domingo, 30 de setembro de 2012

O BRASIL ANEDÓTICO XLV

O PAI CONTRA O REI
J.M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. III, pág. 27.
Ao partir para Portugal, D. João VI previa, pelos acontecimentos, que o Brasil, depois de ter hospedado a Corte, não se conformaria mais com a condição de colônia. Seria, pois, mais hábil, deixar aqui o filho, Pedro de Alcântara Bourbon, pelo qual eram evidentes as simpatias dos brasileiros.
Na véspera do embarque, chamou o monarca, à parte, o filho, e fez-lhe sentir os seus temores de uma rebelião e, conseqüentemente, da emancipação. E concluiu, paternal:
- Pedro, em tal caso, põe a coroa sobre a tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela!
VINGANÇA DE PARCEIRO
Joaquim Nabuco - "Um estadista do Império", tomo II, pág. 6.
Escolhido para a pasta da Justiça, o primeiro ato de Silvestre Pinheiro consistiu em aposentar um desembargador, seu parceiro DC Voltarete, o qual, no jogo, ao ganhar cada partida, exclamava:
- Quem não tem justiça, compra-a; quem a tem, paga-a!
Alarmado com o ato do novo ministro, o magistrado correu à Secretaria, para solicitar a sua reconsideração, por parte do antigo parceiro.
Silvestre Pinheiro respondeu-lhe, porém, grave, com as suas palavras de jogador:
- Quem não tem justiça, compra-a; quem a tem, paga-a!
A PRUDÊNCIA DO SOBERANO
Tobias Barreto - "Pesquisas e depoimentos", pág. 9.
Ao subir ao governo pela segunda vez, Dantas levava como programa íntimo a solução definitiva do problema grave, e momentoso, do elemento servil. Falou nisso ao Imperador. Fez ver a Sua Majestade que a opinião nacional reclamava do governo apenas uma palavra sobre o caso, e medidas, mesmo ligeiras, tendentes a tornar possível a abolição.
- Pois bem, Sr. Dantas, - concordou Pedro II.
E como homem prudente:
- Mas, quando o senhor quiser correr, eu o puxo pela aba da casaca...
AS BANANEIRAS
Recolhido pelo colecionador.
Meses antes de morrer de uma angina que o garroteou em plena rua, mostrava Paulo Barreto, não obstante a sua gordura, uma fisionomia cansada, fatigada, denunciadora de certo esgotamento físico. Ao vê-lo nesse estado, Coelho Neto impressionou-se. E, uma tarde, observava, penalizado, a Humberto de Campos:
- Sabes? O Paulo não vai muito longe, não. Quando ele cair, será de uma vez.
Olhou o outro que era magro, e tornou:
- Nós, meu velho, nós, os magros, somos junco da lagoa. A moléstia é o vento forte: curva-nos, mas não nos abate.
E com a sua imaginação de sempre:
- Gente gorda é como bananeira: cai, não endireita mais. Está cheia dágua.
Um mês depois, Paulo Barreto morria de repente.
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

SÃO JERÔNIMO: o padroeiro dos estudos bíblicos

São Jerônimo foi um Doutor da Igreja que colocou a Bíblia no centro da sua vida: traduziu-a para a língua latina, comentou-a nas suas obras, e, sobretudo, empenhou-se em vivê-la, concretamente, na sua longa existência terrena.
Jerônimo (Eusebius Sophronius Hieronymus) nasceu, por volta de 347, em Strídon (Estridão), na Dalmácia, hoje Croácia, no seio de uma rica família cristã, que lhe garantiu uma cuidadosa formação, enviando-o inclusive a Roma, para aprimorar os seus estudos.
Quando jovem sentiu atração pela vida mundana, porém nele prevaleceu o desejo de se firmar na graça da religião cristã. Tendo recebido o batismo, aos vinte e cinco anos, orientou-se para a vida ascética, dirigindo-se à Aquileia, na Gália, vindo a inserir-se em um grupo de fervorosos cristãos.
Após isso, partiu para a Antioquia, no Oriente, e viveu como eremita no deserto de Calcide, a sul de Alepo, nos confins da Síria e da Arábia, dedicando-se seriamente aos estudos. São Jerônimo tinha um temperamento forte e radical, pelo que se recolheu à solidão do deserto, enfrentando um ritmo de orações e jejuns tão rigorosos que quase chegou a fenecer. Tempos depois de se fortalecer, espiritualmente, no deserto, ele foi para Constantinopla, onde esteve com São Gregório, que lhe mostrou o caminho do amor, pelo estudo das Sagradas Escrituras.
Assim, São Jerônimo decidiu dedicar sua vida ao estudo da Palavra de Deus, para transmitir o cristianismo em sua máxima fidelidade, ao maior número de pessoas passível. Por causa desse objetivo, e usando sua grande aptidão para aprender línguas, estudou hebraico e grego. Seu objetivo era compreender as escrituras nas suas línguas originais para transmitir um ensinamento seguro aos fiéis. A meditação, a solidão, o contato com a Palavra de Deus fizeram amadurecer a sua sensibilidade cristã.
Em 382, transferiu-se para Roma, onde o Papa Dâmaso, ciente da sua fama de asceta e da sua competência de estudioso, fez dele seu secretário e conselheiro, a fim de que o ajudasse a responder as consultas sinodais do Oriente e do Ocidente, encorajando-o a empreender uma nova tradução latina dos textos bíblicos por motivos pastorais e culturais.
A preparação literária e a ampla erudição permitiram que Jerônimo realizasse a revisão e a tradução de muitos textos bíblicos, resultando em um valioso trabalho para a Igreja latina e para a cultura ocidental. Com base nos textos originais, em grego e em hebraico, e graças ao confronto com versões antecedentes, ele fez não só a revisão dos quatro Evangelhos, em língua latina, mas também o Saltério e grande parte do Antigo Testamento.
Tendo em conta o original hebraico e grego, dos Setenta, a versão grega clássica do Antigo Testamento, que remontava ao tempo pré-cristão, e as anteriores versões latinas, Jerônimo, com a ajuda de outros colaboradores, pôde oferecer uma tradução melhor, que se constitui na chamada “Vulgata”, o texto “oficial” da Igreja latina, reconhecido como tal pelo Concílio de Trento e que, depois de recente revisão, permanece como o texto “oficial” da Igreja de língua latina.
Com o falecimento do Papa Dâmaso, Jerônimo deixou Roma, em 385, e empreendeu uma peregrinação, primeiro à Terra Santa, testemunha silente dos passos de Jesus, em sua vida terrena, depois ao Egito, local de escolha de muitos monges. Em 386, voltou à Belém, onde ficou até sua morte, continuando a desenvolver uma intensa atividade: comentou a Palavra de Deus; defendeu a fé, opondo-se vigorosamente a várias heresias; exortou os monges à perfeição; ensinou a cultura clássica e cristã a jovens alunos; acolheu, com alma pastoral, os peregrinos que visitavam à Terra Santa.
Jerônimo veio a falecer em sua cela, perto da gruta da Natividade, em 30 de setembro de 420. Seu corpo foi sepultado em Belém, em uma gruta pertencente ao seu mosteiro, sendo mais tarde, transportado para Roma, e colocado na Basílica de Santa Maria Maior.
Em sua honra, celebra-se o Dia da Bíblia em 30 de setembro, o mesmo dia definido pela Igreja Católica para fazer parte do calendário litúrgico, como o dia do padroeiro dos estudos bíblicos.
Por fim, vale lembrar que, para São Jerônimo: Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras, ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto, ignorar as Escrituras Sagradas, é ignorar a Cristo.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

