Fonte: Circulando por
e-mail (internet).
sábado, 30 de novembro de 2013
O BRASIL ANEDÓTICO LIX
AS VANTAGENS DA
MAGNANIMIDADE
Anais da
Câmara dos Deputados
Sessão de 29 de junho de 1894, na Câmara dos Deputados.
Com a sua eloquência habitual César Zama bate-se pela conciliação das forças
Políticas e militares, advogando a anistia aos revoltosos de 1893.
- Aos vencedores - diz - sempre fica bem
a magnanimidade.
E numa hipérbole:
- O pó das revoluções não se apaga com o sangue dos
revolucionários!
UMA PROFECIA
J.M. de Macedo
- "Ano Biográfico", vol. III, página 427.
Não obstante os serviços prestados ao país nos primeiros
anos da sua emancipação, Joaquim de Oliveira Álvares, que fora duas vezes
ministro da Guerra e exercia grande influência sobre as forças armadas, viu-se
guerreadíssimo pelos liberais na organização da Câmara em 1830. Eleito pelo Rio
Grande do Sul, viu o seu diploma quase anulado. E tão desgostoso ficou que,
tendo de receber uma herança de Londres, resolveu abandonar definitivamente o
Brasil.
Aos seus olhos de homem experiente a marcha dos negócios
públicos não deixava, porém, grandes dúvidas. A queda de Pedro I era, para ele,
inevitável. E assim foi que, ao despedir-se do Imperador, declarou, respeitoso,
mas irônico:
- Senhor, eu parto; mas, se as coisas políticas não mudarem
no Brasil, breve nos encontraremos no Carnaval de Veneza!
Um ano depois, efetivamente, encontravam-se os dois, não
em Veneza, mas em Londres.
CASTIGO CORPORAL
Constâncio
Alves - "Folhetim do Jornal do Comércio", em dezembro de 1926.
Condenado, por ter escrito uns versos metendo a ridículo
o ministro da Guerra, a abandonar o Rio de Janeiro e a embarcar para o Rio
Grande do Sul, chegou Laurindo Rabelo a Pelotas, apresentando-se aí ao general
Caldwell, comandante da guarnição. O general recebeu-o bem, mas comunicou-lhe
que teria de seguir, no dia seguinte, a cavalo, para a fronteira.
Laurindo franziu a testa.
- Vossa Excia. poderá informar-me - indaga - se os médicos
do Exército estão sujeitos, aqui, a castigos corporais?
E ante a resposta negativa:
- Como é, então, que Vossa Excia. me condena a uma viagem
dessas, que me deixa mais morto do que uma surra de espada?
A GRANDE
DIFERENÇA
Serzedelo
Correia - "Páginas do Passado", pág. 20.
Manhã de 15 de novembro de 1889. Em frente ao
quartel-general Deodoro punha em linha as bocas de fogo da tropa revoltada.
Ignorando toda a extensão da conspiração militar, o Visconde de Ouro-Preto
chama Floriano e pergunta por que as forças fiéis ao governo não saíam, para
dar combate à força rebelde.
- É que Deodoro tem artilharia e, em cinco minutos,
arrasaria o quartel-general, - respondeu o
mestre de campo.
Ouro-Preto estranhou a resposta:
- No Paraguai tomava-se artilharia; só se aquela não pode
ser tomada por estar comandada por um general valente...
- Não, não é por isso, -
revidou Floriano, compreendendo a ironia.
E no mesmo tom:
- É que no Paraguai eram inimigos, e ali são brasileiros!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).
Marcadores:
Brasil Anedótico,
Causos,
Humberto de Campos
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Lágrimas gouches para crimes burgueses
Por Ricardo
Alcântara (*)
Diante
da imagem de gente chorando abraçada a bandeiras vermelhas ao ver os condenados
do mensalão embarcando para o cumprimento de suas penas me dei conta uma vez
mais de que somos capazes de acreditar no que melhor nos convém.
