumpridas no prazo de vigência.
É de responsabilidade das Instituições de Educação Superior (IES) e
dos gestores educacionais, especificamente, as metas 12 - expansão das
matrículas do ensino superior; 13 - ampliação da proporção de mestres e
doutores do corpo docente em efetivo exercício; e 14 - expansão do número de
matrículas da pós-graduação stricto sensu no período de 2015 a 2024).
A cada dois anos, ao longo desse período, o cumprimento das metas
tornou-se objeto de avaliação, acompanhamento e de monitoramento contínuo,
conhecimento do agora, realizado pelos órgãos definidos na lei. Apresentam-se,
assim, outros caminhos complementares e necessários para a educação brasileira
no novo PNE 2025-2034.
Neste cenário, o humanismo, em seu sentido amplo, deverá estar
presente em todas as metas e estratégias, desde o avanço da tecnologia na
formação de professores até os mais representativos órgãos da gestão nacional,
como pauta permanente nos assuntos e grandes debates.
Encontrar caminhos conducentes ao desenvolvimento regional, à
redução das disparidades interregionais, capacitar por meio das atividades
acadêmicas agentes produtivos e mobilizar a sociedade para definição de
políticas adequadas, das quais participem
Estado-Universidades-Empresas-Sociedade, com financiamentos e ações integradas,
deve ser preocupação permanente de todos e, acima de tudo, uma estratégia
necessária e imediata de uma educação humanista e socialmente mais justa. Sendo
assim, a educação deve ter um caráter dialético e humanista para integrar uma
nova política, dando-lhe uma síntese civilizatória moderna e necessária à
reumanização dos humanos, adequada aos novos tempos e modelos. Ela deve
cultivar, no homem, os sentimentos de amor ao próximo, à terra e à sua
história.
(*) Professor da Uece e coordenador
da Educação Superior da Secitece.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 20/11/24. Opinião. p.22.
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