* Texto elaborado com base em verbetes biográficos sobre S. Jerônimo, disponíveis na internet, e publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 8(62): 3-4, setembro de 2012.

sábado, 29 de setembro de 2012

NINFO O QUÊ???

- Boa-tarde, Doutor. Com licença...
- Boa-tarde. Faça o favor de se sentar, minha senhora. Então, do que se queixa a Sra.?
- Ai, Doutor... tenho um problema, mas... não fico muito à vontade. Nem sei como começar...
- Não tem nada que se envergonhar, seja o que for. Os médicos não julgam ninguém.
- Doutor, eu me levanto e sinto logo umas coisas, uns calores, uma vontade muito grande... Sabe?
Só me passa fazendo amor, mas como o meu marido sai cedo de casa, eu vou à janela e chamo o primeiro que passar.
Fazemos amor, e fico quase bem. Pra ficar completamente calma, tenho que chamar outro.
À tarde, é a mesma coisa, faço amor com três ou quatro e me agüento até à noite.
Ando com um bocado de vergonha e muito inquieta por não saber o que é isto. O Dr. sabe o que eu tenho? É alguma coisa ruim???
- Bom, pelos sintomas, trata-se de um distúrbio do comportamento sexual que se denomina “ninfomania”.
- Ninfo o quê, Doutor?
- Ninfomania, nin-fo-ma-ni-a.
- O Doutor não se importa de escrever o nome aí num papel, pra eu mostrar lá no bairro pros que tão me chamando de puta???
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

Eleições Municipais - 2012: III - Com que nomes eu vou?

OS INDECENTES



Fonte: Circulando por e-mail (internet).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

PORTEIRO DO PUTEIRO: uma boa lição!

Não havia no povoado pior emprego do que 'porteiro da zona'.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor, balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever.
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.
Dito isso, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar, já que...
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bem.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem, de mula.
- Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta, mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou.
No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro, trazendo mais ferramentas do que as que já havia vendido.
De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas.
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele.
Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam os pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens.
Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc. ...
E após foram os pregos e os parafusos...
Em poucos anos, ele se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado.
Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha, disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor? disse incrédulo o prefeito. O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder, disse o homem com toda a calma: - Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO.
Essa história é verídica, e refere-se a um grande industrial chamado... Valentin Tramontina, fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500 empregados, produz 24 milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do Rio Grande do Sul.
Geralmente as mudanças são vistas como adversidades.
As adversidades podem ser bênçãos.
As crises estão cheias de oportunidades.
Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água:
'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'.
Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS DESPUDORADAS

