quarta-feira, 10 de junho de 2020

NOVIDADES DIAGNÓSTICAS DO CORONAVÍRUS


Por Maria Fátima da Silva Teixeira (*)
O que fazer frente a uma pandemia? Medidas de contenção frente ao agente infeccioso? Diagnosticar, medicar para eliminar o vírus ou vacinar os indivíduos? A inexistência dos três meios postergou uma solução imediata.
O diagnóstico abordado será da identificação direta do coronavírus ou indireta aos anticorpos contra o vírus. A testagem em massa separa os indivíduos: imunizados, doentes ou com os vírus presentes nos tecidos. Isolam sadios e doentes.
Atualmente, existem duas alternativas diagnósticas aplicadas: o teste imunocromatográfico (teste rápido) para detecção de anticorpos IgM e IgG, usados como triagem e de custo acessível. Os positivos para estes testes serão pessoas que já entraram em contato com o vírus nos últimos dez dias, infectados sem sintomas, doentes com sintomas leves, pacientes curados ou em via de cura. O outro teste é o molecular, mais preciso, pois isola o ácido nucleico do vírus que é um RNA. Indicado na fase precoce da doença onde não tem anticorpos, ou para acompanhamento do RNA do vírus.
Um arsenal de métodos diagnósticos despontou na tentativa de identificar o vírus ou a doença. Reportados pelo Ministério da Saúde aqui do Brasil, até abril existiam 33 registros de kits comerciais propostos dos dois tipos autorizados para uso nessa situação. Entretanto, muitos se enfileiram na tentativa de respostas a muitos questionamentos. O tradicional cultivo de vírus em células isola o vírus mas pode ser demorado; o teste rápido triplo para IgM, IgG e IgA, imunofluorescência tripla para os três anticorpos, virometria de fluxo onde é possível detectar o RNA marcado com fluorocromos presentes na amostra; sequenciamento de nova geração, identificado o RNA. O teste fenotipagem de citocinas deverá ser usado nos casos graves de tempestade imunológica provocada pelo excesso de resposta imune, pode induzir a morte.
Pode-se dizer que este vírus é uma caixa de surpresas, não se conhece o que ele pode desencadear no organismo. Já existem testes básicos funcionais, estes citados e outros surgirão. Talvez numa próxima etapa existam os testes para o diagnóstico adequado. 
(*) Docente e membro do Grupo de Trabalho para enfrentamento à pandemia do coronavírus na Uece.
Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 3/10/20. p.18.

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