sábado, 30 de novembro de 2013

SAPATOS CRIATIVOS VII









Fonte: Circulando por e-mail (internet).

O BRASIL ANEDÓTICO LIX



AS VANTAGENS DA MAGNANIMIDADE
Anais da Câmara dos Deputados
Sessão de 29 de junho de 1894, na Câmara dos Deputados. Com a sua eloquência habitual César Zama bate-se pela conciliação das forças Políticas e militares, advogando a anistia aos revoltosos de 1893.
- Aos vencedores - diz - sempre fica bem a magnanimidade.
E numa hipérbole:
- O pó das revoluções não se apaga com o sangue dos revolucionários!
UMA PROFECIA
J.M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. III, página 427.
Não obstante os serviços prestados ao país nos primeiros anos da sua emancipação, Joaquim de Oliveira Álvares, que fora duas vezes ministro da Guerra e exercia grande influência sobre as forças armadas, viu-se guerreadíssimo pelos liberais na organização da Câmara em 1830. Eleito pelo Rio Grande do Sul, viu o seu diploma quase anulado. E tão desgostoso ficou que, tendo de receber uma herança de Londres, resolveu abandonar definitivamente o Brasil.
Aos seus olhos de homem experiente a marcha dos negócios públicos não deixava, porém, grandes dúvidas. A queda de Pedro I era, para ele, inevitável. E assim foi que, ao despedir-se do Imperador, declarou, respeitoso, mas irônico:
- Senhor, eu parto; mas, se as coisas políticas não mudarem no Brasil, breve nos encontraremos no Carnaval de Veneza!
Um ano depois, efetivamente, encontravam-se os dois, não em Veneza, mas em Londres.
CASTIGO CORPORAL
Constâncio Alves - "Folhetim do Jornal do Comércio", em dezembro de 1926.
Condenado, por ter escrito uns versos metendo a ridículo o ministro da Guerra, a abandonar o Rio de Janeiro e a embarcar para o Rio Grande do Sul, chegou Laurindo Rabelo a Pelotas, apresentando-se aí ao general Caldwell, comandante da guarnição. O general recebeu-o bem, mas comunicou-lhe que teria de seguir, no dia seguinte, a cavalo, para a fronteira.
Laurindo franziu a testa.
- Vossa Excia. poderá informar-me - indaga - se os médicos do Exército estão sujeitos, aqui, a castigos corporais?
E ante a resposta negativa:
- Como é, então, que Vossa Excia. me condena a uma viagem dessas, que me deixa mais morto do que uma surra de espada?
A GRANDE DIFERENÇA
Serzedelo Correia - "Páginas do Passado", pág. 20.
Manhã de 15 de novembro de 1889. Em frente ao quartel-general Deodoro punha em linha as bocas de fogo da tropa revoltada. Ignorando toda a extensão da conspiração militar, o Visconde de Ouro-Preto chama Floriano e pergunta por que as forças fiéis ao governo não saíam, para dar combate à força rebelde.
- É que Deodoro tem artilharia e, em cinco minutos, arrasaria o quartel-general, - respondeu o mestre de campo.
Ouro-Preto estranhou a resposta:
- No Paraguai tomava-se artilharia; só se aquela não pode ser tomada por estar comandada por um general valente...
- Não, não é por isso, - revidou Floriano, compreendendo a ironia.
E no mesmo tom:
- É que no Paraguai eram inimigos, e ali são brasileiros!


Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).
 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Lágrimas gouches para crimes burgueses



Por Ricardo Alcântara (*)


