quinta-feira, 31 de julho de 2014

Causos Militares em Brasil Anedótico VI


A GRANDE DIFERENÇA
Serzedelo Correia - "Páginas do Passado", pág. 20.
Manhã de 15 de novembro de 1889. Em frente ao quartel-general Deodoro punha em linha as bocas de fogo da tropa revoltada. Ignorando toda a extensão da conspiração militar, o Visconde de Ouro-Preto chama Floriano e pergunta por que as forças fiéis ao governo não saíam, para dar combate à força rebelde.

- É que Deodoro tem artilharia e, em cinco minutos, arrasaria o quartel-general, - respondeu o mestre de campo.
Ouro-Preto estranhou a resposta:

- No Paraguai tomava-se artilharia; só se aquela não pode ser tomada por estar comandada por um general valente...
- Não, não é por isso, - revidou Floriano, compreendendo a ironia.

E no mesmo tom:
- É que no Paraguai eram inimigos, e ali são brasileiros!

A QUEIXA DOS TUPINAMBÁS
Jean de Lery - "História de uma viagem à terra do Brasil", ed. De 1926, pág. 154.
Quando Nicolau de Villegaignon se fixou na baía do Rio de Janeiro, em 1555, os índios tupinambás, que habitavam o litoral, achavam-se na guerra com a tribo dos maracajás, cujos prisioneiros eram todos devorados. Para impedir a continuação da antropofagia, procurava o conquistador francês adquirir por compra todos os prisioneiros, salvando-os, assim, da voracidade do inimigo.

Essa interferência do hóspede branco negócios da raça não agradava nada aos tupinambás, um dos quais se queixava, num suspiro a Jean de Lery:
- Não sei o que será de nós, de agora em diante!... Depois que Paicolás (nome davam a Villegaignon) veio para a ilha, não comemos nem a metade dos nossos prisioneiros!...

HONESTIDADE DE MINISTRO
J.M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. II, pág. 83.
Era José Bernardino Batista Pereira de Almeida Sodré ministro da Fazenda, em 1828, quando o seu colega da pasta da Guerra lhe oficiou, pedindo o pagamento das despesas de transporte, e outras, de alguns operários que o Imperador mandara engajar na Alemanha. Recusado esse pagamento, mandou Pedro I chamar José Bernardino, interpelando-o.

- Senhor, - respondeu o ministro, - no orçamento que vigora não tenho verba que autorize essa despesa; ela é, portanto, ilegal, e eu não a posso ordenar.
- Mandei engajar esses homens, - tornou o Imperador, com energia; - quero que as despesas sejam pagas.

- E se-lo-ão, Senhor; pois que Vossa Majestade o quer.
Dias depois, indagado pelo monarca sobre o cumprimento da sua ordem, o ministro informou:

- Em face da lei, o Tesouro Nacional não podia pagar a esses engajados; a ordem de Vossa Majestade tinha, porém, de ser cumprida.
- E então?

- Paguei-os de meu bolso particular!

BATUTA DE MARINHEIRO
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 151.
Era o capitão-tenente Bento José de Carvalho, irmão do Visconde de Inhaúma, comandante da corveta Isabel, quando esta naufragou, em 1859, nas costas de Marrocos.

O sinistro ocorreu durante uma tempestade. As ondas, enormes e furiosas, varriam o navio, quando este, rebentado o casco e partidos os mastros, começou a afundar-se.
- A vida de um comandante, depois do naufrágio, é fardo que não se deve disputar às ondas! - gritou, em desespero, o bravo marujo.

E atirou-se ao abismo.
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

HUMOR JUDAICO (Nada contra os Carpinteiros)


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta

(Prefiro protestos a receber condolências)
Golda Meir (1898- 1978)

O humor judaico é uma das grandes heranças desta forma de expressão humana.
Seu mais eficaz instrumento é fazer graça de suas próprias características com dolorosa e infeliz sutileza. Espelha a história do povo judeu. Reflexo das suas alegrias e angústias, anseios e desalentos. Exprime suas infindáveis aspirações por um Mundo no qual justiça, misericórdia, compreensão e igualdade prevalecerão, não só para si, mas para todos os povos.
Mas, será que existe mesmo um humor judaico?
Sim, ele existe e faz graça da própria desgraça. A técnica foi aperfeiçoada por anos e anos de perseguições, tendo nascido no século XIX, nos shetls, palavra em iídiche que se refere aos miseráveis povoados, vilas ou aldeias da Europa Oriental, onde eles eram permitidos morar.
O shtetl surgiu como resultado de dois processos intimamente relacionados: primeiro, a exclusão social dos judeus e sua permanência, apenas, em determinadas áreas (conhecidas como Zonas de Residências Judaicas); e, segundo, a restrição dos seus direitos, como o de circulação nas cidades, o de exercer cargos no governo e a posse de campos de cultivo.
Vale salientar que o confinamento dos judeus, e suas Zonas Especiais de Residência facilitaram a política nazista da chamada Solução Final da Questão Judaica (Endlösung der Judenfrag), cuja ocorrência é negada por muitos líderes atuais.

Mas vamos ao que interessa na conjuntura internacional, atual.
Israel Invade a Faixa de Gaza bradam as mídias. Judeus ou Israelenses estão praticando genocídio.

 Pertinente relembrar uma anedota que correu mundo na época do pré-nazismo.
 “Uma criança loira brincava em um das alamedas de um dos bosques de Viena. Nisto surge um leão (fugido de um circo) prepara-se para dar o bote. Todos fogem, apavorados. Um transeunte ao dar-se conta do perigo, saca de arma, abate a fera”.

Manchete dos jornais do dia seguinte:
Herói anônimo abate perigoso leão/Salva a vida de uma criancinha/Herói arrisca a própria vida para salvar uma menina.
Dois dias após, um repórter investigativo descobre que o herói era — um judeu.
Nova manchete:
“Judeu desalmado mata indefeso leão/Leão desarmado é morto a tiros por perverso judeu...”.

