quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

AQUI SEGUIMOS DE PÉ

Ângela Gutierrez, presidente da ACL (Foto Mauri Melo)
Por jornalista Bruna Forte

Alba Valdez, pseudônimo de Maria Rodrigues Peixe, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Cearense de Letras (ACL). Em 1922, quando ainda se afirmava enquanto Sociedade de Homens de Letras, Alba ocupou a cadeira número 8 da instituição. Jornalista, educadora e escritora, Alba iniciou um trajeto ininterrupto: a inserção da mulher na vida pública literária no Estado. Em 1930, após reestruturação da ACL, a precursora não foi convidada novamente para compor o quadro de membros - o que, talvez utilizando-se de um eufemismo, considerou uma descortesia. Imediatamente, redigiu um artigo intitulado De pé. Em suas palavras, o ato atingia também a todas suas compatriotas, "mulheres que, como eu, mourejam na seara das letras". A igualmente fundadora da Liga Feminista Cearense voltou à entidade apenas em 1937, mas carregou em seus passos a força retomada por outra escritora quase 100 anos depois. Nesta quarta-feira, em cerimônia realizada na sede da agremiação a partir das 19 horas, Angela Maria Rossas Mota de Gutiérrez toma posse como a primeira mulher presidente da ACL.
Autora do renomado O Mundo de Flora (1990), entre demais títulos, Angela Gutiérrez assume a vaga do então presidente Ubiratan Aguiar - regente no binômio 2017/2018. A nomeação foi celebrada entre literatos, mas Angela lamenta ainda ser necessário noticiar conquistas há muito reivindicadas. "Eu espero que chegue o tempo em que não cause mais surpresa a mulher assumir um cargo importante. Mas enquanto a mulher não tiver uma voz que tenha a mesma potência de divulgação e de poder que homem, é bom que se destaque especificamente isso. Nesse momento, percebo sim que quando abro uma porta - ou outra mulher abre -, ela ficará aberta para todas nós", defende a escritora.
Ingressa na Academia Cearense de Letras há 21 anos e vice-presidente na gestão passada, Angela dá continuidade ao trabalho iniciado por seu bisavô, Tomás Pompeu de Sousa Brasil (1852-1929). O advogado e político foi membro fundador e o primeiro a presidir a organização criada em agosto de 1894, pioneira do gênero no País. Licenciada em Letras, mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará e pós-doutora em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais, a ocupante da cadeira 18 relembra a insegurança juvenil já abandonada. "Vários colegas meus da UFC que eram também da ACL me perguntavam: 'Por que você não se candidata?'. 'Não, eu estou muito verde'. Até que o próprio presidente da Academia, à época o poeta extraordinário Artur Eduardo Benevides, me disse: 'Todos os acadêmicos querem você lá, você não quer entrar na casa do seu bisavô?'. Essa segunda pergunta foi decisiva. Ser presidente, pra mim, tem uma ligação muito mais afetiva, familiar, porque eu passei a vida ouvindo falar do meu bisavô. Isso me dá uma sensação de que eu tô cumprindo a missão que minha mãe gostaria. Ela e meu pai tiveram um papel importantíssimo na minha formação como escritora", emociona-se.
Organização particular, a Academia Cearense de Letras enfrenta o desafio de se integrar ao entorno e promover um amplo diálogo sociocultural. "Eu acho importante o discurso de Tomás Pompeu na solenidade de aniversário do primeiro ano da ACL, em que ele falou da Academia como uma criadora de cultura, mantenedora de conhecimentos e difusora disso tudo. Um dos primeiros gestos que eu gostaria de fazer é, como presidente, simbolicamente, abrir as portas da ACL para diversos segmentos da sociedade. Nós já fazemos isso, mas de forma muito restrita porque não temos número de funcionários suficiente para atender multidões. Essa ação não precisa ser feita espetacularmente: nem sempre um acontecimento cultural precisa ser monumental, ele pode acontecer em pequenos grupos", argumenta Angela. Em um crescente cenário de sucateamento de equipamentos culturais no Brasil, a escritora cearense aposta na força das micropolíticas. "Acho lindo isso de clube de leitura. Por que não receber na ACL? Nós podemos abrir espaço para pessoas que se dedicam aos versos, a dizer poesias. Temos possibilidade também de abrigar grupos maiores, como quando fazemos ciclos de conferência iniciados já na gestão de Arthur Benevides. Agora estou muito interessada em trabalhar com a literatura cearense, com o escritor cearense. Nós temos aqui escritores extraordinários a quem muito respeito", pontua.
Em uma bonita metáfora, Angela Gutiérrez compara a cultura à catedral francesa de Reims. "Ao mesmo tempo que ela foi muito agredida ao longo do tempo em revoluções e guerras, sempre foi reconstruída, nunca igual. Na fachada, entre santos esculpidos, existe um anjo sorrindo (o famoso L'Ange au Sourire). Aquele anjo me dá margem de imaginar que ele está sorrindo da humanidade, pensando 'Por que estão destruindo, por que não estamos todos unidos e construindo uma sociedade melhor?", finaliza.
Fonte: O Povo, de 30/01/2019. Vida & Arte. p.1.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

