domingo, 31 de março de 2024

JESUS CRISTO E A NOSSA PÁSCOA

Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Estamos próximos da principal celebração do ano litúrgico, também a mais antiga e importante festa cristã: a Páscoa da Ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Esta solenidade é precedida da Semana Santa, que recorda os últimos acontecimentos da vida de Jesus desde Sua entrada triunfal em Jerusalém, até Sua Ressurreição.

Esta semana inclui o Domingo de Ramos, em que celebramos a chegada de Jesus em Jerusalém aclamado pelo povo como o Messias e recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, os fiéis levam as folhas da planta para a igreja, que são abençoadas. Este é um sinal de esperança, vitória e vida em Cristo. Segundo a tradição, os ramos bentos devem ser colocados nas casas dos fiéis como um gesto de fé e como uma proteção contra os males e perigos. Posteriormente, são queimados nas igrejas e suas cinzas impostas na testa dos fiéis na Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte.

A Quinta-feira Santa é a celebração pela criação da Eucaristia na Última Ceia, quando Jesus partiu o pão e o deu aos Seus Discípulos. Neste momento disse: "'Isto é o meu corpo, que é entregue por vós. Fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em memória de mim'. Assim, todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice, proclamais a morte do Senhor, até que ele venha" (1Cor 11,24-25). Esta passagem também está presente nos Evangelhos de Mt 26,26- 29; Mc 14,22-25; e Lc 22,14-20.

Na Quinta-feira Santa, também se recorda o gesto de Jesus ao lavar os pés dos Discípulos. O Evangelista João quis ressaltar o significado do rito do lava-pés como uma expressão concreta da Eucaristia, que é o sacramento do amor e do serviço de Jesus à humanidade (cf. Jo 13,1-15).

A Sexta-feira Santa é dedicada a celebrar a Paixão e a Morte de Jesus na Cruz, como o sacrifício supremo de amor por nós. Neste dia, não há Missas e, às três horas da tarde - horário em que Jesus morreu -, realiza-se a celebração da Paixão do Senhor, que inclui a leitura da narrativa da Crucificação, a Adoração da Cruz e a Comunhão Eucarística.

Já o Sábado Santo é caracterizado pelo silêncio e espera da Ressurreição de Jesus. À noite, acontece a Vigília Pascal, mãe de todas as vigílias, segundo Santo Agostinho. A celebração consiste em quatro partes: a Liturgia da Luz, a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística. Por fim, o Domingo de Páscoa se configura como o dia da alegria e da vitória de Jesus sobre a morte. Os fiéis celebram a Ressurreição de Cristo, que apareceu aos Seus Discípulos e lhes deu a paz e o Espírito Santo.

A Páscoa ainda tem alguns símbolos e tradições populares, que variam de acordo com a cultura de cada país ou região. Alguns dos símbolos mais comuns são:

• O ovo de Páscoa: representa a vida nova que surge do Sepulcro. Simboliza a fertilidade e a abundância.

• O coelho da Páscoa: representa a fecundidade e a esperança. Associado à vida nova, porque o animal se reproduz rapidamente e em grande quantidade.

• O cordeiro: significa Jesus, o Cordeiro de Deus, que Se ofereceu em sacrifício pela salvação do mundo. Recorda o cordeiro que judeus sacrificavam na Páscoa judaica e marcavam com sangue as portas das casas para livrá-los da morte.

• O pão e o vinho: são o Corpo e o Sangue de Jesus, entregue na Cruz e que Ele nos oferece na Eucaristia. Ainda caracterizam a refeição que Ele fez com Seus Discípulos na Última Ceia.

• Cruz: representa o instrumento da morte de Jesus e o sinal da Sua vitória sobre o pecado e a morte. É o símbolo mais antigo e universal do cristianismo. Expressa fé na Ressurreição e salvação que Jesus nos trouxe. É um convite a seguir Jesus e carregar nossa cruz de cada dia.

A Páscoa da Ressurreição do Senhor é, portanto, o fundamento e o sentido da nossa vida cristã. Ela nos chama a viver como pessoas ressuscitadas, que testemunham a fé, a esperança e o amor no mundo. Nos convida a celebrar e agradecer a Deus pelo Seu dom maior: Jesus Cristo. Vivamos com fé e piedade a Semana Santa, o Tríduo Pascal e nos rejubilemos na Ressurreição do Senhor.

Feliz Páscoa!

(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).

