sábado, 31 de agosto de 2019

CURIOSIDADES DO II IMPÉRIO NO BRASIL III


1. A média nacional do salário dos professores estaduais de Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados.
2. Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos.
3. O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.
4. O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
5. Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramito até hoje nunca saiu do papel.
6. Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
7. Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.
8. Desconstruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.
9. Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos.
10. D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m.
11. Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.
12. José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre, a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

CURIOSIDADES DO II IMPÉRIO NO BRASIL II


(1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
(1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
(1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
(1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
(1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
(1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.
(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
"Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho.
Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o Imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que "causaria ao autor de tais artigos, em toda a Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolerava uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição".
Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura.  "Imprensa se combate com imprensa", dizia.
"Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo [a Monarquia]. É sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou". Machado de Assis. Escritor e fundador da Academia Brasileira de Letras
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

CURIOSIDADES DO II IMPÉRIO NO BRASIL I


Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta.
Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.
A bandeira nacional brasileira tem entre as cores o verde e o amarelo pois a mãe de Pedro II do Brasil, a Imperatriz Leopoldina idealizou e costurou a primeira bandeira nacional sendo o verde a cor símbolo da casa real dos Bragança e o amarelo da casa real dos Habsburgo. Diferentemente como muitos pensam o verde não representa as matas e o amarelo não representa o ouro. Além disso, seu pai, Pedro I, foi quem compôs o nosso primeiro hino nacional, hoje conhecido como hino da independência.
Pedro II do Brasil é Patrono do Corpo de Bombeiros e da Astronomia.
Em 1887, a temperatura média anual na cidade do Rio de Janeiro foi de 24°. No mesmo ano, a máxima no verão carioca no mês de janeiro foi de 29°.
A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).
Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano a Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

AOS VIVOS: "Tem nem perigo!"... e outro causo


Tem nem perigo!

Menino, na companhia de nove irmãos 'malinos, lobriguentos e embuanceiros', o medo maior de uma danação descoberta por mãe não era ficar de joelhos sobre caroços de milho seco, ou levar meia dúzia de nove ou dez lapadinhas de cinturão. O que lascava era ficar 'dipendurado' no armador da sala, sentado numa cadeira. Verdadeira tortura, pela altura e o líquido e certo despencar lá de cima, 'em risco de fazer um arte' - desmentir a perna, o braço, o mucumbu.
Como existe gente pra tudo que é modelo nesse mundo, o Quimede (mano Arquimedes, encostado de mim) achava aquele um privilegiado castigo, coisa do Deus Bom. A melhor das brincadeiras. Demais choravam com o castigo da cadeira no armador da sala e ele ficava era se abrindo, mangando do povo de casa, mijando do alto e até dando chulipa em briba que passasse ao perto. Dava o maior dez. Pai, 'inzambuado', vendo a arrumação de Quimede, gritava:
- Ô, cabeça de rapa-coco! Tu num tem um pau pra dar numa gata e fica aí frescando! Senão eu te boto já pra 'disgotar' a fossa, mergulhando! Não é assim que se esfola um bode, rapazim!
O segredo pra passar no vestibular
O amigo jornalista Luiz conta outra história legal. "Final da primeira metade dos anos 1970. Um grupo de cinco jovens, todos primos, vivia a ansiedade da aproximação do primeiro vestibular de suas vidas. Ingressar na universidade era o sonho maior de cada um. Os mais estudiosos faziam planos para os cursos mais procurados pela clientela de CDFs. Os outros, fora desse ranking, queriam qualquer coisa. O importante era ser universitário, o que dava um cartaz danado naquela época, quando só havia três portas de entrada: UFC, Uece e a recém-criada Unifor".
Ante a pressão familiar por bons resultados, uma válvula de escape era preciso. Luiz conta que em um certo final de sexta-feira (janeiro de 1975), há poucos dias da maratona de provas, um deles trouxe sugestão bacana para aliviar as tensões: ida ao Mangueiral, famoso cabaré localizado no Montese. Sugestão aceita de pronto por todos. A ideia era saborear algumas cervejas e depois "amar e querer bem". Todos, na casa de prazeres, posicionados na mesa. Garçom se aproxima e logo o pedido:
- Por favor, duas cervejas bem geladas!
Brahmosa já em mão, o garçom mira o de mais baixa estatura, pouco mais de um metro e meio, e faz a cobrança:
- Identidade, moço!
O jovem fica indignado e solta o desabafo:
- Marrapaz! Tinha que ser mesmo comigo!
Mesmo aos 19, o caba não aceitava que sua maioridade fosse colocada a prova. Apresentou a identidade expedida poucos meses antes. Mas, só pra fazer o mal, decide pela abstinência sexual por toda a noite naquele local de prazer. Quis ir embora, porém, contido pelos primos, permaneceu à mesa, observando o ambiente, digerindo alguns goles. Nem mesmo os carinhos de uma morena fogosa que veio fazer-lhe companhia foram suficientes para fazê-lo mudar de ideia.
Ficou a esperar que os amigos concluíssem a odisseia bilubilulesca, pensando consigo.
- Fico, mas não faço cavilação com ninguém!
"Coincidência ou não, o único do grupo que não logrou bom êxito no vestibular foi justamente o jovem que optou por esnobar a morena".
Fonte: O POVO, de 24/8/2018. Coluna “Aos Vivos”, de Tarcísio Matos. p.2.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