POSSE NA ACL


ÂNGELA Gutierrez toma posse, esta noite, na presidência da Academia Cearense de Letras prestes a completar 125 anos de história, e ela há 21 anos ocupando a cadeira 18. A chegada dela como a primeira mulher a ocupar o cargo não é só meritória, representa a ação efetiva e afetiva de quem exerce bem sua missão de escritora, professora, ostentando inclusive uma história e heranças intelectuais. Perfilada pelo entusiasmo ela diz que "há dentro de mim uma ideia de continuidade. A ACL teve como primeiro presidente o avô queridíssimo de minha mãe. E, desde que nasci, sempre ouço falar dele não só como presidente da Academia de Letras, mas como a pessoa, o intelectual que foi. É um sentimento bom presente aqui dentro do meu coração, de que estou continuando um processo começado por ele. Tem uma questão de sangue", afirma Ângela que vai suceder Ubiratan Aguiar, outro líder da Casa, já garantindo que deseja ver entre os salões e a biblioteca a presença de estudantes, pesquisadores, poetas e grupos.
Fonte: O Povo, de 30/01/2019. Vida & Arte. Coluna Lêda Maria. p.7.

A CIDADE, A TECNOLOGIA, O DESRESPEITO OU TUDO JUNTO E MISTURADO


Por João Soares Neto (*)
Dizia o geógrafo Milton Santos que as cidades “são construções sócio-técnicas, onde o conceito de inteligência deve ir além do trivial: desejamos ter a smart-prefeitura, o smart-hospital, ou seja, conseguir mais eficiência da cidade em benefício do cidadão, usando para isso tecnologia. Esse benefício aparecerá no trânsito, nos serviços, no gerenciamento dos riscos. E fazer isso com o uso massivo de tecnologia torna o desafio mais interessante”. Li este texto no Valor, mas poderia ser em qualquer outro veículo de comunicação.
Existe a boa tecnologia, a tecnologia usada para o bem. E existe a tecnologia usada apenas para punir, multar ou, de forma automática, gerar um boleto, com multa por conta de um atraso de um dia, em face de uma fila imensa que faz idosos passar vexames.
Existem ainda os casos diários de caixas eletrônicos de bancos dinamitados em capitais e cidades do interior, a ocasionar transtornos e prejuízos aos que iriam fazer depósitos/retirada para pagar contas de IPTU, carnês do INSS, água, luz e crediário, e terão que fazê-lo depois da data, com multa. Reclamam eles também – e com razão – das multas aplicadas em semáforos onde os motoristas têm medo de ficar à espera do sinal verde, cercados de estranhos não havendo tráfego que impeça o deslocamento.
Esta semana, por exemplo, um desses jovens impetuosos do trânsito cortou o meu carro pela direita, o que a lei proíbe. Além disso, trancou a via, desceu como um desesperado, ignaro que era, e dirigiu-se a mim. Fechei o vidro e ele deu pancadas. Abri uma fresta e disse que ele nem sabia que cortar pela direita era irregular. Um imbecil. Poderia ter havido mais um crime ou, pelo menos, uma luta corporal. E isso acontece a todo instante.
Um Cônsul honorário, em plena Aldeota, levou um tiro de raspão na boca, teve o seu carro levado (depois encontrado) e passou horas seguidas, na madrugada, para fazer um simples boletim de ocorrência e a identificar os meliantes.
Dia desses, fui abastecer o carro. Ao meu lado, no posto, estava um veículo médio com um grande equipamento de som que tomava todo o bagageiro. Esse som refletia luzes intermitentes e era testado pelo cioso proprietário a se acreditar um DJ (disk jockey) volante. Ele faz parte da grei dos atormentados, dos que não conseguem distinguir barulho de harmonia melódica. Dos que ouvem essas “músicas” em altíssimos decibéis com letras de verso de pé quebrado e sentidos chulos.
Talvez eles tenham como referência, quem sabe, o astro (como era mesmo o nome dele?) da série Velozes e Furiosos, recentemente, falecido em uma colisão em alta velocidade. Ou, quem sabe, são admiradores de ídolos como Justin Bieber, preso ao participar de um “pega”, em Miami, em carro da locadora de Felipe Massa. Bieber dirigia no dobro da velocidade permitida e teria usado álcool e outras drogas.
Voltando ao início da conversa, as cidades não precisam apenas de tecnologia, mas de administrações atentas ao conjunto das suas partes. Este texto coloca “junto e misturado” assuntos distintos que fazem a crônica (policial e social) das cidades, ou vão parar nas colunetas que inventam celebridades ocas, a confundir e infundir modos e modas em jovens ainda incapazes de ajuizar as distinções entre o bem e o mal.
(*) João Soares Neto é escritor e membro da Academia Cearense de Letras.
Fonte: Publicado no jornal O Estado, de 14/1/19.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

