sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O BRASIL ANEDÓTICO XLIV

AVÔ E AVÓ
Presenciada pelo colecionador.
Na ante-sala da Academia, conversava-se sobre a situação de Coelho Neto, que acabava de tornar-se avô, quando Lauro Müller, que se achava no grupo, declarou.
- Você vai sentir, agora, Neto, a mais doce modalidade da paternidade. As minhas definições são estas.
E declinou:
- Avô - pai, sem exigências.
- Avó - mãe com açúcar.
PATRIOTISMO
Taunay – “Reminiscências”, vol. I, pág. 217.
Meses após a proclamação da República, encontrando-se o Visconde de Taunay com Benjamim Constant, pôs-se este a queixar-se amargamente do regime por ele próprio implantado.
- Olhe - dizia - eu contava com sincero patriotismo e só tenho encontrado “pratiotismo”. Conhece esta palavra?
Taunay fez um sinal significativo. E Benjamim:
- Inventei-a para o meu uso; há simples transposição de um “r” da segunda silaba para a primeira. “Pratiotismo” e o amor incondicional, acima de tudo, do “prato”, da barriga, do interesse, o sentimento que inutiliza, espezinha e conculca o patriotismo.
O “CAVADOR”
Humberto de Campos - Discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, 1920.
Havia no Rio, anos atrás, um jornalista de má fortuna, diretor de um periódico oportunista, que claudicava de uma perna, aleijada por uma inchação crônica, e que vivia, então, da exploração, mais ou menos inteligente, da vaidade alheia. Uma tarde, passava este homem de imprensa ou de negócios pela rua do Ouvidor, arrastando, tardo, a sua perna enferma, quando um íntimo de Emílio de Menezes lhe chamou a atenção.
- Admira - diz - como aquele homem, com tamanho defeito, seja tão “cavador”...
- Pois, a mim, não admira, - contrapôs o poeta.
E voltando-se para o companheiro:
- Ele não tem uma perna “inchada”?
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ZILDA ARNS


Dra. Zilda Arns

Por Rita Célia Faheina (*)
No último dia 25, ela completaria 78 anos, dos quais, 30 dedicados a uma causa nobre: reduzir a mortalidade infantil no País. A médica Zilda Arns Neumann fundou a Pastoral da Criança em 1982 a pedido do seu irmão, o cardeal arcebispo de São Paulo (atualmente emérito) Paulo Evaristo Arns, e em poucos anos, conseguiu o seu objetivo. E o mais importante é que mobilizou pessoas de todas as regiões brasileiras, formando uma rede forte e duradoura para essa missão.
Estima-se que cerca de 2 milhões de crianças e mais de 80 mil gestantes sejam acompanhadas todos os meses pela entidade em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania da Pastoral da Criança. A médica pediatra e sanitarista também estendeu o atendimento às pessoas idosas.
Fundou em 2004, a Pastoral da Pessoa Idosa, que passou a capacitar líderes para ajudar idosos a controlar vacinas, evitar acidentes domésticos e identificar doenças físicas e emocional. Os projetos que fundou ganharam o apoio do Unicef, agência da ONU que dá apoio técnico e financeiro a programas e ações pela sobrevivência, desenvolvimento e proteção de crianças e adolescentes.
Dra. Zilda era uma mulher simples, acolhedora, afetuosa, semeava o amor onde chegava. Tive a oportunidade de entrevistá-la algumas vezes e sempre a encontrava com o mesmo sorriso, com a mesma humildade e capacidade de nos envolver. Uma vez estive com ela numa visita a um dos bairros pobres de Fortaleza:o Pirambu, onde ela foi conhecer um projeto de atendimento às mulheres e crianças.
Quis se inteirar de tudo, conversou com as pessoas da comunidade, com os que as atendiam. Ficou atenta aos relatos sem pressa e com seus olhinhos azuis brilhantes por ver que tudo estava dando certo por lá.
Pelo que via e lia em reportagens, era sempre assim por onde passava. A todos dava atenção, a todos ouvia e tinha o poder de prender grandes plateias quando dava palestras. E foi numa dessas ocasiões, longe de sua terra natal: em Porto Príncipe, capital do Haiti, que terminou sua missão entre nós.
Pelo sucesso do seu trabalho no Brasil, virou modelo para vários países, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor Leste, Filipinas, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Equador e México. Ela começou a ser convidada a ministrar cursos sobre as ações desenvolvidas. Foi para isso que esteve em 2008 no Uruguai e em 2009, foi para Timor Leste onde são atendidas mais de seis mil crianças.
Mas, em 12 de janeiro de 2010, quando acabara de fazer uma palestra sobre o trabalho da pastoral para um grupo de religiosos na capital do Haiti, Porto Príncipe, morreu em consequência de um terremoto. Ela estava no salão paroquial da Igreja de Sacré Couer e respondia a perguntas feitas pelos religiosos quando o prédio caiu. Todos que estavam lá morreram na hora.
Sua missão estava encerrada depois de 25 anos. Nesse período, expandiu o programa que chegou a alcançar 72% do Brasil, além de 20 países na América Latina, Ásia e África. O trabalho, fundamental para a redução da mortalidade infantil, fez com que Zilda Arns fosse indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
As ações da missionária incansável, hoje são desenvolvidas por milhares de voluntários e, como ela dizia sempre, “é essencial ensinar às mães a cuidar dos filhos. Sempre percebia que elas tinham filhos doentes porque erravam. Quando se inicia algo que vai ao encontro de uma necessidade, a perspectiva de sucesso é maior. E isso não tem fronteiras”.
Suas lições jamais serão esquecidas e as mulheres atendidas pela Pastoral serão gratas à Dra. Zilda Arns para sempre. O trabalho continua forte e tem na direção nacional, um de seus filhos, o médico Nelson Arns Neumann.
Jornalista
Publicado In: O Povo, de 29/08/2012. Jornal do Leitor, p.2.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O QUE TENS, MINHA MENINA???...