A elaboração do calendário eleitoral, desvinculando o plebiscito, no âmbito municipal, do pleito estadual e federal, obriga o eleitor a comparecer às urnas, a cada dois anos.
O exercício do voto é salutar ao processo de construção da cidadania; no entanto, no Brasil, pelos gastos desenfreados na disputa, que levam uma parcela dos postulantes a desembolsar valores mais altos do que o montante a ser auferido durante o mandato, e isso, se for eleito, configura-se uma situação, no mínimo, estranha, sendo difícil acreditar em tanto altruísmo, individual ou coletivo.
Bem certo estava o nosso tão admirado Dom Aloísio Lorscheider, ao anunciar que gastos exorbitantes de campanhas eleitorais se associavam à “roubo” pretérito, já experimentado, para alguns, ou ao indicativo de apropriação indevida futura de quem, por acaso, viesse a conquistar os mandatos perseguidos, com afinco.
Uma eleição, a cada dois anos, cria um verdadeiro paraíso para os marketeiros e para os administradores dos veículos de comunicação, que veem o seu faturamento engordar, garantindo polpudos rendimentos.
Como é costume acontecer em anos pares, no Brasil, há coincidência de um processo eleitoral em curso. Na previsão orçamentária do ano anterior, consignam-se maiores dotações para a rubrica propaganda governamental, e, quando isso é julgado insuficiente, verbas são remanejadas para reforçar os gastos publicitários, no intuito de trazer rendimentos eleitorais ao governo, beneficiando os candidatos ligados à sua base de apoio.
Presentemente, os principais cruzamentos de nossas avenidas e ruas de Fortaleza, em horários de pique, especialmente, ficam apinhados de pessoas, desfraldando bandeiras, com as cores partidárias, mas despojadas de ideias ou dos ideais de cada agremiação, e apenas voltadas para os nomes ou as meras imagens dos concorrentes aos cargos majoritários, como se cultuando a personalidade dos pretensos condutores dos destinos da cidade.
Até mesmo partidos que contavam com o esforço voluntário de sua militância renderam-se ao caráter negocial do pleito, recrutando a mão-de-obra desempregada ou subempregada, contratando-a, informal e temporariamente, para a atividade de panfletagem.
Essa transitória repartição de recursos, desconcentrando rendas, em favor das classes sociais desprivilegiadas, seria bem recebida, se advinda de boa estirpe e se isenta da mácula do interesse pelo vil metal; no entanto, a provável origem escusa de parte dos valores aportados nessas campanhas aflora o tácito entendimento de que a sociedade arcará com essa conta, direta ou indiretamente. Proh pudor!
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza

* Publicado, com supressão do primeiro parágrafo, In: O Povo. Fortaleza, 25 de setembro de 2012. Caderno A (Opinião). p.7.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

MISSA DE SÉTIMO DIA POR PROF. CHAGAS OLIVEIRA



Hoje, completam-se seis dias do falecimento do Prof. Francisco das Chagas Oliveira, professor aposentado da Universidade Federal do Ceará, na qual lecionou Ginecologia e Obstetrícia, por várias décadas, às sucessivas turmas de estudantes de Medicina.
Homem de reputado conceito entre os seus colegas, tanto no magistério superior como na profissão médica, tornou-se reconhecido por sua atuação como diretor da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand da UFC. Profissional ativo nas várias entidades da classe médica, tendo presidido a Academia Cearense de Medicina, na qual era ocupante da Cadeira Nº 2, patroneada por José Cardoso de Moura Brasil, admitido em 2/12/1986.
A família Chagas Oliveira, por meio de anúncio publicado nos jornais locais, convida familiares e amigos, para a missa de sétimo dia, a ser oficiada em sufrágio de sua alma, hoje, dia 26/09/12, às 19h30, na Igreja do Pequeno Grande, situada na Av. Santos Dumont, 55, do Colégio da Imaculada Conceição.
Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira Nº 18

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ELE NÃO PRECISOU DE COTAS RACIAIS

QUALQUER SEMELHANÇA, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA...
O BRASIL AINDA TEM JEITO!!!

Ministro do STF Joaquim Barbosa
Ex-faxineiro... ele limpava banheiros no TRE do DF.
Filho de uma dona-de-casa e de um pedreiro...
Dividia o tempo entre os bancos escolares e a faxina no TRE do Distrito Federal.
Apaixonado por línguas. Um dia, o mineiro, na certeza da solidão, cantava uma canção em inglês enquanto limpava o banheiro do TRE. Naquele momento, um diretor do tribunal entrou e achou curioso uma pessoa da faxina ter fluência em outro idioma. A estranheza se transformou em admiração e, na prática, abriu caminho para outras funções. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol.
Formou-se em Direito pela UNB, sendo a época o único negro da faculdade. Passou nos concursos de: Oficial da Chancelaria, Advogado do Serviço Federal, Procurador da República, Professor da Universidade do Rio de Janeiro. Ah, ele toca piano e violino desde os 16 anos de idade.
Ah! E não precisou de cotas para negros para estudar!!!!!!!!!!!!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Perfil e legado do médico e escritor Airton Monte