EDITORIAL: Revista MedUECE - 2018


A proposição de editar uma revista em que se celebrasse a formatura da primeira turma de graduados do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE) feita pelo então Coordenador do Curso (M.G.C.S.), foi espelhada na tradição iteana de publicar anualmente uma obra com os registros de cada turma.
A proposta germinou, viçosamente, obtendo a guarida dos internos que compunham a Turma Prima, a qual, em 2008, expôs à lume a edição de vanguarda, retratando os belos fragrantes de uma plêiade de concludentes de uma escola médica sediada no Ceará.
A partir da edição seminal, a Revista MedUECE continuou, sem interrupção, atingindo hoje o seu décimo-primeiro número, e nesse veículo cada turma se esforça, dentro do possível, para assinalar suas marcas e singularidades, recorrendo aos esquemas específicos de conteúdo e de diagramação, cuidando, todavia, de manter a linha editorial firmada desde o princípio.
A turma de 2018, denominada Dr. Herivaldo Ferreira da Silva, consagra os quinze anos da criação do Curso de Medicina da UECE, uma exitosa experiência educacional, patenteada pela excelência dos seus diplomados, consoante se apreende dos resultados obtidos em processos seletivos por seus discentes e na excepcional desenvoltura profissional dos seus egressos.
Este número concede ênfase ao Internato, realçando as diversas experiências nos principais locais que se prestaram à aprendizagem: Hospital Geral Dr. César Cals, Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Infantil Albert Sabin e Hospital Haroldo Juaçaba do ICC.
O Centro de Dermatologia Dona Libânia, locus de formação utilizado desde a primeira turma, se fez presente na homenagem póstuma rendida ao Dr. Renê Diógenes, que foi um prestimoso docente engajado no ensino médico da UECE.
Como diferencial dessa turma, cabe assinalar a efetiva participação de muitos acadêmicos no Projeto de Extensão Humanartes, no Programa Educação para o Trabalho - PET Saúde e nas Ligas Acadêmicas da UECE.
Cumpre assinalar que, atendendo à chamada pública do governo federal para preenchimento de vagas no “Mais Médicos”, decorrentes de ruptura unilateral tomada por autoridades de uma ilha caribenha, os formandos de 2018 tiveram a antecipação da diplomação para que pudessem se habilitar ao programa em tela, suprindo assim postos de trabalho vacantes.
Parabéns, caríssimos concluintes de 2018 da MedUece.
Que Deus os conduza hoje e sempre!
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Editor
Fonte: Revista MedUECE: Turma Prof. Dr. Herivaldo Ferreira da Silva. Fortaleza, Ano XI, Nº 11. Dezembro de 2018. p.3.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

CENÁRIO DA ECONOMIA


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nos últimos 25 anos, podemos dizer que a Economia brasileira, irmã gêmea da Política, apresentou pontos positivos e negativos. Fica difícil, neste resumido texto, citar todos os fenômenos. No entanto, mostramos apenas quatro itens que proporcionaram oscilações no ambiente nacional. De modo cronológico, para melhor, a estabilização monetária (Plano Real) e a expansão das exportações de commodities; para pior, a Emenda Constitucional da reeleição e a corrupção endêmica e sistêmica. Ademais, vale ressaltar, dois pontos complicadores: os três Poderes da União algumas vezes, não funcionaram com independência e harmonia entre si, conforme estabelecido no Art. 2º da Constituição, e os desentendimentos evolvendo outros países. O cenário atual do País não é fácil, porém a realização de determinadas reformas, permitindo os equilíbrios fiscal, monetário e cambial poderão conduzir o Brasil para uma melhor situação política e socioeconômica. Os resultados não serão imediatos, mas de médio e longo prazo. Pesquisamos alguns relatórios e textos elaborados por Instituições nacionais e internacionais (IPEA, BACEN, IBGE, FMI, etc.) e observamos para 2019, desde que não ocorram oscilações bruscas no País e fora dele, sinais de melhoria da Economia brasileira, tais como: 1. Taxa de juros (Selic) estável em 7,25% ao ano; 2. Variação do PIB de 2,7%; 3. Déficit primário passando de -2,0% (2018) para -1,0% (2019); 4. Relação investimentos/ PIB da ordem de 6,4% (a maior desde 2012); 5. Taxa de desemprego caindo de 12,5% (2018) para 11,6% (2019), gerando 800 mil empregos; 6. IPCA (taxa de inflação) da ordem de 4,0%, abaixo da meta de 4,5% ao ano; 7. Taxa de câmbio (R$/US$) variando entre 3,6 e 3,8, o que permitirá a expansão do comércio exterior. Diante destes poucos mas importantes indicadores, a Economia poderá iniciar um processo de recuperação.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 18/1/2019.

domingo, 27 de janeiro de 2019

SÍNDROME DO PÊNIS GRANDE


Um funcionário de uma agência funerária trabalhava à noite para examinar corpos antes de serem sepultados ou cremados.
Certa noite, ele estava examinando o corpo de um homem identificado como José Chagas, que estava para ser cremado, quando descobre que o defunto tem o maior pênis que ele já viu em toda a sua vida.
- Desculpe-me, Sr. Chagas - diz o funcionário - mas não posso mandá-lo para o crematório com essa coisa enorme.
Ela tem que ser conservada para estudos e para a posteridade ...
Com um bisturi, remove o pênis do morto, guarda-o num frasco e vai para casa.
A primeira pessoa a quem ele mostra a monstruosidade é a sua mulher.
- Tenho algo inacreditável para te mostrar, querida.
Algo que nunca viste e nunca verias se não fosse desta forma. Nem vais acreditar!!!
Abre o frasco e ela, ao ver o conteúdo, grita estarrecida:
- Oh, meu Deus, o Chagas morreu???!!!
MORAL DA ESTÓRIA: Nunca leve trabalho para casa!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Autoria desconhecida.

