Por Marcos L Susskind (*)
O Oriente Médio ocupa manchetes e notícias
sobre guerras chegam num ritmo alucinante, nem sempre correto. A meu ver não
existe guerra entre Israel e Palestinos e sim entre Israel e terroristas
tiranos do Hamas na Faixa de Gaza. A Palestina tem 6,020 km2. Gaza é só 6% da
Palestina (365 km2), tomada pelos terroristas do Hamas, após
expulsar a Autoridade Palestina em 2007, depois de sangrentas batalhas.
Quanto ao apartheid: em Israel vivem cerca
de 2.100.000 Árabes gozando de todos os direitos - estão no Parlamento, são
juízes, oficiais no Exército, médicos, empresários e o capitão da Seleção
Nacional de Futebol é árabe. Na área da Autoridade Palestina e também em Gaza
não vive um único Judeu. Todos os judeus de Gaza foram evacuados em 2005. Mas a
acusação de Apartheid é sempre a Israel.
Outro assunto atual é a guerra com o Irã,
uma das mais antigas nações do mundo. Desde Ciro, há 2.584 anos, persas e
judeus viviam em perfeita harmonia. Tudo mudou em 1979, quando a Revolução
Islâmica tomou o poder e transformou o Irã numa teocracia radical, controlando
a população com mão de ferro, discriminando mulheres, gays e minorias e tendo
como sua meta principal a destruição de Israel.
O Irã tal como um polvo, colocou braços
armados no Líbano (Hezbollah), na Faixa de Gaza (Hamas e Jihad Islâmica),
milícias pró-Irã na Síria e no Iraque (Kataib Hezbollah) e os Houthis no Yemen.
Estes grupos foram armados, financiados e treinados pelo Irã para atacar Israel
por todos os flancos. Além disso, o Irã enriquece urânio acima de 60%, podendo
chegar à Bomba Atômica.
Recentemente o Irã já tinha urânio e
componentes como água pesada e combustível sólido suficientes para 15 bombas
atômicas. Isto indicava a iminente produção da bomba nuclear. A declarada
intenção de destruir Israel tornou a ação de proteção necessária e urgente, e
Israel atacou os alvos militares e áreas científicas ligadas ao desenvolvimento
da bomba iraniana. O Irã retaliou, disparando potentes misseis exclusivamente a
áreas civis em Israel.
Vale lembrar que os países onde o Irã se
envolveu sofreram extrema destruição. O Líbano passa pela mais terrível
situação econômica desde a guerra iniciada pelo proxy iraniano Hezbollah. O
ex-governo pró-Irã da Síria matou 750.000 civis, 6.500.000 fugiram do país e
7.100.000 são refugiados internos.
Na Faixa de Gaza, o Hamas - apoiado e
financiado pelo Irã - provocou uma destruição cuja reconstrução pode levar 20
anos. No Iêmen os Houtis tomaram o sul do país e 1.300.000 crianças e lactentes
sofrem de desnutrição aguda.
Se o Irã chegasse à bomba atômica, os
riscos ao mundo ocidental seriam imensos, dada a aliança Rússia-Irã. Com sua
ideologia violenta, os aiatolás trazem agora a destruição para seu próprio
país.
(*) Palestrante e
Ativista Social. Autor do livro "Combatendo o Antissemitismo.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 27/06/25. Opinião, p.19.
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