segunda-feira, 30 de abril de 2018

MISSA DE SÉTIMO DIA POR PROFA. CLEIDE ANCILON


Hoje (30/04/18), às 19 horas, na Igreja do Cristo Rei, situada na Rua Nogueira Acioli, nº 805, na Aldeota, será celebrada a Missa da Ressurreição, em sufrágio da alma da Profa. Cleide Ancilon de Alencar Pereira.
Profa. Cleide era bibliotecária e decana da biblioteconomia cearense, tendo sido responsável pela consolidação da biblioteca da Faculdade de Medicina e por muitos anos dirigiu a Biblioteca Setorial da Saúde da UFC.
Na plaqueta que assinalou a outorga do título de professora emérita da UFC à Dra. Cleide, encontra-se o nosso seguinte depoimento:
Conheci Cleide em 1973, quando concluíra o ciclo básico do Curso de Medicina. Foi muito gratificante, desde os primeiros contatos até 1977, quando obtive o diploma de médico. Pessoa muito amável, inovadora que tornava mais aplausível o uso da biblioteca, pela forma delicada com que agia com os alunos ou com os professores, a todos acolhendo de forma generosa, oferecendo a todos possibilidades, e mesmo dentro das limitações do acervo, encontrava respostas às dúvidas dos que vinham à biblioteca do CCS. Vejo, agora, a iniciativa do Departamento de Ciências da Informação da UFC, para o qual ela foi um farol a iluminar, direcionando um navio para um porto seguro que mantém o Curso de Biblioteconomia, como de suma importância para a sociedade. Trata-se de um momento propício pelo período comemorativo que a UFC atravessa e que presta aos seus docentes e funcionários que mais se destacaram, uma justa e merecida homenagem, a um de deus mais eloquentes exemplos de dedicação ao trabalho, no caso, a Professora Cleide, que detinha as funções, de Professora e Bibliotecária. A professora Cleide soube se portar em seus longos anos de serviços dedicados à UFC. Para terminar, gostaria de externar, mais uma vez, a minha simpatia e meu louvor pela iniciativa de tornar a professora Cleide Ancilon de Alencar Pereira Docente Emérita da UFC.
À família da ilustre professora, apresento as sinceras condolências.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular da Uece

O VOTO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A imprensa, de um modo geral, vem mostrando sistematicamente ao eleitor a importância do voto para que a população escolha conscientemente os candidatos a cargos eletivos. As reportagens mostram a importância do voto no processo democrá­tico. Dentro dessa linha de referência, os eleitores poderão tirar conclusões significativas, tais como: não devem se levar por promessas vãs e utópicas; devem considerar fundamentalmente os projetos dos candidatos e não as encenações elaboradas por alguns "marketeiros" políticos, muitas vezes fora da realidade em que vivemos e incompatíveis com os princípios da ética; e não se deixar enganar por determinados políticos que procuram comprar o voto, diretamente ou utilizando-se de outras pessoas para alcançar o eleitor. Vale ressaltar que todos nós devemos ter em mente que a base da cidadania é a liberdade de escolha. Um povo livre e soberano encontra nas urnas de votação o início de sua autoestima. Por outro lado, para se realizar uma escolha adequada, conforme o correto pensamento de vários cientistas políticos, o eleitor precisa tomar por orientação três pontos básicos: o passado do candidato, em todos os aspectos; a vida profissional; e suas propostas para conduzir o povo a melhores dias. Falar é fácil, o difícil é realizar com responsabilidade. É importante observar, ademais, com a devida reserva, possíveis salvadores da pátria. A valorização do voto, além de ser relevante para a consolidação da democracia, preza outros valores como a liberdade, a igualdade de oportunidades e a sinceridade dos políticos. Vote com consciência, não abra mão do seu poder de participar. Viva a Democracia. Sempre.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 27/4/2018.

domingo, 29 de abril de 2018

Um homem com insolação e uma prescrição muito esquisita


Um rapaz adormeceu na praia por várias horas e conseguiu uma queimadura horrível, mais especificamente nas coxas.
Ele foi ao hospital e foi prontamente atendido depois de ter sido diagnosticado com queimaduras de segundo grau.
Com a pele já começando a enrugar e a dor severa, o médico prescreveu alimentação intravenosa contínua com solução salina, eletrólitos, um sedativo e um viagra a cada quatro horas.
A enfermeira, que estranhou a decisão do médico, perguntou:
"Que benefício o viagra trará a este paciente, doutor?"
O médico respondeu:
"Bem, na verdade não trará benefício no processo de recuperação, mas impedirá que o lençol encoste nas coxas dele."
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