Aconteceu (ou teria acontecido), recentemente, no dia 17 de maio de 2012, com a Comissão Presidencial e foi gravada para os jornais e televisões do mundo inteiro.
A Dilma quis aparecer para o mundo inteiro, diante e às custas das crianças de uma Escola, tudo previamente combinado.
Criança não combina nada é apenas sincera e verdadeira....
Vejam, o que essa “menininha fez”..
O que tens, minha menina?
Dilma Roussef e seu ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad, visitam uma escola modelo no nosso país maravilha.
Numa sala de aula do ensino fundamental, cheia de jornalistas, a ensaiada “cumpanhêra” professora, com ambição a uma futura boa colocação, pergunta aos alunos:
- Onde existem as melhores escolas do mundo?
- No Brasil. - Respondem todos.
- Onde existem os melhores livros escolares do mundo?
- No Brasil. - Respondem.
- E onde há os melhores recreios do mundo?
- No Brasil. - Respondem mais uma vez.
- E onde existem as melhores cantinas, que servem os melhores almoços, com boas sobremesas?
- Nas escolas do Brasil!
A professora, ainda insaciada, continua:
- Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?
- No Brasil! - respondem os alunos com a lição bem estudada.
Os tradutores iam informando à comitiva estrangeira, todos abanavam a cabeça, impressionadíssimos.
Nisto, uma garota no fundo da sala começa a chorar.
Com as televisões transmitindo ao vivo, Dilma, para impressionar os convidados e jornalistas, pondo-se a jeito para as câmeras, resolve acudir à menina, perguntando-lhe:
- Que tens minha menina?
Responde a menina, soluçando:
- QUERO IR PARA O BRASIL!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).
Nota do Blog: A narrativa acima foi postada em vários blogs; é admissível, mas pouco verossímil, o que nos faz crer como sendo algo do plano ficcional. (Marcelo Gurgel)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

MAGISTRADO MARCENEIRO

O parecer deste magistrado é digno de aplausos. Poucos juízes dariam o mesmo veredicto.
Abaixo o depoimento e o parecer.
Não deixem de ler, é uma grande lição.
Agravo de Instrumento/ Lição ESPETACULAR
Decisão do Desembargador José Luiz Palma Bisson, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferida num Recurso de Agravo de Instrumento ajuizado contra despacho de um Magistrado da cidade de Marília (SP), que negou os benefícios da Justiça Gratuita a um menor, filho de um marceneiro que morreu depois de ser atropelado por uma motocicleta. O menor ajuizou uma ação de indenização contra o causador do acidente pedindo pensão de um salário mínimo mais danos morais decorrentes do falecimento do pai. Por não ter condições financeiras para pagar custas do processo, o menor pediu a gratuidade prevista na Lei 1.060/50. O juiz, no entanto, negou-lhe o direito dizendo não ter apresentado prova de pobreza e, também, por estar representado no processo por “advogado particular”.
A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a partir do voto do Desembargador Palma Bisson é daquelas que merecem ser comentadas, guardadas e relidas diariamente por todos os que militam no Judiciário.
Transcreve-se, a seguir, a íntegra do voto:
“É o relatório. Que sorte a sua, menino, depois do azar de perder o pai e ter sido vitimado por um filho de coração duro - ou sem ele -, com o indeferimento da gratuidade que você perseguia. Um dedo de sorte apenas, é verdade, mas de sorte rara, que a loteria do distribuidor, perversa por natureza, não costuma proporcionar. Fez caber a mim, com efeito, filho de marceneiro como você, a missão de reavaliar a sua fortuna. Aquela para mim maior, aliás,  pelo meu pai - por Deus ainda vivente e trabalhador - legada, olha-me agora. É uma plaina manual feita por ele em pau-brasil, e que, aparentemente enfeitando o meu gabinete de trabalho, a rigor diuturnamente avisa quem sou, de onde vim e com que cuidado extremo, cuidado de artesão marceneiro, devo tratar as pessoas que me vêm a julgamento disfarçados de autos processuais, tantos são os que nestes veem apenas papel repetido. É uma plaina que faz lembrar, sobretudo, meus caros dias de menino, em que trabalhei com meu pai e tantos outros marceneiros como ele, derretendo cola coqueiro - que nem existe mais - num velho fogão a gravetos que nunca faltavam na oficina de marcenaria em que cresci; fogão cheiroso da queima da madeira e do pão com manteiga, ali tostado no paralelo da faina menina.
Desde esses dias, que você menino desafortunadamente não terá, eu hauri a certeza de que os marceneiros não são ricos não, de dinheiro ao menos. São os marceneiros nesta Terra até hoje, menino saiba, como aquele José, pai do menino Deus, que até o julgador singular deveria saber quem é. O seu pai, menino, desses marceneiros era. Foi atropelado na volta a pé do trabalho, o que, nesses dias em que qualquer um é motorizado, já é sinal de pobreza bastante. E se tornava para descansar em casa posta no Conjunto Habitacional Monte Castelo, no castelo somente em nome habitava, sinal de pobreza exuberante.
Claro como a luz, igualmente, é o fato de que você, menino, nos pedir pensão de apenas um salário mínimo, pede não mais que para comer. Logo, para quem quer e consegue ver nas aplainadas entrelinhas da sua vida, o que você nela tem de sobra, menino, é a fome não saciada dos pobres. Por conseguinte um deles é, e não deixa de sê-lo, saiba mais uma vez, nem por estar contando com defensor particular. O ser filho de marceneiro me ensinou inclusive a não ver nesse detalhe um sinal de riqueza do cliente; antes e ao revés a nele divisar um gesto de pureza do causídico. Tantas, deveras, foram as causas pobres que patrocinei quando advogava, em troca quase sempre de nada, ou, em certa feita, como me lembro com a boca cheia d'água, de um prato de alvas balas de coco, verba honorária em riqueza jamais superada pelo lúdico e inesquecível prazer que me proporcionou. Ademais, onde está escrito que pobre que se preza deve procurar somente os advogados dos pobres para defendê-lo? Quiçá no livro grosso dos preconceitos...
Enfim, menino, tudo isso é para dizer que você merece sim a gratuidade, em razão da pobreza que, no seu caso, grita a plenos pulmões para quem quer e consegue ouvir. Fica este seu agravo de instrumento então provido; mantida fica, agora com ares de definitiva, a antecipação da tutela recursal. É como marceneiro que voto.
JOSÉ LUIZ PALMA BISSON - Relator Sorteado”
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DOM MARCOS BARBOSA: FÉ E CULTURA