Diante da imagem de gente chorando abraçada a bandeiras vermelhas ao ver os condenados do mensalão embarcando para o cumprimento de suas penas me dei conta uma vez mais de que somos capazes de acreditar no que melhor nos convém.
A parte surreal é que o comboio não levava às celas apenas gente que pegou em armas pela emancipação proletária. Também foram às grades banqueiros que com eles colaboraram com indispensáveis artifícios para o êxito de suas aventuras.
Foi burlesco ver lágrimas gouches derramadas por um affair que botou em cana também paxás da mora. Os artífices da Segunda Internacional jamais imaginaram que seus últimos heróis seriam pranteados na companhia de banqueiros.
Aquelas meninas de calcanhares sujos que frequentam os barzinhos do Benfica acreditam que o Zé Dirceu é a reencarnação do Chapeuzinho Vermelho enquanto Civitas pagam Mainardis para dizer o contrário: trata-se do Lobo Mau. Nada disso.
Zé Dirceu é Zé Dirceu: a mais perfeita tradução da sua geração. Se alguém pensa que a nação deve algo ao PT, deve igualmente pensar que deve muito àquele operador político frio e competente forjado no movimento estudantil dos anos 60.
Do relógio chamado PT, José Dirceu foi sempre o pino oculto da engrenagem onde, acima, brilhava os ponteiros de Lula. Por isso mesmo, a relação entre eles sempre foi de uma afinação arduamente sustentada: dela dependia simplesmente tudo.
O partido de massa conseguiu preservar o pescoço do seu líder, mas o articulador que deu coesão à sua estrutura não resistiu: vai cumprir pena por um crime, tendo cometido outro e sem que se tenha provado contra ele nenhum dos dois! Foi assim.
Ao vê-lo, braço erguido e punho cerrado, dizendo-se um “preso político” em vã tentativa de controlar os fatos, e vendo que por ele ainda há quem chore abraçado à bandeira, constato: o julgamento do Supremo acabou, mas o da História não.
Crime, houve: menor do que o denunciado por Roberto Jéferson e maior do que o admitido pelos advogados petistas. Crime, por sinal, rotineiro no cotidiano de Brasília: desconheço grupo político neste país que não o tenha cometido também.
Por ele pagaram até agora apenas os que se investiram do papel de vestais: o PT construiu reputação na classe média urbana denunciando o baixo padrão ético dos partidos conservadores. Uma vez no poder, as concessões cobraram um alto preço.
É assim que se faz
Dizem que papel aguenta tudo. O Twitter também: no dia em que se comemorava (comemorava mesmo?) a Proclamação da República, a presidente Dilma declarou em seu Twitter que seu papel é “prevenir e combater a corrupção”.
A presidente não explicou como tem feito isto, mas eu digo: criando 40 ministérios e entregando uma penca deles ao PMDB do José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá e os outros praquela turminha bem acolá. Facinho, não?
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre é cão sem dono. Se gostou, passe adiante.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Academia Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES)



ACADÊMICO EMÉRITO
Meraldo Zisman: (*) Cadeira 40
Saúdo a presidente Juçara Valverde e cumprimento os presentes, em todos os graus, circunstâncias e méritos que o destino designou a cada um de vocês.
Senhoras e Senhores,
Sei que o amor é o maior dos sentimentos, que me conduz por onde eu vou, nas seguidas alamedas e variadas veredas desta louca, apaixonável e apaixonante vida.
Mas, além do amor, há duas outras áreas de atuação humana que adoro cultivar e cultuar, que são a Medicina e a Literatura.
A gratidão é uma virtude, um sentimento, que precisa ser continuamente cultivado e desenvolvido e deve ser considerado como um hábito diário. Muitas vezes não nos lembramos de agradecer e apenas reclamamos da vida.
Os sábios nos ensinam a agradecer tanto as coisas boas como as coisas ruins, por compreenderem que tudo o que acontece é positivo e que tudo segue um plano superior do qual sempre extraímos lições, mesmo das dificuldades, que são como esmeris nos purificando e desenvolvendo virtudes em nosso interior.
Ensinou-me a vida que:
"Quando nos tornamos gratos, recebemos mais. Quando expressamos nossa gratidão, recebemos ainda mais. Essa é a lei da natureza".
Para ser grato é preciso ter sensibilidade, humildade, enfim, é preciso ter amor, o mais nobre e completo dos sentimentos. E porque eu tenho amor, chegou o momento de agradecer.
Agradecer a honra recebida hoje, dia 26 de novembro de 2012, quando sou investido pelos meus confrades da Academia na condição de Acadêmico Emérito da Academia Brasileira de Médico Escritores.
Agradecer também à vida - que não é feita de anos e sim de momentos - e eu tive momentos bem felizes ao longo de todos os longos anos que já vivi.
Mas devo tudo ao amor de meus poucos leitores. Amor de leitores que apoiaram, comentaram, torceram, ajudaram, incentivaram e apontaram que meus escritos – minha grande paixão – ainda fazem diferença na vida das pessoas - e isso não tem preço.
Através de meus esforços literários, aprendi também que a duração da vida, seja ela curta ou longa, é sempre breve, pois não se deve contar a duração da vida pelo simples somatório dos anos vividos.
Sem amar a vida, eu não conseguiria compreender novamente o amor. E, sem isso, eu seria incapaz de enxergar os meus outros amores. Assim, é graças ao amor à vida que eu estou de pé aqui, hoje, agradecendo o amor que vocês demonstraram por mim.
Dedico esta comenda aos que me incentivaram a escrever e a Maria das Graças Matos Zisman, minha mulher.
Obrigado
Meraldo Zisman
Rio de Janeiro, 26.11.12
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Encontrado nos EUA diário perdido de líder nazista e assessor de Hitler