 Esta é a reposta que tenho quando perguntam do que acho sobre o direito de Israel invadir a Faixa de Gaza. Seja lá como for “prefiro protestos" a receber condolências (Golda Meir 1898-1978), primeira ministra de Israel, filha de um carpinteiro. Nada contra os carpinteiros. Profissão honrada.

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

terça-feira, 29 de julho de 2014

EUNÍCIO ESTÁ NO SEU TETO, CAMILO NO SEU PISO


Por Ricardo Alcântara (*)
Somente com dez dias de propaganda na televisão é que se poderá ter um cenário mais definido dos rumos que tomará a sucessão. “Cenário definido”, em termos: nele, nada haverá que não possa mudar nos últimos dez dias de campanha.

Logo, pesquisas de opinião de hoje só existem para este fim: serem solenemente desmentidas mais adiante. É o que chamo (se não lhe incomoda uma metáfora futebolística mesmo após aquele vexame) de “pesquisa de bola parada”.
 “Pesquisa de bola parada” é como esquema tático em prancheta de técnico: em menos de dez minutos de jogo tudo aquilo já pode ter ido por água abaixo. Ela afirma o resultado que a eleição teria... se não houvesse eleição alguma!

No entanto, eleição haverá e ela será precedida por uma intensa campanha onde o mais conhecido haverá de convencer e o desconhecido pode surpreender.  Cante seu hino à capela, mas lembre-se dos alemães. Eles sabem: o jogo é jogado.
No quadro da disputa ao governo do Estado, há duas seguras constatações a partir da mais recente pesquisa Ibope: com 44% das indicações, Eunício Oliveira inicia a campanha pelo seu teto para primeiro turno e Camilo, com 14%, pelo seu piso.

Pensar que Eunício possa ganhar a campanha contra um candidato governista já no primeiro turno é uma aposta de risco. Logo, difícil ultrapassar esses abençoados 44% que a pesquisa lhe confere, resultado de um recall longamente perseguido.
Já os 14% que o Ibope confere a Camilo Santana é um índice ínfimo, compatível com candidaturas alternativas, vinculadas a nichos urbanos mais esclarecidos e comprometidas com vestígios de utopia. 14% de votos, o Benfica garante, ora.

Logo, a próxima rodada de pesquisas, datada para a primeira semana de Agosto, só trará boas notícias para a campanha de Camilo-Izolda, indicando o crescimento natural de uma candidatura que partiu do patamar mínimo de seu potencial.
Tão logo uma parcela maior da sociedade saiba que eles são indicados pelo atual governador e, ainda mais importante, vinculados ao partido de Lula e Dilma – PT, o próprio, e não o genérico PMDB – eles deverão, até lá, crescer bastante.

Se alguém pretende retirar da pesquisa Ibope de agora algo mais substancial, a boa técnica recomenda tomar como totalidade a relação percentual entre o número de eleitores que afirmam conhecer o candidato e aqueles que nele declaram seu voto.
Somente a observação comparada da proporção entre nível de conhecimento e intenção de voto em cada candidato pode dar aos índices pesquisados agora uma visão em perspectiva, que aponte a tendência – para onde as coisas estão indo.

(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre é cão sem dono. Se gostou, passe adiante.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

POLITICAMENTE CORRETO

Affonso Taboza (*)

País dos modismos, o Brasil. Não sei se nisso somos diferentes de outros povos. Pouco importa. Cabe-nos analisar o que nos toca e a forma como as coisas acontecem em nosso chão. Verdade é que, nos últimos tempos, muitos conceitos aqui arraigados viraram de ponta-cabeça, afetando o modo de pensar e, em consequência, atitudes e ações de grande parte do nosso povo. Certo? Errado? Cada um tem sua verdade... Avanço? Atraso? Cada um tem sua ótica...
Uma coisa não se pode negar: São estranhos, muito estranhos, certos comportamentos e formas de pensar correntes hoje em dia, se comparados aos conceitos e atitudes de vinte ou trinta anos atrás.

Um exemplo forte é a questão racial. Hoje, chamar-se alguém de negro, simplesmente apelando para uma realidade física visível, é ofensa grave. Por quê? O termo negro é palavrão? É indigno ter a pele escura?
Chamar alguém de negro, hoje, é mais grave que chamar de ladrão, ou qualificar de forma indecorosa sua honrada mãe. Diferente de tempos bem recentes, quando as expressões “negro velho” ou mais comumente “nego véi”, eram formas amistosas e até carinhosas de trato. De igual modo, “minha nega”. Era comum maridos tratarem as esposas por “minha nega” ou “minha veia”. Vá alguém tratar hoje um semelhante com tais termos... Se a “ofensa” for levada à Justiça, pode o atrevido ir parar na cadeia, visto que os juízes não têm ainda o poder de mandar alguém para o fogo do inferno.

O rolo compressor dos revisionistas é tão grande que até a obra de Monteiro Lobato, ícone da literatura brasileira que fez a alegria de gerações de petizes, é policiada e taxada de racista pelas autoridades deste governo de poucas luzes e muitos preconceitos. Tende a entrar, se não já entrou, no Index Librorum Proibitorum. E lembre-se que o escritor viveu em época em que ser negro era condição natural de herança étnica e, portanto, pessoas de pele escura não se sentiam ofendidas com isso. A obra foi produzida naquele contexto, mas os doutos de Brasília são incapazes de sentir isso.
Num mundo de tanta hipocrisia e simulação, qualificar alguém de negro é ofensa. “Politicamente correto” é designá-lo de afro-descendente. O que dá no mesmo. Babaquice sem tamanho!