A
parte surreal é que o comboio não levava às celas apenas gente que pegou em
armas pela emancipação proletária. Também foram às grades banqueiros que com eles
colaboraram com indispensáveis artifícios para o êxito de suas aventuras.
Foi
burlesco ver lágrimas gouches derramadas por um affair que
botou em cana também paxás da mora. Os artífices da Segunda Internacional
jamais imaginaram que seus últimos heróis seriam pranteados na companhia de
banqueiros.
Aquelas
meninas de calcanhares sujos que frequentam os barzinhos do Benfica acreditam
que o Zé Dirceu é a reencarnação do Chapeuzinho Vermelho enquanto Civitas pagam
Mainardis para dizer o contrário: trata-se do Lobo Mau. Nada disso.
Zé
Dirceu é Zé Dirceu: a mais perfeita tradução da sua geração. Se alguém pensa
que a nação deve algo ao PT, deve igualmente pensar que deve muito àquele
operador político frio e competente forjado no movimento estudantil dos anos
60.
Do
relógio chamado PT, José Dirceu foi sempre o pino oculto da engrenagem onde,
acima, brilhava os ponteiros de Lula. Por isso mesmo, a relação entre eles
sempre foi de uma afinação arduamente sustentada: dela dependia simplesmente
tudo.
O
partido de massa conseguiu preservar o pescoço do seu líder, mas o articulador
que deu coesão à sua estrutura não resistiu: vai cumprir pena por um crime,
tendo cometido outro e sem que se tenha provado contra ele nenhum dos dois! Foi
assim.
Ao
vê-lo, braço erguido e punho cerrado, dizendo-se um “preso político” em vã
tentativa de controlar os fatos, e vendo que por ele ainda há quem chore
abraçado à bandeira, constato: o julgamento do Supremo acabou, mas o da
História não.
Crime,
houve: menor do que o denunciado por Roberto Jéferson e maior do que o admitido
pelos advogados petistas. Crime, por sinal, rotineiro no cotidiano de Brasília:
desconheço grupo político neste país que não o tenha cometido também.
Por
ele pagaram até agora apenas os que se investiram do papel de vestais: o PT
construiu reputação na classe média urbana denunciando o baixo padrão ético dos
partidos conservadores. Uma vez no poder, as concessões cobraram um alto preço.
É assim que se faz
Dizem
que papel aguenta tudo. O Twitter também: no dia em que se comemorava
(comemorava mesmo?) a Proclamação da República, a presidente Dilma declarou em seu Twitter que seu
papel é “prevenir e combater a corrupção”.
A
presidente não explicou como tem feito isto, mas eu digo: criando 40 ministérios
e entregando uma penca deles ao PMDB do José Sarney, Renan Calheiros e Romero
Jucá e os outros praquela turminha bem acolá. Facinho, não?
(*) Jornalista e
escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre
é cão
sem dono. Se gostou, passe adiante.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Academia Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES)
ACADÊMICO EMÉRITO
Meraldo Zisman: (*) Cadeira 40
Saúdo a
presidente Juçara Valverde e
cumprimento os presentes, em todos os graus, circunstâncias e méritos que o destino
designou a cada um de vocês.
Senhoras
e Senhores,
Sei que o
amor é o maior dos sentimentos, que me conduz por onde eu vou, nas seguidas
alamedas e variadas veredas desta louca, apaixonável e apaixonante vida.
Mas, além
do amor, há duas outras áreas de atuação humana que adoro cultivar e cultuar,
que são a Medicina e a Literatura.
A
gratidão é uma virtude, um sentimento, que precisa ser continuamente cultivado
e desenvolvido e deve ser considerado como um hábito diário. Muitas vezes não
nos lembramos de agradecer e apenas reclamamos da vida.
