quinta-feira, 31 de agosto de 2017

QUINTINO CUNHA, O PAI DO CANELAU


Como o Ceará é um Estado com muita história, mas que tem um povo sem memória. Aí vai uma pequena contribuição para preservação da nossa rica história.
José Quintino da Cunha
* Itapajé, 24 de julho de 1875; + Fortaleza, 1º de junho de 1943
Foi advogado, escritor e poeta cearense. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará em 1909, e a partir de então começou a exercer a profissão de advogado criminalista.
Foi deputado estadual na década de 1910, mas logo desistiu da carreira de político e encabeçou a campanha do Bode Ioiô para Vereador de Fortaleza, fazendo o animal tirar votos suficientes para ser eleito, caso possível fosse.
Ficou bastante conhecido por seu estilo irreverente e carismático, também lembrado pelas anedotas que contava. É tido como o mais lendário de nossos humoristas literários, o maior de nossos poetas cults. Excêntrico sem ser snob. Feio mas cativante. Eternamente esquecido, sempre resgatado, figura ao lado dos grandes mestres do improviso literário ferino, como Bernard Shaw, Quevedo e Swift, sendo considerado pelo crítico Agripino Grieco "o maior humorista brasileiro de todos os tempos”.
Menino ainda, Quintino Cunha foi convidado a passar uns dias das suas férias na casa de dois coleguinhas de colégio. Convite aceito, viajou até a casa combinada onde deveria hospedar-se por alguns dias, com os convidantes anfitriões. Lá chegando, não encontrou os colegas que haviam viajado para outro destino, sem deixar recado. As tias idosas dos meninos, donas da casa, convidaram-no a ficar e aguardar a chegada dos seus sobrinhos. Quintino não se fez de rogado e ficou, aceitando o convite! À noite não lhe ofereceram jantar e nem café, ou almoço no dia seguinte. Ele matou a fome com as fruteiras do quintal. Resolveu ir embora dali e o fez, deixando um bilhete sobre a mesa:
“Adeus casinha da fome,
Nunca mais me verás tu
Criei ferrugem nos dentes
E teia de aranha no cu.”
Já célebre advogado, a fama de Quintino Cunha era grande no Nordeste.
Tinha havido um crime no interior da Paraíba, onde pai e filho assassinaram um adversário político. Para defendê-los, convidaram o célebre causídico. Este fez a defesa com muita propriedade conseguindo a absolvição dos réus. A cidade fez festa de comemoração pela semana, hospedando Dr. Quintino no melhor hotel. Sua fama correu rápida por todo o município e o feito atingiu proporções. Eis que surge no hotel um humilde casal dos sítios afastados. O marido dirigiu-se ao advogado expondo-lhe o desejo de um desquite, em face dos desentendimentos do casal. Dr. Quintino então pergunta-lhe se este possui algum bem, alguma propriedade.
- Não doutor, eu nada “pissuo” e trabalho alugado, em sítios alheios.
Vira-se para a esposa e faz-lhe idêntica pergunta, vindo a resposta:
- Doutor, pra que a verdade lhe seja dita eu ainda tenho menos que ele.
Dr. Quintino respondeu-lhes em versos:
"A questão é muito tola!
Aqui mesmo, eu os desquito.
Fique ele com sua rola
E ela com o seu priquito."
Conhecido e até hoje contado pelos frequentadores da Praça do Ferreira, o causo da defesa do deficiente físico conhecido apenas como Francisco, apelidado de “Chico Mêi Cu”, foi uma das mais famosas proezas de Quintino Cunha. Conta-se que nos idos anos 20, um pobre deficiente físico, sem pai nem mãe, sem eira nem beira, mancava pelas ruas do Centro da pequena Fortaleza, onde fazia os biscates que lhe davam o pouco para o sustento. Encabulado, quieto e calado, aparentava não dar importância ao canelau que mangava à sua passagem: “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”. Foram anos de chacotas.
Certa feita, num ato de cólera, Francisco fez uso de uma peça perfilo-cortante que transportava, e ceifou a vida de um de seus mais ferrenhos mangadores. Foi detido e de imediato levado à cadeia pública, onde ficou por um tempo aguardando julgamento.
No dia do juízo, atendendo às súplicas dos que rogavam pela libertação de Francisco, em defesa deste, fez-se presente diante do Júri o renomado advogado Quintino Cunha.
Após as interlocuções vigorosas da promotoria, que pedia condenação com pena máxima para o réu, o Juiz deu a vez da defesa, à qual Quintino deu início:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a dizer que... (Pausa).
Após alguns segundos de pausa, ele repete:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados.
Em defesa de Francisco eu tenho a declarar que... (Nova pausa). Após os novos segundos de pausa, ele torna:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu poderia falar que...
De imediato o Juiz esbraveja:
- MAS QUANTA DEMORA! O SENHOR IRÁ OU NÃO DAR INÍCIO À DEFESA?
Ao que Quintino replica:
- Repare só, Meritíssimo: Não faz sequer um minuto que eu só me dirijo a vós de forma respeitosa, e já provoquei vossa inquietação. Agora imagine Vossa Excelência, o que deve ter passado pelas idéias do pobre Francisco, após todos esses anos de achincalhamento e mangoça pública.
Seguindo, Quintino Cunha deu continuidade ao discurso de defesa. E com toda a eloquência e poder de convencimento que lhes eram peculiares, conseguiu a absolvição do réu. Saiu do tribunal carregado nos braços por seus amigos, rumo ao botequim mais próximo.
Hoje, a maioria dos cearenses não sabe que foi Quintino Cunha. Nem mesmo os moradores do bairro que leva o seu nome o conhecem. Por isso é importante o repasse deste e-mail, para que a memória do precursor da molecagem cearense não caia no esquecimento.
Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e sem autoria definida).

