Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Com satisfação volto a
escrever-lhe algumas linhas, em 08/05/2020. Continuo muito preocupado com o que
vem acontecendo no mundo, particularmente no amado Brasil. Na nossa Pátria,
além da cruel epidemia da COVID-19, não há entendimento, sem generalizar, entre
integrantes e líderes dos Poderes Constitucionais. Penso, muitas vezes, que
eles não são patriotas e colocam o interesse pessoal ou de grupos acima de
qualquer coisa. É lamentável João, que futuro nos espera? A situação é mais
angustiante quando sabe-se que a maioria da população é carente e muitos
homens, mulheres (de meia idade), idosos, jovens e crianças estão abaixo da
linha de pobreza. É um País injusto, com desemprego, deficiências nos setores
de educação e saúde, péssimas condições de saneamento básico, segurança, etc.
Caro amigo João, você conhece a distribuição de renda brasileira, nos aspectos
pessoal, regional e setorial. É obscena. O Brasil possui um Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) bastante desfavorável, da ordem de 0,699 estando,
segundo a ONU, em 73º lugar no “ranking” mundial. A falta de espírito público, de amor ao
próximo e de sabedoria da grande parte da elite do nosso Brasil não permite que
alcancemos níveis melhores de vida. Surgem, infelizmente, o tráfico de drogas,
assassinatos, prostituição infantil e outras mazelas sociais. São milhares as
comunidades espalhadas no território nacional. É um constrangimento, uma
ignomínia para nós brasileiros. O que realizar, caro João, para sensibilizar, do
ponto de vista republicano e democrático, os poderosos? O novo coronavírus é um
aviso. Por sua vez, ao invés de pedirmos a Deus para resolver o problema, em
uma situação passiva, peçamos a Ele, com fé, o que devemos fazer. Com certeza
seremos atendidos. Seu amor sempre ficará ao lado do bem e não do mal.
Acreditemos e sigamos os Seus ensinamentos. Abraço.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 8/5/2020.
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