Aprendemos em tempos idos que o Brasil era um país de brasileiros, onde não havia distinção de cor e credo. Pelo menos do ponto de vista legal. Consequência natural da mistura de raças e origens do seu povo. Um pais de mestiços, onde são raros os que portam sangue europeu puro. Por trás de uma pele alva, corre com frequência boa dose de sangue índio, africano ou asiático. Nunca tal fato foi motivo de querela ou questionamento, nem despertou atenções.
O politicamente correto e os eufemismos desnecessários dos dias de hoje jogam holofotes em tal questão, sem nenhuma vantagem para o País. Levantam discussões, exacerbam ânimos, abrem feridas. Um tiro no pé. Destruíram a boa convivência, institucionalizaram o racismo. Um racismo às avessas onde “brancos” são discriminados.

Hoje o Brasil é um país de falsos brancos, falsos índios, falsos afro-descendentes, falsos asiáticos. Um país de eufemismos.
 (*) Membro do Instituto do Ceará
Fonte: O Povo, Opinião, de 23/07/14.

domingo, 27 de julho de 2014

Outras Goleadas: Alemanha X Brasil

1) Prêmio Nobel - Alemanha 103 x Brasil 0

2) Salário de Professor do ensino público - Alemanha US$ 30 mil/ano x Brasil US$ 5 mil/ano

3) Navios em trânsito por dia neste momento nos portos - Alemanha 3.800 x Brasil 315

4) Patentes de novas invenções por ano - Alemanha 2.700 x Brasil 150

5) Aviões circulando no espaço aéreo por dia - Alemanha 5.300 x Brasil 640

 6) Indústria automobilística original - Alemanha 5 x Brasil 0

 7) Indústria aeronáutica original - Alemanha 6 x Brasil 1

8) Número de satélites colocados em órbita por foguete próprio - Alemanha
112 x Brasil 0

 9) Percentual de energia elétrica gerada por fonte renováveis e não poluentes - Alemanha 35 x Brasil 3

 10) Tempo médio do aluno na escola pública (horas/dia) - Alemanha 9 x Brasil 4

 11) Submarinos nucleares - Alemanha 11 x Brasil 0

Mas nem tudo é tristeza... Não desanime... Em umas coisas o Brasil parece estar ganhando da Alemanha...

 1) Número de jogadores da seleção com brinquinhos nas orelhas e cabelos
pintados: Brasil 9 x Alemanha 0!

2) Número de presidente analfabeto eleito: Brasil 1 x Alemanha 0

3) Número de presidente assaltante de banco, assassina, sequestradora e etc. eleito: Brasil 1 x Alemanha 0

 Fonte: Circulando por e-mail (internet).

DUAS GALINHAS


"Quando pensamos sabermos todas as respostas, vem a vida e muda as perguntas."
Pura Realidade.

- "Se tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?"
- "Sim" - respondeu o militante.

- "E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?"
- "Sim" - respondeu o militante.

- "E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?"
- "É claro." - respondeu o orgulhoso companheiro.

- "E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?"
- "Não" - respondeu o camarada.

- "Mas porque você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?"
- "Porque as galinhas eu tenho."

Fonte: Circulando por e-mail (internet).

sábado, 26 de julho de 2014

CONVITE: Lançamento de “RELIGIO”


A Diretoria da Sociedade Médica São Lucas convida para o lançamento de “Religio”, livro de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, José Jarbas Studart Gurgel e Elsie Studart Gurgel de Oliveira, a acontecer na Igreja de N. S. das Graças, do Hospital Geral do Exército de Fortaleza, às 19h15min, logo após a Celebração Eucarística de Julho/2014.
A obra reúne contribuições literárias de cunho religioso, sendo a renda desse lançamento destinada às ações beneficentes e evangelizadoras da Sociedade Médica São Lucas.

Sociedade Médica São Lucas

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Julho/2014

A DIRETORIA DA SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) CONVIDA todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de MAIO/2014, que será realizada HOJE (26/07/2014), às 18h30min, na Igreja de N. S. das GRAÇAS, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 - Aldeota.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

TRIBUTO À MEMÓRIA DE ELSIE STUDART


A Profa. Elsie Studart Gurgel de Oliveira retornou ao Pai, em 25 de julho de 2013, passando ao convívio dos Seus eleitos.
Ela foi marcante em tudo que se fez presente, desde a sua tenra infância, no Acaraú, a terra que lhe serviu de berço, em 28/08/1943, e de onde partiu, após cursar o Primário na Escola Normal Rural Virgem Poderosa, para prestar o exame admissional em Fortaleza, recebendo da sua diretora escolar, a Irmã Goretti, a obrigação de brilhar.

A imposição referida foi plenamente atendida, pois Elsie Studart conquistou um dos primeiros lugares do concorrido e difícil Exame de Admissão ao Ginásio, ingressando na Escola Normal Justiniano de Serpa, objeto de desejo de incontáveis moças de Fortaleza, que aspiravam receber uma educação pública de qualidade e tornarem-se professoras primárias.
Na Escola Normal, com brilhantismo, Elsie fez o Ginásio, de 1957 a 1960, e o curso Normal, de 1961 a 1963, habilitando-se como professora normalista.

Iniciou sua vida profissional, em 1964, como professora da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, contratada para ensinar Português e Geografia, em diferentes séries do Ginásio Domingos Paes, em Jaguaribara-CE.

Elsie cursou Letras, na Faculdade de Filosofia do Ceará, obtendo, em 1973, a licenciatura em Português / Inglês e respectivas literaturas. Nesse período, foi coautora do livro “Castro Alves, o poeta e o tempo”.

Foi admitida, por concurso público, em 1965, no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, tendo se destacado no exercício das funções: Assistente da Divisão de Assistência às Comunidades, Secretária do Conselho de Administração e Chefe de Secretaria do Gabinete de Direção Geral, resultando em uma substantiva produção técnica e literária.
Em 1991, após a sua aposentadoria do DNOCS, passou a trabalhar no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), recebendo e cumprindo as mais diversas atribuições, mormente ao emprestar sua experiência, como escritora e redatora, além de integrar a Rede Feminina do ICC, prestando serviços de voluntariado.