Antonio Airton Machado Monte nasceu em Fortaleza, Ceará, em 16 de maio de 1949. Filho de Airton Teixeira Monte e Valdeci Machado Monte, foi partejado em casa, no Solar dos Monte, na rua D. Jerônimo, no Benfica, bairro que o viu nascer, crescer e passar a maior parte de sua existência, com o qual guardou uma estreita vinculação umbilical, posto que, até mesmo quando mudou-se de casa, o fez para bairros contíguos: Gentilândia e Otávio Bonfim, e, finalmente, no Parque Araxá, igualmente nas imediações do Benfica.
As primeiras letras foram a ele ministradas, no aconchego do lar, por sua avó paterna, a D. Maroca, e, uma vez alfabetizado, fez o Curso Primário no Grupo Escolar Rodolfo Teófilo. Sua formação escolar foi marcadamente propiciada pelo Colégio Cearense Sagrado Coração, onde recebeu esmerada educação marista, sorvendo ali os bons ensinamentos contidos nos livros didáticos da F.T.D., a exemplo da famosa gramática da língua portuguesa do irmão Arnolfo, vindo a adquirir as ferramentas que o habilitaram ao escorreito manejo de nosso vernáculo.
O Grêmio José de Alencar, responsável pela edição da revista Verdes Mares, um tradicional centro cultural do colégio, que movia a juventude marista local e serviu de lastro para as primeiras incursões literárias de tantos autores cabeças-chatas, foi o berçário das florescentes ideias de Airton, ao tempo em que, por certo, se prestava para contemporizar as rusgas do seu comportamento libertário frente à rígida educação ministrada pela Irmandade de Champagnat. Ainda colegial, participou do Clube dos Poetas Cearenses, dirigido por Carneiro Portela.
Ingressou na Universidade Federal do Ceará, em 1970, inicialmente, no curso de Farmácia, no qual estudou durante um ano, e só, em 1971, por novo vestibular, obteve a matrícula em Medicina, tendo ele concluído o curso médico como integrante da Turma JK, de dezembro de 1976.
Desde acadêmico, ele teve o seu interesse despertado para a Psiquiatria, engajando-se no Grupo de Estudos de Psiquiatria e Psicanálise, conduzido pelo Prof. Nascimento Pereira, e realizando vários estágios extracurriculares em hospitais psiquiátricos de Fortaleza, como o Hospital Mira y Lopez, um aprendizado que, em concomitância, com o atendimento que ele prestava na Clínica Psiquiátrica do Projeto Acadêmico Pacatuba, uma atividade de extensão da UFC, sedimentaram a boa experiência que o levou ao exercício dessa especialidade como profissional.
Depois de formado, Airton Monte foi, durante alguns anos, médico da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, atrelado ao trabalho assistencial no Hospital de Saúde Mental de Messejana, mas, em virtude de seus dotes literários e pendor jornalístico, teve sua lotação remanejada para a Assessoria de Comunicação dessa pasta.
No início dos anos 1970, como letrista, dividiu a autoria de diversas músicas, tendo como parceiros de composição, vários amigos, como: Antônio Luiz Macedo, Paulo Gurgel Carlos da Silva, Antônio José Mendes Forte e Chico Barreto
Como literato, efetivamente, iniciou-se publicando contos na revista Etc., editada por Ângela Linhares, Paulo Linhares e Cartaxo de Arruda de Jr. Á conta do seu caráter editorial irreverente, assumindo ser feita “inter-fêmures”, sofreu forte censura, motivando o fechamento do periódico ainda no terceiro número. Depois, passou a ser colaborador de O Saco, revista criada por Nilto Maciel, Manoel Raposo Coelho, José Jackson Coelho Sampaio e Carlos Emílio Barreto Correia Lima, que também seria alvo de intensa censura do regime militar.
Foi um dos fundadores do Grupo Siriará de Literatura e da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores no Ceará (SOBRAMES/CE), da qual participaria da primeira antologia, a Verdeversos, editada em 1981. Na década de 1980, fez parte do encarte Pixote, suplemento multitemático do JD, o Jornal do Dorian.
Estreou em livros, no gênero conto, com O Grande Pânico (1979), seguido de Homem não Chora (1981), Alba Sanguínea (1983) e Os Bailarinos (2010). Participou de algumas coletâneas, como Queda de Braço: uma antologia do conto marginal. De sua lavra, saíram também a coleção de crônicas selecionadas de sua coluna n'O Povo, adotada pelo vestibular da UFC, Moça com Flor na Boca (1ª. Edição, Fortaleza: FUNCET, 2004; 2ª. Edição, Editora da UFC/Coleção Literatura no Vestibular, 2005), além do livro de poesia Memórias de Botequim (Fortaleza: edição do autor, 1979), prefaciado pelo médico e escritor Paulo Gurgel, que venceu o Prêmio Governo do Estado do Ceará em 1979.
O psiquiatra Airton Monte, que escrevia crônica diária, de segunda a sexta-feira, em O POVO, iniciada em 1993, substituindo o também escritor Rogaciano Leite Filho, portanto, há mais de dezoito anos, configurou uma situação bastante peculiar e até hegemônica, entre os cronistas da Terra da Luz.
Por ano, ele publicava mais de duzentas e cinquenta crônicas, significando dizer que ultrapassou a marca das quatro mil e quinhentas, superando as cifras de afamados e longevos escritores profissionais, dedicados a esse gênero, a exemplo de Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz, Rubem Braga etc., aos quais nada ficava ele a dever, em termos de qualidade dos seus escritos.
Além de cronista do jornal O POVO, comentarista de rádio, redator de televisão, letrista, teatrólogo, Airton Monte foi, primordialmente, poeta e contista.
Terminou seus dias, na sua tão amada Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, em 10 de setembro de 2012, aos 63 anos, cobrindo de luto a literatura do Ceará, que se viu despojada de um dos seus mais fecundos escritores. Com essa perda, expira-se um ciclo dos grandes cronistas cearenses, cuja troica de elite foi composta por Ciro Colares, Milton Dias e Airton Monte.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames/CE e da Academia Cearense de Medicina
* Publicado, sob o título “Perfil e legado: o médico e escritor”. In: O Povo. Fortaleza, 23 de setembro de 2012. Vida & Arte (Cultura). p.5. (Doc. Nº 8.2.340).

domingo, 23 de setembro de 2012

Eleições Municipais - 2012: II - Com que nomes eu vou?

AS CELEBRIDADES


Fonte: Circulando por e-mail (internet).