Alfred Rosenberg, confidente de Adolf Hitler, desempenhou um papel central no extermínio de milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial

Alfred Rosenberg, confidente de Adolf Hitler 
(Foto: Reuters)
O governo norte-americano recuperou 400 páginas do diário desaparecido de Alfred Rosenberg, confidente de Adolf Hitler que desempenhou um papel central no extermínio de milhões de judeus e outros durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma avaliação preliminar do governo americano examinada pela agência Reuters garante que o diário pode oferecer uma nova visão sobre os encontros de Rosenberg com Hitler e com outros líderes nazistas, incluindo Heinrich Himmler e Herman Göring. Também inclui detalhes sobre a ocupação alemã da União Soviética, incluindo planos de assassinato em massa de judeus e outros europeus do Leste.
"A documentação é de importância considerável para o estudo da época nazista, inclusive para a história do Holocausto", segundo a avaliação preparada pelo Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington.
"Uma análise apressada do conteúdo indica que o material lança nova luz sobre várias questões importantes relacionadas à política do Terceiro Reich. O diário será uma fonte importante de informação a historiadores que complementa, e em parte contradiz, documentação já conhecida."
De que forma os escritos de Rosenberg, um ministro do Reich nazista que foi condenado em Nuremberg e enforcado em 1946, poderiam contradizer o que os historiadores acreditam ser verdade não está claro. Mais detalhes sobre o conteúdo do diário não estavam disponíveis, e uma autoridade do governo norte-americano insistiu que a análise do museu continua preliminar.
Mas o diário inclui detalhes sobre as tensões dentro do alto-comando alemão, em particular a crise provocada pelo voo de Rudolf Hess para a Grã-Bretanha em 1941, e o saque de obras de arte em toda a Europa, segundo a análise preliminar.
 A recuperação deve ser anunciada nesta semana em uma coletiva de imprensa em Delaware, feita em conjunto por funcionários da Agência de Imigração e Alfândega, do Departamento de Justiça e do museu do Holocausto dos Estados Unidos.