UM GAÚCHO EM SÃO PAULO


O gaúcho vem do Sul de avião e quando chega em São Paulo não sabe o que fazer. Quando vê todo mundo entrando em um táxi, então resolve entrar também, e ao entrar pergunta para o motorista:
- Até onde isso vai?
O motorista responde:
- Vai até onde o senhor quiser.
O gaúcho pede para o motorista mostrar a cidade. O táxi era um carro velho, antigo, daqueles que tinham um tipo de símbolo na frente que mais parecia uma mira. Foi aí que o gaúcho perguntou:
- O que é aquilo ali na frente?
O motorista, pra tirar um sarro com o gaúcho, responde:
- Aquela é minha mira. Pois aqui em São Paulo a prefeitura paga 100 reais por cada pessoa atropelada.
E o gaúcho:
- Mas, báh!
E o motorista:
- Está vendo aquela velhinha ali? Vou atropelar.
Então o motorista foi em direção à velhinha e passou raspando, só para assustar o gaúcho, quando, de repente, ouve-se um barulho e a velhinha cai desmaiada no chão.
E o gaúcho então exclama:
- Mas báh... Tu é ruim de mira mesmo, tchê! Se eu não tivesse aberto a porta tu não tinha ganho teus 100 reais!
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 28 de abril de 2018

Posse de César Pontes e Lineu Jucá na Academia Cearense de Medicina


A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou ontem à noite, dia 27/04/1o, no Barbra’s Eden, a solenidade de posse dos seus novos membros titulares, os médicos César Silva Pontes, especialista em nefrologia, e Lineu Ferreira Jucá, especialista em cirurgia vascular, como ocupantes das Cadeiras 5 e 49, respectivamente, patroneadas pelos médicos José Ribeiro da Frota e Paulo de Mello Machado. A Cadeira 5 foi anteriormente ocupada por José Vieira de Magalhães e a 49 por Luiz Carvalho de Sousa.
Os novos acadêmicos foram saudados pelo Ac. Oswaldo Augusto Gutiérrez Adrianzen.
Precedendo as posses desses membros titulares, a ACM concedeu a outorga do título de membro honorário ao Dr. José Edson Pontes, brilhante urologista cearense radicado nos EUA, que foi recepcionado pelo Ac. Sérgio Ferreira Juaçaba.

Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira 18

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Abril/2018


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de ABRIL/2018, que será realizada HOJE (28/4/2018), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.
Na ocasião será também conduzida a PÁSCOA da SMSL.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!
MUITO OBRIGADO!
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas

 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

POSSE DE NOVOS TITULARES DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA


A Academia Cearense de Medicina realizará, nesta sexta-feira, dia 27/04/18, a solenidade de posse dos seus novos membros titulares: os médicos Lineu Ferreira Jucá, especialista em cirurgia vascular, e César Silva Pontes, especialista em nefrologia.
O evento terá lugar no Barbras Eden, à Rua Carolino Sucupira, 455, às 20 horas.
Os novéis acadêmicos serão saudados pelo Ac. Oswaldo Augusto Gutiérrez Adrianzen.
Ac. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira 18

O ADEUS À PROFESSORA CLEIDE ANCILON


Quando a bibliotecária Cleide Ancilon de Alencar Pereira largou suas atividades na Biblioteca do Curso de Medicina, da Universidade Federal do Ceará, para ir à Biblioteca Nacional (BN) no Rio de Janeiro para fazer um Curso Prático de Biblioteconomia, não imagina que aquele era um dos ritos de passagem para que seu nome se eternizasse na memória e na história da UFC e da Biblioteconomia brasileira.
Era início de 1963 e a visionária bibliotecária – juntamente com suas colegas – já levava consigo o sonho de fundar um Curso de Biblioteconomia no Ceará. Seus muitos depoimentos sobre essa estada na BN dão conta de que foi um curso intenso, com leituras, discussões e muitas práticas laboratoriais.
Na volta, transformou o sonho em realidade, sob o apadrinhamento do também visionário Reitor Antônio Martins Filho, de quem recebeu todas as ajudas necessárias. O curso já nascia forte e em 17 de fevereiro de 1964, à luz da Resolução nº 153, o Curso de Biblioteconomia da UFC nasceu, sendo instalado em 1965.
A bibliotecária de formação e Professora por convicção fez da sua vida a existência desse Curso, que hoje conta com 54 anos. Ela também responde pela formação de uma legião de profissionais que deram e dão à Biblioteconomia e à recente Ciência da Informação do Norte e Nordeste do Brasil os mais nobres e significativos sentidos de profissionalismo e de retidão ética.
Este Departamento de Ciências da Informação, o Curso de Biblioteconomia e o caçula Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação devem à Professora Cleide Ancilon as vossas vidas e os valores profissionais e éticos que os disciplinam.
De modo discreto – como foi toda a sua vida – mas com a grandeza dos desbravadores e incentivadores, a PROFESSORA CLEIDE ANCILON partiu para outras missões, em planos superiores. Conosco ficam a gratidão, o agradecimento, o sentimento de responsabilidade, a inalienável ética que ela tanto defendia e uma saudade, uma SAUDADE IMENSA. Fica também a gratidão pelo seu lindo legado deixado para a ciência, para a universidade, para as bibliotecas, para os livros e para as leituras, sob cujas asas nos eternizamos em voos e viagens eternas e sem fim.
Muito obrigado, Professora Cleide.
Fonte: Departamento de Ciências da Informação da UFC.