Lauro de Araújo Barbosa nasceu em Cristina-MG, em 12 de setembro de 1915.
Depois de cursar o ginásio em Itajubá-MG, matriculou-se, em 1934, na Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro, tendo então participado da Ação Universitária Católica e do Centro Dom Vital, quando conheceu Alceu Amoroso Lima, o grande pensador católico, de quem se tornou secretário particular.
Interrompeu o Curso de Letras Clássicas, iniciado após a conclusão do de Direito, para ingressar no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, em 1940, onde foi ordenado sacerdote, em 1946, recebendo o nome religioso de Dom Marcos Barbosa.
Quando universitário, Lauro de Araújo Barbosa publicou crônicas e poemas em A Ordem e Vida, revistas de que foi redator, e em O Jornal e na Revista do Brasil.
Dom Marcos, que julgava ter renunciado à vocação literária, ao ser admitido na ordem beneditina, aos poucos, foi retomando sua vocação de escritor, produzindo autos e poemas escritos para determinadas ocasiões e depois reunidos em livro. Desses poemas, “O Varredor”, foi muito divulgado pela Ação Católica, e o “Cântico de Núpcias”, já publicado neste Boletim da SMSL, obteria notável repercussão, sendo lido ainda hoje em celebrações de casamento, inclusive por alguns juízes de paz, e até mesmo na mídia televisa.
Após uma breve passagem pelas rádios Cruzeiro e Mayrink Veiga, manteve, de 1959 a 1993, na Rádio Jornal do Brasil, o programa Encontro Marcado, que ia ao ar, diariamente, às 18 horas. Em seguida, esse programa passou a ser transmitido pelas rádios Carioca-AM e Catedral-FM, também diariamente. Foi colaborador do Jornal do Brasil, escrevendo todas as quintas-feiras, durante anos a fio.
Logrou os dois primeiros lugares no concurso para a letra do Hino do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado no Rio de Janeiro em 1955, como também fez parte da equipe de tradutores de textos litúrgicos da Conferência Nacional dos Bispos.
Traduziu, para o português, obras de grandes escritores, como: Saint-Exupéry, Maurice Druon, Paul Claudel e François Mauriac. Dessas traduções, três livros se tornaram famosos: O Pequeno Príncipe, O Menino do Dedo Verde e Marcelino Pão e Vinho, tendo larga aceitação geral, na verdade, mais em adultos do que no público infanto-juvenil a que, prioritariamente, se destinavam.
Dom Marcos Barbosa inovou a oratória sacra, pelo estilo manso e poético dos seus sermões, tendo sido escolhido para saudar, em nome dos intelectuais brasileiros, o Papa João Paulo II em sua primeira viagem ao Brasil.
Suas principais obras literárias foram: Teatro (1947); Livro do Peregrino (1955); XXXVI Congresso Eucarístico Internacional (1955); A Noite Será como o Dia: autos de Natal (1959); O livro da Família Cristã (1960); Poemas do Reino de Deus (1961); Mãe Nossa, que Estais no Céu (s.d.); Para a Noite de Natal: poemas, autos e diálogos (1963); Para Preparar e Celebrar a Páscoa: autos, diálogos e fogo cênico (1964); Eis que Vem o Senhor (1967); O Livro de Tobias (1968); Oratório e Vitral de São Cristóvão (1969); Manifestações de Autonomia Literária: A Escola Mineira e outros movimentos. In: História da Cultura Brasileira (2 vols., 1973-76); Um Menino Nos Foi Dado, org. por Lúcia Benedetti, In: Teatro infantil (1974); A Arte Sacra (1976); Nossos Amigos, os Santos (1985); Congonhas, Bíblia de Cedro e de Pedra, em coautoria Hugo Leal (1987); Um Encontro com Deus: teologia para leigos (1991); As Vinte e Seis Andorinhas (1991) e Poemas para Crianças e Alguns Adultos (1994).
Integrou, por vários anos, o Conselho Federal de Cultura. Pertenceu, como membro efetivo, a diversas e importantes confrarias culturais: Academia Brasileira de Letras, empossado em 23 de maio de 1980; Pen Clube do Brasil, admitido em 15 de outubro de 1981; e Academia Brasileira de Artes, tomando posse em 12 de setembro de 1985.
Ao longo de sua existência, foi alvo de diferentes distinções, cabendo citar: o título de Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro (1984); o Prêmio de Poesia do Pen Clube do Brasil (1986); a condecoração de Chévalier des Arts et des Lettres, concedida pela República Francesa (1990); e o Prêmio São Sebastião de Cultura da Arquidiocese do Rio de Janeiro, como Personalidade do Ano (1995).
Faleceu, esse destacado sacerdote e monge beneditino, e, igualmente, poeta e tradutor, no Rio de Janeiro, aos 81 anos, em 5 de março de 1997.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas
* Publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 8(61): 3-4, agosto de 2012.

domingo, 26 de agosto de 2012

Onde Judas perdeu as botas

A expressão “onde Judas perdeu as botas” é usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Existe uma história não comprovada que relata que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhara por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem seus sapatos, saíram em busca dos mesmos e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se tais botas foram achadas.
Acredita-se que foi assim que surgiu tal expressão.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

No consultório de uma ginecologista...

Uma mulher vai à sua ginecologista e comenta que o marido adquiriu uma forte inclinação pelo sexo anal e, como não se sente segura quanto à idéia - se boa ou não - gostaria de saber sobre os riscos que a prática acarreta.
A ginecologista pergunta:
– A senhora gosta de fazer?
– Bem... Sim.
– Essa prática dá-lhe alguma irritação ou dor?
– Não... não. Quase que não.
– Bom, continua a ginecologista, não vejo razão para que se prive de fazer sempre, mas claro que deve tomar precauções, para não engravidar.
A mulher dá um salto e exclama:
– Como!? Eu julgava que o sexo anal não provocava gravidez!
– Claro que pode! Como acha que foram concebidos os “petralhas” e toda essa corja de políticos que nos tem (des)governado?
Não foram paridos! Foram evacuados!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).

sábado, 25 de agosto de 2012

Candidato a Vereador Sincero

O que vai ser quando crescer...