O diário oferece uma coletânea das lembranças de Rosenberg da primavera de 1936 ao inverno de 1944, segundo a análise do museu. A maioria dos registros está escrita na letra cursiva espiralada de Rosenberg, alguns sobre papel arrancado de um livro de contabilidade e outros na parte de trás de um papel de carta oficial nazista, disse a análise.
Rosenberg foi um ideólogo nazista poderoso, principalmente nas questões raciais. Ele dirigia o departamento de questões estrangeiras do partido nazista e editava o jornal nazista. Vários de seus memorandos para Hitler foram citados como provas durante os julgamentos de Nuremberg, pós-guerra.
Rosenberg também dirigiu o sistemático saque nazista da propriedade artística, cultural e religiosa dos judeus por toda a Europa. A unidade nazista criada para tomar tais artefatos foi chamada de Força-Tarefa Reichsleiter Rosenberg.
Ele foi condenado por crimes contra a humanidade e foi um de uma dezena de oficiais sêniores nazistas executados em outubro de 1946. Seu diário, que estava nas mãos dos promotores de Nuremberg como prova, desapareceu depois do julgamento.
Autoridades americanas suspeitavam que um promotor de Nuremberg, Robert Kempner, tivesse contrabandeado o diário para os Estados Unidos.
Nascido na Alemanha, Kempner fugiu para os Estados Unidos nos anos 1930 para escapar dos nazistas, só voltando para os julgamentos pós-guerra. Ele teria ajudado a revelar a existência do Protocolo de Wannsee, a conferência de 1942 durante a qual oficiais nazistas se encontraram para coordenar o genocídio contra os judeus, que denominaram de "A Solução Final".
Kempner citou alguns trechos do diário de Rosenberg em sua memória, e em 1956 um historiador alemão publicou trechos de 1939 e 1940. Mas grande parte do diário nunca apareceu.
Quando Kempner morreu em 1993, aos 93 anos, disputas legais sobre seus documentos se estenderam por quase uma década entre seus filhos, seu ex-secretário, um empreiteiro local e o museu do Holocausto. Os filhos concordaram em dar os documentos do pai ao museu do Holocausto, mas quando os funcionários chegaram para retirá-los da casa dele em 1999, descobriram que milhares de páginas tinham sumido.
Depois do incidente de 1999, o FBI abriu uma investigação criminal sobre os documentos desaparecidos. Ninguém foi acusado no caso.
Mas o museu do Holocausto conseguiu recuperar mais de 150 mil documentos, inclusive uma coleção de objetos do ex-secretário de Kempner, que a essa altura tinha se mudado para a casa de um acadêmico de Nova York chamado Herbert Richardson. O diário de Rosenberg, no entanto, continuava desaparecido.
No início deste ano, o museu do Holocausto e um agente das Investigações de Segurança Interna tentaram localizar as páginas desaparecidas do diário. Eles rastrearam o diário e chegaram a Richardson, que vive perto de Buffalo. Richardson não quis comentar. Um funcionário do governo disse que mais detalhes serão anunciados na coletiva de imprensa.
Fonte: Notícias UOL 9/06/2013

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CONVITE: VI Lançamento Coletivo da Editora da UECE




A Reitoria da Universidade Estadual do Ceará, ao ensejo da XVIII Semana Universitária, convida para o VI Lançamento Coletivo da EdUece.
Entre as obras a lançar, consta duas publicações de nossa autoria, com o re-lançamento de “Medicina na UECE: a década que levou ao máximo, de autoria de João Brainer Clares de Andrade e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, e o lançamento de nosso livro “Ideias Circulantes: opinando sobre temas educacionais”. Com esse último título, o autor (M.G.C.S.) alcança a marca de setenta e cinco livros publicados.
Data: 27 de novembro de 2013 (quarta-feira), às 16h.
Local: Auditório Paulo PetrolaReitoria da Uece (Campus do Itaperi).
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

TRANSHUMANISMO?



Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
John Keats (1795 – 1821) 26 anos, famoso poeta londrino obtivera o certificado de médico, mas logo desistiu para praticar apenas a poesia. Em Ode on a Grecian Urn (“... num túmulo Grego”) asseverou (declarou): “A beleza é a verdade /A verdade a beleza /... isto é tudo que você precisa saber”. Antônio Vieira, de Lisboa (1608 – 1697), em Sermão da Conceição Imaculada, I citou o “Eclesiastes” ao afirmar: Nihil sub sole novum = “Nada de novo sob o sol”. Hoje o latim seria outro: Omnia nova sub sole = “tudo novo...” Pois!. Nossa vida vem sendo tecnologicamente esticada além dos atuais, 75 anos em média, e sonham (ou acreditam) alguns futurólogos (entre eles Ray Kurzweil) ser possível vivermos para sempre a partir de 2029. Para tanto, novíssimos procedimento deverão estar maduros no final de 2020. Seria mesmo “um sonho louco este nosso mundo“, como observou o poeta Mario Quintana? Atualmente tal pretensa longevidade já vem se beneficiando de novos medicamentos, e de possível substituição de quase todos os nossos órgãos. À medida que conhecermos melhor os princípios operacionais do corpo e do cérebro humanos, brevemente poderão ser criados sistemas superiores mais eficazes e duráveis, infensos às doenças e à velhice. No início de 2030 (de hoje a 17 anos!) poderíamos funcionar apenas com o esqueleto, a pele, órgãos sexuais e sensoriais, boca, com o esôfago superior, e cérebro. Já seríamos parte protoplasma e parte transistor, a que aludiu Alvin Toffler em Future Shock (Bantam Books New York, 1971), máquinas humanóides, fusão do homem e do objeto cientifico: seriamos “cyborgs”. Êpa! Ficção cientifica de novo? Os indivíduos, pois, superaram a etapa das cópias carbonadas de si mesmos, os clones. Um certo yanque, Yogi Berra, jogador de beisebol, notabilizado também por suas tiradas, ou rasgos mentais inteligentes, afirmou “O futuro não é mais aquele” (ain’t what it used to be: “não é o que costumava ser”). Realmente, neste sentido o nosso brilhante Mino especulou: “Não entendo como no passado o futuro era tão imprevisível, e agora no presente é tão ultrapassado”. Para ampla compreensão deste tema seria útil reler (ou ler) meu artigo 2045, neste jornal, em 27/3/2013. É chegado o transhumanismo: tal é um movimento internacional para transformar a condição humana, aumentando sua capacidade física, intelectual, psicológica, e sua longevidade. Como verbo foi usado por Dante significando “sair da condição e da percepção humanas”. Transhumanizar-se. O conceito foi encampado pela pesquisadora americana em Plymouth (Inglaterra) Natasha Vita – More (vida mais!), nascida (1950) Nancie Clark. Em 1983 ela desenvolveu o protótipo “Primo Posthuman” misto de nanotecnologia biotécnica, inteligência artificial, neurociência, regado a drogas avançadas. Todos estes tentos seriam êxitos humanos, derradeiros capítulos de obra máxima do Criador, ao fazer o homem à sua semelhança. A esta inveja dos atributos divinos, os gregos denominavam Hubris. Esperamos que esta busca científica da superhumanidade, nesse “admirável mundo novo” não revele a Nemesis, ou o castigo divino por esta humana presunção.
(*) Médico e secretário geral da Academia Cearense de Letras.
Fonte: O Povo, Opinião, de 6/11/2013.

domingo, 24 de novembro de 2013

SAPATOS CRIATIVOS VI












Fonte: Circulando por e-mail (internet).

AS MELHORES DA SEMANA (Novembro 2013)



1. Solidariedade PTista...


Chargista: Sinfrônio

2. Solidariedade histórica...


Chargista: Amarildo

3. Falta de solidariedade...


Chargista: Mariano

4. Solidariedade com "FIDELidade”...


Chargista: Sinfrônio
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

sábado, 23 de novembro de 2013

SAPATOS CRIATIVOS V








Fonte: Circulando por e-mail (internet).

BRASILEIRÃO - RETA FINAL



1. Coisas que só acontece com o Botafogo...


Chargista: Mário

2. Acreditando no milagre...


Chargista: Clayton

3. E perto da Zona...


Chargista: Alpino

4. E lá na Zona...


Chargista: Zdr (?)
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

HAROLDO JUAÇABA – A Amazônia como laboratório nos caminhos de uma profissão



Uma passagem especial da vida do médico Haroldo Juaçaba ganhará uma exposição comemorativa alusiva aos 69 anos do Instituto do Câncer do Ceará. De 22 de novembro a 13 de dezembro de 2013, a instituição receberá seus colaboradores, voluntários, além do publico externo, para compartilhar a experiência de um dos fundadores da casa como médico dos “Soldados da Borracha”, durante a Segunda Guerra Mundial.
Intitulada por “Haroldo Juaçaba – A Amazônia como laboratório nos caminhos de uma profissão”, a exposição abre, oficialmente, as comemorações do aniversário do ICC e resgata o material que o Dr. Haroldo deixou de herança do período. Na época, o esforço de guerra exigia que existisse bastante borracha e o Brasil era um grande fornecedor de borracha. Por conta disso, milhares de trabalhadores nordestinos, principalmente cearenses, foram transportados para a Amazônia, para produzir borracha em quantidade e velocidade maiores. Com isso, precisava-se de médicos para atenderem a esses trabalhadores que estavam na produção, dispersos nos seringais. E o Dr. Haroldo foi um dos médicos assistentes desses seringueiros. Ele deixou farto um material, com muitas anotações, fotos e relatórios, tratando dessa vivência.
O organizador da exposição, Dr. Marcelo Gurgel, explica que é uma história importante da participação brasileira na II Guerra Mundial da qual o Dr, Haroldo fez parte por dois anos. A exposição consta de 24 quadros de fotos e documentos e tem a curadoria a cargo da professora de História da Universidade Federal de Campina Grande, Liège Freitas, que vem trabalhando o tema, a partir de sua tese de doutorado. “É um evento de importância histórica. Um verdadeiro relato da experiência inesquecível da parte de um dos fundadores da instituição e de quem dá nome a casa. As pessoas precisam conhecer e ter em mente quem foi Haroldo Juaçaba”.
A exposição é parte de um material mais extenso que está sendo produzido pela Profa. Liège Freitas e vai ganhar a forma de um livro. Estão todos convidados. Venham conferir!
Serviço
Exposição “Haroldo Juaçaba – A Amazônia como laboratório nos caminhos de uma profissão”
Período: 22 de novembro a 13 de dezembro de 2013. De segunda a sexta-feira
Horário: 8 horas às 17 horas. Aberto ao público, interno e externo.
Local: 6º andar do prédio anexo do ICC.
Acesso gratuito.
Fonte: Marketing / Comunicação ICC