Os sábios
nos ensinam a agradecer tanto as coisas boas como as coisas ruins, por
compreenderem que tudo o que acontece é positivo e que tudo segue um plano
superior do qual sempre extraímos lições, mesmo das dificuldades, que são como
esmeris nos purificando e desenvolvendo virtudes em nosso interior.
Ensinou-me
a vida que:
"Quando
nos tornamos gratos, recebemos mais. Quando expressamos nossa gratidão,
recebemos ainda mais. Essa é a lei da natureza".
Para ser
grato é preciso ter sensibilidade, humildade, enfim, é preciso ter amor, o mais
nobre e completo dos sentimentos. E porque eu tenho amor, chegou o momento de
agradecer.
Agradecer
a honra recebida hoje, dia 26 de novembro de 2012, quando sou investido pelos
meus confrades da Academia na condição de Acadêmico Emérito da Academia Brasileira de Médico Escritores.
Agradecer
também à vida - que não é feita de anos e sim de momentos - e eu tive momentos
bem felizes ao longo de todos os longos anos que já vivi.
Mas devo
tudo ao amor de meus poucos leitores. Amor de leitores que apoiaram,
comentaram, torceram, ajudaram, incentivaram e apontaram que meus escritos –
minha grande paixão – ainda fazem diferença na vida das pessoas - e isso não
tem preço.
Através
de meus esforços literários, aprendi também que a duração da vida, seja ela
curta ou longa, é sempre breve, pois não se deve contar a duração da vida pelo
simples somatório dos anos vividos.
Sem amar
a vida, eu não conseguiria compreender novamente o amor. E, sem isso, eu seria
incapaz de enxergar os meus outros amores. Assim, é graças ao amor à vida que
eu estou de pé aqui, hoje, agradecendo o amor que vocês demonstraram por mim.
Dedico
esta comenda aos que me incentivaram a escrever e a Maria das Graças Matos
Zisman, minha mulher.
Obrigado
Rio de Janeiro, 26.11.12
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco.
Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE)
e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Encontrado nos EUA diário perdido de líder nazista e assessor de Hitler
Alfred Rosenberg, confidente de Adolf Hitler, desempenhou um papel central no extermínio de milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial
Alfred Rosenberg, confidente de Adolf Hitler
(Foto: Reuters)
|
O governo norte-americano recuperou
400 páginas do diário desaparecido de Alfred Rosenberg, confidente de Adolf
Hitler que desempenhou um papel central no extermínio de milhões de judeus e
outros durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma avaliação preliminar do
governo americano examinada pela agência Reuters garante que o diário pode
oferecer uma nova visão sobre os encontros de Rosenberg com Hitler e com outros
líderes nazistas, incluindo Heinrich Himmler e Herman Göring. Também inclui
detalhes sobre a ocupação alemã da União Soviética, incluindo planos de
assassinato em massa de judeus e outros europeus do Leste.
"A documentação é de
importância considerável para o estudo da época nazista, inclusive para a
história do Holocausto", segundo a avaliação preparada pelo Museu Memorial
do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington.
"Uma análise apressada do
conteúdo indica que o material lança nova luz sobre várias questões importantes
relacionadas à política do Terceiro Reich. O diário será uma fonte importante
de informação a historiadores que complementa, e em parte contradiz,
documentação já conhecida."
De que forma os escritos de
Rosenberg, um ministro do Reich nazista que foi condenado em Nuremberg e
enforcado em 1946, poderiam contradizer o que os historiadores acreditam ser
verdade não está claro. Mais detalhes sobre o conteúdo do diário não estavam
disponíveis, e uma autoridade do governo norte-americano insistiu que a análise
do museu continua preliminar.
Mas o diário inclui detalhes sobre
as tensões dentro do alto-comando alemão, em particular a crise provocada pelo
voo de Rudolf Hess para a Grã-Bretanha em 1941, e o saque de obras de arte em
toda a Europa, segundo a análise preliminar.