ASSÉDIO NO ELEVADOR


Num elevador estavam um argentino, um brasileiro, uma freira e uma garota.
De repente, faltou energia no prédio e o elevador pára.
Na escuridão do elevador, escuta-se o som de um beijo seguido de um tapa.
Alguns instantes depois... novamente um beijo seguido de um tapa.
A energia é restabelecida, a luz volta e todos no elevador ficam calados pensando o seguinte:
A FREIRA: 'Um dos dois deve ter beijado a garota e ela revidou com dois tapas'.
A GAROTA: 'Um dos dois deve ter tentado me beijar, acabou beijando a freira e levou dois tapas'.
O ARGENTINO: 'Esse brasileiro safado beijou a garota duas vezes e ela me deu dois tapas pensando ser eu'.
O BRASILEIRO: 'Ha, ha, ha... beijei a palma da minha mão duas vezes e lasquei dois tapas nesse argentino’
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Autoria desconhecida.

sábado, 26 de janeiro de 2019

SENHOR, FAZEI-NOS PROMOTORES DA VOSSA PAZ!


Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

A cada passagem para um novo ano reiteramos às pessoas que nos relacionamos os votos de paz. Não por acaso o dia 1º de janeiro é celebrado como Dia Mundial da Paz. Para nós, católicos, ele traz uma mensagem do Sumo Pontífice, que de acordo com a realidade que estamos vivendo sugere um tema a ser refletido. O tema da mensagem para 2019, no 52º Dia Mundial da Paz, é "A boa política está a serviço da paz". Mais uma vez Papa Francisco acertou "na mosca", pois a paz passa também pelas ações de políticas públicas e não há como conceber a paz sem condições dignas aos cidadãos. A paz se constrói no respeito mútuo entre os povos e entre os homens, ela está acima do egoísmo, acima dos próprios interesses e visa sempre o bem comum.
Ao nos deixar a receita para a verdadeira felicidade, as "Bem-Aventuranças", Jesus elenca: "Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9). Todos somos promotores da paz, mas, para isso, é necessário que entendamos que não se trata do conceito de paz meramente superficial, que vem de fora para dentro, passageira, como o mundo oferece.
Mas aquela paz duradoura, que resida em nosso interior e abranja todas as áreas do nosso ser, aquela que Jesus prometeu.
Essa paz é fruto do Espírito Santo, que brota no interior de cada um de nós, e através de nós se estende no ambiente familiar, de trabalho, e em todos os segmentos da sociedade.
Diferente das virtudes teologais: fé, esperança e caridade, que são dons infusos por Deus no Batismo, as outras virtudes, dons e os frutos do Espírito Santo precisam ser buscados, pedidos, e permitidos, ou seja, se quisermos ter a paz interior, precisamos deixar que o Espírito Santo que habita em nós pelo Batismo, aja em nós.
Uma pessoa que não consegue a paz interior, vive ansiosa e com medo do presente e do futuro. Já aquela se abre a ação do Espírito, busca e exercita este fruto, mesmo quando tudo ao redor parece desmoronar, mesmo nas tribulações mantem-se sereno e confiante.
Desejo neste ano que está apenas começando, que você querido associado, encontre e permaneça na paz do Senhor Jesus, promovendo-a por onde passar, a quem encontrar.
(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 5/1/2019. Opinião. p.18.

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Janeiro/2019


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de JANEIRO/2019, que será realizada HOJE (26/01/2019), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

AOS VIVOS: O caneco por um doce de leite ... e outros causos


O caneco por um doce de leite

Raimundo de João Felismino, “dotô de duas laigura” – graduado e pós-graduado. Nascido nas brenhas cearenses, estava na cidade havia oito anos. Tinha um sonho: levar seus professores à fazenda onde nascera, onde moram os pais. Só para experimentarem a comida boa e farta característica dos velhos, notórios por empurrarem dicumê nos convidados, até dizer chega.
- Caba só se alevanta da mesa com o bucho pela goela, golfando! – dizia o pai.
- Depois tibunga na rede e dorme inté o caneco fazer bico! – reforçava a mãe.
Deu certo naquele maio chuvoso bom de curimatã ovada. Caravana chega beirando meio dia em micro-ônibus - João, os mestres da “facundade” e as respectivas esposas. Famélicos e desejosos de ligeiro provar a ‘cumiduria’ afamada dos genitores do aluno dedicado e gente fina, agora “dotô de duas laigura”. No alpendre de casa, à chegada, coisinha pouca pra enganar tripa: bacias pela tampa de milho verde, mangas, atas e goiabas e “almêxa do mato”.
- E uma carrada de ovo de capote cozido ouvindo a conversa! – gabava-se o pai.
- Pra quem apriceia farinha... – jactava-se a mãe.
O prato principal do almoço: perua jandaia no leite do coco. Na verdade, três dessas aves, cevadas – chiqueiradas de sete dias. Sobremesa: caçuá de seriguela inchada de entrada e, a seguir, o valendo: doce de leite de caroço. Pense num doce! Mas teve um probleminha. Apenas dois pires pra servir 18. O pai de João reclama:
- Se tivesse me falado, mulher, tinha comprado um balseiral desses pirex...
- E agora, homi?
- Vamos servir os ‘prefessô’ primeiro, eles são educado... Depois, o povo de casa.
Pospasto divino, fazendo que um dos professores educados esquecesse a etiqueta. Foi à cozinha, no maior verme, e comeu bocados (acompanhado da esposa) diretamente na panela, ainda fervendo. Com as mãos. Diante da arrumação, o pai de João oferece caneco d’água ao docente esgalamido, assaz admirado:
- Não sabia que o dotô apriciava tanto um docim de leite com caroço!
- Dou até o caneco por esse troço, meu senhor!
Maxixe da saudade
No Alto dos Bodes morava Zé Galego, cabra bruto à moda canto de cerca. A bodega era em casa. Especializou-se em tira-gosto pra cachaça, toda qualidade de cana que se possa imaginar. Pra testar se Zé era mesmo da turma de seu Lunga, quem lá esteve? Totonho Cabeça de Prego. Que, no pé do balcão, perguntou besteira:
- O que é que o colega tem pra beliscar?
- Alicate, ‘troquês’, meus dedo...
Daí a lapada de cana entornada no seco. E logo Totonho se reclama:
- Diabo de cachaça amaiga, azeda, ruim de engolir?!?
- O decente devia então ter pedido doce de leite, pudim, cocada, mariola...
- Pois me dê uma coisa quente pra limpar a desgraça dessa cana na garganta!
Zé Galego foi lá dentro e cozinhou dois maxixes em lenha de angico (pau que dá fogo mais quente que o centro do inferno). E trouxe a parelha queimando prato. Totonho, pra mostrar que era macho, toma outra reada de pôde sem futuro e morde o cão do maxixe. Que de tão quente anestesiou-lhe a boca. Ele agora nem engole nem cospe o maxixe. Lacrimeja... Ao ver o sujeito choramingar, Zé Galego pergunta o que foi. E a resposta do chorão, que não dá o braço a torcer...
- Macho, é saudade de mãe!!!
Fonte: O POVO, de 6/1/2018. Coluna “Aos Vivos”, de Tarcísio Matos. p.8.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