LANÇAMENTO DO LIVRO DOS MESTRES


O Ministério da Cultura e a Fundação Waldemar Alcântara convidam para o lançamento do Livro dos Mestres.

Data: 31 de agosto de 2017.
Hora: 18h30.
Local: Fundação Waldemar Alcântara. Rua Júlia Vasconcelos, 100. Bairro Pio XII, Fortaleza, Ceará.
Sobre o Projeto
Os Mestres da Cultura Tradicional Popular são a representação mais genuína do povo cearense. Tem vaqueira, sineiro, rezadeira, brincantes de reisado, de maneiro-pau, maracatu, banda cabaçal, dança de São Gonçalo e do coco, pastoril e boi. Manipulador de calunga, rendeiras, palhaço, escultor, cordelistas, dramista, artesão, artista plástico, xilógrafo, cantora de benditos, penitentes, cacique e pajé.
A Lei n.13.351 que, em 2003, instituiu o registro dos Mestres da Cultura Tradicional Popular foi uma forma encontrada pelo Governo do Estado do Ceará para o reconhecimento do valor cultural do trabalho realizado por cada um deles. Através desse registro, os Mestres recebem um apoio financeiro mensal, ao mesmo tempo em que se comprometem a transmitir seus conhecimentos, fomentando, entre as novas gerações, práticas culturais à beira da estagnação.
Foram reconhecidos 79 Mestres em todo o Ceará, desde a criação da lei.
Todos eles exercem ofícios que se misturam entre as obrigações e prazeres da lida diária, inventam artefatos e mundos, numa espécie de magia que religa homem e natureza. Constroem um processo ativo de transmissão de práticas, de valores. Passam seus modos de fazer para outras gerações, que criam e reinventam o que aprenderam, fazendo com que a cultura tradicional permaneça viva e dinâmica.
O ofício de cada um dos Mestres é sobretudo criação, seja através da festa, da música e da dança, seja através do trabalho manual, do trabalho experimental. Em tudo o que produzem existem mãos, ideias e fantasia.
É esse universo dos 79 Mestres da Cultura, diplomados pelo Governo Estadual, que a Fundação Waldemar Alcântara está pesquisando desde 2013 e documentando in loco com o objetivo de realizar uma publicação e divulgar a trajetória de cada um.
Fonte: Home page da Fundação Waldemar Alcântara.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Homenagem a Zélia Rouquayrol da Secretaria de Saúde de Fortaleza


A Secretaria de Saúde de Fortaleza, por ocasião da abertura da I Conferência Municipal de Vigilância em Saúde, realizou no Auditório João Frederico Ferreira Gomes, da Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã de ontem, dia 29 de agosto de 2017, um evento em homenagem à Profa. Zélia Rouquayrol, conferindo-lhe uma placa de prata em reconhecimento pelo profícuo trabalho que essa professora desenvolveu em prol da Saúde Pública no Ceará.
Por especial deferência da coube-me fazer o discurso de saudação à homenageada, traçando o seu perfil e enaltecendo seus valorosos méritos. Após o recebimento da placa, a Dra. Maria Zélia Rouquayrol leu um tocante discurso de agradecimento, sendo ovacionada pelo grande público que prestigiava a solenidade.
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública - UECE