Elsie Studart publicou, em vida, como autora ou em coautoria, onze livros; porém, como polígrafa pouco afeita a publicizar sua produção literária, deixou uma parcela considerável dos seus escritos ainda inédita, um legado que precisa ser divulgado, porquanto o seu talento não pode permanecer oculto às gerações vindouras.
Religio vem a público, postumamente, para marcar o primeiro ano do falecimento de Elsie Studart, ao tempo em que inaugura uma sequência de livros que servirão para perpetuar o pendor literário da escritora de inolvidáveis méritos.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do Instituto do Câncer do Ceará
Fortaleza, 14 de julho de 2014

* Publicado In: O Povo. Fortaleza, 24 de julho de 2014. Caderno A (Opinião). p.9.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

HOMENAGENS PÓSTUMAS À ELSIE STUDART


Programa:
DIA / HORÁRIO      LOCAL / ATIVIDADE
25/07/2014 - 7h15      Auditório do ICC / Palestra: Tributo à Elsie Studart.
25/07/2014 - 18h        Igreja de S Raimundo / Missa de um ano de falecimento.
26/07/2014 - 18h30    Capela do Hospital do Exército / Lançamento do livro Religio.

MISSA DE SÉTIMO DIA POR PROFA. VALDELICE GIRÃO

Hoje, completam-se sete dias do falecimento da Profa. Valdelice Carneiro Girão, historiadora e professora aposentada da Universidade Federal do Ceará, na qual lecionou, por muitos anos, às diversas turmas do Curso de História.

Prof. Valdelice, nascida em 21/02/1926, foi sócia efetiva do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico, o Instituto do Ceará, no qual ingressou em 4/11/1988, tendo concorrido, intensamente, por quase três décadas, para o desenvolvimento dessa conceituada instituição cultural cearense.
A família Carneiro Girão, a Universidade Federal do Ceará e o Instituto do Ceará, por meio de anúncio publicado nos jornais locais, convidam familiares e amigos, para a missa de sétimo dia, a ser oficiada em sufrágio de sua alma, hoje, dia 24/07/2014, às 19h, na Capela das Irmãs Missionárias, situada na Av. Rui Barbosa, 1.246.

Na ocasião, de acordo com a vontade expressada por seu irmão, será distribuído exemplar do último livro de sua autoria, intitulado “Rendas e Bilros”. Pela dedicação da Dra. Valdelice ao Instituto do Ceará, espera-se um número expressivo de sócios na missa.

Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Sócio efetivo do Instituto do Ceará

quarta-feira, 23 de julho de 2014

RUBEM ALVES: O Poeta da educação se despede

Rubens Alves Ilustração de O Povo

Por Paulo Renato Abreu
Rubem Alves dedicou-se a estudar o humano, principalmente por meio da educação e da religião. Pesquisadores debatem a contribuição do intelectual para as ciências humanas

Rubem Alves dedicou 80 anos de vida a pensar o homem em sua complexidade. O intelectual escreveu sobre educação, religião, infância, velhice, morte e outras tantas questões. “Quem sabe que está vivendo a despedida olha para a vida com olhos mais ternos”, ponderou no livro As cores do crepúsculo: a estética do envelhecer. O escritor mineiro, que passou toda a vida com “olhos ternos” ao humano, se despediu no último sábado, aos 80 anos, em Campinas (SP), após falência múltipla de órgãos.
 “Rubem Alves foi um pensador bastante abrangente. Ele mostrou que não é um pecado estudar muito, pensar muito.

O grande legado dele é o desafio de pensar por si próprio”, afirma Rosendo Amorim, doutor em Sociologia e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor). Amorim destaca: Rubem foi um “frescor” aos estudos das ciências humanas, pois desenvolveu seus estudos de modo “original e ousado”.
Mestre em Teologia, doutor em Filosofia e psicanalista, Rubem Alves devotou o tempo a refletir sobre a educação como busca constante à valorização do pensamento amplo em detrimento da educação “limitada” pela tecnologia. O intelectual se dizia contrário ao vestibular tradicional, que, segundo ele, não incentivava os alunos à sabedoria.

“Antes de aprender fórmulas, ele defendeu que se devia aprender a pensar sobre o meio em que se vive e a considerar a dimensão poética da vida”, afirma Jacques Therrien, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC). Jacques destaca que, ao pensar sobre educação, Rubem estava mais “preocupado com a formação de cidadãos, antes da formação de trabalhadores, de técnicos”.
Professor emérito da Unicamp, o escritor defendeu que a educação fosse um processo prazeroso para quem aprende. “Rubem pensou a formação de um ser humano mais flexível, que está no mundo não apenas para trabalhar e ganhar dinheiro, está para viver, para conviver”, pontua Jacques Therrien.

“Ele defendeu uma educação por meio do saber e não somente do conhecimento, defendeu ser importante o desenvolvimento de uma sabedoria de vida”, complementa Rosendo Amorim.
Teólogo da libertação?

Entre as publicações de destaque do escritor, está a obra Da esperança – Teologia da esperança humana, considerada marco importante para os fundamentos da Teologia da Libertação, movimento que propõe interpretação politizada sobre os ensinamentos cristãos. O escritor lançou também outros livros que são marcantes para o movimento e para a religião, como O Suspiro dos Oprimidos.
“Rubem Alves corria por fora da teologia tradicional. Em O Suspiro dos Oprimidos, por exemplo, ele interpreta a religião enquanto discurso articulado dos desejos dos seres humanos”, destaca Carlos Tursi, doutor em Filosofia e Teologia. O professor assinala que Rubem encarava a religião como a “voz dos que nada têm”. “Para ele, a religião se nutria da ausência de plenitude e os pobres seriam os mais religiosos, pois são os mais carentes de tudo”.

