Atribuída ao
Prof. José Pastore
Esta é a fábula da galinha, que convida seus
vizinhos para plantar trigo. E afirma aos outros animais: “Se plantarmos trigo,
teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar?”
- Eu não, disse a vaca.
- Nem eu, emendou o pato.
- Eu também não, falou o porco.
- Eu muito menos eu, disse o ganso. Faço parte de outro
sindicato.
Então eu mesma planto, falou a galinha. E plantou. O
trigo cresceu e amadureceu em grãos dourados.
- Quem vai me ajudar a colher o trigo? Perguntou a galinha.
- Eu não, disse o pato.
- Não faz parte de minhas funções, disse o porco.
- Não, exclamou a vaca. É trabalho análogo a escravo.
E o ganso? - Não ajudo porque perderei o seguro desemprego.
Então, falou a galinha, eu mesma colho. E colheu. E,
com isso, chegou a hora de preparar o pão.
- Quem vai me ajudar a assar o pão? Indagou a
galinha.
- Só se me pagarem hora extra. Falou a vaca.
- O pato disse não poder ajudar por que tinha
auxílio-doença.
- O ganso disse: se só eu ajudar, será discriminação.
-O porco disse enraivecido. Ô galinha! Pare com essa
insistência! Isso é assédio moral.
- Então eu mesma asso, disse a galinha. E assou
cinco pães.
De repente, todo mundo queria pão. E a galinha
disse:
- Não, agora eu vou comer os cinco pães sozinha.
- Lucros excessivos! Gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! Bradou o ganso.
E o porco partiu logo para a organização de um
movimento com milhares de cartazes com dizeres: "Injustiça", "discriminação", "assédio". Para a galinha, os mais
ofensivos impropérios.
Instalada a confusão, chegou um agente do governo.
Dele, a galinha ouviu o seguinte:
- Você não pode ser assim egoísta.
- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor,
defendeu-se a galinha.
- Exatamente, disse o
funcionário. Essa é a
beleza da livre empresa. Qualquer um neste país pode ganhar o quanto quiser,
mas os mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não
fazem nada. Essa é a base dos nossos direitos humanos. País rico é país sem
pobreza!
A galinha engoliu seco e calou. Calou de uma vez. E
os vizinhos perguntam até hoje por que, desde então, ela nunca mais fez
absolutamente nada... Não é para menos. Destruíram-se a iniciativa, a
criatividade e os empregos.
Assim chegamos ao final do ano de 2017. É. Precisamos reanimar a galinha.
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Fonte: Internet (circulando por e-mail
e i-phones em dezembro de 2017). Com autoria Atribuída ao Prof. José Pastore.
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