O BARBEIRO E AS RECOMPENSAS

O florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo.
Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário nessa semana.
O florista ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista. Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário nessa semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo.
Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário nessa semana.
O deputado ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.
Essa é a diferença entre os cidadãos e os políticos.
“Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão.” (Eça de Queiroz)
NA PRÓXIMA ELEIÇÃO TROQUE UM POLÍTICO POR UM CIDADÃO. CAMPANHA PRÓ-FAXINA DOS POLÍTICOS.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 22 de setembro de 2012

Rasgar Seda

Tal expressão, utilizada quando alguém elogia exaustivamente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na mesma, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a mulher percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa.” Foi assim que surgiu a expressão.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

VENDEDOR ESPERTO

Um garotão inteligente, vindo da roça, se candidatou a um emprego numa grande loja de departamentos da cidade.
Na verdade, era a maior loja de departamentos do mundo, tudo podia ser comprado nesta loja.
O gerente perguntou ao rapaz:
- Você já trabalhou alguma vez na vida?
- Sim, eu fazia negócios na roça.
O gerente gostou do jeitão simplório do moço e disse:
- Pode começar amanhã, e no final da tarde venho verificar como vc se saiu.
O dia foi longo e árduo para o rapaz.
Às 17h30 o gerente se acercou do novo empregado para verificar sua produtividade e perguntou:
- Quantas vendas vc fez hoje?
- Uma!
- Só uma? A maioria dos meus vendedores faz de 30 a 40 vendas por dia. De quanto foi a venda que vc fez?
- Dois milhões e meio de reais!
- O quê!!!??? Impossível!!! Como vc conseguiu isso?
- Bem, o cliente entrou na loja e eu lhe vendi um anzol pequeno, depois um anzol médio e finalmente um anzol bem grande. Daí eu lhe vendi uma linha fina de pescar, uma de resistência média e uma bem grossa, para pescaria pesada. Eu lhe perguntei onde ele ia pescar e ele me disse que ia fazer pesca oceânica.
Então sugeri que talvez fosse precisar de um barco, então eu acompanhei até a seção de náutica e lhe vendi uma lancha importada, de primeira linha.
Aí eu disse a ele que talvez um carro pequeno não fosse capaz de puxar a lancha, levei-o a seção de carros e lhe vendi uma caminhonete com tração nas quatro rodas.
O gerente levou um susto e perguntou:
- Vc vendeu tudo isso a um cliente que veio aqui pra comprar um pequeno anzol?
- Não senhor, ele entrou aqui, de fato, para comprar um pacote de absorvente para a esposa, e eu disse a ele:
- “Já que o final de semana do senhor está perdido, por que o senhor não vai pescar?
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

ANTIENVELHECIMENTO

Antero Coelho Neto (*)
O assunto, finalmente, ganhou a devida importância no Brasil, quando o Conselho Federal de Medicina assumiu sua esperada função e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia discutiu o problema como tema principal, em seu Congresso nacional, realizado há poucos dias no Rio de Janeiro. E, mais importante, tornou-se um problema conhecido nacionalmente, quando a TV Globo transmitiu, no seu programa Fantástico, informações e provas do uso inadequado e de conduta anti-ética de médicos brasileiros, inclusive alguns conhecidos cearenses.
O fato é de extrema gravidade tendo em vista que a base fundamental da chamada “medicina antienvelhecimento” é que a mesma tem o suporte da indústria farmacêutica, uma das mais ricas e poderosas do mundo.
Alem disso, sabemos que sua atuação, muito inteligente, se faz principalmente: (1) Pela doação de verbas para grandes e famosas universidades e instituições de saúde, realizarem trabalhos de pesquisas em assuntos correlatos, envolvendo renomados professores e pesquisadores e (2) Também adotando uma conduta de aplicação dos estilos de vida saudáveis, principalmente a atividade física, o não uso de elementos como o fumo e álcool, com a prática fundamental de uma alimentação saudável,  envolvendo importantes e ricas industrias alimentares.
Como interessado no assunto do envelhecimento, ainda no meu tempo na OMS, comecei a analisar a proposta da medicina antienvelhecimento desde o seu início, há 25 anos. Ao regressar para Fortaleza, e já em 2003, criamos a ACLON (Academia de Ciências da Longevidade) onde continuamos estudando os problemas da vida longa, inclusive o antienvelhecimento. Foi quando, em 2005, ao participar de um evento em Nova York e visitando o famoso Centro Internacional de Longevidade (ICL), com ramificações em muitos países do mundo, fui advertido pelo seu Diretor, Dr. Robert Buttler, sobre o perigo dessa Medicina, com as suas complicações e para-efeitos. E mais, pelo seu poder econômico. Mesmo nos Estados Unidos, a proposta tem se desenvolvido, apesar de todo o conhecimento existente. Lá, somente são considerados os casos de processos individuais de pessoas prejudicadas por esses medicamentos.
Ao regressar, evidentemente, dissolvemos a Academia, com a devida informação para o nosso Conselho Regional de Medicina.
Daí, também a nossa advertência para que não utilizem essa poderosa e prejudicial “medicina” e que a nossa população atingida, faça também a devida acusação, nos órgãos competentes. Preocupa-nos, ainda mais, devido a prática brasileira do uso exagerado de medicamentos. E nossos idosos adoram tomar remédios.
Por isso este nosso aviso (antes tarde do que nunca): até o presente momento nenhum medicamento foi demonstrado ser “anti” o processo de envelhecimento.
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 5/9/2012.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PROCESSO TRILIONÁRIO