ANSIEDADE


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Perguntas que Não Devem/Podem Ser Feitas
Eficácia e Segurança dos Antidepressivos e Psicoterapia para Crianças e Adolescentes
O transtorno de ansiedade infantil é um dos diagnósticos de desordem mental mais frequentes, com uma taxa de prevalência de 15% a 20% e está associado a comprometimento significativo na criança e no adolescente.
Existem várias opções de tratamento para transtornos de ansiedade infantil, incluindo psicoterapia, farmacoterapia e abordagens de tratamento combinado, porém nenhum deles tem se mostrado de eficácia, comprovada.
Diante desse quadro onde as estatísticas apontam que cerca de um em cada quatro americanos terá um transtorno de ansiedade em algum momento de sua vida, seria bom começarmos a pensar na frequência de tal nosologia.
Esses presságios são tão graves quanto as demais inseguranças aportadas com o progresso científico e tecnológico desta contemporaneidade.
Sublinho. Os transtornos de ansiedade são problemas de saúde mental frequentemente vistos em crianças e adolescentes, e não sabemos o que dizer de sua importância/repercussão na vida adulta. A idade média em que os sintomas de ansiedade começam é a de 11 anos. Aproximadamente 5% a 13% das crianças menores de 18 anos apresentam transtorno de ansiedade.
Conferir em: (Arch Pediatr. Adolesc. Med. 2010; 164 (10): 984. doi: 10.1001 / archpediatrics.2010.179). (JAMA Pediatr. Published online August 31, 2017 doi:10.1001/jamapediatrics.2017.3036).
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Existem vários tipos de transtornos de ansiedade. Os sintomas nas crianças incluem preocupação grave e incontrolável com vários aspectos de sua vida. Essas manifestações podem incluir timidez; não desejar conversar com pessoas adultas; falta à escola; medo; pânico; sudorese; tremores; dificuldade em respirar, e sentir que algo terrível vai acontecer; dor torácica; coração acelerado; tonturas; náuseas; dor abdominal e dores de cabeça; além de outros que, quando não bem equacionados, podem levar a distúrbios de saúde mental em adultos, como depressão e uso de drogas, além de aumento das taxas de suicídios consumados ou tentados.
Muitas crianças têm preocupações e medos que podem ocorrer em determinadas idades ou estágios de desenvolvimento. Isso é normal. Mas, os transtornos de ansiedade são mais graves e persistentes...
Diante desse quadro, principalmente nas crianças e jovens das camadas populacionais mais afluentes, onde a competição é cada vez mais acirrada, acredito que a medicalização desse desconforto existencial não poderá ser aquilatada jamais por condutas psicoterápicas associadas ou não à epidemia de emprego dos antidepressivos, de resultados incertos e inócuos, e sim nosso foco de atenção deveria ser deslocado para os aspectos preventivos psicossociais.
Não sei como as Instituições e a Literatura Médica Oficial não patrocinam melhores estudos para a profilaxia desse considerado mal do século atual. Ou há perguntas que não devem ser feitas? Valho-me do habeas corpus da idade, após mais de cinquenta anos de prática pediátrica. Será que a ditadura do Mercado serviria para controlar essa ansiedade globalizada? Fica o aviso.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

