domingo, 9 de março de 2025

O TAPA NO CINEMA

O rapaz vai ao cinema com um amigo e, a certa altura, o desafia, apontando para o homem sentado à sua frente:

— Duvida que eu dê um tapa na cabeça deste cara?

E o amigo, mais que depressa: 

— Duvido!

O rapaz lasca um tapa no cara e diz:

— Ô Manuel! Quanto tempo... puxa, que saudades!

E o cara:

— Que é isso, rapaz?! Eu não sou o Manuel e não te conheço!

— Puxa, mil desculpas! É que o senhor é a cara do Manuel.

Passados cinco minutos, o rapaz vira-se para o amigo novamente e diz:

— Duvido.

O rapaz lasca um outro tapa no cara e diz:

— Ô Manuel, deixa de frescura... eu sei que é você...

Aí o sujeito se enfeza, levanta-se e, com o dedo em riste, dispara:

— Escuta aqui, ô seu sujeitinho safado, se você tocar em mim novamente eu vou chamar a polícia!

— Pô, desculpa mesmo! É que o Manuel é muito brincalhão e eu pensei que...

— Não me interessa o que você pensou! Me deixe em paz, senão vou te dar um soco!

Então, o cara saiu e foi sentar lá na frente.

Aí o rapaz vira-se para o amigo e diz:

— Duvida que eu dê outro tapa na cabeça dele?

— Duvido.

Ele vai lá, tasca um tremendo tapa na cabeça do coitado e diz:

— Ô Manuel, você tá aqui! Puxa, te confundi com outro cara ali atrás e quase que eu apanho!

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

RECEITA DE GATO PARA O BÊBADO

Um bêbado chega em casa tarde da noite, depois de uma longa sessão de bebedeira no bar. Ele vai à cozinha, que está uma bagunça, para tomar um copo d’água. Porém, por causa do seu estado etílico, ele não observa que havia um rato dentro do copo e toma a água com o rato vivo. Ao notar algo estranho se mexendo dentro dele, ele se desespera e sai de casa correndo aos trancos e barrancos tentando encontrar o primeiro hospital que vê pela frente. Duas ruas abaixo, ele vê um hospital, que na verdade era um hospício. Como era de madrugada, não havia ninguém na recepção e ele sai andando pelos corredores até encontrar um homem vestido de branco. “É um médico”, ele pensa, “ele vai me ajudar”.

Apavorado, ele explica toda a situação ao homem, que na verdade não era um médico, e sim um dos pacientes loucos do hospício. Ele escreve uma prescrição ao bêbado e ele sai correndo em busca da primeira farmácia. Por sorte, algumas quadras depois, ele encontra uma farmácia 24 horas aberta e entrega a prescrição ao farmacêutico. Ele lê a receita e pergunta:

– Qual é o seu problema, senhor? Do que você realmente você precisa?

O bêbado explica tudo o que aconteceu, e o farmacêutico diz:

– Entendo..., mas, sinto muito, não posso te ajudar com essa receita.

– Por que não?! – diz o bêbado.

E o farmacêutico responde:

– Porque na receita está escrito:

‘Engula um gato de duas em duas horas e depois sente em uma ratoeira’.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


sábado, 8 de março de 2025

A FUNDAÇÃO DO CENTRO MÉDICO CEARENSE: uma foto polêmica

As primeiras tentativas de formar associações ou grupos destinados à defesa e aos interesses dos profissionais de saúde em Fortaleza remontam à primeira década do século XX. Foram elas a “Sociedade de Medicina de Pharmácia” e a “Liga Médica”, que tiveram existência efêmera e naufragaram em seus intentos.

Na década seguinte, prosperou a ideia de se criar a “Associação Médica e Farmacêutica”, com o propósito de constituir uma sociedade de seguros de vida para atender os médicos e os farmacêuticos do Ceará; contudo, essa proposição não foi exitosa.

Como desdobramento dessa última investida, a entidade que vingou, já fugindo do aspecto mutualista original, foi o Centro Médico Cearense (CMC), concebido como uma sociedade com objetivos científicos, de modo a ser o órgão oficial dos profissionais de saúde no estado, que assim manifestavam o desejo de possibilitar uma maior visibilidade do trabalho e garantir a credibilidade dos profissionais da saúde no contexto cearense.

Após as reuniões de 20 e 25 de fevereiro de 1913, ocorreu, em 2 de março de.1913, a eleição da primeira diretoria do CMC, sendo eleito presidente o Barão de Studart. Em 25 de março de /1913, instalou-se, oficialmente, o Centro Médico Cearense em Fortaleza, quando se deu a sua cerimônia de inauguração.

Esse acontecimento que marca o nascedouro dessa secular entidade médica, o Centro Médico Cearense, atualmente denominada Associação Médica Cearense, tem sido equivocadamente propagado, ao longo do tempo, por um registro fotográfico que aponta alguns dos seus fundadores perfilados na escadaria da Santa Casa da Misericórdia, como sendo alusivo à época da inauguração, no ano de 1913.

Nesse flagrante, colhido pela câmera do Foto Brito Bastos, os retratados estão dispostos em duas fileiras, e são assim identificados em legendas divulgadas com a seguinte descrição: “Alguns sócios fundadores do Centro Médico Cearense, na escadaria da Santa Casa de Misericórdia (1913)”. “Em pé: Adalberto Studart, Raimundo Gomes, José Frota, Nelson Catunda, Amâncio Filomeno, Afonso Pontes, Antônio Messiano, Eliezer Studart e César Cals. Sentados: Meton de Alencar, Eduardo Salgado, Guilherme Studart, Manoelito Moreira e Carlos da Costa Ribeiro”; este último está acompanhado de um menino em seu colo, que viria a ser o Dr. José Carlos da Costa Ribeiro.

