Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)
omos não apenas chamados, mas ordenados: Ser santos como
nosso Pai é santo (Mt 5, 48). Porém, viver a santidade é um desafio. Muitos
carregam dentro de si três perguntas existenciais que são muito provocativas na
área filosófica: De onde vim? Por que estou aqui? Para onde vou?
São perguntas que todas as
religiões tentam responder e olhar de jeitos diferentes: para onde vamos depois
da morte? O que existe depois da morte, o que acontece depois do último
suspiro?
Deus nos criou porque o amor que
Ele continha em si era tão grande, tão forte que Ele transbordou. A criação é
um ato de amor de um Deus criador. A natureza é obra da criação e do amor.
O ser humano foi criado no amor,
então: De onde viemos? Viemos do amor de Deus e não do acaso. O acaso não
existe, mesmo em situações onde a gravidez foi indesejada, nós somos o
transbordamento do amor de Deus.
Nós somos nossa plenitude quando
encontramos verdadeiramente o nosso ser. Parece um tanto abstrato, mas somos
aquilo o que somos e o que Deus pensou para nós. Mas muitas pessoas estão
perdidas.
Tenho viajado muito de Norte a Sul
e percebo que os problemas são basicamente os mesmos, só mudam de endereço, de
Estado, de cidade. As pessoas estão carentes, necessitadas de respostas, de
felicidade, de algo em que acreditar. Essa ânsia de buscar e encontrar Deus só
encontra sentido em Jesus.
Temos nossas tribulações, nossos
medos e insegurança e até os santos, os amigos de Deus tiveram. O caminho de
Deus tem pedras e espinhos, dificuldades que não são colocadas por Deus, mas
pelo Inimigo.
Para onde vamos? Depende. A morte
não é o fim, agora, para onde vamos depende da vivência ou não das Bem-aventuranças,
depende da nossa perseverança e de entender que o sofrimento, a Cruz tem que
nos santificar. Depende se somos ou não pobres em espírito.
Viver com os pés só aqui na terra,
sem vislumbrar as coisas espirituais leva-nos a três prejuízos: o de termos o coração
sem misericórdia, o de não termos fidelidade e o de sermos inconstantes.
Jesus ressuscitou e tendo
ressuscitado nos dá a garantia de que a morte não é o fim. Nós fomos criados
por Deus para a eternidade, em Cristo recuperamos essa eternidade que tínhamos
perdido pelos nossos pais na desobediência do paraíso.
Por isso, sejamos santos como
nosso Pai que está nos céus e é santo!
(*) Fundador e presidente da
Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de
Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de
2/11/2019. Opinião. p.16.
Nenhum comentário:
Postar um comentário