TELINHAS, TELAS, TELONAS E OS VÍCIOS


Márcia Alcântara Holanda (*)
"Vício é um hábito repetitivo que, leva a pessoa e seus conviventes a terem prejuízos físicos, emocionais ou sociais". "Vício é uma doença bio-psico-social", diz a OMS.
Digo que sou uma caixa de vícios, atualmente fechada, mas que poderá por algum motivo físico ou emocional, voltar a se abrir, por não ter cura.
Para mantê-la assim, fui psicanalisada e estudei o fenômeno vício, cientificamente, por leituras e cursos Mooc como: The Addicted Brain por Michael Kuhar da Emory University e Synapsis Neurons and Brain de Idan Segev da Hebrew University of Jerusalen.
Uma questão vital para se alcançar esse controle, é saber porque se fica viciado. Os fatores mais frequentes que levam alguém ao vício, são: ser filho de pais viciados ou ausentes, ter sofrido traumas emocionais ainda no útero ou na infância, ter baixa da autoestima e outros mais.
O protagonista de nossos vícios é o neurônio, célula nobre do Sistema Nervoso central.
A Neurociência diz que essa célula, tem "inteligência" própria, muda de acordo com assédios bio-psico-social. Remodelam-se, renascem, geram novos, de acordo com hábitos de cada um de seus donos.
As drogas são até agora as campeãs em gerar vícios, mas um novo elemento surge agora, via tecnologia da comunicação. São as telinhas dos smartphones, iPads, computadores e TV provocando vícios que levam ao atraso do desenvolvimento pessoal e do aprendizado comum das crianças. Um artigo do The New York Times republicado pela Folha de S.Paulo no último dia 25, diz que experts da tecnologia afastam seus próprios filhos de tablets e smartphones, porque há evidências de que o uso descontrolado desses aparelhos viciam muito crianças e adolescentes. Além desse atraso, ainda geram nelas, doenças psíquicas, como ansiedade, depressão, obesidade e outras.
O estimulo das telinhas, promovem nos neurônios o desencadeamento de prazeres efêmeros, semelhantes aos das drogas e levam à compulsão para com seu uso doentio.
Bill Gates e Steve Jobs não permitiram que seus filhos usassem iPads e smartphones, antes de ultrapassarem a adolescência. Precisamos logo agir, antes que as telinhas dizimem, sem piedade, o aprendizado necessário à vida e o bom controle emocional das gerações por vir.
 (*) Médica pneumologista; coordenadora do Pulmocenter; membro da Academia Cearense de Medicina.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 27/12/2018. Opinião. p.17.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

AIRTON MONTE: crônica derradeira


Há 6 anos, no oitavo dia de um agosto mês, Airton Monte, cronista-mor deste periódico naquele tempo, assinaria a derradeira coluna de sua laboriosa e diuturna cruzada de 19 anos de publicação. Como essa indigesta e inacabável pausa não se tratasse de uma despedida anunciada e muito menos voluntária, a crônica Domésticos Percalços nem de longe poderia ser colocada entre as suas melhores peças literárias. Mesmo assim, podemos encontrar nela os elementos mais frequentes que serviriam de matéria-prima para o cronista: a casa ("simulacro do mundo lá fora"), a família (histórias de Sonia - a sua "amada" e "ministra da Fazenda" -, dos filhos Pablo e Bárbara - a nossa irreverente Babita -, e mesmo do cachorro - do qual não recordo o nome), a incapacidade de lidar com as coisas práticas do mundo ("sujeitos imprestáveis como eu, totalmente desprovidos de qualquer habilidade numa dessas mecânicas atividades, incapaz até de pendurar um quadro na parede sem derrubar a própria utilizando martelo e pregos") e, claro, a sua rotina (nesse texto, um domingo à tarde, as coisas que quebram, a dificuldade de conseguir profissionais e a crítica a peregrinos do Caminho de São Thiago e a romeiros cearenses, a partir de um documentário que assistia). Também é inegável a dicção de Airton, aquela mesma, adornada de ironias, metáforas e deboche anárquico, a mesma que conquistava a audiência dos amigos e leitores com quem frequentemente dividia mesas de bar, esquinas, botequins ("Somente numa mesa de botequim é que se realiza a verdadeira, legítima democracia"), até mesmo o seu consultório do finado Hospital Mira Y Lopez, e, claro, o tão propalado clã do Solar dos Monte.
Aos 63 anos de idade, alguns meses antes, ele já se queixava: "Vaga tão sem graça o meu cotidiano, tão deserdado de mistérios, tão óbvia e repetitiva a minha vida que nem uma telelágrima das seis, das sete, das oito, das dez, das onze." E filosofava: "não sei se é uma merda ou uma bênção haver vivido tanto". Provavelmente, nessa hora, beijava o escapulário do "Chiquinho", "beque central contra os maus olhados", que trazia fielmente ao pescoço, colocava um disco na vitrola, acendia um cigarro e se punha a batucar amorosamente à máquina de escrever aquilo que antes rascunhou de punho. Na mesa de trabalho, um dicionário era posto aberto, mesmo quando optava pela "mesmice ramerrã". Já ali, no legítimo palco dos escritores, o autor conversava com seus leitores. Refletia. Brincava. Sofria. Comemorava. Criticava. Enaltecia. Amava. Convidava um punhado de gente a parar um pouco e simplesmente olhar para cima: "Afora esses pequenos distúrbios, nada mais surge no céu do que os aviões de carreira, além das brancas nuvens polvilhando o azul solar da tarde acima de minha cabeça atarantada."
Hoje, 10 de setembro, no momento em que você leitor(a) estiver lendo isto, completam-se exatos 6 anos de encantamento desse cronista suburbano e "pós-moderno" (porque passara a usar e-mails), frequentador assíduo do Flórida Bar (o "Hezbollah do Clube do Bode"), autor de diversas obras, como O Grande Pânico, Homem não Chora, Alba Sanguínea, Moça com Flor na Boca e Os Bailarinos. Continuo sem entender a passagem de pessoas assim. Muito menos entender como é que o mercado eleitoral, principalmente o local, ignora tal manancial literário. Aqui, do meu palco particular, ouço na voz de Airton Monte: "O meu medo do tempo não é o medo de morrer, não é o medo de envelhecer. O medo da palavra tempo é o de me tornar obsoleto em relação ao presente." Obsoletos, amigo velho, são aqueles que não ouvem o seu apelo. Viva entre nós.