Essa fotografia ganhou visibilidade no ensaio “A Medicina no Ceará”, de autoria do médico Dr. Pedro Sampaio, publicado em 1939, na 1ª edição do livro “O Ceará”, de Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, ao servir de ilustração (p. 368); em 1945 a 2ª edição dessa obra, contém o ensaio ampliado do Dr. Pedro Sampaio, porém não mais exibiu a ilustração em comento. Na 3ª edição, lançada em 1966, esse capítulo foi substituído por outro, dessa vez assinado pelo Dr. Newton Teófilo Gonçalves.

A notoriedade da foto levou à sua replicação “ad nauseam” em diferentes publicações impressas e, até mais recentemente, em mídias com postagens em Blogs, a exemplo do Blog da Faculdade de Medicina da UFC, e em grupos de WhatsApp.

Há um equívoco na legenda dessa foto: o CMC foi fundado em 1913 e o Dr. José Carlos Ribeiro, o garotinho fotografado, nasceu em 1915, conforme se destacará em sequência, mediante informações biográficas e históricas, com vistas a elucidar a querela.

Carlos Feijó da Costa Ribeiro inscreve-se entre os grandes nomes da Medicina do Ceará, de todos os tempos. Nascido em Fortaleza, em 5/04/1885, filho de José Carlos da Costa Ribeiro Jr. e Maria (Dondon) Feijó. Aos 22 anos, em 1908, Carlos da Costa Ribeiro formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Dr. Carlos Ribeiro foi para o Acre aos 25 anos de idade, onde trabalhou de 1910 a 1911, tendo sido nomeado diretor do Departamento do Alto Purus. Ele interrompeu a sua permanência no Acre, vindo à capital cearense para casar-se com a Srta. Maria de Lurdes Barbosa da Costa Ribeiro (D. Mariinha) a 23/03/1911.

Depois de participar da criação do CMC, o Dr. Carlos Ribeiro viajou, na companhia da esposa e das duas filhas mais velhas, para Paris, na França, onde fora estudar e estagiar. Em 1914, quando a I Guerra Mundial irrompeu, e após a sangrenta primeira batalha do Marne, foi impelido a retornar ao Brasil, chegando em Fortaleza em 6/11/1914.

O Dr. Carlos Ribeiro teve os seguintes filhos: Elsa, Ilca, José Carlos, Caio Carlos, Vanda e Maria de Lourdes. O garoto da foto, citada como de 1913, não poderia ser o futuro Dr. José Carlos Ribeiro, pois, nesse ano, o Dr. Carlos Ribeiro somente era pai de meninas, e dado que José Carlos Ribeiro, o seu varão primogênito, nasceu em Fortaleza a 4 de novembro de 1915. Também não poderia ser, nessa foto, o seu outro filho, Caio Carlos (n. 10/06/1918), que era mais novo.

A Academia Cearense de Medicina dispõe de um recorte de jornal com a matéria “Fundadores do Centro Médico Cearense”, que estampa essa famosa fotografia em questão, mas não especifica a data e o veículo, comportando mencionar que os jornais locais mais importantes daquela época eram Correio do Ceará, Unitário e o Povo. Sobre esse dito recorte, o Dr. José Carlos Ribeiro, do próprio punho, escreveu: “Na verdade, grupo fotografado em frente à Santa Casa, a criança sou eu, já que eu nasci em 1915, portanto a foto não é de 1913. A foto deve ser de 1917 ou 1918.”

O Dr. José Carlos da Costa Ribeiro, muito conhecido também por possuir o CREMEC nº 1, faleceu em Fortaleza, em 8/11/1994, aos 79 anos de idade. A ele, as melhores reverências.

Fontes Consultadas

GIRÃO, Raimundo; MARTINS FILHO, Antônio (orgs.). O Ceará. 1.ed. Fortaleza: Editora Fortaleza, 1939.

GIRÃO, Raimundo; MARTINS FILHO, Antônio (orgs.). O Ceará. 2.ed. Fortaleza: Editora Fortaleza, 1945.

GIRÃO, Raimundo; MARTINS FILHO, Antônio (orgs.). O Ceará. 3.ed. Fortaleza: Editora Instituto do Ceará, 1966.

NEVES, F. C.; GARCIA, A. K. M.; SALES, T. C. (org.). Médicos na terra da luz: AMC 100 anos. Fortaleza: AMC, 2014.

SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Dr. Carlos Ribeiro: pioneirismo na Medicina e na Saúde Pública do Ceará. Revista do Instituto do Ceará, 138: 135-148, 2024.

https://famedufc.blogspot.com/2018/07/historico-da-fundacao-da-faculdade-de.html

Postado em 6 de julho de 2018. Acesso em 18 fev 2025

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Academia Cearense de Medicina e do Instituto do Ceará

* Publicado In: Revista AMC (Associação Médica Cearense). Fevereiro de 2025 - Edição n.41. p.6-7 (online).