CAIO PORFÍRIO CARNEIRO

Desde 1955 Caio estava radicado na capital paulista, onde foi por muitos anos secretário da UBE
Foi em um telefonema que o escritor Pedro Salgueiro me informou sobre o falecimento do contista, romancista e memorialista Caio Porfírio Carneiro, nosso amigo. Nascido em 1º de julho de 1928, morrera ele em São Paulo, no dia 17 de julho deste ano de 2017. Desde 1955 estava radicado na capital paulista, onde foi por muitos anos secretário da UBE.
Foi o escritor Edmílson Caminha, cearense residente em Brasília, quem deu a notícia a Pedro Salgueiro. Ele e Caio se tratavam por primos pelo fato de os avós de ambos serem primos de Adolfo Caminha.
No periódico O TREM de Itabira, MG, publicou Edmílson o artigo “A Viagem Derradeira de Caio Porfírio Carneiro”, no qual diz, falando do conterrâneo: “Por mais de meio século, protagonizou uma luminosa carreira literária, desde o lançamento, em 1961, de Trapiá, volume que logo o inscreveu na mais representativa linhagem brasileira do conto”.
É vasta a bibliografia do escritor, com mais de vinte livros, a maioria de contos. Com o pouco espaço de que disponho, comento rapidamente o livro Perfis de Memoráveis (autores brasileiros que não alcançaram o terceiro milênio), de 2002. Nele fala de 60 escritores, sendo vários cearenses. Cito apenas dois, com os quais convivi, Edigar de Alencar, residente no Rio de Janeiro, e Raimundo de Menezes, radicado em São Paulo.
Incrível como, com poucas palavras, Caio fazia retratos perfeitos. Falando do Edigar, escreveu: “Tipo mediano, ar vivo, conversador, alegre. Dizia-me: ‘–Todos os dias ando no calçadão de Copacabana. Ando quilômetros. Mas não ando devagar. Ando assim... Quer ver?’ E dava alguns passos ligeiros para lá e para cá.” Aí está o Edigar que eu conheci.
Raimundo de Menezes, autor de várias biografias, está fisicamente inteiro nestas palavras: “O Raimundo, que os mais íntimos chamavam de Raimundão, era um tipo robusto, corado, cara redonda, mediano de altura. Parecia um burocrata por trás dos óculos e dos gestos calmos.” Perfeito o retrato desse outro amigo meu.
Ultimamente escrevia contos cada vez mais breves. Do opúsculo Respingos de uma viagem (2008), transcrevo este, que nem é o mais curto e se intitula “Viagem”:
“Viajo hoje. Se a vida, em si, é uma viagem, por que vou viajar? Que filosofia mais besta... Até os crentes falam que a vida é uma viagem, uma passagem rápida pela Terra.
“O que importa é que hoje viajo. À tarde. Devo chegar à noite.
“Quando volto?
“Bem...”
(*) Doutor em Letras pela UFRJ; membro da Academia Cearense de Letras (ACL)
Fonte: Publicado In: O Povo, de 22/08/2017. Opinião. p.11.

EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E LIBERAÇÃO FEMININA


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Explosão demográfica é o súbito crescimento da população do mundo ou de um determinado território ou região. O crescimento da população causa preocupação quanto à disponibilidade de recursos ao aumento da violência. Atualmente, a população mundial está estimada em 7,2 bilhões de pessoas.
Há dois mil anos, avalia-se que o número de habitantes na Terra fosse inferior a 250 milhões de pessoas. Em 1650, o número alcançou 500 milhões. Em 1850, o planeta atingiu a casa de 1 bilhão de pessoas; em 1950, 2,5 bilhões; em 1987, 5 bilhões e, em 2010, quase 7 bilhões de pessoas.
Diversos fatores são mencionados como causadores desse efeito, sendo que o marco explicativo mais importante para o aumento do número de habitantes na Terra é atribuído à Primeira Revolução Industrial. A partir do século XVIII e da urbanização acelerada ocorrida nos países desenvolvidos e, mais recentemente, nos subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Quando as mulheres tiveram direito à alfabetização e acesso ao controle da natalidade o número de nascimentos amorteceu. Quando passaram a ter direito a ocupar cargos e profissões reservadas ao sexo masculino, a taxa de natalidade atingiu números bem menores. Até mesmo nos países subdesenvolvidos mulheres das classes sociais menos afluentes têm duas vezes mais filhos que as pertencentes à classe média...
O que mais chama a atenção é que a correlação entre a emancipação feminina e o controle da natalidade é um dos fatores menos mencionados, frente à emancipação feminina, aliada ou não aos contraceptivos, à escolaridade, à liberdade social, ao nível de desigualdade sexual, etc.
Na Espanha, em 1975, era raríssimo encontrarem-se mulheres nas universidades e a taxa de natalidade por mulher era em torno de 2,9 crianças. No ano 2000, 60% dos universitários eram do sexo feminino a taxa de natalidade caiu para 1,12. Sem desejar entrar no mérito da questão, onde foram aplicadas regras compulsórias de controle da natalidade, como na China, a taxa de natalidade por mulher foi maior do que as verificadas no ocidente (é de 1,8 agora).
Em países democráticos, observam-se taxas espontâneas que são baixas, como na Suíça (1,46), na Itália (1,2), Grécia, Rússia, Alemanha (1,35).
Nos países em desenvolvimento a mídia tem sido uma grande arma para o controle da natalidade através de informação, educação e alguma melhoria do contexto sócio-educacional, o que tem diminuído as taxas de nascimento.
A população do Ocidente vai declinar na segunda metade do século XXI e não podemos fazer muita coisa contra a fome e violência causada pela hiperpopulação do restante do planeta. O fato é que podemos controlar a natalidade pela emancipação feminina (direito à integridade do seu corpo, direito ao aborto e direitos reprodutivos, incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres contra a violência doméstica e o assédio sexual. Será que as feministas e os machistas sabem disso?
O Feminismo é um movimento político, filosófico e social que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens. Ou partimos para ações positivas ou continuaremos para sempre na época das ideologias.
É sempre bom relembrar: uma das maneiras de combater a devastação do planeta pela superpopulação dos denominados Homo sapiens é a emancipação da mulher, não especificamente ou exclusivamente através da eliminação do assédio que está virilizando na mídia social e profissional, que na realidade ocorre em ambos os sentidos. Um relato honesto desenrola-se melhor se feito, escrito, falado, sem rodeios. “Sempre que liberamos uma mulher, libertamos um homem” (Margaret Mead - 1901-1978).
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