terça-feira, 29 de agosto de 2017

MEDICINA DO GENOMA


Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
A contemplação das percucientes (penetrantes) descobertas científicas lembram-me o dramaturgo (teatrólogo) Shakespeare (+1616), considerado o poeta nacional da Inglaterra, o “Bardo (poeta) de Avon” (rio de sua cidade Natal), e o maior dramatista de todos os tempos. Em “Hamlet”, das mais famosas tragédias (1600 ou 1601) ele sentenciou: “Há mais coisas no céu e na terra, Horatio / Do que sonhadas na tua filosofia” (“There are more things in heaven and earth, Horatio/ Than are dreamt of in your philosophy”). Realmente, em Ciência há mais do que veem os olhos. O século XXI deve representar 20 mil anos de progresso científico na Iatrologia (Medicina. Do grego “iatrós” – médico).
Tudo começou com o monge austríaco, também botânico e meteorologista Gregor Johann Mendel (1822-1884). Estudando ervilhas e outras plantas, no seu mosteiro da República Tcheca, descobriu os genes, ou gens, os verdadeiros arquitetos da nossa hereditariedade, do nosso destino. Mendel morreu aos 62 anos como o Pai da Genética. A palavra “gene” foi criada por outro botânico, dinamarquês, Wilhem Ludwig Johansen. Para o leitor curiosíssimo (pois os há) registre-se um sinônimo de gene: “cístron”.
A estrutura genética se apresenta como sequências de ácidos nucleicos, especificamente o DNA - ácido desoxirribonucleico -, e o RNA, ou ribonucleicacid. O primeiro – aquele de dupla hélice – aloja nosso código genético, enquanto as proteínas são sintetizadas pelo RNA. A descoberta dessas hélices por Francis Creek (1953), valeu-lhe o prêmio Nobel em 1962, como salientamos em “Crack, Crik, Krok”, de 24/6/2015. Ali recordamos tal achado ter sido oniricamente induzido (concebido em sonhos), após o uso de LSD, alucinógeno apreciado por vários escritores e cientistas daquele tempo. Os genes controlam nosso metabolismo, e nas mutações em células germinativas (óvulos e espermatozoides) “vazam” informações para ge(ne)rações futuras.
Denomina-se “genoma” o conjunto de + 35/40 mil genes que possuímos, em cada célula do corpo.
Em 1950, Roger Williams criara o conceito de individualidade genética, comprovando sermos bioquimicamente distintos, portando tipos de genes (genótipos) particulares e individuais como as impressões digitais. Explica-se assim a eventual diferença de resultados entre tratamentos idênticos de pessoas díspares. Parece não haver doenças, mas doentes. Ratificada fica a adoção de terapêuticas “sob medida”, “tailorizadas” (do inglês “tailor” = alfaiate), personalizadas, como salientamos em “Medicina sartorial”, em 26/11/2014. Aludidos conceitos alimentaram o transcendental Projeto Genoma Humano, criado em 1990 nos EUA, por James D. Watson, envolvendo mais de 5000 cientistas (inclusive no Brasil), e concluído em 2003.
Esse magno empreendimento respaldou as primeiras tentativas de terapia genética humana (1990), sendo hoje empregada em bactérias, plantas e animais. Conquistou-se uma das últimas fronteiras da Medicina, agora querendo-se mais eficaz. Saravá! Barak Obama, pelos 100 milhões de dólares para pesquisa em 2014 (revista IstoÉ, 10/4/2013). Tornaram-se exequíveis os painéis genéticos laboratoriais.
Os cientistas já debatem a imunoprofilaxia por transferência de gens, e a inversão do envelhecimento, por reprogramação de células senis (vide “Nanomedicina”, de 17/5/2017).
Já se disse que o futuro não é mais como antigamente! E entre nós, no “Brasilgate”? Consoante o dr. Carlos Vital (!), presidente do Conselho Federal de Medicina, “a saúde não é prioridade no Brasil” dos anos recentes (Jornal Medicina, 9/2014). Aliás, naquele ano eleitoral nossos governos aplicaram apenas R$ 3,89/dia para a saúde de cada brasileiro. Pasmem!
(*) Professor Emérito da UFC. Titular das Academias Cearense de Letras, de Medicina e de Médicos Escritores.
Fonte: O Povo, 26/07/2017. Opinião, p.10.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

EVENTOS CULTURAIS DA XVII BIENAL DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA


Acadêmico Eduilton Girão autografa seu livro para a confreira Ana Margarida Rosemberg.
Ao ensejo da XVIII Bienal da Academia Cearense de Medicina (ACM), realizada em 18 e 19 de maio de 2017, aconteceu o lançamento da segunda edição do livro “Clínica Médica no Ceará: passado e presente”, obra, de autoria do Ac. José Eduilton Girão, que reúne biografias dos vultos pioneiros do ofício iátrico, em um passado recuado, passando pelos grandes nomes que enobreceram a Medicina na terra alencarina nos três primeiros quarteis do século XX, até chegar aos dias atuais, quando traça o perfil de muitos dos experts em Clínica Médica e em áreas correlatas. O livro foi apresentado pelo Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Diretor de Publicações da ACM, responsável pelo conteúdo das orelhas desse livro.
Também por ocasião da XVII Bienal, foi lançado, em 19/05/17, o Volume XVII, Nº 17, dos Anais da ACM, elaborado pela Diretoria de Publicações do sodalício. Esse número contém textos, de distintos gêneros, elaborados por acadêmicos e autores convidados, distribuídos nas várias seções aqui inseridas, evidenciando a substancial colaboração da ACM ao engrandecimento da Medicina cearense. Destaque especial para a nova seção, intitulada Remêmora, composta por panegíricos que exaltam o valor intelectual, científico e moral de perlustrados confrades, que hoje não mais estão conosco, mas serão sempre por nós lembrados.
Uma prestigiada e bem organizada solenidade assinalou na noite de 19/05/17, no Auditório da Reitoria da UFC, o encerramento da XVII Bienal da ACM, configurando o grande acerto da realização do evento ACM, que contou com a expressiva participação de confrades e confreiras do sodalício. No evento discursaram o Ac. Gilmário Mourão Teixeira e o Ac. Djacir Gurgel de Figueirêdo, respectivamente, Presidente de Honra e Coordenador da Bienal, e o Ac. Henry de Holanda Campos, Magnífico Reitor da UFC.
Durante essa sessão solene, o Ac. Vladimir Távora fez a leitura da sua crônica, vencedora do Concurso de Crônicas “Nossa Academia de Medicina”, tecendo justas homenagens póstumas ao acadêmico Antero Coelho Neto, um ex-Presidente da ACM, falecido no ano pretérito.
Como sempre sucede, paralelamente à sua programação científica, essa Bienal da ACM ofereceu atividades culturais que contribuem para o engrandecimento da Medicina cearense.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Titular da Cadeira Nº 18 da ACM
* Publicado In: Revista jornal do médico, 13(87): 17, maio-junho de 2017.