3 HOMENS COM 3 PROBLEMAS!

Três homens estavam sentados em um bar e conversavam sobre as suas esposas. O primeiro homem diz:

"Eu acho que a minha esposa está tendo um caso com um eletricista. Quando cheguei em casa na noite passada, eu encontrei um par de alicates e um pouco de fita isolante atrás do aquecedor no nosso quarto. Há muito tempo nós não reformamos ou consertamos nada em casa, eu não consigo pensar em qualquer outro motivo para essas ferramentas apareceram lá em casa".

O segundo homem diz:

"Eu acho que a minha esposa também está tendo um caso, só que eu acredito que seja com um carpinteiro. Ontem à noite, eu encontrei um cinto de ferramentas no cesto de roupa suja e também não fizemos quaisquer reformas na nossa casa..."

O terceiro homem diz:

"Eu estou no mesmo barco, meus amigos, mas eu acho que a minha situação está bem pior: minha esposa está tendo um caso com... (interrompe a fala para o efeito dramático) um cavalo!"

Os dois outros homens olham para ele completamente confusos e esperam uma explicação! "Será que ele ficou louco? Será que a sua esposa é que está louca? Do que ele está falando?"

O terceiro homem ajeita a sua cadeira para trás e diz:

''Quando cheguei em casa ontem à noite, encontrei um jóquei escondido no guarda-roupa!"

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

No ponto de ônibus, a moça fala com um senhor charmoso...

Uma moça muito bonita saiu do trabalho no fim do dia e foi para o ponto de ônibus. Enquanto ela esperava o ônibus que a levaria de volta para casa, viu um senhor que aparentava quase 60 anos, mas era um homem elegante e charmoso. Ele vestia terno e gravata e lia o jornal. Seus outros namorados sempre tinham mais idade, e ela buscava justamente um companheiro mais maduro. Ela criou coragem, se aproximou do senhor e disse:

– Olá, boa tarde. Perdoe-me se estou sendo atrevida demais, mas eu o estava observando enquanto espero o ônibus. Com todo respeito, eu te achei muito bonito.

O homem foi pego de surpresa e a olhou um pouco espantado. Ele respirou fundo e disse:

 – Minha querida, essa admiração é temporária. Temos uma grande diferença de idade e você tem uma vida pela frente. Você é muito jovem para se comportar assim. Por favor, vá para casa e estude bastante para ser uma pessoa de sucesso.

A jovem ficou desolada com a resposta. Ele retirou um caderninho e uma caneta da pasta que estava carregando, escreveu rapidamente alguma coisa, tirou a página, dobrou, colocou na mão dela e disse:

– Eu escrevi palavras de sabedoria para você. Leia antes de dormir.

Quase chorando, a moça pegou o papel e, nesse meio tempo, seu ônibus chegou. Chegando em casa e ainda triste com a resposta, ela decide ler o que ele escreveu:

“Minha esposa estava atrás de mim. Este é o meu número, pode me ligar a qualquer hora!”

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 7 de março de 2025

A POSSE DA DIRETORIA DO INSTITUTO DO CEARÁ (Gestão 2025-27)

Alguns sócios na solenidade de posse do consócio Seridião Correia Montenegro na Presidência do Instituto do Ceará em 6/03/25 (Foto cedida por Dra. Angelita de Castro).

O Presidente do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), Gen. Júlio Lima Verde Campos de Oliveira, em Solenidade realizada no Instituto do Ceará, na noite de quinta-feira passada (6 de março de 2025), encerrou o seu segundo mandato à frente dessa instituição e empossou o consócio SERIDIÃO CORREIA MONTENEGRO na Presidência do INSTITUTO DO CEARÁ. Esse, uma vez investido nesse cargo, em ato contínuo, deu posse à nova Diretoria, para o biênio 2025-27.

Na ocasião, o Gen. Júlio Lima Verde apresentou e distribuiu aos autores-participantes presentes na sessão o número 138 da revista oficial, na qual consta um artigo nosso em homenagem póstuma ao sócio Carlos da Costa Ribeiro, com destaque ao seu pioneirismo na Medicina e na Saúde Pública cearenses.

Integro a nova Diretoria como Membro do Conselho Editorial da Revista do Instituto do Ceará.

Foi uma sessão solene memorável pelos discursos pronunciados, tanto o de despedidas do presidente, cujo mandato se expirava, como o do presidente empossado, e pelas homenagens prestadas pelo Instituto do Ceará aos consócios Francisco Ésio de Sousa e Seridião Correia Montenegro e aos novos sócios correspondentes, os professores José Luiz Lira, docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú, de Sobral-CE, e Johny Santana de Araújo, docente da Universidade Federal do Piauí, de Teresina-PI.

O Auditório Thomaz Pompeu Sobrinho esteve lotado de autoridades civis e militares, bem como de representantes de entidades culturais que, juntamente, contando com a larga presença de consócios, puderam desfrutam de uma noite repleta de simbolismo socila e de enlevo cultural.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Do Instituto do Ceará


FOLCLORE POLÍTICO: Porandubas 834

Começo abrindo o riso.