Correntista pede indenização de R$ 1,4 trilhão ao Bradesco
por Marco Antônio Martins, do Rio
Os 25 desembargadores mais antigos do Tribunal de Justiça do Rio julgaram ontem um processo de indenização que determinava ao Bradesco o pagamento de R$ 1,4 trilhão ao herdeiro de um correntista.
Por 17 votos a 3, o banco ganhou a causa, que se arrasta há 18 anos, e terá que pagar menos. Os advogados do correntista irão recorrer.
A disputa começou em agosto de 1994, pouco após o início do Plano Real. O aposentado VM, 71 anos, percebeu que R$ 4.505 desapareceram de sua conta.
Ele entrou com processo e o então juiz Edson Scisinio decidiu que o correntista deveria receber o valor corrigido pelos juros do cheque especial que o banco cobraria se o aposentado tivesse essa quantia em débito na conta.
Para calcular o valor, foi feita uma média com o que era cobrado de juros mensais do cheque especial. Em janeiro, chegou-se ao valor de R$ 1,4 trilhão. O banco, no entanto, diz que o valor é bem menor, cerca de R$ 17 mil, considerando apenas a inflação do período.
Ontem, os desembargadores entenderam que o banco deve pagar o que o correntista perdeu. Mas não com base no cálculo das taxas mensais do cheque especial. Um novo cálculo deverá ser feito.
“É surrealista que a conta bata à porta do trilhão. Esse processo deve ser tomado como exemplo para o banco. Que os juros aos clientes sejam cobrados com equidade e não para extorquir”, afirmou o desembargador Cláudio de Mello Tavares.
Um dos três votos a favor do aposentado foi de Edson Scisinio, hoje desembargador, autor da sentença em primeira instância que chegou ao trilhão.
“Eles observaram a monstruosidade que se tornou este processo”, disse o advogado do banco, Marcelo Fontes.
VM morreu durante o processo, deixando a causa para o filho único, GM. Recluso, ele vive do aluguel de imóveis no Rio.
“Ele vive assim por uma questão de segurança. Durante esse período, perdeu o pai e a mulher. O que ele quer é que a gente ganhe a causa”, disse um dos advogados do aposentado.
Fonte: Notícias UOL, Set/2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - 2012

Viajo, na tarde de hoje (19/09/12), ao Rio de Janeiro-RJ, para participar do Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, patrocinado pela Abrasco, que se realizará na sede da FIOCRUZ, no período de 20 a 21 de abril de 2012, retornando à Fortaleza, na madrugada do sábado (22/09/12).
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O “estadista” José Sarney e a contradição política

Mas os ptistas não chamavam antes o zésarney de bandido?
O cinismo dos ptistas sempre excede as especificações.
Antigamente, o exLulla chamava o zésarney de bandido; tem vídeo na rede provando.
Depois que entrou pra quadrilha da cumpanhêragem, o zé foi promovido a cidadão incomum pelo exLulla; tem vídeo na rede provando.
Agora foi a vez da Martha Suplicy promover o zésarney a estadista.
E ainda tem gente que vota no PT.

Marta Suplicy toma posse enaltecendo o “estadista” José Sarney
A nova ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT - SP) está nas nuvens, o que pode ser lido de duas formas, tanto pelo fato de que conseguiu realizar o sonho de voltar a ser ministra, como também por estar “viajando”, fora do mundo real. Aí foi que ela relaxou e gozou...
Depois de ontem elevar Lula à categoria de “deus” e se colocar junto com a presidente Dilma, um degrau abaixo, como “semideusas”, digamos assim, hoje no seu discurso de posse colocou nas alturas o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), segundo ela um homem com “visão de estadista” que muito fez pela cultura brasileira. Bem, Lula que quando era oposição chamava Sarney de ladrão, depois no poder entre muitos afagos, chegou a declarar quando o político maranhense estava envolvido no escândalo dos atos secretos do Senado que ele “não podia ser tratado como uma pessoa comum” pelos serviços prestados à nação. Eles se merecem.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Missa de Sétimo Dia por Dr. Airton Monte

Centenas de amigos, colegas e admiradores se juntaram aos familiares do Clã dos Monte, para celebrar a missa da ressurreição, pelo Dr. Airton Monte, que há sete dias partiu de volta ao Pai.
A missa de sétimo dia, em sufrágio da alma de nosso inesquecível médico e escritor, aconteceu hoje, segunda-feira, dia 17/09/12, às 19h30, na Igreja de Nossa Sra. dos Remédios, situada na Av. da Universidade, Bairro Benfica, em Fortaleza.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro da SOBRAMES–CE