Na classe a professora pergunta:
- Joãozinho, o que você quer ser quando crescer?
- Quero ser bilionário, ir a boate mais cara, pegar a melhor p..., dar a ela uma Ferrari de mais de milhão + um apartamento em Copacabana + uma mansão em Paris + um jato para viagens pela Europa + um cartão Visa Infinite, e amá-la 3 vezes ao dia...
A professora, realmente não sabendo mais o que fazer com o mau comportamento do menino, resolve nem dar importância ao que ele responde e continua a aula:
- E você, Mariazinha?
- Quero ser a p... do Joãozinho...
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Uma pequeníssima distância geográfica...

FATO REAL
Consta que, certa noite, anos atrás, um homem entrou com a namorada no restaurante Lucas Carton, em Paris, e pediu uma garrafa de “Mouton Rothschild", safra 1928”.
O sommelier, em vez de trazer a garrafa para mostrar ao cliente, traz o decanter de cristal cheio de vinho e, depois de uma mesura, serve um pouco no cálice para o cliente provar.
O cliente, lentamente, leva o cálice ao nariz para sentir o aroma, fecha os olhos e cheira o vinho.
Inesperadamente, franze a testa e, com expressão muito irritada, pousa o copo na mesa, comentando rispidamente:
- Isto aqui não é um Mouton de 1928!
O sommelier assegura-lhe que é. O cliente insiste que não é. Estabelece-se uma discussão e, rapidamente, cerca de 20 pessoas rodeiam a mesa, incluindo o chef de couisine e o gerente do hotel, que tentam convencer o intransigente consumidor de que o vinho é mesmo um Mouton de 1928. De repente, alguém resolve perguntar-lhe como sabe, com tanta certeza, que aquele vinho não é um Mouton de 1928.
- O meu nome é Phillippe de Rothschild, diz o cliente modestamente, e fui eu quem fiz esse vinho.
Consternação geral.
O sommelier então, de cabeça baixa, dá um passo à frente, tosse, pigarreia, bagas de suor escorrem da testa e, por fim, admite que serviu na garrafa de decantação um Clerc Milon de 1928, mas explica seus motivos:
- Desculpe, mas não consegui suportar a ideia de servir a nossa última garrafa de Mouton 1928. De qualquer forma, a diferença é irrelevante. Afinal, o senhor também é proprietário dos vinhedos de Clerc Milon, que ficam na mesma aldeia do Mouton. O solo é o mesmo, a vindima é feita na mesma época, a poda é a mesma e o esmagamento das uvas se faz na mesma ocasião, o mosto resultante vai para barris absolutamente idênticos. Ambos os vinhos são engarrafados ao mesmo tempo. Pode-se afirmar que os vinhos são iguais, apenas com uma pequeníssima diferença geográfica.
Rothschild, então, com a discrição que sempre foi a sua marca, puxa o sommelier pelo braço e murmura-lhe ao ouvido:
- Quando voltar para casa esta noite, peça à sua mulher para se despir completamente. Escolha dois orifícios do corpo dela muito próximos um do outro e faça um teste de olfato. Você perceberá a sutil diferença que pode haver numa pequeníssima distância geográfica...
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PLAQUETE: Posse de Janedson Bezerra e Zélia Petrola na ACM


APRESENTAÇÃO
A Academia Cearense de Medicina (ACM) foi instaurada em 12 de maio de 1978, ao ensejo das celebrações do XXX Aniversário da Fundação da Faculdade de Medicina do Ceará (FMC), sendo esta a primeira escola médica cearense, que viria a ser federalizada, compondo, posteriormente, ao lado de outras instituições de ensino superior, a Universidade Federal do Ceará, criada em dezembro de 1954, sob o diligente comando do Prof. Antônio Martins Filho.
Assim, trinta anos depois do memorável feito de 1948, os remanescentes do grupo de principais fundadores da FMC, reduzido a um quarteto, em decorrência da perda terrena do Prof. Jurandir Picanço - o idealizador e pai espiritual da academia atrás referenciada, alinharam-se a outros colegas, visando à criação de uma nova instituição médica, que foi a ACM, em parte gestada como desdobramento da grande e consolidada obra, vindo em complemento da escola-mater, para, principalmente, zelar pela História da Medicina no Ceará.
Para atender a esse propósito, o Prof. Geraldo Wilson da Silveira Gonçalves, então diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFC, instituiu uma comissão composta pelos professores Geraldo Gonçalves, Haroldo Gondim Juaçaba, Joaquim Eduardo de Alencar, José Carlos da Costa Ribeiro, José Edísio da Silva Tavares, José Waldemar Alcântara e Silva e Paulo de Melo Machado, aos quais foi dada competência para elaborar as minutas do estatuto e do regimento interno do sodalício, bem como orquestrar os preparativos da formalização da novel entidade.
Para registro e divulgação de suas realizações maiores, a ACM lança mão, desde 1984, de seus Anais, com quatorze edições já publicadas, contendo discursos, artigos, ensaios, crônicas, resumos de atas e outras contribuições de interesse dos acadêmicos. Cada volume, presentemente, corresponde a uma gestão da ACM, e é publicado no ano seguinte, durante a Bienal promovida pelo silogeu. Desse modo, o último volume aplicou-se ao mandato do Acad. Paulo Picanço, de maio de 2008 a maio de 2010, tendo sido lançado na XIV Bienal da ACM, em agosto de 2011; o próximo cobrirá o período da atual gestão, sob a presidência do Acad. Antero Coelho Neto, com início em maio de 2010 e estendido a maio de 2012, devendo ser lançado na bienal de 2013.
Os discursos pronunciados nas solenidades de investidura de novos acadêmicos, de praxe, configuram seções de destaque dos Anais, mercê da eloquência dos autores empossados, trazendo à lume um retrospecto da vida do patrono e dos ocupantes anteriores de cada cadeira sob posse, bem como ajuizando o compromisso assumido perante seus confrades e convidados da cerimônia, ao tempo em que os recém-empossados têm os seus perfis delineados por um companheiro veterano, designado pela ACM, para efetuar a saudação aos ingressantes.
O imperativo de se oferecer mais ampla e célere divulgação das solenidades de posse levou a atual direção a acolher a nossa proposta de publicação, em plaqueta, os discursos proferidos em tais cerimônias, dando início a série que se inaugura com os da posse dos acadêmicos Janedson Baima Bezerra e Maria Zélia Petrola Bezerra, ocorrida em 18 de novembro de 2011.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva - Editor
Membro titular da ACM – Cadeira Nº 18
Fortaleza, janeiro de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