terça-feira, 27 de agosto de 2019

LIBERDADE ECONÔMICA E REGULAÇÃO DO ESTADO


Lauro Chaves Neto (*)
A retomada do crescimento econômico, no Brasil, depende de um conjunto de fatores, dentre eles ocupa destacada posição a melhoria no ambiente de negócios, especialmente em um País de tradição cartorial, cujos excessos de regulamentação dificultam o empreendedorismo.
Embora tenha sido aprovada, recentemente, em primeira votação no Congresso, uma Medida Provisória (MP) 881, batizada de MP da Liberdade Econômica, com a finalidade de eliminar uma série de entraves ao desenvolvimento, o que trará muitos avanços, alguns excessos ainda precisam ser ajustados.
A MP possibilita a superação de obstáculos, como a redução de exigências para a entrada de pequenas e médias empresas no mercado de capitais e a isenção de licenças para empresas que exerçam atividades de baixo risco, independentemente, do porte, facilitando a entrada de novos players em diversos setores, estimulando a concorrência, os investimentos e a atividade econômica.
Porém, surgem críticas a partir do uso da Medida Provisória, ao invés de Projeto de Lei, o que agride o artigo 62 da Constituição, além de restringir o debate e a participação popular. Eliminar regulação indiscriminadamente, sem o devido debate, pode submeter a sociedade e as empresas a maiores riscos e incertezas.
Em alguns aspectos, a MP pode representar um risco à ação reguladora do Estado, um Estado forte é um instrumento fundamental para a proteção da sociedade e promoção do desenvolvimento sustentável, o que não pode ser confundido com um Estado produtor e empresário, em grande parte das vezes ineficiente.
A MP permite a fragilização de diversas agências setoriais, quando deveria fortalecer e profissionalizá-las como ferramentas de defesa do consumidor e estímulo ao ambiente competitivo. Devem ser fortalecidos tanto o instrumento da Análise do Impacto Regulatório (AIR) como a Lei das Agências Reguladoras.
Nossa Constituição tanto garante a livre iniciativa como atribui ao Estado brasileiro a função normativa e reguladora da atividade econômica, permitindo não só a melhoria do ambiente de negócios como a proteção do interesse público e dos direitos da sociedade. 
(*) Consultor, professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 16/08/19. Opinião. p.24.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Lançamento do Livro RIDENDO CASTIGAT MORES



A Expressão Gráfica e Editora, ao ensejo da XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará, realizou em seu estande no Centro de Eventos, na última sexta-feira (23/08/19), às 17 horas, o lançamento do livro "Ridendo castigat mores: contando causos".
Este livro, o 104.º de autoria do Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, médico e atual presidente da Sobrames - Regional Ceará, foi por mim apresentado, em substituição ao escritor e historiador Juarez Leitão, que não pôde estar presente no evento por motivo de força maior.
Paulo Gurgel Carlos da Silva
Postado in gurgel-carlos.blogspot.com PGCS

O CAUSO DO VIGÁRIO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Pedro e Catarina estavam casados há 12 anos. Formavam um casal exemplar. Cumpriam rigorosamente o que foi estabelecido, perante o vigário, no dia do casamento. Moravam numa cidade do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e possuíam dois filhos, Manuel e Teresa, respectivamente, com 10 e 6 anos. Pedro entrou na política, apesar das restrições de Catarina, pois tinha receio que a sortida mercearia que eles possuíam pudesse sofrer consequências desfavoráveis e passar a dar prejuízos, até mesmo fechar as portas. No entanto, não deu ouvidos à mulher e foi vereador e depois prefeito municipal. Os negócios, como previa a esposa, passaram a ser deficitários. Com isso, além dos graves problemas políticos, Pedro perdeu seu patrimônio. Começou a beber de forma exagerada e a frequentar “casas suspeitas”. Certo dia, ao retornar da boemia, Catarina percebeu uma mancha de “batton” na camisa de Pedro. Danou-se. Talvez tenha sido a primeira grande discussão entre o casal. Ela disse para ele que só acreditaria na sua versão se chamassem o bom vigário, amigo do casal, e Pedro recebesse a comunhão. Catarina era muito religiosa. Chegou o padre para dar a comunhão ao perplexo Pedro. Falou ao padre que não conseguiria vez que não queria cometer sacrilégio. O bom vigário, desejando que a paz voltasse ao lar, disse baixinho no ouvido de Pedro: “seu mentiroso e traidor, as hóstias não estão consagradas, mas amanhã bem cedo compareça à Matriz para se confessar e comungar com dignidade”. Catarina se conformou e Pedro atendeu, com vergonha e cabisbaixo, à determinação do pacificador e bom vigário. O casal passou a ter uma vida mais modesta, com poucos recursos, porém Pedro ficou longe da bebida e das farras. Ele concluiu que os prazeres humanos são passageiros e ilusórios. Assim é a vida. “Qualquer semelhança é mera coincidência”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 23/8/2019.