Emprego pro prural

Arandu, em São Paulo, começou sua história como pequeno povoado, no bairro do Barreiro, no município de Avaré. Em 1898, um pedaço de uma fazenda leiteira da região foi doado para a construção de uma capela. Elevado a distrito de Avaré/SP, em 1944, recebeu na ocasião a atual denominação. Em 1964, conquistou a emancipação política. No primeiro comício, os candidatos a prefeito exibiam seus verbos. Dentre eles, o simplório José Ferezin. Subiu ao palanque e mandou brasa: "Povo de Arandu, vô botá agua encanada, asfaltá as rua, iluminá as praça, dá mantimento nas escola...". Ao lado, um assessor cochichou: "Zé, emprega o plural". O palanqueiro emendou: "Vô dá emprego pro prural, pro pai do prural e pra mãe do prural, pois no meu governo não terá desemprego".

(Historinha enviada por Marcio Assis)

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/400795/porandubas-n-834


quinta-feira, 6 de março de 2025

A 1ª EDIÇÃO DO LIVRO “EPIDEMIOLOGIA & SAÚDE” DE M. ZÉLIA ROUQUAYROL

Por Paulo Gurgel Carlos da Silva (*)

Autor: MARIA ZÉLIA ROUQUAYROL

Colaboradores:

Atenção Primária em Saúde FÁTIMA MARIA FERNANDES VERAS

Saúde Mental JOSÉ JACKSON COELHO SAMPAIO

Saneamento Básico SUETÔNIO MOTA

Políticas de Saúde HERVAL PINA RIBEIRO

Saúde Ocupacional PAULO GURGEL CARLOS DA SILVA

Editado com o auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Impresso na Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Fundação Educacional Edson Queiroz.

Fortaleza, 1983. 327p.

Capa e ilustrações: Mário Kaúla.

Adotado como livro-texto em Epidemiologia e Medicina Preventiva por diversas universidades do Brasil, "Epidemiologia & Saúde" encontra-se na 8.ª edição.

(*) Médico pneumologista, escritor e blogueiro.

Postado por Paulo Gurgel no Blog Linha do Tempo em 28/02/2025.

https://preblog-pg.blogspot.com/2025/02/a-1-edicao-do-livro-epidemiologia-saude.html


MAIS LIVROS, MAIS LITERATURA

Por Irenísia Oliveira (*)

A última pesquisa "Retratos da leitura no Brasil", realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), revelou que o Brasil perdeu 7 milhões de leitores nos últimos anos e que a escola é cada vez menos lugar de referência para a leitura, tendo sido mencionada apenas por 19% dos entrevistados.

O declínio acentuado vem desde 2015, coincidindo com o golpe neoliberal na presidenta Dilma e todos os retrocessos sociais que vieram na sua esteira. Leitura, portanto, depende do emprego, da renda do trabalhador, da inclusão educacional, de bons currículos escolares, de políticas públicas para a cultura, de tudo o que decaiu nos anos pós-golpe.

O fenômeno da Internet e das redes sociais pode ser apresentado como explicação imediata, mas o problema da concorrência com tecnologias emergentes não é novo para a leitura. Em tempos não tão distantes, a televisão, o cinema e antes o rádio foram vistos como ameaças e ela continuou tendo seu espaço.

A leitura é um requisito básico no mundo moderno. E estar fora da leitura é, em grande parte, um indício de se estar excluído desse mundo. Ademais, em tempos de desinformação, melhorar a leitura e a compreensão de textos pode nos livrar das piores armadilhas, sobretudo nas redes sociais. Verdade que também existe leitura que aliena e manipula e, para esta, a resposta deve ser a ampliação e a diversificação do universo de leitura disponível.

Mas, ao contrário disso, o tempo dedicado à literatura diminuiu nas escolas depois do Novo Ensino Médio, enquanto bibliotecas públicas e comunitárias são escassas e muitas vezes negligenciadas. Em relação à escola, não se trata apenas de aumentar as aulas de literatura, mas que estas se dediquem efetivamente à leitura e à discussão de romances, poesia, teatro, incluindo autores/as contemporâneos/as. As universidades públicas poderiam contribuir muito para isso se a formação continuada de docentes da rede pública não estivesse entregue a institutos privados.

Assim como a educação, a leitura depende de melhoria da vida social e requer novos currículos e práticas, mais tempo, espaço e livros disponíveis, desde a escola até a comunidade, o bairro e a cidade.

(*) Professora de Literatura da UFC e Presidente da ADUFC.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 12/02/25. Opinião. p.18.


O Pacto EJA pela superação do analfabetismo

Por Cândido B.C. Neto (*)

O lançamento, em junho de 2024, do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (EJA), marcou a união em torno de uma política pública construída de forma colaborativa pelo governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), junto com estados, Distrito Federal e municípios. Com o pacto, consolidou-se uma estrutura organizacional apta a colocar os índices de escolaridade em patamares regulares desejados, alimentando esperanças afirmativas de alcançarmos, no Ceará e no Nordeste, a redução das desigualdades regionais da educação em questão de tempo.

O pacto reúne ações de articulação intersetorial implementadas com a participação de ministérios, sociedade civil organizada, organismos internacionais e setor produtivo, com a finalidade de superar o analfabetismo; elevar a escolaridade; ampliar a oferta de matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) nos sistemas públicos de ensino, inclusive entre estudantes privados de liberdade; e aumentar a oferta da EJA integrada à educação profissional.

Almejamos uma grande frente nacional, trabalhando em favor da enorme massa de brasileiros sem ou com baixa escolaridade, concentrada, principalmente, no Nordeste, e historicamente excluída das escolas regulares.

A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi-MEC) é o órgão responsável diretamente pelo pacto e conta com o apoio de diversos parceiros para o alcance das metas nos 5.570 municípios e em todas unidades federativas.

