Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Entendemos que os dois
grandes problemas do nosso tempo são as questões envolvendo a paz e a justiça,
em todos os seus aspectos. No atual estágio da humanidade, destacam-se como
fundamentais os direitos à vida e à liberdade, como também o direito de se ter
o mínimo indispensável para alcançar a cidadania. As políticas precisam ser
concebidas visando estimular o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, buscar
uma sociedade justa. A vida será melhor ao percebermos a presença da
solidariedade e a ausência da ganância, da corrupção, da inveja e do ódio.
Torna-se básico a exaltação dos valores internos e morais, para que possamos
ter esperança e alcançar a felicidade. Em todas as nações do mundo existem
problemas relacionados com a falta de entendimento, humildade, justiça, amor e
paz. Acreditamos que a supremacia dos valores materiais sobre os espirituais é
a grande responsável pelo atual desajuste universal. A discriminação entre as
pessoas, representa a forma mais cruel de coação. A falta da amizade leva à
intolerância e ao comportamento irracional. O radicalismo tem influenciado de
forma negativa as alterações de uma organização social. As crises decorrem de
movimentos que não procuram soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista
político e socioeconômico. É bom lembrar que modificações mentais demandam
tempo e são difíceis. Goethe disse: “Abra o
coração para que entre mais amor”. Por sua
vez, Manuel Bandeira, o grande poeta brasileiro, externou no poema
“Desesperança”: “Ah! Como dói viver quando
falta a esperança”. Enfim, tudo que fazemos
com fé para reduzir ou evitar o sofrimento de nossos irmãos, é uma prova de
estarmos mais perto de Deus. Como diz o livro do Eclesiastes (9,17): “É melhor ouvir as palavras calmas de uma pessoa sábia do
que os gritos de um líder numa reunião de tolos”.
Eis o caminho.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 15/11/2019.
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