DESISTA OU SORRIA




Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
'Desista!' É o titulo de uma parábola batizada pelo autor, Kafka, inicialmente de “Um Comentário”, mas que terminou mesmo como Desista! Considerada como obra tardia e uma das mais enigmáticas desse escritor judeu. Para que se possa entendê-la, este escriba acha necessário reproduzir a íntegra da parábola:
Era de manhã muito cedo, as ruas limpas e desertas, eu a caminho da estação. Comparei o relógio da torre com o meu e vi que era muito mais tarde do que eu pensava. Precisava me apressar. O choque dessa descoberta me fez hesitar quanto ao caminho a seguir: não conhecia bem a cidade. Felizmente vi um policial, corri para ele e, ofegante, perguntei-lhe qual o caminho da estação.
Ele sorriu e disse: - Está me perguntando qual o caminho?
- Sim, - respondi - pois não consigo achá-lo.
- Desista! Desista! - disse ele e, com um movimento brusco, voltou-se como se quisesse ficar sozinho com o próprio riso”.
A importância desse misterioso texto é o atraso que conduz à desorientação espacial. Tempo e espaço estão relacionado de uma maneira oculta e um desconhece a existência do outro, muito embora sejam dependentes. O medo do Homem (EU) se perde no ridículo do inusitado de pedir socorro ao guarda (o Poder da Autoridade constituída). O Eu não deseja mais do que uma orientação.
O que me conduz à interpretação do ridículo da esperança, atrapalhada e ansiosa por encontrar na autoridade delegada - orientação. Ou como fazer para não chegar atrasado à estação. O que fica congelado é o riso do guarda. O homem planeja e Deus sorri é o que dizem por aí. Mas, o que significa aquele sorriso? A pergunta permanece dentro de mim.
Enquanto isso, o atrasado sorri com o guarda, com a cultivada cautela de lagartixa, para não irritá-lo. A autoridade é como uma gaiola à procura de um pássaro.
Sorria para não ouvir “esteja preso".
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mulher perde a hora no motel e forja sequestro para enganar o marido



Renan Antunes de Oliveira
Do UOL, em Florianópolis
Uma mulher de 20 anos, empregada de uma malharia, forjou o próprio sequestro para enganar o marido depois de perder a hora no motel com um amante. O caso aconteceu em Blumenau (120 km de Florianópolis) na semana passada e só agora foi revelado.
Segundo a delegada Rosi Serafim, a mulher deu queixa no dia 24 de julho. Ela disse à polícia que fora sequestrada ao sair de casa, na rua Bahia, levada para um cativeiro num matagal a 4 km de distância, mas que conseguiu fugir dos supostos sequestradores e chegar caminhando à casa de uma tia.
Os policiais que investigaram o caso notaram inconsistências nos depoimentos da mulher. Ela contou que na fuga perdeu os sapatos e estava calçando apenas as meias. Mas a delegada notou que as meias usadas estavam limpas, o que seria incompatível com a fuga pelo mato e a longa caminhada.
Pressionada pela delegada, a mulher acabou confessando a farsa. Ela disse que estava com o amante num motel e que os dois perderam a noção do tempo. Ela disse que foi dele a sugestão do falso sequestro, para dar uma justificativa ao marido pelo atraso.
A mulher vai responder por falsa comunicação de crime. Os nomes dos envolvidos não foram revelados pela polícia. O marido soube da farsa durante a investigação policial.
Fonte: Notícias UOL 2/08/2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Prêmio no II Concurso de Contos e Crônicas da AMB




