sábado, 28 de dezembro de 2024

A DIALÉTICA EDUCACIONAL PARA O NOVO PLANO NACIONAL

Por Cândido B.C. Neto (*)

Já afirmei repetidas vezes, que passa pela educação superior, direta ou indiretamente, quase todas metas do Plano Nacional da Educação- PNE. O Ceará instituiu seu Plano Estadual de Educação, de acordo com a política educacional estabelecida na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, levando em conta as características próprias das vinte e preservando as dez diretrizes que deverão ser cumpridas no prazo de vigência.

É de responsabilidade das Instituições de Educação Superior (IES) e dos gestores educacionais, especificamente, as metas 12 - expansão das matrículas do ensino superior; 13 - ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício; e 14 - expansão do número de matrículas da pós-graduação stricto sensu no período de 2015 a 2024).

A cada dois anos, ao longo desse período, o cumprimento das metas tornou-se objeto de avaliação, acompanhamento e de monitoramento contínuo, conhecimento do agora, realizado pelos órgãos definidos na lei. Apresentam-se, assim, outros caminhos complementares e necessários para a educação brasileira no novo PNE 2025-2034.

Neste cenário, o humanismo, em seu sentido amplo, deverá estar presente em todas as metas e estratégias, desde o avanço da tecnologia na formação de professores até os mais representativos órgãos da gestão nacional, como pauta permanente nos assuntos e grandes debates.

Encontrar caminhos conducentes ao desenvolvimento regional, à redução das disparidades interregionais, capacitar por meio das atividades acadêmicas agentes produtivos e mobilizar a sociedade para definição de políticas adequadas, das quais participem Estado-Universidades-Empresas-Sociedade, com financiamentos e ações integradas, deve ser preocupação permanente de todos e, acima de tudo, uma estratégia necessária e imediata de uma educação humanista e socialmente mais justa. Sendo assim, a educação deve ter um caráter dialético e humanista para integrar uma nova política, dando-lhe uma síntese civilizatória moderna e necessária à reumanização dos humanos, adequada aos novos tempos e modelos. Ela deve cultivar, no homem, os sentimentos de amor ao próximo, à terra e à sua história.

(*) Professor da Uece e coordenador da Educação Superior da Secitece.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 20/11/24. Opinião. p.22.

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