Para Carlo Tursi, o autor mineiro foi um “defensor da religião e detrator da teologia”, pois, ao centrar-se no homem, tratou “Deus como uma projeção do ser humano”. Rubem foi pastor da Igreja Presbiteriana, mas, no final da vida, declarou-se ateu. “Apesar de ter acabado os dias como descrente, foi um crente no que é belo, no que é verdadeiro.”
O corpo de Rubem Alves foi cremado no último domingo, no interior de São Paulo. Suas cinzas foram depositadas embaixo de um ipê amarelo.

PERFIL
Rubem Alves nasceu em 1933, na cidade de Boa Esperança, Minas Gerais. Escritor, psicanalista, educador e teólogo, Rubem foi autor de mais de 160 títulos e professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp). Morto no último sábado, 19, o escritor foi velado na Câmara Municipal de Campinas e teve o corpo cremado em Guarulhos (SP).

Fonte: O Povo, de 22/07/14. Cad. Vida & Arte. p.1.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Mulher resolve tomar banho de sol nua e provoca acidente na Áustria


Créditos: Reprodução/ Twitter/ Gregory Shakaki
Uma cena insólita provocou um acidente de trânsito que envolveu vários carros na cidade de Viena, na Áustria.
Completamente nua, uma mulher usou a janela de seu apartamento para tomar um despretensioso banho de sol.
A cena chamou tanta atenção, que vários motoristas colidiram na rua logo abaixo.
“Achei que estivesse sofrendo de insolação quando vi aquilo”, disse ao Daily Mail o estudante Gregory Shakaki, que fez o registro acima.
Ao perceber o acidente, a mulher fechou a janela.
Fonte: UOL Notícias, de 18/06/14.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

AUTORIDADES


Por Olavo de Carvalho

Quanto mais tempo fico nos EUA, mais nítida se torna, aos meus olhos, uma diferença crucial entre o Brasil de hoje e as nações civilizadas: é a completa ausência, no nosso país, de qualquer debate científico ou filosófico, pelo menos audível em público, ou mesmo de qualquer consciência, entre as classes alfabetizadas, de que esses debates existem em algum lugar do planeta. Só esse fenômeno, por si, já basta para mostrar que algo aí deu muito errado, que a vida dos brasileiros está indo numa direção francamente regressiva, incompatível com o estado da nossa economia e com a pretensão nacional de representar algum papel significativo no cenário do mundo.

 Nos EUA e na Europa, não há idéia, não há doutrina, não há crença estabelecida, por mais oficial e majoritária que seja, que não sofra contestações e desafios o tempo todo, que não se veja obrigada a buscar argumentos cada vez mais elaborados para defender um prestígio que assim não arrisca jamais congelar-se em ídolo tribal, em tabu sacrossanto.

Qualquer professor universitário ou intelectual público que, desafiado, se feche em copas e fuja à discussão sob o pretexto de que suas crenças são lindas demais para rebaixar-se a um confronto com a idéia adversária, cai imediatamente para o segundo escalão, quando não se torna objeto de chacota. Os próprios correligionários do prof. Richard Dawkins arrancaram-lhe o couro quando ele, afetando inatingível superioridade olímpica, se esquivou a um debate com o filósofo William Lane Craig.

 Nem mesmo a classe jornalística, tão burra e presunçosa em Nova York como em toda parte, confunde o consenso escolar – aquele corpo de teorias e crenças que o apoio majoritário consagrou como aptas para ser transmitidas às crianças – com a vida nas altas esferas intelectuais onde tudo, mesmo o aparentemente óbvio, pode e deve ser desafiado, contestado, forçado a buscar novos e cada vez mais sólidos fundamentos.

No Brasil só existe o consenso escolar. Ele impera sobre as cabeças dos intelectuais com a mesma autoridade indiscutível com que se impõe, nas salas de aula, aos trêmulos e indefesos corações infantis.

Basta você questionar de leve algum item do Credo ginasiano, e as reações indignadas mostram o escândalo, o horror que você despertou nas almas virgens, jamais tocadas antes pelas dúvidas que, em outros países, pululam por toda parte e alimentam discussões sem fim.

Especialmente os ídolos da ciência popular, Newton, Galileu, Darwin ou Einstein, adquiriram no Brasil o estatuto de divindades intocáveis, e não só entre meninos de ginásio, mas entre professores universitários, cientistas e formadores de opinião. Critique um desses habitantes do Olimpo, e o tom das respostas lhe mostrará, por a + b, que neste país até mesmo banalidades arqui-sabidas dos historiadores por toda parte são novidades escandalosas e provas incontestáveis de que você é um louco.

Quando mencionei, por exemplo, as conseqüências nefastas que o mecanicismo newtoniano espalhou na cultura européia – fato que já é de domínio público pelo menos desde o século XIX –, só não me xingaram a mãe porque não acreditavam que alguém capaz de atentar contra a memória do autor dos Princípios Matemáticos da Filosofia Natural pudesse jamais ter tido mãe.

Quando escrevi que o próprio Charles Darwin fôra o inventor do design inteligente hoje tão abominado pelos evolucionistas – coisa que não pode ser ignorada por ninguém que tenha lido algo mais que as orelhas de A Origem das Espécies --, fui imediatamente rotulado como fanático religioso indigno de ocupar um espaço na mídia.

Quando expliquei que sem o conhecimento do simbolismo astrológico é impossível compreender direito as concepções cosmológicas de Sto. Tomás de Aquino ou a estética das catedrais góticas – o que é a obviedade das obviedades para quem haja estudado o assunto --, passei a ser chamado pejorativamente de “astrólogo” pelos srs. Rodrigo Constantino e Janer Cristaldo, que, como ninguém ignora, são autoridades insignes em História medieval.

A distância, em suma, entre o que se discute desses assuntos na Europa e nos EUA e o que se sabe a respeito no Brasil já se ampliou de tal modo, que ter algum conhecimento nessas áreas se tornou realmente perigoso: a ignorância completa e radical é hoje a única fonte de credibilidade, o único depósito de premissas onde o opinador pode buscar argumentos com a certeza de que soarão razoáveis ante uma platéia ainda mais ignorante que ele.