Gostaríamos de compartilhar com os amigos, colegas e leitores deste blog o recebimento ontem (dia 19/11/2013) do certificado que registra a nossa classificação em 1º lugar, na Modalidade Contos, no II Concurso de Contos e Crônicas da AMB, realizado pela Associação Médica Brasileira, com o conto: “Arrastão funesto” a ser publicado na coletânea dos trabalhos vencedores, em São Paulo-SP, em 2013.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva

PSDB: O muro das lamentações tardias



Por Ricardo Alcântara (*)
Cito como lembro: o poema conta que, no primeiro dia, ele entrou no meu jardim, roubou uma flor e eu não disse nada. Nos dias seguintes, idem. Até o dia em que arrancou a última flor e, como eu não havia dito nada, mais nada poderia dizer.
Dos versos lembrei ao refletir sobre o curso gradual com que o PFG – Partido dos Ferreira Gomes – neutralizou, defenestrou e eliminou seus aliados tradicionais para, unindo-se ao lulismo emergente, alcançar a hegemonia política no estado.
Sem me alongar em episódios sabidos, lembro que, governador, Lúcio Alcântara comprometeu indevidamente sua própria autoridade ao tolerar que o deputado Ivo Gomes recolhesse assinaturas para instituir uma CPI dos Terceirizados.
Ora, a CPI mirava denúncias de corrupção em um governo que garantia à família do deputado quase todos os cargos públicos na sua região de origem! Um governo que tolera isso se faz merecedor dos aliados que tem e deles não deveria se queixar.
Em seguida, o outro tucano-mor da aliança, Tasso Jereissati, esfarelou seu próprio partido quando negou apoio à reeleição do então governador e abriu espaço para a candidatura adversária: o irmão mais novo do seu amigo number one, Ciro Gomes.
Com um arco eleitoral que uniu do banqueiro Adauto Bezerra ao trotskismo fake de Luizianne Lins sob as bênçãos do popularíssimo presidente Lula, Cid Gomes tomou para si o governo do estado e, mais recentemente, a prefeitura da capital.
Governo eleito, Tasso recebeu cedo o suficiente aviso: pelo suicídio partidário, receberia a modesta compensação de uma secretaria de Justiça – uma penca de problemas sem potencial nenhum de acumulação de força eleitoral. Não entendeu.
Em Brasília, o senador batia duro no governo do presidente, aliado do governador, e, sem recibo à sutileza dos recados, ele, que já fora o leão da selva, como um gatinho de salão dissimulava o rancor à espera de apoio para um novo mandato.
Veio a eleição e, imposição dos fatos, os Ferreira Gomes legaram a quem por eles tudo havia perdido a precária hospitalidade do relento porque o preço cobrado pelo apoio de Lula era aquele mesmo: pijama branco de listas azuis para o tucano.
Ontem, vi Tasso Jereissati na televisão reclamando que Cid Gomes está “brincando de ser governador”. Pois pelo nó de marinheiro que deles recebera, Tasso deveria levar um pouco mais a sério a competência política dos seus alegados traidores.
Antes, fosse tudo “brincadeira”! Como um predador dissimulado, o Partido dos Ferreira Gomes segue eliminando aliados – Tasso e Lúcio, Luizianne Lins, Sérgio Novaes... quem será o próximo? – e devorando alguns embriões de resistência.
O golpe fatal está em curso: empurrar Eunício Oliveira para o beiral da derrota, atraindo com uma senatória para José Guimarães as tendências majoritárias do PT cearense, onde já pontifica um naipe de aplicados guaxebas do mando oligárquico.
Pois eleito senador, Guimarães que se cuide: será o próximo! Ali, a regra é clara: nenhum aliado será poupado a partir do momento em que tenha alcançado a melhor posição enquanto coadjuvante daquele projeto de poder. A forca é o limite.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre é cão sem dono. Se gostou, passe adiante.
 

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