quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ 2010

Chega ao final o ano de 2009. Ao longo desse ano, abrimos um continuado canal de comunicações, expresso em 210 postagens neste blog, que acumulou mais três mil acessos.
Notícias pessoais, familiares ou de caráter público, ao lado de curiosidades, humor e artigos de opinião, foram aqui veiculadas, exibindo uma mostra das coisas que realizamos e que foi, para nós, de suma importância poder compartilhar com aqueles que visitaram este blog.
Que o ano de 2010, com a graça de Deus, seja repleto de acontecimentos maravilhosos anos para todos nós.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

GLOBALIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS

O sujeito se chama Marc Faber
- Ele é Analista de Investimentos e empresário

Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, Marc Faber encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado:
"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de US$ 600.00.
Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Walt-Mart, esse dinheiro vai para a China.
Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
Se comprarmos um computador, vai para a Índia.
Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.
Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.
Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan...
E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.
O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.
Estou fazendo a minha parte...”

- Resposta de um brasileiro igualmente bem humorado:
"Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior.
Lamento informar que, depois desse seu e-mail, a Budweiser foi comprada pela brasileira AmBev... portanto, restaram apenas ... as prostitutas.
Porém, se elas (as prostitutas) repassarem parte da verba para seus filhos, o dinheiro virá para Brasília, onde existe a maior concentração de “filhos da p...” do mundo.

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

domingo, 27 de dezembro de 2009

CONSELHOS DE UM CEARENSE PARA UM 2010 BEM PAI D’ÉGUA

Sobre as suas metas para o Ano Novo
 Anote os seus querê e pendure num lugar que você enxergue todo dia.
 Mesmo que seus objetivos estejam lá prá baixa da égua, vale à pena correr atrás. Não se agonie e nem esmoreça. Peleje.
 Se vire num cão chupando manga e mêta o pé na carreira, pois pra gente conseguir o que quer, tem é Zé.
 Lembre que pra ficar estribado é preciso trabalhar. Não fique só frescando.

Sobre o amor
 Não fique enrolando e arrudiando prá chegar junto de quem você gosta. Tome rumo, avie, se avexe
 Dê um desconto prá peste daquela cabrita que só bate fofo com você. Aperreia ela. Vai que dá certo e nasce um bruguelim réi amarelo.
 Você é um corralinda. Se você ainda não tem ninguém, não pegue qualquer marmota. Escolha uma corralinda igual a você.
 Não bula no que tá quieto. Num seja avexado, pois de tanto coisar com uma, coisar com outra, você acaba mesmo é com um chapéu de touro.
 As cabritas num devem se agoniar. O certo é pastorar até encontrar alguém pai d'égua. Num devem se atracar com um cabra peba, malamanhado e fulerage. O segredo é pelejar e não desistir nunca. Num peça pinico e deixe quem quiser mangar. Um dia vai aparecer um machoréi da sua bitola.

Sobre o trabalho
 Trabalhe, num se mêta a besta. Quem num dá um prego numa barra de sabão num tem vez não.
 Se você vive fumando numa quenga, puto nas calças e não agüenta mais aquele seu chefe réi fulerage, tenha calma, não adianta se ispritar.
Se ele não lhe notou até agora é porque num tá nem aí se você rala o bucho no trabalho. Procure algo melhor e cape o gato assim que puder.
 Se a lida não está como você quer, num bote boneco, num se aperreie e nem fique de lundu. Saia com aquele magote de amigos pra tomar uns merol.
Tome umas meiotas e conte uma ruma de piadas que tudo melhora.

Sobre a sua vidinha
 Você já é um cagado só por estar vivo. Pense nisso e agradeça a Deus.
 Cuide bem dos bruguelos e da mulher. Dê sempre mais que o sustento, pois eles lhe dão o aconchego no fim da lida.
 Não fique resmungando e batendo no quengo por besteira. Seje macho e pense positivo.
 Num se avexe, num se aperreie e nem se agonie. Num é nas carreira que se esfola um preá.

Arrumação motivacional
 No forró da entrada do ano, coma aquela gororoba até encher o bucho. É prá dar sorte, mas cuidado, senão dá gastura.
 Tome um burrim e tire o gosto com passarinha ou panelada que é prá num perder a mania.
 Prá começar o ano dicunforça:
 Reflita sobre as besteiras do ano passado e rebole no mato os maus pensamentos.
 Murche as orêia, respire fundo e grite bem alto:

Sai mundiça!!!
 Ah, e não esqueça do grito de guerra, que é prá dar mais sorte ainda:

Queima raparigal!!!
Agora é só levantar a cabeça e desimbestar no rumo da venta que vai dar tudo certo em 2010, afinal de contas você é cearense.
E para os que não são da terrinha, mas são doidim prá ser, nosso desejo é que sejam tão felizes quanto nós.
Peeeeennnnse num ano que vai ser muito bom.
Respeite como vai ser pai d’égua esse 2010.
Um grande abraço do cearense,
Alfredo Mendes