Fonte: O Povo, de 23/03/2024. Opinião. p.18.

sábado, 30 de março de 2024

Semana Santa na Paróquia São Vicente de Paulo – 2024

Anteontem à noite, na Paróquia São Vicente de Paulo, em Fortaleza, aconteceu a Missa da Ceia do Senhor – Missa do Lava-pés, com a transladação do Santíssimo Sacramento. Ontem, dia 29/03/2024, às 15h, houve a Solene Comemoração da Paixão e Morte do Senhor. Hoje, dia 30/03/2024, às 18h, haverá a Solene Vigília Pascal e amanhã, dia 31/03/2024, às 6h15min, a Procissão do Cristo Ressuscitado, e ,logo em seguida, Missa às 6h30min.

Feliz Páscoa a todos!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Paroquiano de São Vicente de Paulo

sexta-feira, 29 de março de 2024

VALEI-ME SÃO JOSÉ

Por Pe. Vanderlúcio Souza (*)

No alpendre da casa, uma roda de camaradas discute sobre o que acabaram de ouvir no telejornal, exibido em uma moderníssima Telefunken para a época. A conversa era cheia de concordâncias e discordâncias, sem chegar a um consenso, discutindo sobre a violência e economia do país. Porém, o assunto que prevalecia era se teria ou não inverno naquele ano.

Um homem magro, de tez queimada pelo sol, cigarro pendurado à boca, falava dos compadres que moravam pelas bandas do Alto Verde. Tinham perdido a criação devido à seca. "A plantação havia queimado até o pé", lamentou, meneando a cabeça e alterando a voz prosseguiu exaltando o plano de emergência do governo, "isso é que ainda livra os pobres da morte", disse.

"Mas tem pobre que hoje em dia não quer mais trabalhar, só espera das autoridades o que comer", disse outro homem acocorado no peitoril. Apontando o dedo em riste para a audiência, lamentou: "tenho dó desse homem".

"Ainda bem que tem carnaúba por essas bandas para os magricelos dos bezerros comer, porque ajuda dos 'coronéis' nunca chegou por aqui", orgulhava-se o dono da casa que, na redondeza, era conhecido como pobre-rico.

Enquanto a conversa se desenrolava, a dona da casa surgiu com um bule de café fumegante e um pacote de bolachas doces, atraindo as crianças que, ávidas, se aproximavam para pegar um punhado de guloseimas.

O tópico de discussão mudou para a construção de um cemitério para crianças, iniciativa de um vereador local. Opiniões divergentes foram expressas, destacando-se a crítica à localização próxima à estrada.

Com o fim da conversa, os presentes se dispersaram, cada um retornando para suas casas na escuridão da noite.

O pequeno que antes escutava ao lado do pai, o dono da casa, a conversa dos homens, encolhia-se ao fundo da rede escutando os respingos de chuva que há muito não caíam no velho telhado. Em seu coração se afirmava a certeza de que o dia de São José se aproximava e com ele a chuva e a esperança de que tudo poderia ser diferente naquele lugar. Aconchegado na rede, o menino terminou aquele dia balbuciando um "Valei-me, São José", com toda a sua devoção.

(*) Jornalista e Sacerdote recém-ordenado. Coordenador do Setor de Comunicação da Arquidiocese de Fortaleza.

Fonte: O Povo, de 19/03/2024. Opinião. p.22.

quinta-feira, 28 de março de 2024

JESUS DIANTE DE SUA MORTE

Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)

Estamos nos aproximando da Semana Santa, quando celebramos o grande mistério e centro de nossa fé: Paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Diante deste evento, percebe-se que para muitos a cruz de Cristo tem sido equivocadamente interpretada como indicativo do abandono puro e simples de Deus ao Filho. Inclusive, a deturpação da imagem de Deus, na qual este Deus é visto como entidade sádica e apática que precisa do sofrimento para apaziguar o ânimo para com a humanidade pecadora.

Para melhor compreender tal questão deveríamos nos perguntar qual o sentido que Jesus deu à sua morte. Os evangelhos apresentam a vida de Jesus entre dois polos significativos: Galileia e Jerusalém. A Galiléia faz referência à atividade missionaria de Jesus: O Anuncio do Reino acompanhado por sinais e milagres, provocando assombro e admiração (Mc 127-29; 4,41).

Jerusalém faz referência à realização dessa missão no centro político e religioso de Israel, tendo que passar pela entrega da Vida nas mãos das autoridades judaicas e romanas chegando à Morte da Cruz.

Os textos evangélicos deixam claro que Jesus não foi ingenuamente à morte. Ele a aceitou e assumiu livremente. Ele não a buscou. Esta lhe foi imposta por uma conjuntura que se criara. Certamente Jesus compreende sua morte à luz da tradição do martírio dos profetas.

Ele conhecia o destino de todos os profetas. Portanto, Jesus contou com a possibilidade da morte violenta no contexto da missão pelo Reino e sua relação com o Pai. Sua morte não foi alheia ao conteúdo de sua mensagem ou o sentido da missão. Sua morte foi consequência de sua vida coerente com a missão do Reino e a relação filial com o Pai.