E VIVA AS DESGRAÇAS LULA E PT


Por Elizabeth Rondelli (*)
"Meu Amigo Petista"
Tenho um amigo petista (pessoa incrível e honestíssima), que escreveu sobre o relatório da OIT - Organização Internacional do Trabalho, mostrando que a pobreza no Brasil caiu 36% em 6 anos, e dizendo que deve ter gente mordendo os cotovelos de tanta raiva.
Não resisti e respondo publicamente.
'Rir com dente é fácil'.
Quero ver agora que o preço das commodities caiu, que o modelo de exploração de petróleo criado pela presidenta prova-se inviável, que a Petrobras não consegue mais segurar a inflação artificialmente baixa, que o pibinho (PIB) petista não vai sequer chegar a 2%, que o Brasil começa a ser encarado como um país onde é difícil fazer negócio por tanta intervenção e achaques às empresas, que o prazo razoável de fazer as importantes reformas (previdenciária, tributária, fiscal, política...) já venceu, que não houve um mísero progresso nas variáveis que impactam o aumento da produtividade e da competitividade (infraestrutura, educação, ciência e tecnologia), que todos os esforços foram direcionados à anabolização dos números no curto prazo em detrimento da poupança e do investimento no longo, que os sete (eu disse SETE) pacotes lançados nos últimos meses para tentar ressuscitar o paciente moribundo mostraram-se tão patéticos quanto as pessoas que os maquinaram, que as famílias estão endividadas até o talo de tanto estímulo ao consumo, que a arrecadação já dá demonstração de queda (mesmo com o aumento das alíquotas, o que representa perda real em base tributável — ou atividade econômica)...
Eu poderia continuar por mais uma semana elencando a sequência de burradas dos governos petistas.
E olha que eu nem entrei no mérito moral — aí, é "capivara" mesmo, ficha policial.
Com economia aquecida e uma carga tributária boçal (em ambos os sentidos: quantidade e qualidade), é fácil ter muito dinheiro para gastar.
Distribuir aos pobres parece coisa de gente de bom coração.
Renda na mão de pobre vira consumo e consumo conta para o PIB.
E, na mão de petista, vira voto na certa.
Mas, agora que o dinheiro vai começar a rarear, quero ver onde vai estar o coração dessa gente. Ou vão cravar mais fundo os dentes no setor produtivo da sociedade ou vão ter que escolher o que deixa de receber recursos.
Tenho certeza de que o caixa 2 das campanhas eleitorais dos PETISTAS está garantido — até porque este parece ser (por mais surreal que possa parecer) o ÁLIBI dos 36 réus do mensalão.
O fato é que, 10 anos depois, o pobre brasileiro pode ter ficado momentaneamente menos pobre na carteira, mas não se tornou um milímetro mais capaz de enfrentar os desafios do mundo moderno em que o país compete.
Basta ver que os analfabetos funcionais das faculdades de gesso do Luladdad chegam a 38% (é inacreditável, mas é verdade).
Acabada a farra da gastança, voltaremos para a mesma estaca em que estávamos antes.
Um pouco piores, na verdade, graças aos retrocessos que representam os constantes ataques às instituições da sociedade (a Justiça, a liberdade de imprensa, a independência dos poderes, o que restava de honradez no Congresso, a política externa que deixou de servir à nação para se dobrar a um projeto particular de poder...) e às bases da economia de mercado tão sólidas que os PETISTAS herdaram de seus antecessores mais capazes (a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Bolsa Escola — este, sim, carregava uma contrapartida que produzia um efeito positivo no longo prazo em vez de boçalizar a população com esmola , a autonomia do Banco Central, a confiabilidade dos dados oficiais, o modelo de privatização, o ordenamento jurídico que atraiu o investidor estrangeiro, a estabilidade econômica e de regras...).
Eu NÃO mordo os cotovelos porque as pessoas estão menos pobres.
- Mordo de ver que o PT transformou em mais um voo de galinha a maior oportunidade que o Brasil jamais teve de entrar definitivamente para a elite global.
- Mordo de ver que gente inteligente como você não consegue perceber a destruição do nosso futuro que está sendo promovida dia após dia por gente que só quer se locupletar e perpetuar seu poder sobre a máquina estatal - cada dia maior e mais nefasta para a economia e, por extensão, à sociedade.
- Mordo de ver que estamos abandonando as fontes que trouxeram riqueza para este país para nos alinharmos cada dia mais aos membros do Foro Socialista de São Paulo — do qual fazem parte o mais abominável ditador do século na América do Sul (Hugo Chaves) e o grupo narco - guerrilheiro que ele apoia no país vizinho (Bolívia).
- Mordo de ver que gente do bem ainda se alinha com os maiores bandidos que já ocuparam o poder central deste país.
- Mordo de pena.
- Mordo de tristeza.
- Mordo de desesperança.
(*) Doutora em Ciências Sociais, professora aposentada das Universidades Federais do Rio de Janeiro e de Juiz de Fora).

domingo, 16 de setembro de 2012

Preceitos em um Diálogo Interreligioso



Num banquete, botaram um padre sentado ao lado de um rabino. O padre, querendo gozar o rabino, enche o prato com pedaços de um suculento leitão e depois oferece para o colega. O rabino recusa, dizendo:
- Muito obrigado, mas... não sabe que a minha religião não permite a carne de porco?
- Noooossa! Que religião esquisita! Comer leitão é uma delííícia! - comenta o padre com ironia.
Na hora da despedida, o rabino chega e diz para o padre:
- Leve minhas recomendações à sua mulher!
E o padre, horrorizado:
- Minha mulher? Não sabe que a minha religião não permite casamento de sacerdotes?
- Noooossa! Que religião esquisita! Comer mulher é uma delííícia!!!.. Mas se você prefere leitão...
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

HARMONIA CONJUGAL

Quando o casamento dá certo, é maravilhoso!
Ontem à noite eu estava sentado no sofá, vendo TV, quando ouvi a voz da minha mulher vindo da cozinha:
- "O que você vai querer para o jantar, meu amor? Peixe, frango, carne ou pernil?"
Eu disse: - "Vou querer carne querida, obrigado."
Ela respondeu: - "Você vai é tomar sopa! Eu estava falando com o cachorro!"
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 15 de setembro de 2012

DICA DE CINEMA: Cine Mensalão

Esse filme está batendo recorde de bilheteria em todo país.