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

sábado, 26 de dezembro de 2009

CONVERSA ENTRE DUAS MULHERES MORTAS

- Morri congelada.
- Ai que horror!!! Deve ter sido horrível! Como é morrer congelada?
- Bom, no começo é muito ruim: primeiro são os arrepios, depois as dores nos dedos das mãos e dos pés, tudo congelando.
Mas, depois veio um sono muito forte e eu perdi a consciência.
E você, como morreu?
- Eu?
Morri de ataque cardíaco.
Eu estava desconfiada que meu marido estava me traindo. Então, um dia cheguei em casa mais cedo, corri até ao quarto e ele estava na cama, calmamente assistindo televisão.
Ainda desconfiada, corri até o porão para ver se encontrava alguma mulher escondida, mas não encontrei ninguém.
Depois, corri até o segundo andar, mas também não vi ninguém.
Então, subi até o sótão e, ao subir as escadas, esbaforida, tive um ataque cardíaco e caí morta.
- Puxa, que pena...
Se você tivesse procurado no freezer, nós duas estaríamos vivas!

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ADOLESCENTE ENCANTADORA

Em 9 de agosto de 2009, quando de viagem à Brasília, para reunião na CAPES, no assento, ao meu lado, estava uma adolescente catarinense, de cerca de 13 anos, que me deixou deveras impressionado por suas determinação e aspirações literárias.
Viajava sozinha, mesmo sendo menor de idade, regressando a Minas Gerais, onde residia com uma tia, após passar férias em Fortaleza. Mostrou-me sua agenda, que funcionava como um diário pessoal, contendo crônicas, poesias e impressões do cotidiano.
Ela portava um violão, compunha canções e ainda era vocalista de uma banda ou conjunto musical de jovens. Era uma amante da literatura e lia tudo o que podia, sobretudo romances e poesias. Aliás, ela interrompeu a leitura que fazia naquele momento, para travarmos a longa conversa durante o voo, cujo tempo transcorrido deu-me a impressão de passar tão rápido. Com a minha idade, e a experiência de quem já publicou tantos livros, procurei incentivá-la a que publicasse os seus escritos e citei alguns dos caminhos que ela poderia seguir para materializar a sua primeira obra.
Havia perdido o contato com essa garota; mas, em 08/12/2009, para a minha grata surpresa, recebi um e-mail dela dando conta de que terminara o seu livro e de que o mesmo já estava sendo editado em uma gráfica, tendo lançamento marcado para março de 2010, o que me deixou muito contente.
Ontem, 24/12/09, recebi um texto de Sissa dos Santos e gostaria de compartilhá-lo com os leitores deste blog.
Com as saudações natalinas.
Marcelo Gurgel

2.010 MOTIVOS PARA SER FELIZ

Somos mais de seis bilhões de vizinhos, já que compartilhamos o mesmo planeta. E inicialmente nossa coexistência pode passar despercebida como simples acaso e se conter apenas a isso; mas os jornais, revistas e a televisão nos mostram hoje que temos nós humanos de diferentes lugares do mundo, costumes e crenças mais em comum do que imaginamos.
Primeiro porque compartilhamos das mesmas necessidades básicas, precisamos de água potável, de ar limpo, de alimentação, de horas de sono e de higiene, sem isso não conseguimos ter saúde, condições básicas de vida e muito menos capacidade para cumprir as necessidades secundárias, que são as que criamos para o mundo que vivemos. Como o trabalho, a educação, a informação e acesso a tudo que de pouco em pouco invade nosso meio que julgamos em questão de pouco tempo como essencial.
E levando por esse ponto podemos perceber mais uma vez como somos dependentes uns dos outros, para a preservação natural de nosso planeta, para a estabilidade de nossa economia e funcionamento de nossas políticas públicas, às vezes pode até ser difícil de entender, mas o mundo em que vivemos é um só e é privilégio e responsabilidade de todos nós. E ainda assim pessoas em diversos lugares do globo morrem de fome, desastres naturais são cada vez mais freqüentes e a globalização mostra cada vez mais o seu lado macabro.
Mas nessa época do ano os cristãos celebram o nascimento de Cristo, 2.010 anos depois de sua vinda. Em todo o mundo famílias se reúnem para presentear-se e festejar em união, ainda que os problemas coletivos ou individuais sejam grandes, que a ciência crie controvérsia com a religião, que o estresse seja cotidiano. E é aí que posso ver que de alguma forma não estamos tão perdidos, e é só pensar em datas como essa em que a esperança ainda é mais acreditada do que as estatísticas. Alguns dizem que o mundo vai acabar em breve, outros que um dia ele vai ser bem melhor e eu acredito apenas que enquanto houver o natal e essa fé mútua compartilhada, que ainda haverá motivo para tentar fazer desse mundo em que vivemos o mundo em que queremos morar.
Feliz Natal para todos,
E um Ano Novo repleto daquilo que o mundo precisa para continuar a acreditar!