A recuperação deve ser anunciada
nesta semana em uma coletiva de imprensa em Delaware, feita em conjunto por
funcionários da Agência de Imigração e Alfândega, do Departamento de Justiça e
do museu do Holocausto dos Estados Unidos.
O diário oferece uma coletânea das
lembranças de Rosenberg da primavera de 1936 ao inverno de 1944, segundo a
análise do museu. A maioria dos registros está escrita na letra cursiva
espiralada de Rosenberg, alguns sobre papel arrancado de um livro de
contabilidade e outros na parte de trás de um papel de carta oficial nazista,
disse a análise.
Rosenberg foi um ideólogo nazista
poderoso, principalmente nas questões raciais. Ele dirigia o departamento de
questões estrangeiras do partido nazista e editava o jornal nazista. Vários de
seus memorandos para Hitler foram citados como provas durante os julgamentos de
Nuremberg, pós-guerra.
Rosenberg também dirigiu o
sistemático saque nazista da propriedade artística, cultural e religiosa dos
judeus por toda a Europa. A unidade nazista criada para tomar tais artefatos
foi chamada de Força-Tarefa Reichsleiter Rosenberg.
Ele foi condenado por crimes
contra a humanidade e foi um de uma dezena de oficiais sêniores nazistas
executados em outubro de 1946. Seu diário, que estava nas mãos dos promotores
de Nuremberg como prova, desapareceu depois do julgamento.
Autoridades americanas suspeitavam
que um promotor de Nuremberg, Robert Kempner, tivesse contrabandeado o diário
para os Estados Unidos.
Nascido na Alemanha, Kempner fugiu
para os Estados Unidos nos anos 1930 para escapar dos nazistas, só voltando
para os julgamentos pós-guerra. Ele teria ajudado a revelar a existência do
Protocolo de Wannsee, a conferência de 1942 durante a qual oficiais nazistas se
encontraram para coordenar o genocídio contra os judeus, que denominaram de
"A Solução Final".
Kempner citou alguns trechos do
diário de Rosenberg em sua memória, e em 1956 um historiador alemão publicou
trechos de 1939 e 1940. Mas grande parte do diário nunca apareceu.
Quando Kempner morreu em 1993, aos
93 anos, disputas legais sobre seus documentos se estenderam por quase uma
década entre seus filhos, seu ex-secretário, um empreiteiro local e o museu do
Holocausto. Os filhos concordaram em dar os documentos do pai ao museu do
Holocausto, mas quando os funcionários chegaram para retirá-los da casa dele em
1999, descobriram que milhares de páginas tinham sumido.
Depois do incidente de 1999, o FBI
abriu uma investigação criminal sobre os documentos desaparecidos. Ninguém foi
acusado no caso.
Mas o museu do Holocausto
conseguiu recuperar mais de 150 mil documentos, inclusive uma coleção de
objetos do ex-secretário de Kempner, que a essa altura tinha se mudado para a
casa de um acadêmico de Nova York chamado Herbert Richardson. O diário de
Rosenberg, no entanto, continuava desaparecido.
No início deste ano, o museu do
Holocausto e um agente das Investigações de Segurança Interna tentaram
localizar as páginas desaparecidas do diário. Eles rastrearam o diário e
chegaram a Richardson, que vive perto de Buffalo. Richardson não quis comentar.
Um funcionário do governo disse que mais detalhes serão anunciados na coletiva
de imprensa.
Fonte: Notícias UOL 9/06/2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
CONVITE: VI Lançamento Coletivo da Editora da UECE
A Reitoria da Universidade Estadual do Ceará,
ao ensejo da XVIII Semana Universitária, convida para o VI Lançamento
Coletivo da EdUece.