Ele vive sua Paixão por Deus e pelos homens até padecer o sofrimento e a morte na cruz. Deus pessoalmente está envolvido na história da Paixão de Cristo, não como o " deus apático e sádico", provocador do sofrimento.

Na comunhão da Trindade o Pai se mostra solidário, próximo e unido ao Filho na plenitude do seu ser, isto é, do seu Amor. E a resposta do Pai à morte injusta do Filho será a Ressurreição. A Palavra última de Deus será sempre Vida, mesmo quando a morte parece prevalecer. Quem crê assim em Deus não silencia diante da morte, mas proclama sempre a vitória de Deus sobre o sofrimento, injustiça e morte. Pois: 'só um Deus que padece é capaz de se compadecer do sofrimento de seus filhos"

(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia. Escritor. Diretor do Mosteiro dos Jesuítas de Baturité e do Polo Santo Inácio. Fundador do Movimento Amare.

Fonte: O Povo, de 9/03/2024. Opinião. p.18.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Defesa de Dissertação de Mestrado em Oncologia (ICC) de Andreza Kelly Soares

A mestranda Andreza Kelly Cardoso da Silva Soares, ladeada por professores Flávio da Silveira Bitencourt, à esquerda, e e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, à direita, e Andrea Bezerra Rodrigues, em projeção ao fundo. (Foto cedida pela secretária Vivian Trajano).

Aconteceu na manhã de terça-feira (26/03/24), de forma presencial e remota, no Auditório Dr. Lúcio Alcântara do Hospital Haroldo Juaçaba, a Defesa de Dissertação do Mestrado Acadêmico em Oncologia (MAOn) do Instituto do Câncer do Ceará.

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Orientador), Andrea Bezerra Rodrigues (Membro Externo) e Flávio da Silveira Bitencourt (Membro Interno), aprovou a DissertaçãoVONTADE DE VIVER EM PACIENTES COM CÂNCER EM CUIDADOS PALIATIVOS: um estudo longitudinal, apresentada pela mestranda Andreza Kelly Cardoso da Silva Soares.

Participei a defesa na condição de orientador da mestranda.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do MAOn/ICC


terça-feira, 26 de março de 2024

QUARESMA TEMPO DE GRAÇA, TEMPO DE DEUS!

Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Mais uma vez vamos viver o tempo da Quaresma, que nos prepara para celebrar a Páscoa, o mistério central da nossa fé.

Um aspecto interessante da Quaresma é a sua relação com o deserto. O deserto é um lugar simbólico na Bíblia, que representa tanto a provação quanto a revelação. No deserto, o povo de Deus experimentou o sofrimento, a tentação, a fome, a sede, a solidão, mas também a presença, a proteção, a provisão, a aliança e a libertação de Deus. No deserto, os profetas e os santos buscaram a Deus em oração, em silêncio, em contemplação, e receberam dele a Sua Palavra, a Sua vontade, a Sua missão.

A Quaresma também nos remete ao deserto da Igreja, que, como povo de Deus, caminha na história, entre as dificuldades, as perseguições, as crises, as divisões, mas também entre as graças e bênçãos.

O deserto é um lugar de dependência de Deus, lugar de provação, de silêncio, de solidão, de confronto com as nossas fraquezas e limites. Mas também é um lugar de encontro, de escuta, de purificação, do essencial, de conversão e de confiança em Deus.

No deserto, Jesus nos ensina a viver de toda Palavra que sai da boca de Deus, a não colocar Deus à prova, a não adorar outros deuses. Ele nos ensina a vencer o pecado pela força do Espírito Santo, que O conduziu ao deserto e que O sustentou em Seu ministério.

A Quaresma nos convida a seguir Jesus no deserto, a enfrentar as nossas tentações com a sua graça, a nos alimentar da sua Palavra e do seu Pão (Eucaristia), a nos deixar guiar pelo seu Espírito e a nos preparar para a sua Páscoa.

Neste tempo somos convidados a nos afastar das distrações, dos ruídos, dos apegos, das falsas seguranças, das ilusões deste mundo. É um tempo de nos voltarmos para Deus, de nos colocarmos à Sua disposição, de nos abrirmos à Sua graça, de nos deixarmos transformar pelo Seu amor.

A Quaresma é um tempo de graça, que nos faz descobrir a beleza e a riqueza do nosso interior, onde Deus habita e nos fala. Portanto, é um tempo de deserto, mas também de oásis, um tempo de provação, mas também de revelação, um tempo de morte, mas também de vida.