Sissa Santos
24/12/09

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A GRATIFICAÇÃO DE ESPECIALIZAÇÃO NA SAÚDE

Em 1993, fizemos sucessivos contatos com lideranças sindicais de profissionais da saúde, portando um estudo com o intuito de instituir vantagens salariais para os funcionários da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA), possuidores de formação pós-graduada em seus respectivos campos de atuação.
A proposição em tela apresentava três modelos de avaliação de títulos para ascensão de servidores enquadrados no Grupo Ocupacional - Serviços Especializados de Saúde-SES, conforme Lei 11.964, de 16.07.92, cujo enquadramento fora efetuado com base exclusiva no montante de vencimentos percebidos por cada um, na SESA.
Esses modelos, considerando os níveis de Especialização, Residência Médica, Mestrado e Doutorado, apontavam para a diferenciação vencimental, via acréscimo de referências ou enquadramento por classes correspondentes à maior titulação, ou mediante atribuição de pontos que remetiam a determinadas classes e referências. A proposição também oferecia a alternativa da criação de uma gratificação de pós-graduação, nos moldes da existente nas universidades federais brasileiras, por ser de mais fácil instituição, ainda que essa fosse mais vulnerável às mudanças, decorrentes do humor dos governantes, podendo ou não ser incorporada aos proventos de aposentadoria.
A receptividade dos líderes de classes, frente à propositura, foi muito fria, não suscitando, “grosso modo”, apoio ou rejeição formais, porquanto, naquele momento, o foco da atuação sindical estava voltado para a obtenção de vantagens, com base na gratificação de produtividade SUS. Para alguns, inclusive, a vantagem por titulação deveria ficar restrita apenas à vida acadêmica. Uns poucos, de comportamento sectário, postulavam que não se deveria fazer distinção entre trabalhadores, recorrendo ao argumento de que trabalho igual, resulta em salário igual.
Para contornar o impasse, passamos a direcionar os esforços de convencimento junto aos gestores da saúde, tendo boa acolhida da então Secretária da SESA, Dra. Anamaria Cavalcante e Silva, que, em 1994, levou ao Secretário da Administração, Dr. Manuel Veras, a proposta de instituir a Gratificação de Especialização, com valores variando de 15% a 45%, os mesmos praticados pela UFC. A surpresa ficou por conta da faixa de 50% a 100%, explicada por ser o ano derradeiro do Governo Ciro Gomes e por configurar um gesto de boa vontade do governador, para com os médicos, pondo ponto final na relação tumultuada, e destemperada, que chegou a momentos específicos de tensão, quando os esculápios cearenses foram comparados com bolacha e com sal.
A minuta do decreto original, de 1994, de nossa lavra, dentro dos limites adotados na academia, indo de 15% para Especialização, até 45% para Doutorado, procurou descolar a Residência Médica (RM) das demais especializações, dando-lhe o reconhecimento devido, mercê da sua importância para a formação dos médicos especialistas, e distinguindo-a em duas modalidades (I e II), consignando-se 25% e 30¨%, respectivamente, com base no tempo de formação e no cumprimento da exigência de pré-requisitos, sem deixar de considerar a possibilidade de uma segunda RM; esses valores ficavam bem próximos dos 35% sugeridos para o caso do Mestrado.
O desdobramento dessa minuta culminou na Lei nº 12.287, de 20/04/94, que criou a Gratificação de Especialização, e no Decreto 23.193, de 04/05/94, que estabeleceu os critérios para a concessão do beneficio. Por influência desse instrumento, com o passar dos anos, outras conseqüências foram aparecendo, a exemplo da gratificação assemelhada, aprovada pelo Município e Fortaleza; da inclusão de numerários adicionais, isso em convenção trabalhista para os médicos regidos pela C.L.T.; e da majoração dos percentuais da gratificação de pós-graduação nas universidades cearenses.
Nesses quase três lustros que se seguiram à implantação da Gratificação de Especialização, pode-se, em parte, creditar à mesma, o fomento, entre os servidores públicos estaduais, da busca para a educação continuada, galgando crescentes níveis acadêmicos, e, por certo, redundando em trabalho mais motivado e de melhor qualidade. Ao lado disso, também ensejou uma melhoria salarial, que pode ter minorado a evasão de funcionários, premidos pelo baixo vencimento do poder executivo estadual.
Por oportuno, louve-se a bem engendrada campanha encetada pelas entidades médicas cearenses (Associação Médica Cearense, CREMEC e Sindicato dos Médicos), que uniram forças e, juntamente com os colegas, conquistaram um Plano de Cargos e Carreiras específico dos médicos, injetando expressivo aumento na massa salarial dos médicos do Ceará. Digno de nota, também, foi o cuidado que essas entidades médicas tiveram de assegurar a permanência da Gratificação de Especialização que, mesmo com redução dos seus percentuais, em 50%, e sobre eles aplicados redutores, nos próximos dois anos, a incidência da vantagem passou a ser feita em cima de um vencimento básico robustecido, produzindo sobejos ganhos reais, consoante se infere da Lei Nº 14.126, de 10/11/08, publicada no DOE, de 13/11/08.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e professor universitário

* Publicado in: Boletim Informativo AMC (Associação Médica Cearense). Outubro a dezembro de 2009 - ano VI, n.18, p.7.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DITADOS MODERNIZADOS I

Está na hora de modernizarmos nossos ditados!!
(Sob pena de descobrirem a nossa idade...)