Entre as obras a lançar, consta duas publicações
de nossa autoria, com o re-lançamento de “Medicina na UECE: a década que levou ao máximo”, de autoria de João Brainer
Clares de Andrade e Marcelo
Gurgel Carlos da Silva, e o lançamento de nosso livro “Ideias
Circulantes: opinando sobre temas
educacionais”. Com esse último título, o autor
(M.G.C.S.) alcança a marca de setenta e
cinco livros publicados.
Data: 27 de novembro de 2013 (quarta-feira), às 16h.
Local: Auditório Paulo Petrola
– Reitoria da Uece (Campus do Itaperi).
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
TRANSHUMANISMO?
Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
John Keats (1795 – 1821) 26 anos,
famoso poeta londrino obtivera o certificado de médico, mas logo desistiu para
praticar apenas a poesia. Em Ode on a Grecian Urn (“... num túmulo Grego”)
asseverou (declarou): “A beleza é a verdade /A verdade a beleza /... isto é
tudo que você precisa saber”. Antônio Vieira, de Lisboa (1608 – 1697), em Sermão
da Conceição Imaculada, I citou o “Eclesiastes” ao afirmar: Nihil sub sole
novum = “Nada de novo sob o sol”. Hoje o latim seria outro: Omnia nova sub sole
= “tudo novo...” Pois!. Nossa vida vem sendo tecnologicamente esticada além dos
atuais, 75 anos em média, e sonham (ou acreditam) alguns futurólogos (entre
eles Ray Kurzweil) ser possível vivermos para sempre a partir de 2029. Para
tanto, novíssimos procedimento deverão estar maduros no final de 2020. Seria
mesmo “um sonho louco este nosso mundo“, como observou o poeta Mario Quintana?
Atualmente tal pretensa longevidade já vem se beneficiando de novos
medicamentos, e de possível substituição de quase todos os nossos órgãos. À
medida que conhecermos melhor os princípios operacionais do corpo e do cérebro
humanos, brevemente poderão ser criados sistemas superiores mais eficazes e
duráveis, infensos às doenças e à velhice. No início de 2030 (de hoje a 17
anos!) poderíamos funcionar apenas com o esqueleto, a pele, órgãos sexuais e
sensoriais, boca, com o esôfago superior, e cérebro. Já seríamos parte
protoplasma e parte transistor, a que aludiu Alvin Toffler em Future Shock (Bantam
Books New York, 1971), máquinas humanóides, fusão do homem e do objeto
cientifico: seriamos “cyborgs”. Êpa! Ficção cientifica de novo? Os indivíduos,
pois, superaram a etapa das cópias carbonadas de si mesmos, os clones. Um certo
yanque, Yogi Berra, jogador de beisebol, notabilizado também por suas tiradas,
ou rasgos mentais inteligentes, afirmou “O futuro não é mais aquele” (ain’t
what it used to be: “não é o que costumava ser”). Realmente, neste sentido o
nosso brilhante Mino especulou: “Não entendo como no passado o futuro era tão
imprevisível, e agora no presente é tão ultrapassado”. Para ampla compreensão
deste tema seria útil reler (ou ler) meu artigo 2045, neste jornal, em
27/3/2013. É chegado o transhumanismo: tal é um movimento internacional para transformar
a condição humana, aumentando sua capacidade física, intelectual, psicológica,
e sua longevidade. Como verbo foi usado por Dante significando “sair da
condição e da percepção humanas”. Transhumanizar-se. O conceito foi encampado
pela pesquisadora americana em Plymouth (Inglaterra) Natasha Vita – More (vida
mais!), nascida (1950) Nancie Clark. Em 1983 ela desenvolveu o protótipo “Primo
Posthuman” misto de nanotecnologia biotécnica, inteligência artificial,
neurociência, regado a drogas avançadas. Todos estes tentos seriam êxitos
humanos, derradeiros capítulos de obra máxima do Criador, ao fazer o homem à
sua semelhança. A esta inveja dos atributos divinos, os gregos denominavam
Hubris. Esperamos que esta busca científica da superhumanidade, nesse “admirável
mundo novo” não revele a Nemesis, ou o castigo divino por esta humana
presunção.