A Igreja nos propõe, na Quaresma, algumas práticas penitenciais, como o jejum, a esmola e a oração. Essas práticas nos ajudam a vencer as tentações, a purificar o nosso coração e a praticar a caridade. O jejum nos fortalece no domínio sobre nós mesmos, a esmola nos liberta da ganância, a oração nos aproxima de Deus.

Além dessas práticas, podemos fazer outras penitências, como evitar o que nos leva ao pecado, oferecer os nossos sofrimentos, fazer obras de misericórdia, perdoar os que nos ofendem etc. O importante é que a nossa penitência seja sincera, humilde e alegre, e que nos leve a uma maior comunhão com Deus e com os irmãos.

Especialmente nesse tempo de deserto, somos convidados a celebrar o Sacramento da Penitência, também chamado de Confissão ou Reconciliação, que é o meio que Jesus nos deixou para obter o perdão dos nossos pecados e a paz interior. É um encontro pessoal com o amor misericordioso de Deus, que nos acolhe, nos cura e nos renova.

Vivamos a Quaresma como um tempo de graça, um tempo de Deus, tempo de amor, de esperança, de alegria, de paz. Tempo de nos preparar para a Páscoa, a festa da vida da luz, e da vitória.

(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).

Fonte: O Povo, de 24/02/2024. Opinião. p.18.


segunda-feira, 25 de março de 2024

Defesa de Dissertação de Mestrado em Oncologia (ICC) de Carlos Márcio Melo de Matos

O mestrando Carlos Márcio Melo de Matos, ladeado pelos professores Sérgio Ferreira Juaçaba, à esquerda, e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, à direita, e Miren Maite Uribe Arregi, em projeção ao fundo. (Foto cedida pela secretária Vivian Trajano).

Aconteceu na manhã de sexta-feira (22/03/24), de forma presencial e remota, no Auditório Dr. Lúcio Alcântara do Hospital Haroldo Juaçaba, a Defesa de Dissertação do Mestrado Acadêmico em Oncologia (MAOn) do Instituto do Câncer do Ceará.

A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Orientador), Sérgio Ferreira Juaçaba (Membro Interno), e Miren Maite Uribe Arregi (Membro Externo), aprovou a DissertaçãoRESIDÊNCIA MÉDICA NA ÁREA DE ONCOLOGIA NO BRASIL: distribuição dos programas e da oferta de vagas por região em 2022, apresentada pelo mestrando Carlos Márcio Melo de Matos.

Participei a defesa na condição de orientador do mestrando.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do MAOn/ICC


domingo, 24 de março de 2024

QUARESMA É TEMPO DE REFLEXÃO E BELEZA

Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)

Pode ser contraditório, mas Quaresma não é tempo de tristeza, mas de beleza, de estreitar e fortalecer nossa amizade com Jesus. Tempo de assumir erros, avaliar sentimentos e valores. A beleza da quaresma está na reflexão sobre como nos desvincular de situações que causam mal e nos levam à prática do pecado, acarretando dor e sofrimento a nós e aos outros.

A Quaresma é um convite à mudança qualitativa de vida. Mudança essa relacionada às atitudes diante de si mesmo, das coisas, das pessoas e de Deus. Tempo de peregrinação interior para visitar os lugares mais íntimos de si mesmo, ter acesso ao "eu profundo", sob o olhar cuidadoso de Deus. Tempo de entender que somos peregrinos, trilhando caminhos desafiadores, com tropeços, erros e acertos. É abrir possibilidades para fazer a estrada mais leve e perceber os sinais que nos impulsionam adiante, nos enchem de ousadia e coragem. Tempo de trocar a roupa da alma! Repensar ações e modos de estar no mundo, se desintoxicar do ritmo frenético de atividades, da sede de produtividade, pensamentos negativos e murmurações.

Isso supõe tempo, silencio e calma para estar consigo mesmo, fazer o exercício de discernimento para filtrar o que me convém e ter liberdade interior de recusar e livrar-me do que faz mal.

Neste sentido a Igreja nos convida a entrarmos na milenar prática do jejum. Sempre renunciamos por algo melhor! A vivência quaresmal exige reconhecer sombras, curar feridas, estar a serviço do bem e da solidariedade. Essa vivência é muito mais que se privar de doces, refrigerantes e álcool, e sim fazer a experiência do encantamento pela Pessoa de Jesus Cristo, para conhecê-lo amá-lo e segui-lo .

Em Jesus vemos o rosto do Pai e encontramos o nosso verdadeiro eu. A amizade com Ele abre as portas para grandes possibilidades de dilatar o coração e transformar a realidade. Jesus faz a vida livre, nova, bela e plena!