Outros já acham mais para drama-tragédia.
Eu acho o mesmo mais para o gênero comédia.
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

PRÉ-RETIRO DA SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS - 2012

A Sociedade Médica São Lucas - SMSL, entidade médica católica de evangelização entre médicos, realiza hoje, dia 15/09/12, às 8h30, no Edifício-Sede da Unimed Fortaleza, situado na Av. Santos Dumont, o seu pré-retiro espiritual anual, tendo por pregador o padre salvatoriano Carlos Almeida.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico integrante da SMSL

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

VIÚVAS BIBLIOCLASTAS


A sabedoria popular dá conta de que as traças e os cupins são os grandes inimigos dos livros; o fogo e a umidade, o são para as bibliotecas. A diferença entre eles é que os primeiros agem no plano micro e os últimos, no âmbito macro. No meio cultural, pasmem, costuma se acrescentar as viúvas, entre os biblioclastas, já que, maldosamente, são acusadas de causarem efeitos deletérios em ambos cenários.
Existem em Fortaleza, como também em outras capitais brasileiras, inúmeras lojas de “sebo”, que oferecem livros usados, normalmente advindos do esfacelamento póstumo das bibliotecas particulares, por intervenção intempestiva de certas companheiras de tálamo dos falecidos, as quais, muitas vezes, sequer esperam a Missa da Ressurreição do pranteado esposo, para se desfazerem das obras amealhadas pelo extinto, ao cabo de sua longa jornada terrena.
Para elas, pouco importa o valor estimativo dos livros ou se a coleção contém obras raras, de inegável valor histórico ou cultural, ou mesmo se foram autografadas pelos autores, ainda que seja ou tenha sido um renomado escritor. Nesses episódios, o estado de conservação dos livros não é levado em conta. Para simplificar, tais honoráveis senhoras não os vendem no peso ou na quantidade, devidamente mensurada, mas pelo metro linear, grosseiramente aferido nas estantes.
Os livreiros, que farejam essas oportunidades comerciais, não podem, todavia, ser considerados oportunistas, ao adquirem o produto por preços aviltantes, porquanto se trata de um bom negócio, vantajoso para ambas as partes: livram, no atacado, essas donas da herança, de um pseudo “entulho”, só entendido assim por quem tem obnubilação, e vendem, no varejo, ao sequioso segmento de bibliófilos e outros interessados em participar do botim, transferindo os seus cobres aos intermediários da transação, mal sabendo esses que podem ser alvo da mesma rapinagem, alguns anos à frente, quando ganharem um paletó de madeira e suas diletas companheiras, de agora, replicarem a mesma prática do delivramento literário doméstico.
Não é, pois, prudente, criticar a atuação dos livreiros, nesse mercado editorial paralelo, uma vez que eles estão auferindo legitimamente o seu ganha-pão, além do que cumprem um importante papel na cadeia comercial do livro; nesse caso específico, possibilitam até que obras raras, que poderiam ter um destino final inglório, como a incineração, o aterramento, e/ou ainda o reaproveitamento como papel de embrulho, e, por sua iniciativa, acabam por cair em boas mãos, sendo incorporadas a outras bibliotecas pessoais, até que a indesejada das gentes venha com uma nova ameaça de desova, literalmente, separando o que se juntara por afinidade: bibliófilos e livros.
De certo modo, não se pode condenar, de todo, a biblioclastia conjugal feminina, fruto notadamente de uma educação literária capenga das tais matronas, concedendo-se atenuantes a essas “bibliocidas”, porquanto, afinal de contas, tanto a constituição como a manutenção de uma biblioteca consomem vastos recursos monetários que deixam de ser aplicados em outras necessidades do provimento do lar. Ademais, persiste aquele espírito de vingança: a leitura dos livros ocupava precioso tempo dos seus maridos, subtraindo momentos da convivência familiar e do cuidar da prole, e, quiçá, exercendo uma atroz concorrência na atenção de seus parceiros. Parece a velha história de ser a biblioteca a “outra’, como se fosse uma amante “teúda e manteúda”, interferindo na relação conjugal.
Por vezes, o despojamento dos livros pode ser decorrente do imperativo da mudança de domicílio; nesses casos, a perda do esposo traz a sensação de que a casa tornou-se muito grande, fato que se alia à pressão imobiliária, ávida pelo terreno do imóvel para edificação multifamiliar, fazendo com que a viúva decida mudar-se para um apartamento, cujos cômodos não conseguem acomodar o acervo literário legado pelo provedor desaparecido. Uma saída honrosa ou desculpa esfarrapada para justificar a perda do lugar que os livros ocupavam nas estantes da casa e no coração do falecido.
Há também um aspecto subjetivo nessa questão, de vez que, para algumas sobreviventes da dissolução conjugal, a simples vista das estantes reaviva as lembranças do finado, que nem sempre foi um marido exemplar, sendo vital, para a ruptura do luto da viuvez, que ditas obras, encaradas como velharias, sejam erradicadas do seu campo visual, o mais rápido possível. É aí que se aplica o provérbio, em inglês: out of sight, out of mind, ou, na versão portuguesa, “longe da vista, longe do coração”.
Para os bibliófilos, que tanto amam seus livros e temem um destino cruel reservado a esses tão caros amigos, há duas possibilidades, ambas de caráter precaucional: a primeira, é ser egoísta, anunciando e ameaçando a esposa de que voltará, nas madrugadas, para puxar-lhe o hálux, caso ela dê fim ao seu patrimônio livresco; a segunda, é ser altruísta, agindo com nobreza, deixando exarado, em testamento, que após o seu desenlace final, evidentemente, a sua biblioteca pessoal seja doada e incorporada a uma biblioteca mantida pelo poder público ou até outra, de livre acesso ao público, como as pertencentes a entes associativos profissionais ou culturais.
Só assim ficaria garantida a perpetuação do livro, tão mais duradouro do que a própria existência humana.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina
* Publicado In: Scriptorium, 3: 35-8, 2012. (Revista da Associação Brasileira de Bibliófilos).
 

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