GEMARAH: Você não vai entender



Por Ralph J. Hofmann
O estudo do Talmud no judaísmo, é aquele do corpo de leis contido em diferentes partes da Torah que é a Bíblia, ou seja, o Antigo Testamento. Entre 60 a.C. e 130 d.C. houve duas revoltas contra os romanos, com perdas de talvez um milhão de vidas e inclusive grande número dos professores capazes de comunicar a tradição oral sobre as leis contidas na Torah.
No ano 200 d.C. resolveu-se coletar toda a legislação de uma forma metódica. Criou-se a Mishnah, um código. Nele sob um título adequado constava por exemplo qual a relação entre empregado e empregador, o que cabia a cada qual. O mesmo sobre rituais, sobre pureza e enfim todos os aspectos da vida em comunidade.
Posteriormente surgiu a discussão sobre o que realmente poderia significar cada uma dessas leis. Dali veio a existir o Gemarah, onde diferentes sábios discutem as diferentes interpretações de uma lei ou norma.
A pequena história abaixo ilustra o que é o Gemarah.
Um padre pede a um rabino que lhe instrua sobre Gemara, que na realidade não é um código que se possa memorizar e sim uma espécie de atas da maneira de lidar com os eventos, ou seja, um arquivo eternamente em aberto. O rabinose furta a tanto alegando que o indivíduo precisa ter uma mentalidade judia para lidar com o Gemara.
O Padre diz ao Rabino:
- Você me ensinou muitas coisas, mas uma coisa eu quero aprender e você não quer me ensinar. Eu quero que você me ensine o que é a Gemarah!
Diz o Rabino:
- Você não é judeu, e nunca vai entender a Gemarah!
O Padre insistiu até que o Rabino concordou.
Diz o Rabino:
- Tudo bem, eu concordo em lhe ensinar a Gemarah, com a condição que me responda a uma única pergunta.
- Tudo bem - diz o Padre - qual é a pergunta?
O Rabino pergunta:
- Duas pessoas caíram juntas de uma chaminé, uma sai limpa e a outra suja. Qual das duas vai tomar banho?
- Muito simples - responde o Padre- o sujo toma banho, o limpo não toma banho.
- Eu lhe falei que você não ia entender - diz o Rabino - é bem o contrário. O limpo olha para o sujo, e pensa que também está sujo, e vai tomar banho. O sujo então olha para o limpo, pensa que também está limpo e não vai tomar banho.
- Não pensei nisso - concorda o Padre. - Faça mais uma pergunta.
- Bom - diz o Rabino. - Duas pessoas caíram juntas de uma chaminé, uma sai limpa e a outra suja. Qual das duas vai tomar banho?
- Muito simples - responde o Padre todo convencido. - O limpo olha para o sujo, e pensa que também está sujo, e vai tomar banho. O sujo então olha para o limpo, pensa que também está limpo e não vai tomar banho.
- Outra vez você errou - diz o Rabino. - Lhe falei que você não ia entender. O limpo olha no espelho, vê que está limpo e não vai tomar banho, o sujo olha no espelho, vê que está sujo e vai tomar banho.
- Mas você não disse que lá havia um espelho - reclama o Padre.
- É o que eu lhe falei - diz o Rabino. - É a tua cabeça. Você não é judeu e nunca vai entender que segundo a Gemarah você precisa pensar em todos os aspectos possíveis. Você precisa pensar em todas as possibilidades.
- Bom - diz o Padre muito triste. - Vamos tentar novamente, faça mais uma pergunta.
- Essa é a última vez - diz o Rabino. - Duas pessoas caíram juntas de uma chaminé, uma sai limpa e a outra suja, qual das duas vai tomar banho?
- É muito simples - sorri o Padre. - Se lá não tem espelho, o limpo olha para o sujo, pensa que também está sujo, e vai tomar banho, o sujo olha para o limpo, pensa que também está limpo e não vai tomar banho. Se lá tem espelho, o limpo olha no espelho, vê que está limpo e não vai tomar banho, o sujo olha no espelho vê que está sujo e vai tomar um banho.
O Rabino responde:
- Eu lhe falei que você nunca ia entender a Gemarah, pois você não é judeu! Como é que você consegue imaginar, que duas pessoas possam cair juntas de uma chaminé, e uma sair limpa e a outra suja?
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

terça-feira, 21 de agosto de 2012

E continua o espetáculo do Mensalão...



E lá em Brasília, continua o espetáculo...
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem os créditos da autoria da charge).

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A pior audiência da minha vida