Este contato mais íntimo com Ele, "cristifica" o olhar e o coração. Aprendemos a olhar como Jesus, ultrapassando aparências, vendo o mundo sem pré-conceitos e pré-juízos, vendo em tudo o sinal da ternura Dele. Quando Deus quer falar ao coração, Ele sempre convida ao "deserto" ou ao "monte". Convido-te a subir ao "monte", em Baturité, no Mosteiro dos Jesuítas, nesta Quaresma e Semana Santa, lugar propício para o silêncio, a reflexão e a paz, onde a natureza exuberante favorece o encontro forte e emocionante com Deus. Venha caminhar conosco nesta preparação Quaresmal em direção a Pascoa.

Santa e abençoada Quaresma!

(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia. Escritor. Diretor do Mosteiro dos Jesuítas de Baturité e do Polo Santo Inácio. Fundador do Movimento Amare.

Fonte: O Povo, de 10/02/2024. Opinião. p.18.

Posses de Jean Crispim e Arruda Bastos na Academia Cearense de Medicina

 

Mesa diretora e acadêmicos na solenidade de posse da ACM em 22/03/24. (Foto cedida pelo Acad. Janedson Baima Bezerra).

A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou na noite de anteontem, 22/03/2024, no Auditório Reitor Martins Filho da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), a sessão solene de posse dos seus novos membros titulares, os colegas Francisco Jean Crispim Ribeiro, especialista em colo-proctologia e médico aposentado da UFC, e Raimundo José Arruda Bastos, professor da Unichristus e atuante gestor público da saúde, nas Cadeiras 4 e 15, respectivamente, patroneadas pelos médicos Manoel Fernandes Távora e Manoel Gouveia.

A Cadeira 4, surgiu em decorrência do falecimento do membro titular José Eduardo de Carvalho Gonçalves, e a Cadeira 15 foi ocupada anteriormente pelo acadêmico Elias Giovani Boutala Salomão, que passou para a categoria de membro titular honorável, devidamente empossado nessa mesma solenidade.

Como primeiro ato dessa sessão de posses, a ACM conferiu o título de membro honorário in memoriam aos médicos Roberto Mesquita Lobo e Francisco de Assis A. Teixeira, sendo saudados, respectivamente, pelos Acads. Paulo Eduardo Garcia Picanço e Vladimir Távora Fontoura Cruz, ficando os agradecimentos, em nome dos familiares, a cargo de Rafael Lobo, filho de Roberto Lobo, e de Denise Teiheira, irmã de Assis A. Teixeira.

Precedendo as posses dos novos membros titulares, a ACM outorgou o título de membro honorável ao médico Elias Giovani Boutala Salomão, que foi recepcionado pelo Acad. Ricardo Pereira da Silva, cabendo ao acadêmico homenageado proferir uma emocionante fala de agradecimento pela outorga a que fazia jus.

Os novos acadêmicos titulares foram anfitrionados, em nome do nosso silogeu médico, pelo Acad. César da Silva Pontes, que focou o seu pronunciamento na biografia dos noveis membros titulares.

Na sequência, os recipiendários Jean Crispim e Arruda Bastos usaram a palavra em seus discursos de posse para registraram as biografias de seus correspondentes patronos e antecessores nas cadeiras.

A solenidade, sob a presidência do Acad. Janedson Baima Bezerra, e observando a tradição da ACM, teve por mestre de cerimônia o experiente diretor social do sodalício, o Acad. Vladimir Távora Fontoura Cruz.

Após o encerramento dos trabalhos do evento, os recém-empossados membros titulares propiciaram aos confrades e convidados um coquetel de confraternização nos aconchegantes jardins da Reitoria da UFC.

Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Membro titular da ACM – Cadeira 18


sábado, 23 de março de 2024

Nota de pesar pelo falecimento do professor Raimundo Oswald Cavalcante Barroso

A Reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece) manifesta profundo pesar pelo falecimento do professor Raimundo Oswald Cavalcante Barroso, ocorrido nesta sexta-feira (22), em Fortaleza.

O professor Oswald Barroso foi uma grande referência na cultura cearense. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, foi ator, diretor e produtor teatral, além de atuar em outros cenários da cultura e do jornalismo. Como pesquisador, contribuiu de forma muito significativa para a cultura popular, principalmente com uma produção que soma mais de 20 títulos. Oswald Barroso também teve um relevante histórico de engajamento social durante toda a sua vida, inclusive no combate direto à Ditadura Militar.

Na Uece, Oswald Barroso foi professor do curso de Música por 31 anos, atuando nas disciplinas de Folclore, Antropologia da Arte, História da Arte, Estética, Estética Musical, Cultura Brasileira, Cultura Cearense, Teatro, História e Análise do Canto Popular Brasileiro e Música nas Tradições Populares. O docente também lecionou a disciplina de Sociologia no curso de Filosofia da Universidade.

O Ceará perde um de seus maiores expoentes da cultura, que dedicou uma vida à produção do conhecimento e ao fortalecimento do cenário cultural cearense.