domingo, 25 de agosto de 2019

ESTA É A PROVA QUE MULHER NÃO GUARDA RANCOR!


Após um longo período, a mulher morre e chega aos portões do Céu. Enquanto aguardava o anjo, ela espiou pelas grades e viu seus pais, amigos e todos que haviam partido antes dela, sentados à mesa, apreciando um maravilhoso banquete.
Quando o anjo chegou, ela comentou:
- Que lugar lindo! Como faço para entrar?
- Eu vou falar uma palavra. Se você soletrá-la corretamente na primeira vez você entra; se errar vai direto para o inferno.
- Ok. Qual é a palavra?
- AMOR, respondeu o anjo.
-A-M-O-R. Ela soletrou perfeitamente e de primeira. Passou pelos portões.
Cerca de um ano depois, o anjo pediu que ela vigiasse os portões aquele dia. Para surpresa dela, o marido apareceu.
- Oi! Que surpresa! - disse ela. Como você está?
- Ah, eu tenho estado muito bem desde que você morreu... Casei-me com aquela bela enfermeira que cuidou de você, recebi seu seguro de vida e fiquei milionário.
Vendi a casa onde vivemos e comprei uma mansão. Eu e minha linda esposa viajamos por todo o mundo. Estávamos de férias e eu fui esquiar hoje. Caí, o esqui bateu na minha cabeça e aqui estou eu.
E agora, como faço para entrar, querida?
- Bem, aqui tem uma regra pra entrar: Eu vou falar uma palavra. Se você soletrá-la corretamente na primeira vez, você entra, senão vai para o inferno.
- Qual é a palavra?
- ARNOLD SCHWARZENEGGER.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones).

Esse Veríssimo é genial...


"Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o 'preção.'
Tô sofrendo de 'preção' alto.
O médico mandou cortar o sal. Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico.
Sério!
Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um Real.
Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que o presidente prometeu? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: - nas últimas.
Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida...
Entra por um ouvido e sai pelo outro.
Faz diferença...
'A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo'
'Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio'."
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones).
Nota do Editor do Blog: Texto sem título e com autoria supostamente atribuída a Luiz Fernando Veríssimo.

sábado, 24 de agosto de 2019

O MEDO QUE NOS HABITA


Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)
A vida é uma travessia. Viver é superar, renovar, se lançar. Nesta travessia há fantasmas que nos paralisam, impedem de assumir desafios e travam o coração na hora de tomar decisões. O que faríamos se não tivéssemos medo? O medo está na pauta do dia; tememos o tempo todo; um medo sem nome, um fantasma sem rosto; medo cruel que afeta corajosos e desafia ousados. Toda travessia implica correr riscos, e quem se instala, se perde, envolve-se na tormenta da paralisia de uma vida medíocre e superficial.
Há momentos em que daríamos tudo por uma chance de pedir a Deus para não corrermos riscos. As experiências obscuras, as tribulações e as tempestades são inerentes à fé cristã. O papa Francisco já nos ensina que "ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter força para enfrentá-los, sabendo que não estamos sozinhos". Mas o risco é necessário. Sem a superação cotidiana desse medo, nossos sonhos e projetos estarão comprometidos.
Algumas pessoas fazem opção pelo porto seguro das falsas certezas e seguranças, mas outros preferem correr o risco do "mar agitado", "da escuridão da noite" e são capazes de construir o novo. Quando superamos nossos medos e tomamos decisões audazes diante de um futuro incerto, no nosso "eu profundo", recursos e capacidades que ignorávamos ter despertam a "alma guerreira em nós". A poetisa chilena, Isabel Allende, profetizava: "Todos temos dentro de nós uma insuspeita reserva de força que emerge quando a vida nos põe à prova". Assim, para desenvolver essa reserva de potencialidades, temos de enfrentar dilemas, encruzilhadas, perplexidades e responsabilidades. Isto nos faz mergulhar na vida, desenvolver nossas forças, ativar e despertar outras possibilidades escondidas no chão de nossa vida.
Na tradição inaciana "formar-se é provar-se". Só aquele que é posto à prova em sua vida, fé e em suas convicções, se forma, cresce e amadurece. O compromisso com a construção de um mundo melhor e mais justo requer de nós uma forte dose de coragem e uma alma ágil, animada e vivificada pelo sabor da aventura e da novidade. 
(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia.
Fonte: O Povo, de 5/7/2019. Opinião. p.16.

