sábado, 23 de novembro de 2019

SANTO COMO VOSSO PAI


Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Fomos não apenas chamados, mas ordenados: Ser santos como nosso Pai é santo (Mt 5, 48). Porém, viver a santidade é um desafio. Muitos carregam dentro de si três perguntas existenciais que são muito provocativas na área filosófica: De onde vim? Por que estou aqui? Para onde vou?
São perguntas que todas as religiões tentam responder e olhar de jeitos diferentes: para onde vamos depois da morte? O que existe depois da morte, o que acontece depois do último suspiro?
Deus nos criou porque o amor que Ele continha em si era tão grande, tão forte que Ele transbordou. A criação é um ato de amor de um Deus criador. A natureza é obra da criação e do amor.
O ser humano foi criado no amor, então: De onde viemos? Viemos do amor de Deus e não do acaso. O acaso não existe, mesmo em situações onde a gravidez foi indesejada, nós somos o transbordamento do amor de Deus.
Nós somos nossa plenitude quando encontramos verdadeiramente o nosso ser. Parece um tanto abstrato, mas somos aquilo o que somos e o que Deus pensou para nós. Mas muitas pessoas estão perdidas.
Tenho viajado muito de Norte a Sul e percebo que os problemas são basicamente os mesmos, só mudam de endereço, de Estado, de cidade. As pessoas estão carentes, necessitadas de respostas, de felicidade, de algo em que acreditar. Essa ânsia de buscar e encontrar Deus só encontra sentido em Jesus.
Temos nossas tribulações, nossos medos e insegurança e até os santos, os amigos de Deus tiveram. O caminho de Deus tem pedras e espinhos, dificuldades que não são colocadas por Deus, mas pelo Inimigo.
Para onde vamos? Depende. A morte não é o fim, agora, para onde vamos depende da vivência ou não das Bem-aventuranças, depende da nossa perseverança e de entender que o sofrimento, a Cruz tem que nos santificar. Depende se somos ou não pobres em espírito.
Viver com os pés só aqui na terra, sem vislumbrar as coisas espirituais leva-nos a três prejuízos: o de termos o coração sem misericórdia, o de não termos fidelidade e o de sermos inconstantes.
Jesus ressuscitou e tendo ressuscitado nos dá a garantia de que a morte não é o fim. Nós fomos criados por Deus para a eternidade, em Cristo recuperamos essa eternidade que tínhamos perdido pelos nossos pais na desobediência do paraíso.
Por isso, sejamos santos como nosso Pai que está nos céus e é santo!
(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 2/11/2019. Opinião. p.16.

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