1. A pressa é inimiga da conexão.
2. Amigos, amigos, senhas à parte.
3. Antes só que em chats aborrecidos.
4. A arquivo dado não se olha o formato.
5. Diga-me que chat frequentas e te direi quem és.
6. Para bom provedor uma senha basta.
7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

LUA DE MEL NA VELHICE

A velhinha, com mais de 80 anos, mas toda elétrica, entra na farmácia.
- Vocês têm analgésicos?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm remédio contra reumatismo?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm Viagra?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm vaselina?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm pomada anti-ruga?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm gel para hemorróidas?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm bicarbonato?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm antidepressivos?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm soníferos?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm remédio para a memória?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm fraldas para adultos?
- Temos sim senhooooora.
- Vocês têm...
- Minha senhora, aqui é uma farmácia, nós temos isso tudo. Qual é o seu problema?
- É que vou casar no fim do mês. Meu noivo tem 95 anos e nós gostaríamos de saber se podemos deixar nossa Lista de Casamento aqui com vocês...

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

sábado, 19 de dezembro de 2009

HOMENAGEM DO INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ

Ontem, 18 de dezembro de 2009, fui distinguido com o certificado de “Quem faz o ICC – Edição 65 anos”, conferido, por decisão unânime, pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC), em reconhecimento dos anos de dedicação e contribuição permanente, alusivo à passagem dos 65 anos de fundação do ICC. Na solenidade, acontecida no Auditório Gov. Lúcio Alcântara, foram outorgadas duas homenagens da instituição (a mim e à Profa. Elsie Studart), entre os julgados de maior destaque para essa entidade.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

POSSE NA ACADEMIA CEARENSE DE FARMÁCIA



Ontem, 17 de dezembro de 2009, em Sessão Solene da Academia Cearense de Farmácia (ACF), ocorrida no Ideal Clube, em Fortaleza, fui empossado como “Acadêmico Honorário” da Academia Cearense de Farmácia”, título para o qual fui eleito, por unanimidade, na 294ª Sessão Ordinária da ACF, de 12 de fevereiro de 2009, em reconhecimento da expressividade intelectual, e como forma de promover a valorização da Farmácia no Ceará, com recebimento de Diploma e Medalha outorgados por esse sodalício.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ADVOGADO X POLÍCIA

Lição fundamental: Jamais faça pergunta sem ter certeza da resposta!

Fato verídico acontecido em uma Vara da cidade de São Paulo na Inquirição em Juízo de um policial pelo advogado de defesa do réu, que tentava abalar a sua credibilidade.
Advogado: Você viu meu cliente fugir da cena do crime?
Policial: Não senhor. Mas eu o vi a algumas quadras do local do crime e o prendi como suspeito, pois ele é, e se trajava conforme a descrição dada do criminoso.
Advogado: E quem forneceu a descrição do criminoso?
Policial: O policial que chegou primeiro ao local do crime.
Advogado: Um colega policial forneceu as características do suposto criminoso. Você confia nos seus colegas policiais?
Policial: Sim, senhor. Confio a minha vida.
Advogado: A sua vida? Então diga-nos se na sua delegacia tem um vestiário onde vocês trocam de roupa antes de sair para trabalhar.
Policial: Sim, senhor, temos um vestiário.
Advogado: E vocês trancam a porta com chave?
Policial: Sim, senhor, nós trancamos.
Advogado: E o seu armário, você também o tranca com cadeado?
Policial: Sim, senhor, eu tranco.
Advogado: Por que, então, policial, você tranca seu armário, se quem divide o vestiário com você são colegas a quem você confia sua vida?
Policial: É que nós estamos dividindo o prédio com o Tribunal de Justiça, e algumas vezes nós vemos advogados andando perto do vestiário.

Uma gargalhada geral da plateia obrigou o Juiz a suspender a sessão

Foi falar besteira ...