domingo, 27 de agosto de 2017

WHATSAPP INDÍGENA


O índio vai ao cartório e o funcionário pergunta:
- Em que posso ajudá-lo senhor?
- Índio quer mudar de nome.
- Mas senhor, os nomes indígenas são parte de suas raízes culturais. Tem certeza que deseja mudá-lo?
- Sim! Índio ter certeza. Índio não vê mais sentido em ter esse nome…
- Bom, sendo assim… Qual é o seu nome atual?
- Grande Nuvem Azul Que Leva Mensagem Para Outro Lado Da Montanha e Do Mundo.
- E como o senhor deseja se chamar?
- WhatsApp.
Fonte: Internet (circulando por e-mails e i-phones sem autoria definida).

O que acontece quando uma mosca cai dentro de um copo de café?


SE FOR...
...ITALIANO :joga fora o copo de café e sai andando com fúria.
...FRANCÊS :joga fora a mosca e bebe o café.
...CHINÊS :come a mosca e joga fora o café.
...RUSSO :bebe o café com a mosca ,uma vez que ela veio como extra ,sem custo.
...ISRAELENSE :vende o café para o FRANCÊS, a mosca para o CHINÊS, compra pra ele mesmo um novo café e utiliza o dinheiro extra para inventar um dispositivo que evita que moscas caiam em copos de café.
...PALESTINO :acusa o ISRAELENSE pelo fato de a mosca ter caído no café, protesta na ONU pelo ato de agressão, pega um empréstimo da União Europeia  para comprar um novo copo de café, utiliza o dinheiro para comprar explosivos e então manda para os ares todas as loja de café onde o ITALIANO, o FRANCÊS, o CHINÊS e o RUSSO estão tentando convencer o ISRAELENSE de que ele deve ceder o seu copo de café para o PALESTINO...
Fonte: Internet (circulando por e-mails e i-phones sem autoria definida).

sábado, 26 de agosto de 2017

Lançamento do livro “Anos Dourados em Otávio Bonfim”


Muitos amigos, familiares e conhecidos do autor, somando mais de cem pessoas, sob a benfazeja inspiração seráfica, participaram do Lançamento do livro ANOS DOURADOS EM OTÁVIO BONFIM (À Memória de Frei Teodoro), obra de autoria do escritor Vicente de Paula Falcão Moraes.
O evento aconteceu em Fortaleza, das 20h às 21h35, do dia 25/08/2017, no Salão de Santo Antônio, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, local escolhido por preservar, em seu recinto, um clima de saudade, permeado das mais caras lembranças.
O autor foi apresentado pelo jornalista Willame Moura e a obra lançada, pelo médico e professor Marcelo Gurgel. Pela audiência, foi facultada a palavra à filha primogênita do Sr. Gerardo Batista, um grande amigo do autor, que lhe rendeu- uma tocante homenagem, brindando-o com uma caneta do seu pai, dotada de um grande valor estimativo. Por fim, o escritor Vicente Moraes pronunciou o seu discurso de agradecimento por aquele momento tão especial de sua vida.
O encerramento dos trabalhos foi conduzido pelo Frei Gilmar que aludiu a ação social como prática da fraternidade franciscana cabendo-lhe abençoar a todos, depois da oração conjunta do Pai Nosso.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Agosto/2017


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de JULHO/2017, que será realizada HOJE (26/08/2017), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

TRÊS POLÍTICOS


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Ainda jovem, governava o Estado do Ceará, tive a honra e a oportunidade de conhecer pessoalmente Tancredo Neves, Aureliano Chaves e Ulysses Guimarães. Como registro histórico, sempre que possível trocávamos ideias sobre o momento político nacional. Destaco os três, dentre uma plêiade de pessoas públicas ilustres da época, pois decorridos quase 35 anos, seus exemplos foram fundamentais para alguns brasileiros. Digo alguns, infelizmente, não posso dizer muitos. Tancredo era Governador de Minas Gerais; Aureliano, Vice-Presidente da República e Ulysses, Presidente da Câmara Federal e do “velho” PMDB, todos com relevantes serviços prestados ao Brasil. Suas ideias democráticas, há algum tempo, fazem falta ao Brasil. Onde eles estiverem estão tristes. A desarticulação entre os três Poderes da União, agride, em determinados momentos, o Art. 2º da Constituição Federal. Ademais, o não cumprimento, várias vezes, do estabelecido nos Arts. 3º e 5º, deixa a Nação perplexa. Chego a pensar, em certas ocasiões, que não estamos vivendo, apenas existindo, com um significativo nível de apatia, o que é lamentável. O século XXI tem sido cruel para os brasileiros. Ao longo dos anos, em média, as taxas de crescimento do PIB foram modestas, o desemprego assustador, a renda mal distribuída, a inflação preocupante, as relações econômicas internacionais se deterioraram, os erros graves de gestão, a corrupção crescente e sistêmica, os serviços sociais básicos(saúde, educação e segurança) em decadência, etc. Diante deste quadro, é importante a criação de uma consciência crítica, bem como a defesa da nossa Carta Magna, observando-se os princípios democráticos (Art. 1º).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 5/5/2017.