O foco principal está nos 900 mil estudantes do Programa Brasil Alfabetizado; nos 100 mil jovens do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem); nos 540 mil estudantes beneficiários do Pé-de-Meia EJA; nos 190 mil estudantes do sistema prisional; nos dez mil alunos da Universidade Aberta do Brasil formados; nos 10 mil educadores populares; e nas três mil escolas com recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (Pode-EJA).

Juntou-se, portanto, a fome com a vontade de "saber", pegou-se o eixo metodológico e criou-se aversão do pacto como uma ampla frente da educação. Agora, devem vir as respostas às conclamações feitas à sociedade, chamada para participar dessa iniciativa, junto com União, estados, universidades, gestores municipais e empresas, em torno da construção de uma nova história para a educação brasileira.

(*) Professor da Uece e coordenador da Educação Superior da Secitece.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 10/02/25. Opinião. p.20.

quarta-feira, 5 de março de 2025

AINDA ESTAMOS AQUI

Por Tales de Sá Cavalcante (*)

Dizia Genuíno Sales: "Uma coisa é o que eu faço. Outra coisa é o que nós fazemos." Os primeiros humanos viviam sob normas obedecidas por serem naturais. A seguir o provérbio latino "Onde há sociedade, há direito", a Grécia Antiga concluiu que, mesmo com restrições a estrangeiros, mulheres e escravos, a tomada de decisões pela coletividade era melhor do que por uma só pessoa.

Posteriormente, Roma criou um modelo formado por Executivo, Legislativo e Judiciário. Surgia a República tradicional. Porém, ainda hoje temos autocracias e tentativas de autoritarismos. Quer seja de esquerda ou de direita, uma ditadura é como um animal feroz, incontrolável, que, impunemente, pode atacar. Nela, poderosos agem sem limites, e a sociedade perde seus direitos fundamentais.

Um taxista de Brasília me confidenciou: "Em 31 de março de 1964, eu aqui estava com 3 colegas, e um soldado impediu nossa conversa por ser proibida a formação de grupos." Há pouco tempo, ao saber, pela mídia, que um homem, no Rio de Janeiro, foi a óbito por pisar sem querer no pé do assassino, lembrei-me de um meme que surgiu na época do regime militar, portanto presencial. "Em diálogo num ônibus lotado, dois homens estavam juntos e de pé. O primeiro perguntou ao segundo: 'O senhor é militar?' Ele respondeu: 'Não.' 'O senhor tem algum parente militar?' 'Não.' Possui algum amigo militar?' 'Não.' Há algum militar íntimo, seu conhecido?' 'Não.' Então disse o primeiro: 'Nesse caso, o senhor poderia tirar o seu pé de cima do meu?'"

A obra cinematográfica “Ainda Estou Aqui” mostra, com impressionante sutileza e profundidade, num período de arbítrio, o drama de uma família brasileira a enfrentar dores que levaram o ator Selton Mello a dizer: "O filme é o corpo do Rubens, que nunca foi encontrado." Mesmo que não ganhem os prêmios, as 3 indicações ao Oscar já são uma vitória do Brasil, de Fernanda Torres, Walter Salles e seus companheiros de trabalho. No próximo 2 de março, em clima de Copa do Mundo, torçamos e demonstremos que ainda estamos aqui, na esperança de que o planeta reconheça a excelência brasileira também nas artes.

(*) Reitor do FB UNI e Dir. Superintendente da Org. Educ. Farias Brito. Presidente da Academia Cearense de Letras.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 6/02/25. Opinião, p.14.

terça-feira, 4 de março de 2025

Pesar da Academia Brasileira de Letras por Affonso Romano de Sant’Anna

Com imenso pesar, a Academia Brasileira de Letras lamenta a morte do escritor e poeta Affonso Romano de Sant’Anna, aos 87 anos, na manhã desta terça-feira (4/2/25). Mineiro de Belo Horizonte, ele foi um dos grandes cronistas do país e autor de mais de 60 livros de poesia e prosa. Era casado com a também escritora Marina Colasanti (1937-2025).

A ABL presta homenagem a esse grande escritor, autor de um dos mais potentes poemas sobre o Brasil – “Que país é este?” (1980) –, com a primeira das sete partes da obra. A coletânea de mesmo nome rendeu a Affonso o Prêmio Jabuti.

O poema ganhou a primeira página do Jornal do Brasil à época e foi traduzido para o francês, inglês, espanhol e alemão. Impresso em pôsteres, decorou a parede de escritórios, sindicatos, universidades e bares, refletindo sua enorme repercussão popular.

Uma coisa é um país,

outra um ajuntamento.

Uma coisa é um país,

outra um regimento.

Uma coisa é um país,

outra o confinamento.

Mas já soube datas, guerras, estátuas

usei caderno “Avante”

— e desfilei de tênis para o ditador.

Vinha de um “berço esplêndido” para um “futuro radioso”

e éramos maiores em tudo

— discursando rios e pretensão.

Uma coisa é um país,

outra um fingimento.

Uma coisa é um país,

outra um monumento.

Uma coisa é um país,

outra o aviltamento.

Deveria derribar aflitos mapas sobre a praça

em busca da especiosa raiz? ou deveria

parar de ler jornais

e ler anais

como anal

animal

hiena patética

na merda nacional?