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

domingo, 13 de dezembro de 2009

O PROJETO ACADÊMICO PACATUBA

O Projeto Acadêmico Pacatuba (PAPa) foi criado no começo da década de setenta, por iniciativa de estudantes de Medicina. A idéia original foi do estudante Elcias Camurça Filho, que, na época de colegial, participou de programa de intercâmbio da AFS nos EUA, onde realizou parte do seu “high-school”, e engajou-se em programas de trabalhos sociais, feitos voluntariamente, com ampla mobilização da comunidade.
Logo que ingressou no Curso de Medicina da UFC, em 1970, Elcias cogitou montar de algo que levasse os universitários a prestar serviços à população carente, tendo elaborado, sob a orientação direta da sua genitora, a Profa. Zélia Camurça, uma renomada educadora, um projeto de extensão universitária, para esse fim. O projeto em tela foi apresentado e conseguiu, de imediato, a adesão dos seus colegas de turma, Henry de Holanda Campos e Fernando Antônio Frota Bezerra, que compuseram o grupo fundador.
A proposição do campo de aplicação do projeto coube ao Henry de Holanda Campos, ligado por laços familiares, a pessoas envolvidas na administração de Pacatuba, um município situado vizinho à Fortaleza, distando cerca de trinta quilômetros da capital. Na sua fase de implantação, o projeto atraiu a colaboração de outros companheiros, da mesma turma, como: Ana Rosa dos Santos, Glauco Lobo Filho, Maria de Fátima Veras e Eldon Barros de Alencar.
A proposta foi encampada pela universidade, convertendo-se em atividade de extensão rural do Departamento de Saúde Comunitária da UFC, que envidou os esforços necessários para viabilizar a empreitada, buscando o suporte de demais unidades acadêmicas. Dentre os docentes mais atuantes e solidários, figuravam: Zélia Rouquayrol, Júlio Maria Lima, Ariston Cajaty e Adalvaniza Costa.
À medida que os anos letivos iam avançando, eram selecionados alunos das novas turmas, a exemplo de Ana Júlia Couto, Airton Monte, Sullivan Mota e Urico Gadelha, dentre os admitidos na UFC, em 1971, e, depois, agregando alguns dos que formaram conosco, na turma de 1977.2, rememorando-se aqui os nomes de: Carlos Roberto Morais Sampaio, Cristina Mourão, Francisco Delano Campos Macedo, Francisco Jean Crispim Ribeiro, Marcelo Gurgel, Maria Roseli Monteiro Callado, Jussara Nogueira Terra e Marcos Sandro Fernandes de Vasconcelos; esse último chegou a ser a presidente do PAPa, na gestão subseqüente a da Ana Júlia Couto.
O trabalho era realizado sempre aos sábados e prestava assistência comunitária à população do município de Pacatuba e da sua vizinhança. Em princípio, o projeto envolvia apenas acadêmicos de Medicina, mas com o passar dos anos, foi incorporando diversos cursos e tendo então uma atuação bem mais abrangente, dirigido inclusive para o desenvolvimento comunitário.
Quando plenamente instalado, o PAPa possuía uma logística interessante: pela manhã, em escala de revezamento, um grupo, de quatro a cinco alunos, ia em carro próprio à Pacatuba, para cuidar dos meios e da infra-estrutura para a feitura dos serviços pelo conjunto de alunos e fazer a triagem dos atendimentos programados para a tarde. Os demais participantes apresentavam-se no campus do Porangabuçu, por volta das 13h, para tomar o velho ônibus da “Faculdade de Medicina”, que os levava até Pacatuba, cujo trabalho começava às 14h e se estendia até às17h30.
Uma contra-partida da Prefeitura fazia-se então presente no lanche, servido no rápido intervalo de uns quinze minutos, no meio da tarde, quando os alunos se dirigiam ao restaurante autorizado pelo prefeito, para receber um refrigerante acompanhado de um misto quente ou uma coxinha, ocasião em que paravam para respirar um ar mais puro e admirar a topografia da localidade, incluindo a Serra de Aratanha, que viria a ser palco, anos mais tarde, de um terrível desastre de aviação, que deu cabo da vida de mais de uma centena de pessoas.
Para os alunos de segundo e de terceiro anos, as principais atividades eram desenvolvidas no Serviço de Epidemiologia, onde se tinha a oportunidade de travar os contatos iniciais com a dura realidade de vida das populações rurais, visto que se operavam ali levantamentos epidemiológicos e o diagnóstico das condições econômicas e sociais das famílias.
A partir do quarto ano de Medicina, depois de terem passado pela Semiologia, os acadêmicos passavam a estagiar no Serviço de Clínica Psiquiátrica, momento em que era possível constatar que muitas das queixas da clientela referida tratavam-se de formas de manifestação de descontrole produzidas por condições sócio-econômicas adversas, ou marcavam presença no Serviço de Clínica Médica, prestando serviço assistencial aos grupos de adultos. Quase sempre havia um docente designado para acompanhar os estudantes, embora nem sempre fosse médico, para ajudar a solucionar os casos mais complexos, amparado no sistema de referência para o Hospital Universitário Walter Cantídio, que oferecia o suporte, nas situações que exigissem internamento hospitalar.
Havia muito entrosamento entre os participantes, durante a execução das tarefas, com auxílio mútuo, para o aprendizado e para a resolução dos casos da melhor maneira; essa interação, que integrava universitários de distintos cursos, alargava-se no percurso da volta à Fortaleza, animada pela irreverente atuação de Airton e Urico, cujas brincadeiras e pilhérias tornavam o tempo de retorno bem curto. O ônibus entrava em Fortaleza por Parangaba, usando a Av. João Pessoa, fazendo um pequeno desvio, para deixar os alunos, que haviam estacionado os carros no campus do Porangabuçu, e, em seguida, retomava à mesma avenida, parando em vários pontos para liberar mais alguns alunos, prosseguindo pela Av. da Universidade até a Praça José de Alencar, onde desciam os últimos passageiros.
As turmas sucedâneas à nossa ainda deram seguimento a esse exemplar projeto de extensão universitária, que sucumbiu à entrada dos anos oitenta, certamente pela combinação de fatores, incluindo, e.g.: a desmotivação estudantil, para trabalhos comunitários; a falta de apoio da direção do Centro de Ciências da Saúde, após a gestão do Prof. Geraldo Gonçalves; o esfacelamento do Departamento de Saúde Comunitária, em disputas fraticidas; e a institucionalização do CRUTAC.
Por fim, lastima-se aqui o encerramento de um estágio, rico em experiência comunitária, e de grande valia para a formação de profissionais, especialmente os futuros médicos, engajados na luta por uma saúde de melhor qualidade e mais acessível a todos.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e professor universitário

* Publicado in: Revista Histórias da Saúde. Agosto a outubro de 2009 – ano XI, n.20, p.17.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A ROUPA FAZ A DIFERENÇA?