(*) Médico e secretário geral
da Academia Cearense de Letras.
Fonte: O Povo,
Opinião, de 6/11/2013.
Marcadores:
Ciência,
Opinião,
Qualidade de Vida
domingo, 24 de novembro de 2013
AS MELHORES DA SEMANA (Novembro 2013)
1. Solidariedade PTista...
Chargista: Sinfrônio
2. Solidariedade histórica...
Chargista: Amarildo
3. Falta de solidariedade...
Chargista: Mariano
4. Solidariedade com "FIDELidade”...
Chargista:
Sinfrônio
Fonte: Circulando por
e-mail (internet).
sábado, 23 de novembro de 2013
BRASILEIRÃO - RETA FINAL
1. Coisas que só acontece com
o Botafogo...
Chargista: Mário
2. Acreditando no milagre...
Chargista: Clayton
3. E perto da Zona...
Chargista: Alpino
4. E lá na Zona...
Chargista:
Zdr
(?)
Fonte: Circulando por
e-mail (internet).
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
HAROLDO JUAÇABA – A Amazônia como laboratório nos caminhos de uma profissão
Uma passagem especial da vida do médico Haroldo Juaçaba
ganhará uma exposição comemorativa alusiva aos 69 anos do Instituto do Câncer
do Ceará. De 22 de novembro a 13 de dezembro de 2013, a instituição
receberá seus colaboradores, voluntários, além do publico externo, para
compartilhar a experiência de um dos fundadores da casa como médico dos “Soldados
da Borracha”, durante a Segunda Guerra Mundial.
Intitulada por “Haroldo
Juaçaba – A Amazônia como laboratório nos caminhos de uma profissão”, a exposição abre, oficialmente, as comemorações do
aniversário do ICC e resgata o material que o Dr. Haroldo deixou de herança do
período. Na época, o esforço de guerra exigia que existisse bastante borracha e
o Brasil era um grande fornecedor de borracha. Por conta disso, milhares de
trabalhadores nordestinos, principalmente cearenses, foram transportados para a
Amazônia, para produzir borracha em quantidade e velocidade maiores. Com isso,
precisava-se de médicos para atenderem a esses trabalhadores que estavam na
produção, dispersos nos seringais. E o Dr. Haroldo foi um dos médicos assistentes
desses seringueiros. Ele deixou farto um material, com muitas anotações, fotos
e relatórios, tratando dessa vivência.
O organizador da exposição, Dr. Marcelo
Gurgel, explica que é uma história importante da participação
brasileira na II Guerra Mundial da qual o Dr, Haroldo fez parte por dois anos.
A exposição consta de 24 quadros de fotos e documentos e tem a curadoria a cargo
da professora de História da Universidade Federal de Campina Grande, Liège Freitas, que vem
trabalhando o tema, a partir de sua tese de doutorado. “É um evento de
importância histórica. Um verdadeiro relato da experiência inesquecível da
parte de um dos fundadores da instituição e de quem dá nome a casa. As pessoas
precisam conhecer e ter em mente quem foi Haroldo Juaçaba”.
A exposição é parte de um material mais extenso que está
sendo produzido pela Profa. Liège Freitas e vai ganhar a forma de um livro.
Estão todos convidados. Venham conferir!
Serviço
Exposição “Haroldo
Juaçaba – A Amazônia como laboratório nos caminhos de uma profissão”
Período: 22 de
novembro a 13 de dezembro de 2013. De segunda a sexta-feira
Horário: 8 horas às 17
horas. Aberto ao público, interno e externo.
Local: 6º andar do
prédio anexo do ICC.
Acesso gratuito.
Fonte: Marketing /
Comunicação ICC
Marcadores:
Exposição,
Homenagem,
Instituto do Câncer do Ceará
DESISTA OU SORRIA
Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
'Desista!'