Defesa de Tese em Saúde Coletiva (UECE) da Profa. Bruna Yhang da Costa Silva


Flagrante da banca examinadora, logo após a defesa de tese da Profa. Bruna Yhang da Costa Silva. A recém-doutora está ao centro, ladeada pelas professoras Thereza Moreira e Helena Sampaio, à direita, e por Maria Luisa Melo, Fernanda Maia e Marcelo Gurgel, à esquerda.
(Foto cedida por Bruna Yhang).
Aconteceu na manhã de ontem (24/08/17), na Universidade Estadual do Ceará, mais uma defesa de tese de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará.
A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Helena Alves de Carvalho Sampaio, Maria Luisa Pereira de Melo, Fernanda Maria Machado Maia, Thereza Maria Magalhães Moreira e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, aprovou a Tese “Inter-relação entre índice inflamatório dietético e condição clínica de pessoas com esclerose múltipla”, apresentada pela doutoranda BRUNA YHANG DA COSTA SILVA, orientada da Profa. Dra. Helena Alves de Carvalho Sampaio.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor do Doutorado em Saúde Coletiva

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

CONVITE: Lançamento do livro “Anos Dourados em Otávio Bonfim”


A Editora Iuris convida para o lançamento da segunda edição do livro ANOS DOURADOS EM OTÁVIO BONFIM (À Memória de Frei Teodoro)”, obra de autoria do escritor Vicente de Paula Falcão Moraes. O autor será apresentado pelo jornalista Willame Moura e sua obra, pelo médico e professor Marcelo Gurgel.
Data: 25 de agosto de 2017 (sexta-feira).
Horário: 19h30.
Local: Salão de Santo Antônio (ao lado da Igreja da Paróquia N. S. das Dores), no Otávio Bonfim, em Fortaleza-CE.
Traje: Esporte fino.
Informação: (85) 98701 2644.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O PROGRAMA CIENTÍFICO DA XVII BIENAL DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

Publico presente na XVII Bienal da ACM

A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou, nos dias 18 e 19 de maio de 2017, a sua XVII Bienal. Esse encontro, de natureza científica e cultural da maior relevância para a Medicina cearense, teve o professor e acadêmico Gilmário Mourão Teixeira, como seu Presidente de Honra, e o médico-sanitarista e acadêmico Joaquim Eduardo de Alencar, como Patrono.
A coordenação da Bienal foi do Ac. Djacir Gurgel de Figueirêdo, a organização do Ac. Vladimir Távora Fontoura Cruz e a supervisão geral coube ao Ac. Manassés Claudino Fonteles.
O programa científico foi desenvolvido no Hotel Sonata de Iracema, situado em Fortaleza, e foi aberto a médicos e estudantes de Medicina, inscritos antecipadamente, e ao público, em geral, interessado na problemática das doenças transmitidas pelo mosquito (dengue, zika e chikungunya).
A Comissão Científica da bienal, composta pelos acadêmicos Anastácio Queiroz de Sousa, Antônio Carlile de Holanda Lavor, José Eduilton Girão, José Iran Carvalho Rabelo e Roberto Misici, delineou primorosa programação, que foi rigorosamente cumprida.
Da programação elaborada dessa bienal, constaram sete conferências e uma mesa redonda. A primeira conferência, no dia 18 de maio, quinta-feira, logo após a Solenidade de Abertura, foi proferida pelo Prof. Eurico Arruda Neto (SP), tendo como tema “Arboviroses no Brasil”; na segunda e na terceira conferências, dessa manhã, foram expostos os temas “Chikungunya em Crianças”, pelo Prof. Robério Leite, e “Perspectivas no Controle do Aedes”, pelo Prof. Luciano Pamplona G. Cavalcanti (CE). Na parte da tarde, foram três conferências, discorrendo sobre: “Formas graves de dengue”, “Aspectos Históricos e Epidemiológicos, Situação das Arboviroses no Brasil e no Ceará” e “Manifestações da Neurológicas Emergentes das Arboviroses”, cujos conferencistas foram, respectivamente, os professores Ivo Castelo Coelho (CE), Anastácio Queiroz de Sousa (CE) e André Luiz Santos Pessoa (CE).
O dia 19 de maio, sexta-feira, foi iniciado com a mesa redonda: “Manifestações da Clínicas, Diagnóstico e Tratamento das Arboviroses”, presidida pelo Ac. Vladimir Távora Fontoura Cruz e moderada pelo Ac. José Iran Carvalho Rabelo. Os seus subtemas “Diagnóstico Laboratorial”, “Diagnóstico Diferencial” e “Tratamento das Manifestações Articulares da Chikungunya”, foram relatados por Dra. Fernanda Montenegro de Araújo (CE), Dr. Antônio Afonso Bezerra Lima (CE) e Profa. Marta das Chagas Medeiros (CE). A conferência de encerramento, intitulada Vacina para Dengue e Perspectivas para Zika e Chikungunya”, foi pronunciada pelo Prof. Jorge Kalil (SP).
A Bienal, enfim, foi coroada de êxito, mercê da participação de cerca de cento e cinquenta inscritos, com grande número de acadêmicos presentes nas várias sessões científicas.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Titular da Cadeira Nº 18 da ACM
* Publicado In: Revista jornal do médico, 13(87): 16, maio-junho de 2017.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