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:
- Vocês sabem onde está o médico do hospital?
Com tranqüilidade, o médico respondeu:
- Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?
Ríspida, retorquiu:
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?
Mantendo-se calmo, contestou:- Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?!?!
- Como?!?! O senhor?!?! Com essa roupa?!?!...
- Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico...
- Veja bem as coisas como são... - disse o médico - ... as vestes parecem não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpaticíssimo "boa tarde!"; como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...
E continuou:
- Um dos mais belos trajes da alma é a educação; sabemos que a roupa faz a diferença mas o que não podemos negar é que: Falta de Educação, Arrogância, Falta de Humildade, Pessoas que se julgam donas do mundo e da verdade, Grosseria e outras "qualidades" derrubam qualquer vestimenta.

Moral: Bastam às vezes, apenas 5 minutos de conversa para que o ouro da vestimenta se transforme em barro.

Fonte: Internet (circulando por e-mail)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O QUE ELES DISSERAM IV

VENENO
"Num mundo inseguro existem apenas duas coisas em que se pode confiar: na insegurança da Itália e na de Mussolini."
Adolf Hitler, líder nazista alemão, criticando o ditador italiano Benito Mussolini
"Provavelmente mentiroso; e maluco, com certeza."
Benito Mussolini, respondendo a uma das provocações feitas pelo führer
"Este homem é perigoso – ele acredita no que diz."
Joseph Goebbels, ministro da Propaganda nazista alemã, falando sobre Adolf Hitler
"Dirigir Marilyn Monroe era como dirigir Lassie."
Otto Preminger, cineasta austríaco que comparou a capacidade de representar da atriz americana à da cadela que fez sucesso num seriado de TV
"Chaplin era um homem perverso. Sádico. Vi-o torturar seu filho Sydney, humilhá-lo, insultá-lo." Marlon Brando, sobre Charles Chaplin, que o dirigiu no filme A Condessa de Hong Kong, em 1966
"Não passei o Natal com eles porque chegaria num BMW e sairia num caixão."
Princesa Diana, explicando, em 1995, sua ausência na ceia de Natal da família real

Fonte: Internet (circulando por e-mail) Editado por Maria Rita Alonso e Rosana Tonetti

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A ORGANIZAÇÃO DA SELEÇÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA DO SUS NO CEARÁ