por Paulo Rangel - Des. TJRJ
A minha carreira de Promotor de Justiça foi pautada sempre pelo princípio da importância (inventei agora esse princípio), isto é, priorizava aquilo que realmente era significante diante da quantidade de fatos graves que ocorriam na Comarca em que trabalhava. Até porque eu era o único promotor da cidade e só havia um único juiz. Se nós fôssemos nos preocupar com furto de galinha do vizinho; briga no botequim de bêbado sem lesão grave e noivo que largou a noiva na porta da igreja nós não iríamos dar conta de tudo de mais importante que havia para fazer e como havia (crimes violentos, graves, como estupros, homicídios, roubos, etc).
Era simples. Não há outro meio de você conseguir fazer justiça se você não priorizar aquilo que, efetivamente, interessa à sociedade. Talvez esteja aí um dos males do Judiciário quando se trata de “emperramento da máquina judiciária”. Pois bem. O Procurador Geral de Justiça (Chefe do Ministério Público) da época me ligou e pediu para eu colaborar com uma colega da comarca vizinha que estava enrolada com os processos e audiências dela.
Lá fui eu prestar solidariedade à colega. Cheguei, me identifiquei a ela (não a conhecia) e combinamos que eu ficaria com os processos criminais e ela faria as audiências e os processos cíveis. Foi quando ela pediu para, naquele dia, eu fazer as audiências, aproveitando que já estava ali. Tudo bem. Fui à sala de audiências e me sentei no lugar reservado aos membros do Ministério Público: ao lado direito do juiz.
E eis que veio a primeira audiência do dia: um crime de ato obsceno cuja lei diz:
Ato obsceno
Art. 233 – Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
O detalhe era: qual foi o ato obsceno que o cidadão praticou para estar ali, sentado no banco dos réus? Para que o Estado movimentasse toda a sua estrutura burocrática para fazer valer a lei? Para que todo aquele dinheiro gasto com ar condicionado, luz, papel, salário do juiz, do promotor, do defensor, dos policiais que estão de plantão, dos oficiais de justiça e demais funcionários justificasse aquela audiência? Ele, literalmente, cometeu uma ventosidade intestinal em local público, ou em palavras mais populares, soltou um pum, dentro de uma agência bancária e o guarda de segurança que estava lá para tomar conta do patrimônio da empresa, incomodado, deu voz de prisão em flagrante ao cliente peidão porque entendeu que ele fez aquilo como forma de deboche da figura do segurança, de sua autoridade, ou seja, lá estava eu, assoberbado de trabalho na minha comarca, trabalhando com o princípio inventado agora da importância, tendo que fazer audiência por causa de um peidão e de um guarda que não tinha o que fazer. E mais grave ainda: de uma promotora e um juiz que acharam que isso fosse algo relevante que pudesse autorizar o Poder Judiciário a gastar rios de dinheiro com um processo para que aquele peidão, quando muito mal educado, pudesse ser punido nas “penas da lei”.
Ponderei com o juiz que aquilo não seria um problema do Direito Penal, mas sim, quando muito, de saúde, de educação, de urbanidade, enfim… Ponderei, ponderei, mas bom senso não se compra na esquina, nem na padaria, não é mesmo? Não se aprende na faculdade. Ou você tem, ou não tem. E nem o juiz, nem a promotora tinham ao permitir que um pum se transformasse num litígio a ser resolvido pelo Poder Judiciário. Imagina se todo pum do mundo se transformasse num processo? O cheiro dos fóruns seria insuportável.
O problema é que a audiência foi feita e eu tive que ficar ali ouvindo tudo aquilo que, óbvio, passou a ser engraçado. Já que ali estava, eu iria me divertir. Aprendi a me divertir com as coisas que não tem mais jeito. Aquela era uma delas. Afinal o que não tem remédio, remediado está. O réu era um homem simples, humilde, mas do tipo forte, do campo, mas com idade avançada, aproximadamente, uns 70 anos.
Eis a audiência:
Juiz – Consta aqui da denúncia oferecida pelo Ministério Público que o senhor no dia x, do mês e ano tal, a tantas horas, no bairro h, dentro da agência bancária Y, o senhor, com vontade livre e consciente de ultrajar o pudor público, praticou ventosidade intestinal, depois de olhar para o guarda de forma debochada, causando odor insuportável a todas as pessoas daquela agência bancária, fato, que, por si só, impediu que pessoas pudessem ficar na fila, passando o senhor a ser o primeiro da fila. Esses fatos são verdadeiros?
Réu – Não entendi essa parte da ventosidade…. o que mesmo?
Juiz – Ventosidade intestinal.
Réu – Ah sim, ventosidade intestinal. Então, essa parte é que eu queria que o senhor me explicasse direitinho.
Juiz – Quem tem que me explicar aqui é o senhor que é réu. Não eu. Eu cobro explicações. E então... São verdadeiros ou não os fatos?
O juiz se sentiu ameaçado em sua autoridade. Como se o réu estivesse desafiando o juiz e mandando ele se explicar. Não percebeu que, em verdade, o réu não estava entendendo nada do que ele estava dizendo.
Réu – O guarda estava lá, eu estava na agência, me lembro que ninguém mais ficou na fila, mas eu não roubei ventosidade de ninguém não senhor. Eu sou um homem honesto e trabalhador, doutor juiz “meretrício”.
Na altura da audiência eu já estava rindo por dentro porque era claro e óbvio que o homem por ser um homem simples ele não sabia o que era ventosidade intestinal e o juiz por pertencer a outra camada da sociedade não entendia algo óbvio: para o povo o que ele chamava de ventosidade intestinal aquele homem simples do povo chama de PEIDO. E mais: o juiz se ofendeu de ser chamado de meretrício. E continuou a audiência.
Juiz – Em primeiro lugar, eu não sou meretrício, mas sim meritíssimo. Em segundo, ninguém está dizendo que o senhor roubou no banco, mas que soltou uma ventosidade intestinal. O senhor está me entendendo?
Réu – Ahh, agora sim. Entendi sim. Pensei que o senhor estivesse me chamando de ladrão. Nunca roubei nada de ninguém. Sou trabalhador.
E puxou do bolso uma carteira de trabalho velha e amassada para fazer prova de trabalho.
Juiz – E então, são verdadeiros ou não esses fatos.
Réu – Quais fatos?
O juiz nervoso como que perdendo a paciência e alterando a voz repetiu.
Juiz – Esses que eu acabei de narrar para o senhor. O senhor não está me ouvindo?
Réu – To ouvindo sim, mas o senhor pode repetir, por favor. Eu não prestei bem atenção.
O juiz, visivelmente irritado, repetiu a leitura da denúncia e insistiu na tal da ventosidade intestinal, mas o réu não alcançava o que ele queria dizer. Resolvi ajudar, embora não devesse, pois não fui eu quem ofereci aquela denúncia estapafúrdia e descabida. Típica de quem não tinha o que fazer.
EU – Excelência, pela ordem. Permite uma observação?
O juiz educado, do tipo que soltou pipa no ventilador de casa e jogou bola de gude no tapete persa do seu apartamento, permitiu, prontamente, minha manifestação.
Juiz – Pois não, doutor promotor. Pode falar. À vontade.
Eu – É só para dizer para o réu que ventosidade intestinal é um peido. Ele não esta entendendo o significado da palavra técnica daquilo que todos nós fazemos: soltar um pum. É disso que a promotora que fez essa denúncia está acusando o senhor.
O juiz ficou constrangido com minhas palavras diretas e objetivas, mas deu aquele riso de canto de boca e reiterou o que eu disse e perguntou, de novo, ao réu se tudo aquilo era verdade e eis que veio a confissão.
Réu – Ahhh, agora sim que eu entendi o que o senhor “meretrício” quer dizer.
O juiz o interrompeu e corrigiu na hora.
Juiz – Meretrício não, meritíssimo.
Pensei comigo: o cara não sabe o que é um peido vai saber o que é um adjetivo (meritíssimo)? Não dá. É muita falta de sensibilidade, mas vamos fazer a audiência. Vamos ver onde isso vai parar. E continuou o juiz.
Juiz – Muito bem. Agora que o doutor Promotor já explicou para o senhor de que o senhor é acusado o que o senhor tem para me dizer sobre esses fatos? São verdadeiros ou não?
Juiz adora esse negócio de verdade real. Ele quer porque quer saber da verdade, sei lá do que.
Réu – Ué, só porque eu soltei um pum o senhor quer me condenar? Vai dizer que o meretrício nunca peidou? Que o Promotor nunca soltou um pum? Que a dona moça aí do seu lado nunca peidou? (ele se referia a secretária do juiz que naquela altura já estava peidando de tanto rir como todos os presentes à audiência).
O juiz, constrangido, pediu a ele que o respeitasse e as pessoas que ali estavam, mas ele insistiu em confessar seu crime.
Réu – Quando eu tentei entrar no banco o segurança pediu para eu abrir minha bolsa quando a porta giratória travou, eu abri. A porta continuou travada e ele pediu para eu levantar a minha blusa, eu levantei. A porta continuou travada. Ele pediu para eu tirar os sapatos eu tirei, mas a porta continuou travada. Aí ele pediu para eu tirar o cinto da calça, eu tirei, mas a porta não abriu. Por último, ele pediu para eu tirar todos os metais que tinha no bolso e a porta continuou não abrindo. O gerente veio e disse que ele podia abrir a porta, mas que ele me revistasse. Eu não sou bandido. Protestei e eles disseram que eu só entraria na agência se fosse revistado e aí eu fingi que deixaria só para poder entrar. Quando ele veio botar a mão em cima de mim me revistando, passando a mão pelo meu corpo, eu fiquei nervoso e, sem querer, soltei um pum na cara dele e ele ficou possesso de raiva e me prendeu. Por isso que estou aqui, mas não fiz de propósito e sim de nervoso. Passei mal com todo aquele constrangimento das pessoas ficarem me olhando como seu eu fosse um bandido e eu não sou. Sou um trabalhador. Peidão sim, mas trabalhador e honesto.
O réu prestou o depoimento constrangido e emocionado e o juiz encerrou o interrogatório. Olhei para o defensor público e percebi que o réu foi muito bem orientado. Tipo: “assume o que fez e joga o peido no ventilador. Conta toda a verdade”. O juiz quis passar a oitiva das testemunhas de acusação e eu alertei que estava satisfeito com a prova produzida até então. Em outras palavras: eu não iria ficar ali sentado ouvindo testemunhas falando sobre um cara peidão e um segurança maluco que não tinha o que fazer junto com um gerente despreparado que gosta de constranger os clientes e um juiz que gosta de ouvir sobre o peido alheio. Eu tinha mais o que fazer. Aliás, eu estava até com vontade de soltar um pum, mas precisava ir ao banheiro porque meu pum as vezes pesa e aí já viu, né?
No fundo eu já estava me solidarizando com o pum do réu, tamanho foi o abuso do segurança e do gerente e pior: por colocarem no banco dos réus um homem simples porque praticou uma ventosidade intestinal.
É o cúmulo da falta do que fazer e da burocracia forense, além da distorção do Direito Penal sendo usado como instrumento de coação moral. Nunca imaginei fazer uma audiência por causa de uma, como disse a denúncia, ventosidade intestinal. Até pum neste País está sendo tratado como crime com tanto bandido, corrupto, ladrão andando pelas ruas o judiciário parou para julgar um pum.
Resultado: pedi a absolvição do réu alegando que o fato não era crime, sob pena de termos que ser todos, processados, criminalmente, neste País, inclusive, o juiz que recebeu a denúncia e a promotora que a fez. O juiz, constrangido, absolveu o réu, mas ainda quis fazer discurso chamando a atenção dele, dizendo que não fazia aquilo em público, ou seja, ele é o único ser humano que está nas ruas e quando quer peidar vai em casa rápido, peida e volta para audiência, por exemplo.
É um cara politicamente correto. É o tipo do peidão covarde, ou seja, o que tem medo de peidar. Só peida no banheiro e se não tem banheiro ele se contorce, engole o peido, cruza as perninhas e continua a fazer o que estava fazendo como se nada tivesse acontecido. Afinal, juiz é juiz.
Moral da história: perdemos 3 horas do dia com um processo por causa de um peido. Se contar isso na Inglaterra, com certeza, a Rainha jamais irá acreditar porque ela também, mesmo sendo Rainha… Você sabe.
Rio de Janeiro, 10 de maio de 2012.
Paulo Rangel (Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).