Ou deveria, enfim, jejuar na Torre do Tombo

comendo o que as traças descomem

procurando

o Quinto Império, o primeiro portulano, a viciosa visão do paraíso

que nos impeliu a errar aqui?

Subo, de joelhos, as escadas dos arquivos

nacionais, como qualquer santo barroco

a rebuscar

no mofo dos papiros, no bolor

das pias batismais, no bodum das vestes reais

a ver o que se salvou com o tempo

e ao mesmo tempo

– nos trai.

Fonte: enviado por Fernando Melo e circulando em grupos de WhatsApp.


Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 7. "O rosto da guerra" de Salvador Dalí (1940)

Se Hieronymus Bosch usou o surrealismo como traço para expressar uma ideia moral específica, Salvador Dali transformou essa representação onírica em um estilo artístico completo, como podemos ver na grande maioria de suas obras de arte mais famosas. No entanto, relógios que derretem, girafas queimando e telefones tipo lagosta, que existem principalmente para atordoar e entreter nossas mentes não são as únicas características artísticas do estilo de Dalí. A obra está exposta no Museu Boijmans Van Beunigen, em Roterdam.

Uma de suas pinturas mais significativas e certamente a mais comovente é O Rosto da Guerra, que Dalí criou em 1940 depois que ele e sua esposa Gala fugiram para a Califórnia no início da Segunda Guerra Mundial. O trauma da guerra e o sofrimento massivo que o artista presenciou serviram de inspiração para este trabalho. Na verdade, Dalí disse uma vez que toda a sua visão artística era uma premonição de uma guerra iminente, mas é essa peça específica que expressa o terror da guerra de forma mais direta.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 6. "Pirâmide de crânios" de Paul Cézanne (1901)

Paul Cézanne é mais conhecido por suas paisagens impressionistas vivas e dinâmicas e suas representações de pessoas comuns participando de suas atividades diárias. A maioria das naturezas mortas do pintor também tende a mostrar assuntos menos horríveis, como maçãs, peras e laranjas. No entanto, sabe-se que Cézanne também demonstrou maior interesse pela morte à medida que se aproximava da velhice, e pode-se dizer que a Pirâmide de Crânios é o auge dessas reflexões existenciais.

Ao mostrar nada mais do que uma pilha de quatro crânios humanos, a pintura força o espectador a ficar cara a cara com sua própria mortalidade. Na verdade, a inclusão de caveiras e ossos nas belas-artes não é nenhuma novidade, tem até uma definição própria: memento mori. Esta frase em latim se traduz como "lembre-se de que você tem que morrer" e, por séculos, os artistas incluíram crânios humanos como símbolos da mortalidade e da inevitabilidade da morte. No entanto, ao contrário de seus antecessores, que normalmente apresentavam um crânio como parte do fundo de uma obra de arte, Cézanne decidiu trazer os crânios (e, portanto, também a questão da mortalidade) para o primeiro plano e torná-los o centro das atenções, completamente claros e dolorosamente aparentes. É por isso que essa obra de arte, pertencente a uma coleção particular, é a mais assustadora, na nossa opinião.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


segunda-feira, 3 de março de 2025

Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 5. "O grito", de Edvard Munch (1891)

Embora esta série de 4 pinturas do famoso expressionista norueguês não seja do agrado de todos, uma coisa não pode ser tirada dela: ela definitivamente captura um estado de ânimo. Além disso, é uma das pinturas mais importantes e reconhecidas do mundo, e diríamos também que é uma das mais desconcertantes. A pintura retrata uma figura vaga, quase mumificada, capturada em um momento de terror com um pôr do sol vermelho agourento ao fundo. Está exposta na Galeria Nacional e Museu de Munch em Oslo.

O que a maioria das pessoas não percebe é que esse pôr do sol sinistro foi a inspiração para a pintura, e é um pôr do sol que o próprio artista presenciou na vida real, conforme registrou em seu diário: “Uma noite, eu estava caminhando por uma trilha, a cidade estava de um lado e o fiorde embaixo. Eu me sentia cansado e doente. Parei e olhei para o fiorde: o sol estava se pondo e as nuvens estavam ficando vermelhas como o sangue. Eu senti um grito passando pela natureza; Eu pensei ter ouvido o grito. Eu pintei este quadro, pintei as nuvens como sangue real. Um grito de cor."

Os críticos de arte agora acreditam que o artista não exagerou na descrição desse pôr do sol, já que o que ele e muitos outros testemunharam na época foram as consequências da devastadora erupção do vulcão Krakatoa em 1883, que coloriu os céus durante meses.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 4. "Saturno devorando seu filho", de Francisco Goya (por volta de 1819-1823)

Francisco Goya é o pintor espanhol mais importante do Iluminismo e, ao longo da sua carreira artística, o seu estilo mudou constantemente. Durante sua vida, Goya ficou mais conhecido como o pintor da corte da família real e, de fato, fez incontáveis retratos da realeza espanhola e de outros nobres, o que lhe valeu uma grande reputação social e prosperidade econômica, não era a saída criativa de que o artista precisava.

Hoje, Goya é provavelmente mais conhecido pelas pinturas mais recentes que criou, uma série de 14 obras de arte assustadoras conhecidas como as "Pinturas Negras". Durante esse tempo, Goya não recebeu mais pedidos, então se trancou em uma casa de fazenda conhecida como "La Quinta del Sordo" perto de Madri e deu asas à sua criatividade. Quase completamente surdo e mentalmente exausto, Goya criou as Pinturas Negras entre 1819 e 1823.