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Agosto/2019


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de AGOSTO/2019, que será realizada HOJE (24/8/2019), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

SÃO FRANCISCO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
São Francisco de Assis nasceu em 1181, em Assis de Francesco, converteu-se ao cristianismo em 1206, renunciando aos bens paternos e iniciando uma vida de pregação do Evangelho. Com certeza, Francisco analisou e debateu a religião, a civilização e a sociedade, observando os valores espirituais e materiais. Sempre valorizou o diálogo, principalmente, mediante as palavras simples, o amor de Deus, a caridade, a cautela nos julgamentos, a firmeza nas resoluções, a fidelidade nas obrigações, a humildade e a sabedoria. Segundo Jacques Le Goff, um dos biógrafos de Francisco, “A fraternidade franciscana, a consagração a pobreza e uma liderança dinâmica alternando a solidão e a inserção social a partir da pregação nas cidades de Úmbria o fixaram como uma das mais cultuadas figuras religiosas do Ocidente”. Ainda de acordo com Le Goff, “São Francisco seria o santo mais moderno da Igreja por defender a ecologia, o anticonsumismo, a simplicidade, a liberdade de espírito, sendo um feminista de primeira hora na relação com Santa Clara e a ordem das clarissas”. Realmente, são Francisco sempre desenvolveu e estudou uma proposta de paz, o que é visível em sua conhecida oração: “Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz”. Acredito que, se fizemos uma análise do conteúdo da oração, teríamos um mundo melhor, onde a solidariedade e o amor ao próximo prevaleceriam. É por isso que essa oração é ecumênica, ou seja, não se conflita com nenhuma outra religião. Defensor da gratuidade (ofereça sem pensar em receber) - Lc 14, 12-14- assim era Francisco. O mundo está com sede de paz. Como seria bom se nos dias de hoje os líderes mundiais e as pessoas que formam opinião, seguissem o pensamento de São Francisco. Tiremos o ódio de nossos corações e coloquemos amor. Segundo São Francisco: “Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de Cristo”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 16/8/2019.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

CONVITE – Lançamento de RIDENDO CASTIGAT MORES



A Expressão Gráfica e Editora convida para o lançamento do livro “RIDENDO CASTIGAT MORES: contando causos”.
A obra, a centésima quarta de autoria de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, será apresentada pelo Prof. Juarez Leitão, escritor e historiador.
Data: 23 de agosto de 2019 (sexta-feira), às 17h.
Local: Estande da Expressão Gráfica, no Centro de Eventos, durante a Bienal do Livro do Ceará.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