domingo, 19 de agosto de 2012

Banho no Bar da Tonha, no Ceará


Vocês já foram lá?
Hoje em dia, só não toma banho quem não conhece ainda o “Bar da Tonha”, no Ceará.
Aviso: “Num aceitemo cartão” ...
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

A origem do OK

A expressão inglesa “OK” (okay), mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA. Durante o conflito, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam em uma placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação. Foi assim que surgiu o famoso “OK”.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).
Nota do Editor: Há uma outra versão que aponta, como origem dessa expressão, que a mesma decorreria de um governador americano, sofrível no domínio do seu vernáculo, à semelhança de um ex-presidente brasileiro, famoso por imolar a nossa língua pátria. Caberia ao governador, manifestar a sua anuência nos despachos, escrevendo: “All Correct”; essa autoridade, para encurtar o uso da pena, apelava por abreviar a expressão, conforme a pronúncia: OK.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

sábado, 18 de agosto de 2012

LOJA DE ESPOSAS

Posteriormente, abriu uma loja do outro lado da rua, a Loja de Esposas, também com seis andares e idêntico regulamento para os compradores masculinos.
No 1º andar, mulheres que adoram fazer sexo.
No 2º andar, mulheres que adoram fazer sexo e são muito bonitas.
Os andares 3, 4, 5 e 6 nunca foram visitados.
Ô raça pra se contentar com tão pouco!
Fonte: Internet, sem autoria definida (circulando por e-mail).