A Reitoria da Uece, em nome de toda a sua comunidade acadêmica, se solidariza com familiares e amigos do professor Oswald Barroso neste difícil momento de dor.

Fonte: Uece. Assessoria de Comunicação, postado em 22/03/24.

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Março/2024

 


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de Março/2024, que será realizada HOJE (23/03/2024), às 19h, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!

MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 22 de março de 2024

Crônica: “O homem que fez a mudinha falar” ... e outros causos

O homem que fez a mudinha falar

Batista, ignorante todo, brigado com a mulher, igualmente braba. Arrumando-se pra sair de casa e fazer as compras do mês, vê pela janela que chove torrencial; pelos carões que levara há pouco, tem nem por onde: vai é ganhar a lapa do mundo. Ela se achega e, senso maternal aguçado, cuida:

- Vai sair nessa chuva?

- Não, vou esperar a próxima!!!

E foi-se, a chuva deu um tempo. Batista no mercantil, joga a vista no preço de cada item. Meia hora a empurrar o carrinho de compras, já pesado, entre gôndolas e gente a sair pelo ladrão. Sem querer, a roda da frente do seu transporte de mercadorias acerta a unha inflamada do dedão do pé da mulher que vasculhava peito de frango, estacionando a carga bruta sobre o unheiro. Grito de dor lancinantemente horroroso, acompanhado de tratamento nada gentil contra um Batista entre atônito e lacônico, face ao inesperado.

- Fí de rapariiiiiiiiga!!! Tá cego, fí duma éééééééégua!!!

Poderia ter sido esse só mais um incidente de supermercado, não fosse o que havia por trás do doloroso esturro da vítima - dona Diquesa de Joel. Explico: por força de susto medonho que levou há 20 anos, ao ver o marido nu pela primeira vez, perdera de vez a voz, sendo conhecida no bairro por "mudinha", a "muda de Joel". O imbróglio só se desfez graças à intromissão da desabrida cliente 'Inesona', que, testemunha ocular, entrou em cena pra tomar satisfação, não em defesa de Batista, mas por reconhecer Diquesa.

- Ei! Tu não é a mudinha que todo mundo tem pena no bairro? Tá falando agora, é?

- Eu??? Falando???

- Sim! Gritou, esculhambou o póbi desse hômi, chamando ele de fí disso, fí daquilo!

Diquesa de Joel descobre, enfim, que voltara a usar a voz para articular palavras. Era "o milagre da roda do carro de compras que esmagou o dedo do unheiro da mulher muda". O que era aperreio virou festa. A 'alálica' de há pouco abraçou Batista, pediu ele em casamento, mas...

- Dá certo não, dona ex-muda. Esse fí de rapariga aqui tem uma mulher que eu vou te falar!

Velório em domicílio

Conhecido por "Coronel", o velho Cróvi era o mandachuva do lugar, palavra dele era ordem. Faça-se ou... Na morte de dona Sinésia, super querida, tivemos a prova desse mandonismo. Cidade em peso prestando a derradeira homenagem à defunta, menos ele. Velório na sala de casa desde as 19 horas. Gente pra lotar a Arena Castelão. Enterro marcado pras dez da manhã seguinte.

Quase à hora de enterrar Sinésia, família ressentida pela ausência ilustre do Coronel. Imperdoável ausência. Sem o prestígio de Cróvi, um sepultamento pela metade - "enterrinho muito do peba". A desculpa é que o homem estava impossibilitado de sair de casa por força de uma diarreia em X. O que fez o viúvo de Sinésia? Foi à fazenda dele.

- Seu Cróvi, sem o seu batizado funéreo, a de cujas irá triste pro além.

- Joãozito, desculpa aí! Tô me esvaindo em merda, hômi!

- Coronel, minha véa tá ficando puba! Não enterro enquanto o senhor não for ver ela!

Diante de um viúvo insistente, Cróvio ponderou, olhando pro penico ali perto.

- Já sei: traga o caixão aqui em casa. E não demore, sei nem se escapo dessa!

Outra do Jair

"Meu vizinho descobriu que o chá da casca de mamão era bom pra não sei quê. O resto do mamão ele dava pros porcos, pra engordar eles. O bairro inteiro soube da arrumação e passou a se valer da casca do mamão pro chá e engordar porco com as sobras. Em breve, porco exportado até pra Dubai. PIB local lá em cima e o povo nem aí; o lance era o chá da casca de mamão, bom pra não sei quê..."

Fonte: O POVO, de 9/02/2024. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.


Qualificação do Doutorado em Saúde Coletiva de Lucélia Rodrigues Afonso

 

A doutoranda Lucélia Afonso, ladeada por professores Marcelo Gurgel e Fernando Barroso, à direita, e Waldelia Monteiro e Thiago Garces, à esquerda. (Foto cedida pela doutoranda Lucélia Afonso).