FAZEI O NOSSO CORAÇÃO SEMELHANTE AO VOSSO



Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é um dos grandes desafios da nossa fé, porque nos leva a contemplar, experimentar e testem
unhar o amor de Deus. Para aprofundarmos nossa relação com Jesus, temos que parar de sermos rasos e passar a sermos profundos com relação ao Seu amor.
Na vida não precisamos saber de tudo, mas temos que nos propor a fazer tudo bem. Pensando assim, se nos propomos a seguir Jesus nós temos que ser excelentes e verdadeiramente diplomados no conhecimento profundo Dele. É isso que Deus espera de nós, que sejamos e tenhamos profundamente essa relação com Jesus Cristo no Seu Sagrado Coração.
O cristão tem que ter conhecimento profundo de quem é Jesus Cristo, quais são seus ensinamentos, seus sentimentos. Na devoção ao Sagrado Coração, como nos ensina o ministério da Igreja, somos chamados a "experimentar" esse Jesus.
Olhar para Jesus no seu coração transpassado e dilacerado significa tentar perceber um movimento de encontro com o coração de Jesus que por excelência está na Eucaristia. Portanto, um olhar para o coração é um olhar para a Eucaristia. É um olhar que transforma e nos mantém fixos no Senhor.
Se olharmos para as coisas erradas elas nos atraem. Se ficarmos sempre reparando nas coisas ruins elas nos atraem. Por isso, devemos manter nossos olhos nos bons exemplos e nas atitudes de Jesus e aprender com elas.
Se queremos ter o coração semelhante ao de Jesus, não podemos ter as mãos sujas pelas negociatas, por tocar onde não devia, suja porque fomos coniventes com as injustiças, porque cruzamos os braços quando alguém precisou. Mãos sujas porque faltamos com o respeito, pelo desacato, pela omissão.
Então, nos cabe uma pergunta: Qual o nível de profundidade de nossa experiência com Jesus? Temos que nos perguntar isso, porque o que nos leva à experiência e ao conhecimento é a Palavra de Deus "mastigada", "ruminada" e tão internalizada a ponto de não sabermos se é nosso conceito ou conceito de Deus, como viveu São Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20a). É essa a dinâmica do Coração transbordante de Jesus.
Assim, deixemo-nos atrair por esse Coração que é misericórdia, amor, perdão e doação. 
(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 8/6/2019. Opinião. p.16.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

CRIANÇA BRINCA, ESTUDA E CRESCE



Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
As pesquisas sobre saúde e trabalho de criança têm história significativa, métodos e resultados sólidos. Não deveria mais ser objeto de opinião individualista espontânea, como recentemente veio à cena pública, devolvendo-nos ao século XVIII quando ele existia e era socialmente legitimado. Ainda existe, em muitos lugares do mundo e do Brasil, mas, salvo exceções anacrônicas, não é legitimado pela ciência e por setores avançados da sociedade. Analisemos três dimensões:
Político-econômica - Sem infância livre, sujeita ao lúdico e ao educacional, não teremos trabalhador e cidadão competentes. Sem criança na família, no lazer e na escola, não sobrará posto de trabalho para adulto desqualificado e futuras desqualificações estarão sendo incubados. Há transmissão intergeracional das misérias econômica e política.
Biossanitária - O trabalho precoce que, pela sua natureza, tende a acontecer em condições degradantes, determina transtornos desnutricionais (altura e peso insuficientes, defesa imunológica diminuída), musculoesqueléticos (descalcificações, desgastes musculares por peso excessivo à idade, danos à coluna dorsal), neurológicos (perceptomotricidade inadequada para as tarefas, agressões tóxicas, imaturidade) e sistêmicos (envelhecimento precoce).
Psicossanitária - O trabalho precoce impacta sobre estado de ânimo, desenvolvimento de habilidades, assunção de responsabilidades e construção da identidade, tornando possível um grande leque de impedimentos ao desenvolvimento, transtornos neuróticos e transtornos de caráter.
O Grupo de Pesquisa Vida e Trabalho - GPVT, que lidero na Uece, tem produzido sobre o tema e recusamos a expressão "trabalho infantil", que pode ser interpretado, pois a função "infantil" adjetiva "criança", como trabalho próprio de criança. Defendemos "trabalho precoce", aquele exercido antes da idade socialmente adequada de trabalhar. No século XIX era analfabeto quem não sabia ler e escrever um bilhete, além de desconhecer as operações básicas da matemática.
Hoje, precisamos domínio maior da língua materna, comunicação em língua internacional e na língua da comunicação eletrônica. Além da matemática básica, a estatística funcional. Trabalho de criança é brincar, estudar e crescer, mental e fisicamente, para o exercício pleno e crítico da cidadania.
(*) Professor titular de Saúde Coletiva e Reitor da Uece.
Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 31/7/19. p.25.
 

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