Tendo violado essa regra, tornei-me o único comentarista brasileiro de mídia ao qual incumbe, sempre e sistematicamente, o ônus da prova -- com o detalhe de que, quando termino de provar tudo direitinho, os fulanos mudam de assunto e encontram outro motivo qualquer para continuar achando ruim. Às vezes chegam, nisso, a requintes de imbecilidade jamais alcançados antes no universo. Indignados de que, num artigo aliás excelente sobre Otto Maria Carpeaux, o prof. Maurício Tuffani citasse de passagem o meu nome, alguns leitores ofereceram a singela sugestão de que eu fosse excluído para sempre de toda mídia. O autor do artigo, então, com a maior paciência, explicou que no caso isso não era possível, por ter sido eu mesmo o editor de um dos livros de Carpeaux ali mencionados. Com toda a evidência, os remetentes prescindiam de ter lido o livro para decidir quem podia ou não podia ser citado num comentário a respeito. Era o argumentum ad ignorantiam elevado às alturas de um mandamento divino: quanto menos você sabe, maior a sua autoridade na matéria.

Publicado no Diário do Comércio, 2 de maio de 2013.
Nota do Blog: o texto não é novo, mas segue atualizado.

domingo, 20 de julho de 2014

PÉROLAS DA DILMA II


Algumas pérolas de Dilma parecem brincadeira das elites compradas, como diriam os “amigos petistas”.

 4-"A única área que eu acho, que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área de... Na área... eu diria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola"
(Prá criar um ministério, tem que saber qual é a área)

 5-"A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio"
(Êpa... abrir que negócio?...)

 6-"Primeiro, eu queria te dizer que eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido."
(Dilma, garanta também respeito pelo povo brasileiro)

 Fonte: Circulando por e-mail (internet). Autoria ignorada.

 

PÉROLAS DA DILMA I


Algumas pérolas de Dilma parecem brincadeira das elites compradas, como diriam os “amigos petistas”.

1- "Eu sempre escuto os prefeitos. Por que é que eu escuto os prefeitos? Porque é lá que está a população do país, ninguém mora na União, ninguém mora... "onde você mora?" Ah, eu moro no Federal".
(É isso Dilma, acertou! O povo mora nos Municípios.)

 2-"Vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transporte significa o seguinte: ou você faz metrô, porque metrô, porque... porque metrô, segregar é o seguinte, não pode ninguém cruzar  a rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a idéia do metrô. Ela vai por baixo ou ele vai pela superfície, que é o VLT, que é um veículo leve sobre trilho. Ele vai por cima, ele para na estação em estação, não tem travessia e não tem sinal de transito, essa é a idéia do sistema de trilho."
 (Segregar)

 3-"Tudo o que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da Republica querem é ser Presidente.
 (Não eles “querem” ser vereador)

 Fonte: Circulando por e-mail (internet). Autoria ignorada.

 

sábado, 19 de julho de 2014

Nem Jesus e nem Barrabás, mas ...

Conforme se vê, o prestígio do homem ao qual a nobre senadora Marta Suplicy equiparou a DEUS, não está lá muito acentuado em seu próprio Estado! E a própria Marta, com o prestígio em baixa, está pagando preço caro por tal blasfêmia. Tudo indica que DEUS é brasileiro e não gostou de tal comparação. Bem feito para os dois.

 Na última Sexta-feira Santa, em Nova Jerusalém-PE, durante a representação da Paixão de Cristo, como acontece todos os anos, diante de milhares de espectadores, o ator, no papel do governador romano (Pôncio Pilatos), ao perguntar para a plateia:
- "Quem vocês condenam, Jesus ou Barrabás?", um expectador gritou:
- "Soltem os dois e prendam Lula!"

Foi uma risadeira só.
Houve dificuldade de continuar a encenação.

 Fonte: Circulando por e-mail (internet). Autoria ignorada.

 

A Maior Vergonha que o País já Viveu!...

Por Fernando Augusto De Luca
Para Lula, vaias a Dilma na abertura são “maior vergonha que país já viveu”.
Os palavrões à instituição Presidente, realmente, não tiveram razão de ser… Uma sonora vaia já seria suficiente… Porém:

Vergonha, Lula, é sua covardia em se esconder na abertura da copa, a copa que você trouxe para o Brasil, deixando sua pupila entregue aos leões da elite…
Vergonha é você sempre agir assim, como quando do acidente com o avião da TAM…

Vergonha é você nunca saber de nada…
Vergonha é você falar que Dilma era a única com cara de pobre no estádio (coisa que ela não tem)…

Vergonha é você dizer que lá só estava a elite branca, mesmo com a presença de inúmeros de seus asseclas e a presença de duas torcidas organizadas do seu time…
Vergonha é você ter sido racista ao dizer que lá não tinha nenhum moreninho…

Vergonha é você dizer que essa é uma copa feita para o povo, sendo que sabia desde o início que só a elite teria dinheiro para pagar o ingresso…
Vergonha é você fomentar o ódio de classes dizendo que só existe uma classe de trabalhadores no Brasil…

Vergonha é você criticar a elite que acorda cedo e trabalha 12 horas por dia (coisa que você nunca fez)…
Vergonha é sua hipocrisia, pois critica a elite ao mesmo tempo em que anda de helicóptero, toma uísque 18 anos e vinhos que ultrapassam a cifra de R$ 1.000,00…

Vergonha é ter filhos já milionários, tão novos, sem justificarem tal patrimônio…
Vergonha é os amigos dos seus filhos viajarem de graça no avião presidencial…

Vergonha é o negócio escuso entre a Gamecorp e a Telemar…
Vergonha é você manter amizade com quem considera aloprado…

Vergonha é você dizer que Genoíno, Dirceu e Delúbio não são gente de sua confiança…
Vergonha é o Genoíno e Delúbio, auto proclamados sem posses, bancarem dois dos advogados mais caros do país…