A mais famosa e também a mais assustadora dessas obras é "Saturno devorando seu filho", inspirada na mitologia romana. Goya não pretendia que nenhuma das pinturas negras fosse exibida publicamente. Em vez disso, serviriam de decoração para a sua casa, com esta pintura específica destinada à sala de jantar.

A pintura mostra o chefe Titã Saturno comendo sua própria descendência em uma tentativa de evitar a profecia de que um de seus filhos o derrubaria e mataria. Alerta de spoiler: Gaia, sua esposa, esconde secretamente um de seus filhos, Zeus, que mais tarde derrubou Saturno, salvou alguns de seus irmãos e cumpriu a profecia.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


domingo, 2 de março de 2025

IDOSO ACUSADO DE ESTUPRO

Um velhote de 79 anos foi levado ao tribunal, acusado de estupro. Após o promotor apresentar sua tese de acusação, a defensora pública, uma advogada muito nova e bonita, falando com modernidade na defesa do réu, abriu a braguilha do seu constituinte, e com a mão direita segurando o velho membro enrugado começou a falar aos jurados:

- Senhores, vossas excelências acham que este órgão é capaz de cometer tal crime? que este homem já velho e cansado, mal nutrido e definhando é capaz de cometer estupro?

Enquanto falava a advogada manuseava o pênis do velho para demonstrar sua incapacidade viril, quando o réu puxou sua defensora pra perto de si e falou ao seu ouvido:

- Doutora, não mexa muito a mão, senão vamos perder a questão!

Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). (Autor desconhecido).

Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 3. "O Pesadelo", de Henry Fuseli (1781)

Os humanos têm tentado explicar o significado e as causas dos sonhos, especialmente os assustadores, por milênios. Uma dessas explicações do folclore europeu foram as criaturas demoníacas chamadas incubus (macho) e succubus (fêmea), que segundo a mitologia e as lendas, repousam no peito da pessoa que sonha, causando pesadelos, prejudicando sua saúde física e mental, ou mesmo causando a morte.

Esta famosa obra de arte do pintor suíço intitulada "O Pesadelo" é uma ilustração da lenda sobre o incubus, que podemos ver empoleirado no peito de uma mulher enquanto ela dorme. Para explicar a figura do cavalo à esquerda: provavelmente se refere aos contos folclóricos alemães, onde mulheres que dormiam sozinhas eram visitadas ou mesmo possuídas por demônios, e os homens eram visitados por fantasmas de cavalos. Na pintura, Fuseli une todas as lendas sobre de espíritos assustadores e demônios em uma pintura, criando uma manifestação abrangente de um pesadelo. A obra está exposta no Detroit Institute of Arts.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 2. "Medusa" de Michelangelo Merisi da Caravaggio (1597)

A representação de Caravaggio do antigo monstro mítico grego Medusa é uma pintura audaciosamente assustadora e expressiva que certamente deixará uma marca na memória de todos.  Exposta na Galeria Uffizi, em Florença, a pintura é uma representação extremamente realista da cabeça recém-cortada da Medusa com uma expressão de terror genuíno em seu rosto. Segundo o mito grego, Medusa, uma mulher com cobras venenosas no cabelo, foi morta por Perseu, filho de Zeus. O triunfo de Perseu sobre o monstro foi recriado por incontáveis pintores e escultores famosos ao longo da história.

Ainda assim, o estilo de arte habilmente realista e expressivo de Caravaggio tornou sua recriação do mito uma das mais marcantes e memoráveis da história da arte, ao mesmo tempo que instalava medo e mexia com as emoções de todos os espectadores. Diz-se que o pintor usou seu próprio reflexo no espelho para modelar esta famosa obra de arte.

Na verdade, diz a lenda que Medusa foi uma bela moça que, enquanto estava adorando a deusa Minerva (ou Atenas) no templo, foi estuprada pelo deus Netuno (ou Poseidon) Ela é punida por profanar o templo (!!!???) e transformada em um monstro de cuja cabeça pendem cobras vidas e cujo olhar transforma os homens em pedra.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


sábado, 1 de março de 2025

Pinturas Clássicas Amedrontadoras: 1. "O Jardim das Delícias Terrestres", de Hieronymus Bosch (cerca de 1500-1505)

Começamos com a obra de arte mais antiga e também uma das mais icônicas desta lista, O Jardim das Delícias Terrestres, do artista renascentista holandês Hieronymus Bosch, exposta no Museo del Prado, em Madri. A obra-prima é um tríptico, e os três painéis juntos contam uma história da humanidade sucumbindo gradualmente às tentações terrenas e abandonando Deus e, assim, terminando no inferno na Terra no painel à direita.

Lição de moral à parte, a obra de arte é muito valorizada por ser uma das primeiras pinturas surrealistas, já que o tríptico é repleto de plantas e animais imaginários, humanos manipulando máquinas inexistentes e todo tipo de atividades e coisas estranhas. Certamente a parte mais assustadora da obra-prima é o painel direito representando o Inferno na Terra. Contra um fundo preto e envolto em fumaça e fogo estão as coisas mais aterrorizantes que o artista poderia imaginar: câmaras de tortura, demônios e animais mutantes que se alimentam de humanos, todos dando a este painel uma presença verdadeiramente apocalíptica. É difícil negar que Bosch tenha sido um dos primeiros mestres do surreal e do macabro conseguindo, infundir nessa arte um significado moral verdadeiro e amedrontador.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


As telas mais amedrontadoras da pintura clássica

Quando se trata do campo criativo, os filmes de terror não são a única coisa que pode deixar você assustado. Na verdade, algumas das obras-primas mais famosas da história da arte e as histórias por trás delas também podem ser aterrorizantes. Em nossa opinião, as sete pinturas famosas que listamos em ordem cronológica abaixo são algumas das obras de arte mais assustadoras que você pode encontrar em um museu.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

PRIORIDADES DE UMA IDOSA

A idade nos ensina a fazer escolhas!!!!!!