A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), desde a sua criação, em 1993, tem assumido a coordenação do Processo Seletivo da Residência Médica (RM) para os hospitais estaduais de referência do Sistema Único de Saúde do Ceará, englobando os pertencentes à extinta Fundação de Saúde do Estado do Ceará (FUSEC), representados pelos Hospital Geral César Cals, Hospital São José e Hospital de Saúde Mental de Messejana, além daqueles integrantes do antigo INAMPS, que foram estadualizados, no caso o Hospital Geral de Fortaleza e o Hospital de Messejana.
Ao acolher esse encargo, a seleção já estava unificada, sob a égide da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), que o realizava por meio do trabalho voluntário e dedicado de alguns coordenadores e preceptores de variados programas, cabendo à ESP-CE introduzir mudanças graduais, sobretudo operacionais, para tornar os procedimentos mais profissionais e regulamentados.
Um ponto de partida foi o reconhecimento da necessidade de expandir a concorrência, para atrair também melhores candidatos, e, também, gerar maiores receitas, com o fito de remunerar as tarefas realizadas, minimizando a colaboração gratuita, ao tempo que se buscava obter o aprimoramento qualitativo dos instrumentos de avaliação dos postulantes.
A aplicação das provas escritas e de títulos ocorria em duas fases, distanciadas em quase duas semanas, o que levava à liberação dos resultados finais ao cabo de quase um mês, gerando fortes e demoradas expectativas entre os inscritos. A correção manual dos gabaritos foi substituída pela leitura ótica dos mesmos, evitando as naturais falhas e imperfeições humanas do procedimento artesanal, e conferindo grande agilidade na correção e no fechamento dos resultados.
As duas fases foram reunidas em um único fim-de-semana, permitindo-se participar da segunda fase, independente do resultado da prova escrita, com as provas de múltipla escolha aplicadas na manhã do sábado e as entrevistas com análise curricular, iniciadas na parte da tarde e se prolongando em todo o domingo; nos últimos anos, com a inclusão de mais examinadores, devidamente treinados, que passaram a contar com pessoal de apoio, e a definição de aprazamento dos horários das análises, foi possível restringir a feitura do certame em apenas um dia.
Os pontos de corte para a aprovação da primeira fase, anteriormente fixados na média menos um desvio padrão de cada programa, geravam sérias distorções por suas brutais diferenças entre os programas, de modo que, às vezes, um candidato eliminado de um programa de alta competição tinha rendimento que o alçava entre os primeiros de programas menos qualificados em competição, e ainda por razões estatísticas da variabilidade produzida em pequenos números, no caso de poucos candidatos em certos programas. Para corrigir tal dissonância, o diapasão adotado foi estabelecer um único “cutoff” para os candidatos dos programas de acesso direto, definido na média menos um desvio padrão dos resultados da prova básica, comum a todos os concorrentes, e, linearmente, considerar o perfil de 50% de acertos das questões válidas como ponto de corte aos candidatos inscritos nas áreas especializadas.
Para aprimorar a qualidade das provas escritas, foram ministrados dois cursos teóricos e práticos sobre a formulação de questões de múltipla escolha aos preceptores encarregados dessa funções, os quais, anualmente, quando convidados a integrar às bancas de provas, recebem um pacote contendo instruções sobre a técnica de elaboração de quesitos, a digitação e formatação e modelos de questões, com referências bibliográficas. A quantidade de questões solicitadas aos formuladores passou a ser quase o dobro do necessário às provas, cabendo a seleção das questões e a montagem de cada prova ao trabalho coletivo, envolvendo elaboradores e coordenação do certame, sob o estreito acompanhamento de técnico experimentado em avaliação educacional, atentando-se para aspectos relativos a conteúdo, consistência, grau de dificuldade, poder discriminatório etc. A montagem final das provas, após a reavaliação técnica, passou a ser submetida à cuidadosa revisão ortográfica.
Os procedimentos comuns de análise curricular aplicados a todos os candidatos foram revistos e desmembrados em dois modelos de Curriculum Vitae (CV) padronizado: o A, que deve ser preenchido pelos candidatos às áreas básicas e especialidades de acesso direto (que não exigem pré-requisito) e o B, ajustado aos candidatos às especialidades que exigem pré-requisito; preservou-se, outrossim, a prática de somente revelar os comprovantes dos títulos por ocasião da análise curricular, evitando-se o acúmulo de análise de documentos na ESP-CE. Esses modelos substituíram os apresentados em diferentes formatos, de modo espontâneo e livre, pelos postulantes, cujo manuseio tomava muito tempo do examinador.
A nota atribuída ao histórico escolar da graduação, como parte da prova de títulos, e que considerava todas as notas e/ou conceitos das disciplinas, demandando a, aproximadamente, meia hora de cada avaliador, foi inicialmente restrita à aferição do desempenho de dez matérias e, posteriormente, a apenas cinco disciplinas: Patologia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria e Gineco-Obstetrícia. Por três anos, a Coordenação da seleção introduziu, em caráter opcional, o direito do candidato de pleitear essa avaliação baseada no resultado individual do Exame Nacional de Cursos (o Provão do MEC); essa exitosa medida, que tinha a vantagem de harmonizar, em um só instrumento, a dificuldade de lidar com grades curriculares extremamente díspares e conferia uma economia de tempo de análise, foi abortada pela intempestiva decisão do governo federal de extinguir o Provão, equivocadamente substituído pelo ENADE, cujas periodicidade e não individualização de resultados tolheram a continuidade do aproveitamento na pontuação curricular.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Ex-Coordenador da Seleção da RM do SUS-CE

* Publicado in: Jornal do médico, 5(29): 6, 2009. (Informativo Independente do Ceará).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O BRASIL ANEDÓTICO X

A VENDA DO FILHO
Cândido Freire - "Rev. do Brasil", n° 60, de 1920
A 10 de novembro de 1840 penetravam a bordo do patacho Saraiva, ancorado a pouca distância do cais, na Baia, um pretinho de dez anos, e que seria mais tarde o poeta e abolicionista Luiz Gama, o pai deste, homem branco, e jogador, que o tivera de uma preta-mina, e o dono de uma casa de tavolagem, de nome Quintela.
Enquanto o menino se distraía com os marinheiros, os dois entram em entendimento com o capitão, e retomam o bote que os trouxera. Ao vê-los partir, o negrinho corre, chega à escada, e grita:
- Meu pai? meu pai? não me leva?
- Eu volto já, para te levar, - informou o miserável.
E o menino, compreendendo tudo, num ímpeto de dor e de revolta:
- Meu pai, o senhor me vendeu !...
E era verdade. Foi assim, vendido, que Luiz Gama veio para o Rio, e foi, escravo, do Rio para São Paulo.

VIL, ELA
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 129
José Vilela Barbosa, que foi, depois, marquês de Paranaguá e um dos signatários da Constituição do Império, era um dos homens de mais espírito do seu tempo, no Brasil. Os seus epigramas tiveram fama e, não menos, as suas respostas galantes ou atrevidas.
Palestrava ele, no Paço, com uma senhora, quando esta, irritando-se, redargüiu ferina:
- V. Excia. sempre é um homem que tem um nome que começa por "vil"!
- Vil não! - protestou Paranaguá.
E emendando:
- "Vil, ela"!

"O PAIOL DA PÓLVORA"
Salvador de Mendonça, n'"O Imparcial", 1913
O Diário Mercantil de Francisco Otaviano, tinha como caixa e administrador o velho César, septuagenário que possuía uma grande prática de negócios. Quando se tratava da parte comercial da folha, Otaviano mandava:
- Isso é lá embaixo, com o César; desça ao "paiol da pólvora".
- Isto é o paiol mesmo, - confirmava o velho César.
E acentuava:
- Sem isto não se faz fogo lá em cima!