Aconteceu na manhã de ontem (21/03/2024), quinta-feira, de forma presencial, o Exame de Qualificação de Doutorado de uma minha orientada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará (PPSAC-UECE).

A banca examinadora, composta por Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Fernando Barroso Duarte, Thiago Santos Garces e Waldelia Maria Santos Monteiro (suplente), aprovou o projeto de Tese “Uso da lenalidomida para o mieloma múltiplo pós-transplante de células tronco-hematopoiéticas: análise do gasto com a judicialização da terapia complementar no SUS”, apresentada pela doutoranda LUCÉLIA RODRIGUES AFONSO.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE


quinta-feira, 21 de março de 2024

A IRRESPONSABILIDADE DE LULA

Ele reciclou a usina de besteiras de Bolsonaro

Por Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles 'A Ditadura Encurralada'

Folha de S. Paulo, 21 de fevereiro de 2024

Ao mandar Jair Bolsonaro para casa, o Brasil parecia ter se livrado de um encosto. Durante a pandemia, esse espírito duvidava da vacina, sugeria que o vírus da Covid havia sido fabricado na China e exaltava a cloroquina. Lula recolocou o Brasil nos eixos na questão ambiental e atravessou o mundo para resgatar o encosto, escorregando na casca de banana de Gaza.

No domingo passado, em Adis Abeba, ele disse que "o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus". Com isso, abriu uma crise e foi declarado persona non grata pelo governo de Israel.

Lula já havia costeado o alambrado dias antes, no Cairo, com duas frases: "O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e o sequestro de centenas de pessoas. Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista".

Falso. O ataque do Hamas aconteceu no dia 7 de outubro. Cinco dias depois, o Itamaraty informou que a classificação do Hamas como organização terrorista competia à ONU. Posteriormente é que a ONU o incluiu em terrorismo.

Lula acrescentou: "Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, está matando mulheres e crianças - coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento."

Ressalvada a falta de conhecimento, essa afirmação foi um exercício de retórica amparada na ignorância.

A fala de Adis Abeba teve a ver com a classificação do comportamento de Israel em Gaza como "genocídio". Que as tropas de Binyamin Netanyahu cometeram crimes de guerra, é certo. Genocídio é outra coisa, é um ato deliberado de exterminar um povo, esteja ele onde estiver. Em junho de 1944, com a guerra perdida, os alemães capturaram os 400 judeus que viviam na ilha de Creta. Naquele mês, o brasileiro Benjamin Levy, a mulher e a filha foram amarrados em Milão e deportados para o campo de Bergen-Belsen.

Lula já disse que Napoleão foi à China e que os americanos derrubaram Dilma Rousseff de olho no petróleo do pré-sal: "É preciso que o petróleo esteja na mão dos americanos porque eles têm que ter o estoque para guerra. A Alemanha perdeu a guerra porque não chegou em Baku, na Rússia, para ter acesso à gasolina."

A batalha de Stalingrado terminou em fevereiro de 1943, quando os alemães já haviam sido contidos em Moscou, os Estados Unidos estavam na guerra e haviam quebrado a perna da Marinha japonesa. Se os alemães chegassem a Baku, pouca diferença faria. Eles perderam a guerra por falta de gasolina.

Vale lembrar que a Segunda Guerra também não acabou porque os americanos tinham mais gasolina. Ela acabou depois das explosões de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, que ficaram prontas em 1945.

De onde Lula tira essas ideias, não se sabe, mas no seu terceiro mandato ele se move na cena internacional com uma onipotência aplaudida por áulicos e venenosa para a diplomacia brasileira.

Durante seu primeiro ano deste mandato, firmou-se como um chefe de Estado excêntrico. A fala de Adis Abeba temperou a ignorância com irresponsabilidade.

Republicado em O Povo, de 21/02/24. Opinião. p.8.

quarta-feira, 20 de março de 2024

CARIRI CHUVOSO É SINAL DE FARTURA PARA O SERTÃO

Por Fabiana Arrais (*)

As primeiras semanas do mês de fevereiro criam expectativas nos bolsos dos consumidores caririenses assíduos, assim como eu, das feiras livres e agroecológicas promovidas pela agricultura familiar. Tal sentimento está relacionado aos dias chuvosos e a perspectiva que a curto prazo os preços das hortaliças (alface, cebolinha, espinafre, rúcula, salsa, pepino, abobrinha, chuchu, batata doce, rabanete, feijão, vagem, entre tantos outros) possam reduzir.