Uma senhora bem idosa estava no convés de um navio de cruzeiro segurando seu chapéu firmemente com as duas mãos para não ser levado pelo vento.

Um cavalheiro se aproxima e diz:

 - Me perdoe, senhora... Não pretendo incomodar, mas a senhora já notou que o vento está levantando bem alto o seu vestido?

- Já, sim, mas é que eu preciso de ambas as mãos para segurar o chapéu.

- Mas, senhora... A senhora deve saber que suas partes íntímas estão sendo expostas!! - disse o cavalheiro.

A senhora olhou para baixo, depois para cima, e respondeu:

- Cavalheiro, qualquer coisa que o Sr. esteja vendo aqui embaixo tem 85 anos. O chapéu eu comprei ontem!!!!!!

Fonte: Enviada por WhatsApp pelo Germano Gurgel em 28/02/25.


Crônica: “Tudo certo, nada confirmado!” ... e outros causos

Tudo certo, nada confirmado!

Chico Preto tinha pressa de encontrar quem lhe emprestasse 200 reais para liquidar a derradeira prestação dum gadinho que comprara a conhecido criador da região. Tentou ver inicialmente com o colega André, que desculpou-se todo.

- Ô, Chico! Foi mal! Ainda devo uma geladeira à Mesbla, do casamento com Nanosa.

- Entendo... Quem poderá, então?... Ah, me lembrei! Dr. Alvim, ele tem! Véve sobre a carne seca!

- Rapaz, peraí!!! Se eu fosse você não...

Nem bem ouviu André ponderar sobre não-sei-quê, Chico sai vexado em busca do ricaço, crente de obter o empréstimo. Só tinha um probleminha: André acabara de pedir 300 contos ao dito Dr. Alvim, que concordou em ceder-lhe a quantia para pagamento em um mês, "por nossa amizade". E ele já se preparava pra pegar a grana quando Chico Preto chegou. Que fez André: ligeiro telefonou para quem lhe ia ceder os "trezentim" e azedou o leriado.

- Dr. Alvim, meu amigo, cuide!!!

- Que foi, homem?

- Chico Preto tá já chegando na sua casa pra pedir 200 reais emprestados! O cabe véi tá devendo a Deus e a seu Raimundo!

- E é? Pois deixe ele comigo!!!

Chico Preto era aguardado por um Dr. Alvim "altamente interessado em sua honrosa chegada". Médico grita pra Chico, distante 25 metros:

- Amigo Chico, foi Deus que te mandou aqui! Querido, me empreste 200 reais!!!

- Aaaaaarre ééééégua!!! - disparou Chico Preto.

Melhor pedir que roubar!

Zé de Joana, esperto, saiu do bairro onde morava e, bem distante, para não ser reconhecido, começou a pedir doações - alimentos, roupas usadas em bom estado de conservação, brinquedos e até dinheiro - "para as crianças pobres do bairro de Fátima". A população humilde, compadecida, repassava de boa-fé os itens requeridos, na medida do possível. A brincadeira começava a render bons frutos quando Zé, em certo endereço, se deu mal. "Uma secreta intuição me dizia que ali eu ia me lascar". Tocou a campainha, apareceu um senhor barbado, calvo, rosto familiar.

- Que é que tu quer? - já despachando o Zé pedinte.

- Vim pedir uma ajudinha!

- Pra quem?

- Pras crianças pobres do bairro de Fátima!

- Rapaz, é impressão minha ou você... Quem são essas crianças? - desconfiado, o homem.

- ... as minhas, doutor: a Judite, o Marivaldo, o Carlito e o Titico!

O velho "Juvena"

Um gênio que Deus colocou na comunidade para iluminar os caminhos de quem não foi aquinhoado com tanta categoria. Era Raimundo Juvenal Trajano, de batismo, comerciante de mão cheia. A "Bodega do Juvena", tal como se lia na placa de neon, a mais sortida da região - do pneu de bicicleta ao pirarucu salgado, da goma fresca ao caderno Avante. Os negócios iam muito bem, quando por lá apareceu um sobrinho doutor, formado na cidade, estudioso de marketing, perito em contabilidade e administração de empresas, gestor de pessoal, o cão por dentro das moitas em leis. Impôs:

- Tio, bora dar um plus no estabelecimento!

- Como assim, João Asdrúbal? Tá tão bonzim assim!

- Seja um Bill Gates do Centro-Sul, tirando o 'Juvena' do nome da bodega.

- Pra botar o quê?

- Bote Juvenal, seu nome de guerra! Completo! Basta acrescentar o L!

- Tu é muito abestado! Se eu botar o L, vão pensar que é o L de Ltda.. E limitada é a tua massa encefálica!

Fonte: O POVO, de 31/01/2025. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.

 

Free Blog Counter
Poker Blog