POEMAS DE AMOR


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Numa recente madrugada insone, concebi três poemas de amor visando reduzir um estado de ansiedade. Caro leitor, alterei os rumos dos textos anteriores, e apresento-lhe: “Suplício”, “Amor de Criança” e “Angústia”. “Suplício”: Como é difícil! Não suporto a tua ausência. Ainda te encontrarei, espero. Mesmo com a certeza do teu desamor./ Só penso em você. A vida vem me magoando. Será que compensa viver? Amélia, creio ser sonhador./ A melancolia domina meu coração. A esperança desaparece como fumaça. Deixando-me sem ação./ Não mais resisto esta dor. Não consigo te esquecer. É um suplício, a falta do teu amor. (“Felicidade foi-se embora. E a saudade no meu peito ainda mora” - Lupicínio Rodrigues). “Amor de criança”: Vida pura de criança. Amor que visa a amizade. Sempre guarda a lembrança. Dos momentos de felicidade./ Sonhando, sonhando. Procura o que deseja. Pouco se decepcionando. Quando não alcança o que almeja./ Visa a solidariedade sem ambição. Tua inocência muito bela. Expressa a linguagem do coração./ Linda criança. Com as bênçãos de Deus. Jamais perde a esperança. (“Só é possível ensinar uma criança amar, amando-a” – Goethe). “Angústia”: Há quanto tempo não te vejo. Talvez, culpa sua, amor. Como gostaria de ti dar um beijo. Para reduzir minha perversa dor./ Meu coração não mais suporta. Vivo pensando em você. Para ti, creio, pouco importa./ Quanta saudade! A esperança sumindo. A melancolia aumentando. Não é sonho, é realidade./ Sinceramente, querida. Meu sofrimento não para de crescer. Não sei até quando viver. (“Minha tendência a indagar e a significar já é em si uma angústia” – Clarice Lispector). Parei de sonhar acordado, fui dormir.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 28/4/2017.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A FINEP NORDESTE NO CEARÁ: uma escolha lógica


Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
Em processo de descentralização, a Finep, órgão nacional de financiamento a infraestrutura de pesquisa privada (reembolsável) e pública (não reembolsável), implanta escritório regional, para o Nordeste, no Ceará. Não existem decisões como essa que não passem pela política, mas, aqui, focarei a base técnica de sermos o alvo lógico da Finep.
O Global Index Innovation Brasil estagnou e quem o puxa para baixo é o Sudeste, daí o Nordeste aparecer com força potencial. O Ceará é reconhecido por perseguir, há décadas, a lógica do planejamento público e do equilíbrio fiscal, o que nos coloca no topo dos Estados com saúde financeira. O povo cearense tem história de inventividade e de trabalho compartilhado. Nas últimas décadas o Ceará habilitou oito Universidades, entre as quais UFC, Uece e Unifor se destacam por ensino de graduação e de pós-graduação, extensão, pesquisa e inovação.
Acrescente-se a ascensão ao status de Centros Universitários de seis IES privadas.
A criação da Secitece aproximou Estado, Universidades e setor produtivo privado, daí o apoio da FIEC à Finep. As boas políticas públicas nos campos da saúde (da família, mental, bucal, planejamento ascendente/descendente) e da educação (aprendizagem na idade certa, ensino fundamental e médio, robusta educação profissional, técnica e tecnológica) dão solidez ao desenvolvimento. A transposição do rio São Francisco e as novas formas de captação de água dão segurança hídrica. Os parques de energia eólica e solar dão segurança elétrica. O Cinturão Digital do Ceará e a rede de rodovias integram o território.
Temos, também, hubs implantados ou em vias de: saúde (campus Fiocruz/Farmanguinhos, atração do Instituto Pasteur), internet (os cabos submarinos para Luanda, Lisboa, Miami), aéreo (Latam e/ou Air France/KLM), marítimo (ZPE e Complexo Portuário do Pecém, para Luanda, Abdijan, Istambul, Lisboa, Miami e Ásia, pelo novo canal do Panamá) e ferroviário (a conclusão da Transnordestina trará minérios e grãos para o Pecém).
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado. In: O Povo, Opinião, de 11/7/17. p.10.

domingo, 20 de agosto de 2017

“ESFOLEAR” JORNAIS


Fotógrafo: desconhecido.
Fonte: Circulando por e-mail (internet) e i-phones. Autoria desconhecida.