É o titulo de uma parábola batizada pelo autor, Kafka, inicialmente de “Um
Comentário”, mas que terminou mesmo como Desista!
Considerada como obra tardia e uma das mais enigmáticas desse escritor judeu.
Para que se possa entendê-la, este escriba acha necessário reproduzir a íntegra
da parábola:
“Era de manhã muito cedo, as ruas limpas e
desertas, eu a caminho da estação. Comparei o relógio da torre com o meu e vi
que era muito mais tarde do que eu pensava. Precisava me apressar. O choque
dessa descoberta me fez hesitar quanto ao caminho a seguir: não conhecia bem a
cidade. Felizmente vi um policial, corri para ele e, ofegante, perguntei-lhe qual
o caminho da estação.
Ele sorriu e disse: - Está me perguntando qual o caminho?
- Sim, - respondi - pois não consigo achá-lo.
- Desista! Desista! - disse ele e, com um movimento
brusco, voltou-se como se quisesse ficar sozinho com o próprio riso”.
A
importância desse misterioso texto é o atraso que conduz à desorientação
espacial. Tempo e espaço estão relacionado de uma maneira oculta e um
desconhece a existência do outro, muito embora sejam dependentes. O medo do
Homem (EU) se perde no ridículo do inusitado de pedir socorro ao guarda (o
Poder da Autoridade constituída). O Eu não deseja mais do que uma orientação.
O que me
conduz à interpretação do ridículo da esperança, atrapalhada e ansiosa por
encontrar na autoridade delegada - orientação. Ou como fazer para não chegar
atrasado à estação. O que fica congelado é o riso do guarda. O homem planeja e
Deus sorri é o que dizem por aí. Mas, o que significa aquele sorriso? A
pergunta permanece dentro de mim.
Enquanto
isso, o atrasado sorri com o guarda, com a cultivada cautela de lagartixa, para
não irritá-lo. A autoridade é como uma gaiola à procura de um pássaro.
Sorria
para não ouvir “esteja preso".
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta.
Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia
Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Mulher perde a hora no motel e forja sequestro para enganar o marido
Renan Antunes de
Oliveira
Do UOL, em
Florianópolis
Uma mulher de 20 anos,
empregada de uma malharia, forjou o próprio sequestro para enganar o marido
depois de perder a hora no motel com um amante. O caso aconteceu em Blumenau (120 km de Florianópolis) na
semana passada e só agora foi revelado.
Segundo a delegada Rosi
Serafim, a mulher deu queixa no dia 24 de julho. Ela disse à polícia que fora
sequestrada ao sair de casa, na rua Bahia, levada para um cativeiro num matagal
a 4 km de
distância, mas que conseguiu fugir dos supostos sequestradores e chegar
caminhando à casa de uma tia.
Os policiais que investigaram o
caso notaram inconsistências nos depoimentos da mulher. Ela contou que na fuga
perdeu os sapatos e estava calçando apenas as meias. Mas a delegada notou que
as meias usadas estavam limpas, o que seria incompatível com a fuga pelo mato e
a longa caminhada.
Pressionada pela delegada, a
mulher acabou confessando a farsa. Ela disse que estava com o amante num motel
e que os dois perderam a noção do tempo. Ela disse que foi dele a sugestão do
falso sequestro, para dar uma justificativa ao marido pelo atraso.
A mulher vai responder por
falsa comunicação de crime. Os nomes dos envolvidos não foram revelados pela
polícia. O marido soube da farsa durante a investigação policial.