Vergonha é você condenar a elite por xingar a presidente e se omitir quando um membro do conselho de “ética” do PT ameaça de morte o presidente do STF…
Vergonha é você ter chamado de hipocrisia a decisão do STF de condenar os réus do mensalão e dizer que foi uma condenação política…

Vergonha é um deputado estadual do PT fazer reuniões com membros do PCC…
Vergonha é ver você trocando agrados com Maluf, Sarney, Collor, Renan…

Vergonha é ouvir você dizer que em Cuba e Venezuela impera a plena democracia…
Vergonha é você ter extraditado os pugilistas cubanos…

Vergonha é você não ter extraditado o terrorista Cesare Battisti…
Vergonha é saber que os assassinatos do Celso Daniel e do Toninho do PT jamais serão esclarecidos…

Vergonha é você, Dilma e todos os políticos inaugurarem obras inacabadas ou inexistentes…
Vergonha é saber o que você e seu partido fizeram com a Petrobras…

Vergonha é você praticamente ter duplicado o número de ministérios para acomodar seus prosélitos…
Vergonha é você se orgulhar de não ler e de não ter estudado…

Vergonha é você enganar o povo com seus discursos dissimulados…
Vergonha é sermos taxados com impostos escorchantes e não termos nada em troca…

Vergonha é o sistema de saúde no Brasil… (você sabe bem disso, pois trata sua saúde no Sírio Libanês como todos da elite branca)…
Vergonha é o que a população brasileira enfrenta todos os dias com transporte público precário, saúde deplorável, educação e segurança inexistentes…

Vergonha é ter tido você como nosso presidente…
Sou cirurgião dentista formado pela UNESP, especialista pela USP, literalmente um membro da elite branca que acorda à 5:30 para ir trabalhar, paga impostos rigorosamente em dia e faz, dentro de suas possibilidades, o possível para aplacar o sofrimento dos menos favorecidos.

Fonte: Circulando por e-mail (internet).

sexta-feira, 18 de julho de 2014

A IGREJA SERVIDORA DE DOM HELDER


Por Pe. Geovane Saraiva (*)
Por onde passou, Dom Helder Câmara, deixou uma marca indelével, mesmo no ostracismo, no isolamento e excluído dos meios de comunicação social, durante o regime militar, que via nele um risco e um perigo à democracia, permaneceu forte e corajoso, sem nunca se abalar.

Sua força imaginadora, sua criatividade e, sobretudo, sua capacidade de produzir e realizar as coisas, foram extraordinárias, surgindo uma nova Igreja, uma Igreja marcada profundamente pela esperança, com ele afirmava: “Esperança é crer na aventura do amor, jogar nos homens, pular no escuro, confiando em Deus”. Ele se antecipou, em ideias e vestes, ao aggiornamento que o Papa João XXIII promoveu e com o qual iria revolucionar, não apenas a Igreja, mas o nosso mundo hodierno.
Dom Helder foi um articulador, na melhor expressão da palavra, um conspirador, pensando no bem, com suas iniciativas, compartilhadas por muita gente da Igreja, desejando fazer com que a Igreja-Instituição se comprometesse e se engajasse na causa dos empobrecidos, identificando-se com seu Fundador e Mestre, Nosso senhor Jesus Cristo. Pensava e deseja ele uma Igreja pobre e mais servidora.

Daí o “Pacto das Catacumbas”, de 16 de novembro de 1965, que foi uma excelente oportunidade para os bispos, pensarem e refletirem sobre eles mesmos, no sentido de fazer uma experiência devida na simplicidade e na pobreza, numa Igreja encarnada na realidade, comprometida com o povo, renunciando as aparências de riqueza, dizendo não as vaidades, consciente da justiça e da caridade, através desse documento desafiador.
Logo que chegou ao Rio de Janeiro, numa hora santa do clero, onde o Cardeal Sebastião Leme criara os turnos de Adoração ao Santíssimo Sacramento, o jovem Padre Helder subiu ao púlpito para o seu primeiro sermão junto aos colegas de sua nova Diocese. A figura magra, pálida, de olhos fechados, mãos trêmulas e exaltadas, pronunciou uma oração que até bem pouco era recordada pelos os padres daquela Arquidiocese do Rio. Foi quase um escândalo: Dom Helder cobrou dos sacerdotes aquele fervor e aquele entusiasmo que no dia-a-dia ia pouco a pouco se esfriando. Parecia em transe, alçada sobre a cabeça de todos os padres da cidade do Rio de Janeiro, enumerando as tibiezas de todos e de cada um, no desamor ao trabalho pastoral, bem como a falta de garra no apostolado...

Ao assumir a Arquidiocese de Olinda e Recife, na sua mensagem, na tomada de posse, disse com firmeza: “Quem estiver sofrendo, no corpo ou na alma; quem, pobre ou rico, estiver desesperado, terá lugar especial no coração do bispo”. A pregação do Evangelho foi para ele, ao mesmo tempo, candente e misericordiosa, apaixonada sensata.
O pastor dos empobrecidos, dos “sem voz e sem vez”, dizia bem alto: “Ninguém se escandalize quando me vir frequentado criaturas tidas como indignas e pecadoras. Ninguém se espante me vendo com criaturas tidas como envolventes e perigosas”.

Que o Peregrino da Paz e o Irmão dos Pobres, no seu centenário de nascimento, lá do céu, lembre-se de nós.
(*) Padre Geovane é pároco da Paróquia Santo Afonso, em Fortaleza.
Publicado In: O Povo, 8 de agosto de 2009.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

CESTA BÁSICA E FOME ANCESTRAL



Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta

A epidemia da obesidade tornou-se preocupante por volta de 1980 e a tendência é de aumento.
Apesar de todas as evidências, foi somente a partir de 1997 que a Organização Mundial de Saúde começou a propalar ser a obesidade um dos maiores problemas da saúde coletiva da nossa sociedade.
Antigos que trazem diagnósticos de situação demonstram terem as populações asiáticas e latino-americanas maior inclinação para o aparecimento da obesidade e, com ela, a propensão para desenvolver a diabetes melitus tipo 2, a hipertensão arterial e coronariopatias, doenças que se julgava serem de maior ocorrência nas populações mas bem aquinhoadas.

