José Costa Matos nasceu em Ipueiras, Ceará, em 29/10/1927. Recebeu educação formal inicial no Colégio Diocesano de Sobral, berço e celeiro da intelectualidade da zona norte cearense, de onde se transferiu para continuar seus estudos no Liceu do Ceará.
Licenciou-se em Letras Anglo-Germânicas pela Universidade Federal do Ceará, e bacharelou-se em Filosofia pela Faculdade de Filosofia do Ceará, mas era detentor de sólidos conhecimentos na área da Economia, campo em que atuava com desenvoltura.
Foi fundador da Escola Normal Rural e do Colégio Otacílio Mota, em Ipueiras. Lecionou na Faculdade de Filosofia Dom José, em Sobral, na Faculdade de Direito da UFC e na Universidade de Fortaleza. Aposentou-se como auditor fiscal do Tesouro Nacional, tendo exercido importantes funções na Receita Federal do Ceará.
Poeta, ensaísta e contista, tendo conquistado vários prêmios literários no Ceará e em outros estados, dentre os quais, o Prêmio Osmundo Pontes de Literatura, a maior láurea no campo das letras em nosso estado.
Ingressou na Academia Cearense de Letras, em dezembro de 1992, assumindo a Cadeira 29, patroneada por Paulino Nogueira. Foi Vice-Presidente desse sodalício e membro do seu Conselho Fiscal, na diretoria de 2007/2008. Pertencia também a Academia Fortalezense de Letras e a Associação Brasileira de Bibliófilos.
Mesmo vivendo em Fortaleza, há décadas, jamais deixou de lado os valores sertanejos, evidenciados no seu cotidiano e na sua produção intelectual. Homem de uma simplicidade inconteste, manso de espírito e de coração, arejado por uma religiosidade que espargia as graças de sua generosidade, era sempre afável no lidar com as pessoas, as quais cativava por sua modéstia e candura.
O outono da sua existência em nada afetara a sua capacidade intelectual, porquanto, na verdade, o passar dos anos adicionava erudição e leveza aos seus escritos. O espaço que ocupava na mídia cearense, expresso em crônicas e ensaios, será de difícil preenchimento, tornando-se empobrecido, enquanto os que se foram deste mundo serão compensados pela entrada celestial, de um poeta de alma sensível, que retornou ao Pai, em 02/03/2009. Não nos deixou, por inteiro, posto que ele, todavia, viverá, entre nós, à conta de suas poesias.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina
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