ESPORTE “VERNACULICIDA”


Fotógrafo: desconhecido.
Fonte: Circulando por e-mail (internet) e i-phones. Autoria desconhecida.

sábado, 19 de agosto de 2017

ESQUECIMENTO NA VELHICE


Lola, uma senhora de 86 anos, diz a seu filho:
- Nenê ... (o bebê tem 62 anos).
- Sim, mãe?, diz o "bebê".
- Tenho uma reunião com as meninas e eu gostaria que você me ajudasse a organizá-la.
- Claro mãe, fique tranquila que vou lhe ajudar.
- Ajudar com o que???
- A reunião mãe!!!
- Ah siiiimmm !!! Eu já tinha me esquecido!
Naquela noite, o filho chama sua mãe para a cozinha e mostra-lhe um papel preso na geladeira:
1. Sirva café
2. Sirva sanduíches
3. Sirva o suco
4. Sirva docinhos
- Que bom!!! Diz a senhora, agora não terei problemas! ...
Naquela tarde ao chegarem as "meninas" ... nenhuma abaixo dos 80!
Lola, boa anfitriã, organiza-as na sala, se desculpa e vai para a cozinha.E lê:
1. Servir café
E leva café para suas amigas, em uma mesa muito sedutora.
Depois de um tempo de conversa, Lola, nervosa, vai para a cozinha e lê de novo:
1. Servir café
E serve mais café ...
E assim por mais 4 vezes.
Finalmente as meninas vão embora.
Uma delas sussurra para outra, deixando a casa:
- Pepa, você viu? Que má anfitriã é Lola!!! Ela não nos deu nem mesmo um café!!!
Pepa, responde:
- Lola? De que Lola você está falando???
Naquela noite, o filho de Lola volta para casa de sua mãe e se surpreende, vendo que os sanduíches, sucos e doces estão intactos.
E pergunta:
- Mãe! O que aconteceu???
Lola responde:
- Você acredita que as desnaturadas não vieram??? !!!
Moral: "Vamos nos encontrar agora, enquanto ainda nos reconhecemos!!!"
Fonte: Internet (circulando por e-mails e i-phones sem autoria definida).

VELHICE OBRADA


O velhinho, em uma consulta com seu médico:
- Doutor eu tenho cagado todo dia às 7h em ponto.
- E qual é o problema nisso?
- É que eu só acordo às 8h.
Fonte: Internet (circulando por e-mails e i-phones sem autoria definida).

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

ESTAMOS PERDIDOS?

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O Estado brasileiro enfrenta momentos de dificuldades, envolvendo os Poderes Constituídos, podendo comprometer, infelizmente, os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, conforme o Art. 2º de nossa Carta Magna. É claro que os desajustes decorrentes dessa situação aflitiva se projetam nas estruturas da sociedade civil e da família. A democracia moderna baseia-se em um sistema de instituições construídas na expectativa de garantir as ações éticas e morais das decisões políticas. Entretanto, infelizmente, constatamos que esse equilíbrio institucional tem sido seriamente desvirtuado. Um olhar acurado sobre o relacionamento dos três Poderes torna esse desequilíbrio de fácil constatação e a confirmação de que as instituições democráticas não estão cumprindo o seu papel de canalizar as demandas da cidadania. Precisamos recuperar a superioridade ampla do nosso regime democrático. Para tanto, é desejável que o Poder Legislativo resgate sua capacidade deliberativa e representativa, o Judiciário garanta a ordem legal e constitucional e o Executivo administre com competência, aliada à seriedade, os reais interesses da sociedade, cumprindo as disposições legais. No entanto, não estamos perdidos. Abaixo a corrupção e a impunidade, “doa a quem doer”, conforme sempre ressalta o amigo e brilhante ex-senador Cid Carvalho. Ademais, como disse o compositor Paulo Vanzoline, “Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima”. O Brasil é viável. Seu povo, na grande maioria, é bom. É um “País abençoado por Deus”. Convém refletir uma frase de Goethe: “Abra o coração para que entre mais amor”. Busquemos a Verdade e a Justiça.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 21/4/2017.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O PAPEL DOS MÉDICOS NA COMUNICAÇÃO JORNALÍSTICA


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
A mídia tem muito a contribuir com a ciência da saúde, mas tal contribuição só pode se efetivar quando médicos e profissionais da saúde aprenderem a dialogar sem preconceitos com os jornalistas. A imprensa, seja ela falada, escrita ou eletrônica, é os olhos e os ouvidos da comunidade. Compreensível o desejo dos seus profissionais de informar ao público cada vez melhor sobre os avanços médicos. É natural que diante de tempos de tantos adiantamentos, os jornalistas passem a assediar os médicos em busca de novidades na área da saúde.
O profissional de saúde vê-se assediado intensamente pelos profissionais das notícias. É quando se dá conta de estar completamente despreparado para lidar com essas pessoas de ofício bastante nobre – o de “informar” as novidades ao povo. Mas, pior se sente ao deparar com profissionais da mídia (escrita ou falada) despreparados para a função de informar sobre o difícil e complexo problema da saúde.
Esclareço que qualquer médico tem obrigação de fornecer informações aos meios de comunicação de massa desde que as informações não entrem em conflito com os preceitos dos Códigos de Ética dos Conselhos Regionais, aos quais, como qualquer profissional liberal, se encontra submetido. Respeitados tais preceitos, têm os profissionais da área da saúde a obrigação de adotar posturas positivas, associativas e cooperativas com os jornalistas.
Nos programas especializados em medicina, o médico tem a oportunidade de ofertar explicações mais detalhadas de como melhorar o estado sanitário da comunidade, resguardando-se das curas milagrosas e combatendo falsos procedimentos e charlatanismos.
Propagandas de Cura Milagrosa
Quando o profissional de saúde se expressa através dos modernos meios de comunicação, tem maior contato com a população, o que pode servir como potente ferramenta à promoção do bem-estar social. Os médicos não foram treinados para falar à plateias leigas. Desconhecemos como tirar o melhor proveito das oportunidades que a moderna mídia nos proporciona e, portanto, devemos ser ajudados pelos profissionais da imprensa.
O médico tem a necessidade e o dever de saber manejar três situações em uma entrevista: 1. Relacionar-se corretamente com o profissional da imprensa; 2. Não se atemorizar; 3. Não ficar se promovendo.
É preciso que o médico observe, na atualidade, principalmente a falência da medicina estatal; o sensacionalismo desenfreado; a mercantilização dos procedimentos médicos; a prevalência da tecnocracia pseudocientífica em detrimento do paciente; a imprensa marrom; os jornalistas despreparados; os planos de saúde e outros empresariados médicos.
O Código de Ética vem a favor dos médicos ao proibir as propagandas de cura milagrosa e a divulgação de terapêuticas ainda não aceitas pela medicina oficial.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Homenagem ao Prof. Ruy Laurenti na Faculdade de Saúde Pública da USP