Evidências históricas demonstram que no índio, a resistência à insulina, desde o nascimento, está ligada à ocorrência de baixo peso ao nascer e a uma maior percentagem de gordura corporal e deficiência seletiva das vitaminas do complexo B, ajuntada às anomalias metabólicas no desdobramento do carbono que afetam 75% dos índios, comedores de milho.
Sabemos (desde o tempo de Cortez e os "conquistadores") que povos que têm sua base alimentar na cultura do milho produzem indivíduos de baixa estatura, débeis e de grande fecundidade.

O mesmo ocorre entre nós da civilização do açúcar, principalmente no Nordeste, onde a falta de proteínas e a alimentação hipercalórica (para compensar o déficit proteico) obrigam à ingestão de alimentos com alto teor de açúcar. Fatores estes que contribuem para fazer surgir mecanismos adaptativos biológicos que limitam o peso ao nascimento e aumentam a propensão dos adultos a desenvolver obesidade, não sendo raro que, após perderem peso, essas pessoas têm maior tendência a voltar ao sobrepeso anterior.
E, assim, em parte, são responsáveis pela contínua epidemia generalizada de engordar e emagrecer, o popularmente denominado efeito sanfona, tão comum nos pacientes de dietas esdrúxulas, sem acompanhamento especializado.

O fardo da doença induzida por "dieta inadequada" ajuntada a condições de viver no limite da linha da miséria é fator agravante para o aparecimento da obesidade epidêmica.
"Porém, para entendermos essas diferenças entre populações desenvolvidas e subdesenvolvidas teremos que lançar mão da Epigenética, termo que se refere a um conjunto de fatores que atuam em conjunto com a sequência do DNA formador do gene".

De acordo com este antigo ramo da genética e que agora retorna com grande força, as alterações epigenética (ambientais) geram consequências danosas específicas para uma célula, um tecido, uma patologia, um indivíduo ou toda uma população.
Na verdade a epigenética institui “um novo paradigma, onde a unidade hereditária não seria apenas a sequência de DNA do gene, mas em associação com modificações da cromatina (estrutura formada pelo DNA e proteínas que compõe os cromossomos) que empacota o gene”.

Os mecanismos não estão de todo esclarecidos, mas já foi comprovado que os efeitos de alguns hábitos de indivíduos durante a vida - não os hábitos em si - podem ser transmitidos aos seus descendentes.
Assim a composição corporal do indivíduo no útero e na infância, tanto em termos de formação de tecido gordo/magro, dimensão dos órgãos, vias metabólicas e outras causas (não exclusivamente alimentares) tornam urgente o estudo do combate à obesidade dos que nasceram com fome ancestral. Isto exige iniciativa e mudança política profunda.

A nossa desnutrição vem do nosso Antepassado Histórico e não há de ser por meio de medidas paliativas que iremos vencê-la. Trocamos a fome magra pela fome gorda.
O leitor já procurou saber o conteúdo das nossas cestas básicas?

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

quarta-feira, 16 de julho de 2014

POSSE DA DIRETORIA DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA (biênio 2014-16)

A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou na noite de 23/05/14, no Auditório Castello Branco, da Reitoria da UFC, a solenidade de posse de sua nova diretoria, para o biênio 2014-2016, que terá, na Presidência, o Ac. Vladimir Távora Fontoura Cruz, substituindo o Ac. João Pompeu Lopes Randal, cujo mandato foi exercido com dignidade e competência, sempre buscando alcançar os interesses maiores do sodalício.
A diretoria executiva recém-empossada tem a seguinte constituição: Presidente: Ac. Vladimir Távora Fontoura Cruz, Vice-Presidente: Ac. Manassés Claudino Fonteles, Secretário Geral: Ac. Francisco Flávio Leitão de Carvalho, Secretário Geral Adjunto: Ac. Janedson Baima Bezerra, 1º Secretário: Ac. José Eduilton Girão, 2º Secretário: Ac. Sérgio Gomes de Matos, 1º Tesoureiro: Ac. José Ribeiro de Souza, 2º Tesoureiro: Ac. Fernando Vasconcelos Pombo, Diretor de Publicações: Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Diretor de Biblioteca Arquivo e Museu: Ac. João Evangelista Bezerra Filho e Diretores Vogais: Ac. João Martins de Souza Torres e Ac. Pedro Henrique Saraiva Leão.
Na mesma sessão solene aconteceu a posse dos membros integrantes dos Conselhos: Fiscal, Consultivo (formado por Ex-Presidentes), Editorial e Curador de Biblioteca Arquivo e Museu, instâncias complementares que dão importante suporte às ações e decisões da Diretoria.
O evento, conduzido de forma impecável pelo cerimonialista Ac. João Martins, serviu de oportunidade para a ACM empossar seus novos acadêmicos honorários, os Drs. Costa Melo, Almir Pinto e Gerardo Cristino Filho, sendo os dois primeiros in memoriam. Os três homenageados foram apresentados e saudados pelo Ac. João Pompeu Lopes Randal.
ponto alto da cerimônia foi atingido quando do comovente discurso de posse do novel presidente da ACM, resultando em calorosos aplausos do enorme publico que lotou o recinto.
Após a conclusão dos trabalhos, a ACM ofereceu aos acadêmicos e convidados um coquetel de congraçamento nos jardins Reitoria da UFC.

Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira 18

 * Publicado In: Jornal do Médico em Revista, 10(56): 11, maio-junho de 2014. (Revista Médica Independente do Ceará).
 

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