Fonte: Jornal O Povo, de 22/10/18. Vida & Arte. p.2. Não estava explícito o nome do autor.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

VERDADE


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A humanidade vive, no momento, uma época de incerteza caracterizada pela falta de solidariedade, de tolerância, de espírito público, de entendimento, por um lado, e pelo excesso de individualismo, de indiferença, de radicalismo, por outro. Estes comportamentos levam a crises de violência em todos os seus aspectos. A ganância gera desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social. É urgente a necessidade de ações e programas que promovam oportunidades ao povo. Tais inquietações fazem nos lembrar de Gandhi: “A força de um homem e de um povo está na não violência”, bem como de Santo Tomás de Aquino: “Há homens cuja fraqueza de inteligência não lhes permite ir além das coisas corpóreas”. Precisamos, estrategicamente pensar no futuro. Para tanto, sem preconceitos, é fundamental a leitura de filósofos e cientistas como Aristóteles, Santo Agostinho, Kant, Hegel, Engels, Ricardo, Marx, Weber e tantos outros. Não obstante as diferenças culturais dos povos, existem características básicas que devem ser comuns: a justiça; a perspectiva de mobilidade social, implicando no conceito de igualdade de oportunidades; a soberania popular, evidenciada por convicções democráticas e não por forças autoritárias; também a busca permanente da paz. Nunca procuremos a subserviência para alcançarmos uma pseudofelicidade, mas sim a inquietação sincera como forma de chegar à liberdade. O Estado existe não para ser opressor, mas para assegurar os princípios básicos da democracia. Precisamos nos voltar para o conhecimento das verdades essenciais, objetivando alcançar os valores éticos e morais indicadores de uma sociedade baseada no conceito de justiça. Deus nos ajudará, tenhamos esperança.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 11/1/2019.

domingo, 20 de janeiro de 2019

UMA ZEBRINHA MUITO CURIOSA...


Em uma linda fazenda, uma zebrinha estava chegando à adolescência e queria conhecer o mundo. Depois da permissão dos pais, ela saiu para caminhar e conhecer o mundo e ficou fascinada com tantas novidades, plantas, rios e animais. E muitos deles, a zebrinha nunca tinha visto antes na vida. Até que ela parou em frente a uma galinha, que até então era uma novidade, e perguntou:
— Olá! Como você é diferente! Qual é a sua espécie?
— Eu sou uma galinha, ela responde.
— E para que você serve?
— Eu boto ovos. Todo dia eu boto um ovo.
A zebrinha ficou fascinada, agradeceu e seguiu em frente. No meio da caminhada, ela encontra uma vaquinha, que também nunca tinha visto.
— Bom dia! Estou conhecendo os animais da fazenda. Que espécie você é?
— Eu sou uma vaca, responde ela.
— Que interessante. E qual a sua função aqui na fazenda?
— Eu dou leite. Todos os dias eu dou vinte litros de leite.
Ela agradeceu e saiu andando de novo. E aí conheceu uma tartaruga, passarinhos e peixes no lago. De repente, ela para em frente a um cavalo também que tinha a idade aproximada dela. E pergunta:
— Olá! Estou conhecendo a fazenda e os animais pela primeira vez. O que você é?
— Eu sou um cavalo, responde ele, e dá uma piscadinha.
Ela, inocente, segue com a conversa:
— E para que você serve?
O cavalo dá uma relinchada marota e responde:
— Vem cá e tira esse pijama listrado aí que eu te mostro, vem!
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

AMERICANO QUIS TIRAR SARRO COM BRASILEIRO, MAS SE DÁ MAL


Em uma padaria popular no Rio de Janeiro, um brasileiro está tranquilamente tomando o café da manhã, quando um americano típico, mascando chicletes, senta-se ao lado dele.
O brasileiro continua a comer, ignorando o americano que, não conformado, começa a puxar assunto:
Americano: Você come esse pão inteirinho?
Brasileiro (de mau humor): Sim, como.
Americano: Nós não. Nós comemos só o miolo, a casca a gente junta em um container, depois processamos, transformamos em croissant e vendemos para o Brasil.
O brasileiro ouve calado, mas o americano insiste: Você come esta geleia com o pão?
Brasileiro: Óbvio.
Americano: Nós, não. Nós comemos frutas frescas no café da manhã, jogamos todas as cascas, sementes e bagaços em containers, depois processamos, transformamos em geleia e vendemos para o Brasil.
Brasileiro: Agora me diga uma coisa, o que vocês fazem com as camisinhas depois de usadas?
Americano: Jogamos fora, claro!
Brasileiro: Nós, não. Vamos guardando tudo em containers, processamos, transformamos em chicletes e vendemos para os Estados Unidos.
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Palestra da ACEMES: “Pareidolias”


O Presidente da Academia Cearense de Médicos Escritores (ACEMES), o médico e professor José Maria Chaves, convida para a Palestra “Pareidolias”, a ser proferida pelo médico e escritor Paulo Gurgel Carlos da Silva.
Data: 21 de janeiro de 2019 (segunda-feira).
Horário: 19h30min.
Local: Auditório do Núcleo do Obeso do Ceará – Avenida Antônio Sales, 1.540, em frente ao Carrefour, em Fortaleza-CE.