LOJA DE MARIDOS

Foi inaugurada em New York, The Husband Store, uma nova e incrível loja, onde as damas vão escolher um marido.
Na entrada, as clientes recebem instruções de como a loja funciona:
Você pode visitar a loja APENAS UMA VEZ!
São seis andares e os atributos dos maridos à venda melhoram à medida que você sobe os andares.
Mas há uma restrição: pode comprar o marido de sua escolha em um andar ou subir mais um.
MAS NÃO PODE DESCER, a não ser para sair da loja, diretamente para a rua.
Assim, uma dama foi até a loja para escolher um marido.
No primeiro andar, um cartaz na porta:
Andar 1 - Aqui todos os homens têm bons empregos.
Não se contentando, subiu mais um andar...
No segundo andar, o cartaz dizia:
Andar 2 - Aqui os homens têm bons empregos e gostam de crianças.
No terceiro andar, o aviso dizia:
Andar 3 - Aqui os homens têm ótimos empregos, gostam de crianças e são todos bonitões.
Uau!”, ela disse, mas foi tentada e subiu mais um andar.
No andar seguinte, o aviso:
Andar 4 - Aqui os homens têm ótimos empregos, gostam de crianças, são bonitos e gostam de ajudar nos trabalhos domésticos.
 Ai, meu Deus”, disse a mulher, mas continuou subindo.
No andar seguinte, o aviso:
Andar 5 - Aqui os homens têm ótimos empregos, gostam de crianças, são bonitões, gostam de ajudar nos trabalhos domésticos, e ainda são extremamente românticos.
Ela insistiu, subiu até o 6º andar e encontrou o seguinte aviso:
Andar 6 - Você é a visitante número 31.456.012 neste andar.
Não existem homens à venda aqui.
Este andar existe apenas para provar que as mulheres são impossíveis de agradar.
Obrigado por visitar a Loja de Maridos.
Fonte: Internet, sem autoria definida (circulando por e-mail).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O AMOR NÃO É...

O amor não é aquilo que supera barreiras. O nome disso é gol de falta.
O amor não faz coisas que até Deus duvida. O nome disso é Lady Gaga.
O amor não traça o seu destino. O nome disso é GPS.
O amor não te dá forças para superar os obstáculos. O nome disso é tração nas quatro rodas.
O amor não mostra o que realmente existe dentro de você. O nome disso é endoscopia.
O amor não atrai os opostos. O nome disso é imã.
O amor não é aquilo que dura para sempre. Isso é a Hebe Camargo.
O amor não é aquilo que surge do nada e em pouco tempo está mandando em você. Isso é a Dilma Rousseff.
O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego. O nome disso é asma.
O amor não é aquilo que te faz perder o foco. O nome disso é miopia.
O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo provar várias posições na cama. Isso é insônia.
O amor não faz os feios ficarem pessoas maravilhosas. O nome disso é dinheiro.
O amor não é o que o homem faz na cama e leva a mulher à loucura. O nome disso é esquecer a toalha molhada.
O amor não é aquilo que toca as pessoas lá no fundo. O nome disso é exame de próstata.
O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender: O nome disso é vodka.
O amor não faz você passar horas conversando no telefone. O nome disso é promoção da TIM, OI, VIVO, CLARO...
O amor não te dá água na boca. O nome disso é bebedouro.
Amor não é aquilo que, quando chega, você reza para que nunca tenha fim. Isso é férias.
O amor não é aquilo que te alegra, mas depois te decepciona. Isso é pote de sorvete.
O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo de lugar. O nome disso é empregada nova.
O amor não é aquilo que te deixa bobo, rindo à toa. O nome disso é maconha.
O amor não é aquilo que gruda em você e quando vai embora arranca lágrimas. O nome disso é cera quente.
O amor não ilumina o seu caminho. O nome disso é poste.
O AMOR É OUTRA COISA!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Despedida de um Presidente da Coca Cola

O menor discurso de Bryan Dyson ..., ex-presidente da Coca Cola ...
Ele disse ao deixar o cargo de Presidente da Coca Cola:
"Imagine a vida como um jogo em que tu estejas fazendo malabarismos com cinco bolas no ar.
Estas são:
- teu Trabalho
- tua Família
- tua Saúde
- teus Amigos
e tua Vida Espiritual,
e tu terás de mantê-las todas no ar.
Logo tu vais perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha.
Se soltá-la ela rebate e volta.
Mas as outras quatro bolas:
Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidro.
Se tu soltares qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.
Deves entender isto:
tens que apreciar e esforçar-te para conseguir e cuidar do mais valioso.
Trabalhes eficientemente no horário regular do escritório e deixes o trabalho no horário.
Gastes o tempo requerido a tua família e a teus amigos.
Faças exercício, comas e descanses adequadamente.
E sobre tudo... cresça na tua vida interior, no espiritual, que é o mais trascendental, porque é eterno.
Shakespeare dizia:
Sempre me sinto feliz, sabes por que?
Porque não espero nada de ninguém.
Esperar sempre dói.
Os problemas não são eternos, sempre têm solução.
O único que não se resolve é a morte.
A vida é curta, por isso, ame-a!
Viva intensamente e recorde:
Antes de falar... Escute!
Antes de escrever... Pense!
Antes de criticar... Examina-te!
Antes de ferir... Desarma-te !
Antes de orar... Perdoe!
Antes de gastar... Ganhe!
Antes de render-te... Tente de novo!
ANTES DE MORRER... VIVA!!!"
Fonte: Internet (circulando por e-mail).
 

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