Fonte: Notícias UOL 2/08/2013
Marcadores:
Comportamento,
Cotidiano,
Relacionamentos
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Prêmio no II Concurso de Contos e Crônicas da AMB
Gostaríamos
de compartilhar com os amigos, colegas e leitores deste blog o recebimento ontem
(dia 19/11/2013) do certificado que registra a nossa classificação em 1º lugar, na Modalidade
Contos, no II Concurso
de Contos e Crônicas da AMB, realizado pela Associação Médica Brasileira,
com o conto: “Arrastão funesto” a ser publicado na coletânea dos trabalhos
vencedores, em São
Paulo-SP, em 2013.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
PSDB: O muro das lamentações tardias
Por Ricardo
Alcântara (*)
Cito como lembro: o poema conta que, no primeiro dia, ele
entrou no meu jardim, roubou uma flor e eu não disse nada. Nos dias seguintes,
idem. Até o dia em que arrancou a última flor e, como eu não havia dito nada,
mais nada poderia dizer.
Dos versos lembrei ao refletir sobre o curso gradual com
que o PFG – Partido dos Ferreira Gomes – neutralizou, defenestrou e eliminou
seus aliados tradicionais para, unindo-se ao lulismo emergente, alcançar a
hegemonia política no estado.
Sem me alongar em episódios sabidos, lembro que,
governador, Lúcio Alcântara comprometeu indevidamente sua própria autoridade ao
tolerar que o deputado Ivo Gomes recolhesse assinaturas para instituir uma CPI
dos Terceirizados.
Ora, a CPI mirava denúncias de corrupção em um governo
que garantia à família do deputado quase todos os cargos públicos na sua região
de origem! Um governo que tolera isso se faz merecedor dos aliados que tem e
deles não deveria se queixar.
Em seguida, o outro tucano-mor da aliança, Tasso
Jereissati, esfarelou seu próprio partido quando negou apoio à reeleição do
então governador e abriu espaço para a candidatura adversária: o irmão mais
novo do seu amigo number one, Ciro Gomes.
Com um arco eleitoral que uniu do banqueiro Adauto
Bezerra ao trotskismo fake de Luizianne Lins sob as bênçãos do
popularíssimo presidente Lula, Cid Gomes tomou para si o governo do estado e,
mais recentemente, a prefeitura da capital.
Governo eleito, Tasso recebeu cedo o suficiente aviso:
pelo suicídio partidário, receberia a modesta compensação de uma secretaria de
Justiça – uma penca de problemas sem potencial nenhum de acumulação de força
eleitoral. Não entendeu.
Em Brasília, o senador batia duro no governo do
presidente, aliado do governador, e, sem recibo à sutileza dos recados, ele,
que já fora o leão da selva, como um gatinho de salão dissimulava o rancor à
espera de apoio para um novo mandato.
Veio a eleição e, imposição dos fatos, os Ferreira Gomes
legaram a quem por eles tudo havia perdido a precária hospitalidade do relento
porque o preço cobrado pelo apoio de Lula era aquele mesmo: pijama branco de
listas azuis para o tucano.
Ontem, vi Tasso Jereissati na televisão reclamando que
Cid Gomes está “brincando de ser governador”. Pois pelo nó de marinheiro que
deles recebera, Tasso deveria levar um pouco mais a sério a competência
política dos seus alegados traidores.
Antes, fosse tudo “brincadeira”! Como um predador
dissimulado, o Partido dos Ferreira Gomes segue eliminando aliados – Tasso e
Lúcio, Luizianne Lins, Sérgio Novaes... quem será o próximo? – e devorando
alguns embriões de resistência.
O golpe fatal está em curso: empurrar Eunício Oliveira
para o beiral da derrota, atraindo com uma senatória para José Guimarães as
tendências majoritárias do PT cearense, onde já pontifica um naipe de aplicados
guaxebas do mando oligárquico.
Pois eleito senador, Guimarães que se cuide: será o
próximo! Ali, a regra é clara: nenhum aliado será poupado a partir do momento
em que tenha alcançado a melhor posição enquanto coadjuvante daquele projeto de
poder. A forca é o limite.
(*) Jornalista e
escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre
é cão
sem dono. Se gostou, passe adiante.
Assinar:
Postagens (Atom)