De acordo com os dados registrados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nos primeiros dias de fevereiro as chuvas no Ceará concentraram-se na Região Metropolitana do Cariri, em que nos dias (07- 08 e 09) ocorreram os maiores volumes pluviométricos nas cidades de Aurora (120 mm), Barbalha (109 mm), Missão Velha (104 mm), Milagres (85 mm), Juazeiro do Norte (58 mm), Caririaçu (55 mm) e Brejo Santo (32 mm).

Que relação há entre o clima e o preço? Para compreendermos essa relação é importante lembrarmos que o clima do final do ano de 2023 promoveu um aumento no índice inflacionário da cesta de alimentos, que segundo o IBGE (2023) foi de 0,53% no mês de dezembro. E isso ocorreu devido ao movimento sazonal (sol intenso e chuvas de verão) em que algumas regiões reduziram a produção de frutas, legumes e tubérculos, ocasionando uma escassez no mercado, ao mesmo tempo em que os preços subiram a fim de estancar os prejuízos.

A quadra invernosa para os produtores agrícolas é uma relação diretamente proporcional aos produtos que encontraremos na feira, pois para que a produção atenda a demanda do mercado é ideal que as precipitações de chuvas sejam adequadas. A escassez de chuvas na serra (Chapada do Araripe) dificulta a vida econômica desses agricultores familiares, que com a produção em baixa não conseguem mais ofertar seus produtos pelo mesmo preço.

As oscilações dos preços dos "produtos de roça" foram significativas para o nosso bolso. Merecem destaques o aumento dos preços das hortaliças (adição no valor final entre R$ 1,20 a R$ 2,50 por porção em sacola), o milho verde (sacola com cinco espigas de milho por R$ 7,00, anteriormente era vendida a R$ 5,00 reais), e o feijão verde (sacola com 500g que em meados de dezembro custava R$ 5,00 reais, passou a custar R$ 8,00 reais).

Consequentemente, a mudança climática na região é um excelente sinal para a economia, pois uma parte considerável da população caririense tem a atividade agrícola como meio de sustento, fato esse que impacta as cadeias produtivas que permitem com esses produtos cheguem até a nossa mesa.

(*) Economista.

Fonte: O Povo, de 16/02/24. Opinião. p.19.

As Melhores Obras de El Greco: 10. O Enterro do Conde de Orgaz

 

Título em espanhol: El Entierro del Conde de Orgaz Ano: 1586-88

Esta pintura retrata uma lenda popular que afirma que os santos Agostinho e Estêvão desceram do céu para ajudar no enterro de Dom Gonzalo Ruíz, nativo de Toledo, e que, depois de sua morte, ficou conhecido como o Conde de Orgaz. A parte inferior da pintura retrata o milagroso enterro, enquanto a parte de cima mostra o mundo espiritual esperando para receber um homem piedoso no céu. Como este trabalho é um ótimo exemplo de maneirismo, contém uma série impressionante de retratos e representa uma experiência visionária, que é vista pelos críticos de arte como a união de todos os atributos do gênio de El Greco. Esta é a pintura mais famosa do artista.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


terça-feira, 19 de março de 2024

As Melhores Obras de El Greco: 9. Vista de Toledo

 

Título em espanhol: Vista de Toledo Ano: 1596-1600

Durante este período, pinturas de paisagem era raras na arte espanhola, e esta em particular é uma das únicas paisagens sobreviventes de El Greco. A Vista de Toledo é bem conhecida pelo seu simbolismo enigmático e pelo contraste brilhantemente executado entre os céus escuros acima e o crescente verde abaixo. Ao lado de A Noite Estrelada de Van Gogh, esta é uma das representações mais famosas do céu na arte ocidental.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


As Melhores Obras de El Greco: 8. A Abertura do Quinto Selo (Visão de São João)

 

Título em espanhol: Visión del Apocalipsis Ano: 1608-14

Esta é uma das obras mais famosas que El Greco pintou em seus últimos anos. Ele retrata uma passagem do Livro de Apocalipse do Novo Testamento, onde o quinto selo está sendo aberto e as almas dos mártires clamam a Deus por libertação. Muitos críticos de arte acreditam que Pablo Picasso se inspirou nesta pintura quando pintou "Les Demoiselles d'Avignon", muitas vezes considerada a primeira pintura cubista.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


segunda-feira, 18 de março de 2024

As Melhores Obras de El Greco: 7. El Expolio

 

Título em espanhol: El Expolio Ano: 1577-79

Esta obra-prima descreve o momento em que as roupas de Cristo são tiradas antes da crucificação. Aqui, El Greco usa a eliminação do espaço e a superposição das cabeças em uma linha, para sugerir que havia uma multidão. Esta pintura é conhecida pela capacidade de El Greco de capturar a opressão de Cristo por seus perseguidores cruéis.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


 

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