VOCÊ SABE QUE ELE É UM BOM DENTISTA QUANDO...


Um homem e uma mulher se encontram em um bar. Eles se dão tão bem que decidem ir ao apartamento da moça.
Depois de alguns drinques, o cara começa a tirar a camisa e logo lava as mãos.
Em seguida, tira as calças e lava as mãos novamente.
A moça, que o observava, pergunta: "Você deve ser dentista, não é?"
O cara, surpreso, responde "Sim! Como você descobriu isso?"
"Muito fácil", ela respondeu, "você lava a mão de 5 em 5 segundos".
Uma coisa levou a outra e eles foram para ‘o finalmente’.
Depois do ato, a moça diz: "Você deve ser um bom dentista".
O homem, agora com um o ego impulsionado, diz: "Claro, eu sou um bom dentista, mas como você descobriu isso?"
"É que eu não senti nada!"
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

DUAS AMIGAS SE ENCONTRARAM NO CÉU


Duas amigas se encontraram no céu e uma pergunta para a outra:
– Como você morreu?
– Congelada.
– Que horror. Deve ter sido horrível, né? Como é morrer congelada? 
– No começo é muito ruim: primeiro são os arrepios, depois as dores nos dedos das mãos e dos pés, tudo congelando, mas depois veio um sono muito forte e perdi a consciência. E você, como morreu?
– Eu morri de ataque cardíaco. Eu estava desconfiada que meu marido me traía. Um dia cheguei em casa mais cedo, corri até ao quarto e ele estava na cama, calmamente assistindo televisão. Desconfiada, corri até o portão para ver se encontrava a mulher em fuga, mas não encontrei ninguém. Corri até o segundo andar e, ao subir as escadas, esbaforida, tive um ataque cardíaco e caí durinha.
– Oh, que pena... Se você tivesse procurado no freezer, nós duas estaríamos vivas!
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

PESAR POR DR. HÉLIO BESSA


É com imenso pesar que aqui registro o falecimento na tarde de hoje, 18 de janeiro de 2019, do Dr. RAIMUNDO HÉLIO CIRINO BESSA, médico cardiologista e professor universitário aposentado.
Nasceu Raimundo Hélio Cirino Bessa em Maranguape, em 9/11/1929, filho de Claudino Bessa e Maria Elsa Nogueira Bessa. Estudou no Ginásio Fortaleza, de 1941-1944, e no Liceu do Ceará, de 1945-1947. Foi classificado em 2º Lugar no Concurso Vestibular para a Faculdade de Medicina do Ceará (FMC), matriculando-se em 1948. Quando universitário, foi orador oficial do “Diretório Acadêmico XII de Maio”, da Faculdade de Medicina do Ceará, de 1948-1949, e Presidente desse Diretório Acadêmico, de 1949-1950.
HÉLIO BESSA formou-se em Medicina pela então FMC em 1953, juntamente com duas colegas que compuseram a primeira turma dessa escola que, posteriormente, já federalizada, viria a integrar a Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1954. Foi o orador oficial e também Classificado em 1º lugar na Formatura dessa 1ª Turma
Fez especialização em Cardiologia no no Serviço de Cardiologia do Prof. Luiz V. Decourt do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em 1954. Completou a sua formação profissional com vários cursos de aperfeiçoamento em Cardiologia.
Hélio Bessa ingressou no ensino superior como Professor Assistente Voluntário da Cadeira de “Clínica Médica” da Faculdade de Medicina da UFC, função exercida de abril de 1955 a março de 1960, Passou para Instrutor do Ensino Superior da Cadeira de “Doenças Tropicais e Infecto Contagiosas”, de março de 1960 a dezembro de 1965, quando prestou Concurso para promoção a Professor Assitente, sendo depois aprovado em concurso para professor Adjunto, do Departamento de Medicina Clínica, em dezembro de 1973, cargo no qual aposentou-se, como docente na disciplina de Clínica Médica, no Setor de Cardiologia, do Departamento de Medicina Clínica do Centro de Ciências da Saúde da UFC.
Suas atividades profissionais podem ser elencadas: Cardiologista da Legião Brasileira de Assistência (LBA), de outubro de 1958 a novembro de 1959; médico do Centro de Cardiologia de Fortaleza, de 1955 a 1959; cardiologista do INSS, a partir de maio de 1958, tendo sido Chefe do Ambulatório de 17.04.1969 a 19.02.1971; médico plantonista do Hospital do Pronto Socorro de Fortaleza (Instituto Dr. José Frota), de abril a junho de 1955; médico plantonista do SOS S/A – Socorros Médicos, de 1956 a 1963; Consultório particular, desde 1956 até a sua aposentadoria.
Foi admitido na Academia Cearense de Medicina (ACM), como Membro Titular, em 10/03/1982, ocupando a cadeira 27, patroneada por Hyder Correia Lima. Nesse silogeu médico exerceu os Cargos de 2º Tesoureiro, 2º Secretário e Presidente (Biênio 1996-1998)
O corpo do Dr. Hélio Bessa está sendo velado, desde às 20 horas de hoje, no Velatório Aethernus, à Rua Pe. Valdivino, Nº 1688. Amanhã, dia 19 de janeiro de 2019, às 9h30, acontecerá a missa de corpo presente, e, em seguida, às 11h30, dar-se-á o sepultamento dos seus despojos no Parque da Paz.
Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina

 

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