ORGULHO CONTRA BRAVURA
Serzedelo Correia - "Páginas do Passado", pág. 24
Transmitida a Deodoro, por Floriano. na manhã de 15 de novembro, a notícia de que o Visconde de Ouro-Preto lhe queria falar, o velho soldado subiu e, ao penetrar no gabinete em que se achava reunido o ministério no quartel-general, foi inevitável o choque.
- Senhor general, - declarou Ouro-Preto, - diante da força e do seu ato de violência, impossibilitado eu de combatê-lo, entrego à sua guarda as instituições e o governo!
- Sim, respondeu Deodoro; - diante da força e da violência provocadas pelos governos que nunca souberam tratar o soldado. Se VV. Excias. soubessem o que é ser soldado, se VV. Excias. sofressem com cinco anos de campanha, o fogo, as intempéries e a fome, e como eu, oito dias seguidos, só comessem milho cozido, haviam de compreender as amarguras da alma do soldado, e tratá-lo de outro modo!
- Por maiores que sejam as amarguras e agonias do soldado, - retorquiu o Visconde, - não podem ser iguais às minhas, ouvindo nesta hora V. Excia.
Deodoro perdeu a calma.
- Pois V. Excia. está preso! bradou.
Floriano intervém, porém:
- Não, Manuel; isto não é do trato!
E Deodoro de novo:
- Podem o ministério e V. Excia. se retirarem para as suas casas.

PATRULHA POLÍTICA
J. M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. 1, pág. 82
Ângelo Moniz da Silva Ferraz, que morreu em Petrópolis em 1868, dois dias depois de lhe ser conferido o título de Barão de Uruguaiana, foi, como deputado e senador, um dos oradores mais vigorosos do seu tempo.
Eleito pela Baía em 1845; dirigia ele uma oposição de três ou quatro deputados, quando, num discurso, exclamou:
- Eu, e o meu partido...
- V. Excia. não comanda um partido, aparteou um deputado governista. - V. Excia. chefia, apenas, uma patrulha!
A frase ganhou curso, ficando Ferraz, até a sua adesão ao partido liberal, com o apelido de "chefe de patrulha".
AS DERROTAS DE MARTINHO DE CAMPOS
Alfredo Pujol - Discurso na Academia Brasileira de Letras
Era Lafayette ministro da Justiça, no gabinete Sinimbú, quando, atacado, em virtude de um dos seus atos, subiu à tribuna para defender o governo e a sua pessoa. Chefiava o movimento contra ele o velho Martinho de Campos, e Lafayette foi impiedoso:
- Pelo que me diz respeito, - concluiu, - estou perfeitamente tranqüilo, vendo o nobre deputado no comando desta campanha. Há trinta anos S. Excia. comanda batalhas políticas, e as tem perdido todas!

FILHOS E SOBRINHOS
Ernesto Sena - "Deodoro", pág. 159
Deodoro, conforme se sabe, morreu sem descendência. Muito ligado, porém, à família, tratava como seus os filhos dos seus irmãos, os quais interferiam na sua vida com certa liberdade, ajudando-o em muitas coisas mas, também, como era natural, causando-lhe aborrecimentos. E sempre que um destes lhe vinha, era fatal a sua frase:
- Qual! Quando Deus não nos dá filhos, o Diabo nos dá sobrinhos!...
AS ELEIÇÕES
Magalhães de Azevedo - "D. Pedro", pág. 49.
Nas palestras com os seus ministros, costumava dizer D. Pedro II, em 1870:
- As eleições, como elas se fazem no Brasil, são a origem de todos os nossos males políticos.
À margem de um opúsculo de Joaquim Nabuco, O erro do Imperador, escrevia o monarca em 1886, confirmando essas idéias:
"Não é o vestido que tornará vestal a Messalina, porém, sim, a educação do povo e, portanto, a do governo. Parece-me que devo conhecer essa chaga, pois a observo, sem ser mero expectante, há quarenta e tantos anos".

A GALINHA D'ANGOLA
Afonso Celso - Discurso na Academia Brasileira de Letras, recebendo Lauro Müller.
Na sua vivenda de Jacarepaguá, possuía o senador Lauro Müller grande quantidade de galináceos, e entre estes, numerosas galinhas d'Angola, de crista vermelha e plumagem cinzenta. Nédias, fortes, livres, satisfeitas, corriam por todo o quintal. Entretanto, de manhã à noite, a cantiga era a mesma: "estou fraco! estou fraco! estou fraco!"
É curioso! - observa o dono da casa, um dia, a um amigo.
E com bom humor:
- Não posso ver e ouvir estas aves que não fique, logo, pensando no Brasil!...

Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CINEMA NO NORDESTE! III

Para conseguir a aceitação do público nordestino, os cinemas locais decidiram mudar os nomes dos filmes.
Veja abaixo os novos títulos:
De: Guerra nas Estrelas
Para: Arranca-Rabo no Céu
De: Um Peixe Chamado Wanda
Para: Um Lambari, Cum Nome di Muié
De: A Noviça Rebelde
Para: A Beata Increnquêra
De: O Corcunda de Notre Dame
Para: O Monstrim da Igreja Grandi

Fonte: Internet (circulando por e-mail)
 

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