A Faculdade de Saúde Pública e o Departamento de Epidemiologia da Universidade de São Paulo realizaram no Anfiteatro Paula Souza, em 15 de agosto de 2017, dia do aniversário do homenageado, um evento de homenagem ao Prof. Ruy Laurenti, inaugurando uma sala com seu nome.
Na qualidade de seu ex-aluno e de orientado de mestrado e de doutorado, fui um dos escolhidos para render homenagem a esse grande mestre e pesquisador da Epidemiologia, cujo falecimento trouxe imensa consternação aos colegas que se dedicam à Saúde Pública.
Embora eu estivesse extremamente motivado a me fazer presente na solenidade, por problema de agenda de compromissos nos dias 14 e 16 de agosto, já assumidos, e de dificuldade de voo, de Fortaleza à São Paulo, para o dia da inauguração, fiz-me representar por meio da gravação de um vídeo, exibido na ocasião, cujo teor foi o seguinte:
DEPOIMENTO EM HOMENAGEM PÓSTUMA AO PROF. RUY LAURENTI
“Com o desaparecimento deste mundo menor do professor doutor Ruy Laurenti, no dia 12/6/2015, a saúde pública e, em especial, a epidemiologia no Brasil vestiram-se de luto diante de tão sentida perda.
Fomos um felizardo, pois o tivemos como orientador de mestrado e de doutorado, notadamente, porquanto, mais do que uma mera e usual relação tutelar de orientação, mantivemos, por cerca de 35 anos, a contar de 1979, um relacionamento de amizade e de afiliação científica.
Por todos esses anos, invariavelmente, conversávamos, por telefone, em datas bem especiais, como em seu genetlíaco e no período natalino. Em muitas oportunidades estivemos juntos, tanto em minhas viagens de estudos à pauliceia como nas dele à capital cearense, ou nos congressos e reuniões científicas levadas a efeito em outras cidades.
Como um pai que se orgulha pelo progresso do filho, o estimado mestre demonstrava entusiasmo ao tomar conhecimento de um possível feito desse seu pupilo platicéfalo, que, daqui da terra alencarina, distante geograficamente do eixo Rio-São Paulo, subsistiu produzindo, incansavelmente, como docente e profissional do campo da saúde pública, e que, paralelamente, enveredou pela via literária, auferindo o epíteto de polígrafo, lastreado em mais de 90 livros publicados, entre científicos, técnicos e literários, cobrindo diferentes gêneros.
Descansa em paz, querido mestre!
Com o meu condoído adeus, despeço-me.”
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública - UECE

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Evento de homenagem ao Prof. Ruy Laurenti na FSP


A Faculdade de Saúde Pública e o Departamento de Epidemiologia realizarão um evento de homenagem ao Prof. Ruy Laurenti no dia 15 de agosto de 2017 às 10h no Anfiteatro Paula Souza da FSP, durante o qual ocorrerá a nomeação da Sala Ruy Laurenti do Departamento de Epidemiologia.
O Prof. Ruy Laurenti foi um dos mais influentes nomes da saúde pública brasileira do século passado. Na USP, foi Diretor da FSP, Reitor da USP e Professor Emérito da USP, além de seu primeiro Ouvidor Geral. Em sua carreira profissional, atuou na concepção e implantação dos dois principais sistemas de informação em saúde no Brasil: o de Mortalidade (SIM) e o de Nascidos Vivos (SINASC). Em sua área de atuação – Estatísticas de Saúde e Classificação de Doenças – formou um grande número de sanitaristas que exerceram importantes cargos e funções no campo da saúde pública no país.
O Professor Laurenti deixou um forte legado científico, servindo de inspiração e exemplo como professor e pesquisador. Sua vida e sua obra serão reconhecidas na homenagem que lhe prestarão o Departamento de Epidemiologia e a Faculdade de Saúde Pública.
O Evento é aberto a quaisquer interessados sem a necessidade de inscrição. A FSP/USP não disponibiliza estacionamento aos participantes.
Realização: Faculdade de Saúde Pública e Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Fonte: Faculdade de Saúde Pública da USP
 

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