CLEIDE ANCILON: a doçura entre livros


Conheci Cleide Ancilon, em 1973, quando, encerrado o Ciclo Básico do Curso de Medicina, passei a ter aulas no Campus do Porangabuçu. Foi muito gratificante, conviver com ela, desde os primeiros contatos, até 1977, ano em que obtive o diploma de médico, pela Universidade Federal do Ceará (UFC), renovando-se esse contentamento a cada encontro e a cada conversa amigável que por ventura se venha ter.
Pessoa muito amável, humilde mas sem subserviência, inovadora ao ponto de tornar mais aprazível o uso da biblioteca, pela forma delicada com que agia junto aos alunos ou aos professores, a todos acolhendo de forma generosa, oferecendo o máximo de possibilidades, mesmo dentro das limitações do acervo, encontrava respostas às dúvidas dos que vinham à biblioteca do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
Vejo, agora, com rara satisfação, a lúcida iniciativa do Departamento de Ciências da Informação da UFC, de homenagear justamente aquela que foi um farol a iluminar os caminhos do saber, como que direcionando um navio para um porto seguro, ancorado no Curso de Biblioteconomia, reconhecida pela suma importância que representa para a sociedade, e não apenas para a academia.
Com efeito, ela esteve sempre presente em todos os empreendimentos e movimentos classistas que levaram a profissão de bibliotecônomo a lograr o respeito da comunidade e afirmação de sua relevância para a organização do conhecimento e a disseminação da ciência e da cultura, granjeando o reconhecimento de cientista da informação.
A homenagem veio em um momento propício, enquadrado no período comemorativo atravessado pela UFC, na passagem dos seus cinqüenta anos de criação, oportunidade em que docentes e funcionários que mais se destacaram ao longo dessa jornada de meio século, estão sendo merecidamente homenageados, com destaque para um dos seus mais eloqüentes exemplos de dedicação ao trabalho, no caso, a Sra. Cleide Ancilon, que detinha as funções de Professora e Bibliotecária, ambas atribuições exercidas com zelo, candura e, notadamente, apuro técnico da melhor qualidade.
A professora Cleide, diga-se de passagem, sempre soube se portar com competência técnica, responsabilidade social e, sobretudo, incomparável doçura humana, por todo o tempo em que prestou serviços à UFC, tanto no exercício das suas funções docentes, quanto como diretora de Biblioteca, inicialmente a da Faculdade de Medicina, da qual foi a grande propulsora, e, depois, da biblioteca setorial do CCS, consolidada por ela e a sua valiosa equipe.
Ao término destas palavras, gostaria de externar, mais uma vez, a minha simpatia e meu louvor pela decisão do Conselho Universitário, que conferiu à docente Cleide Ancilon de Alencar Pereira o título de Professora Emérita da UFC, juntando a esses meus sentimentos, votos de congratulações ao Magnífico Reitor Renê Barreira, pela efusiva solenidade que marcou tão merecida outorga.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública da Uece

* Publicado sob o título “Homenagem à Cleide”. In: O Povo. Fortaleza, 7 de agosto de 2005. Jornal do Leitor. p.2.

** Cleide Ancilon retornou aos braços do Pai em 24/04/2018, deixando um legado de boas ações a ser reverenciado pelos que cultivam o hábito da leitura.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

NOTA DE FALECIMENTO: Profª Cleide Ancilon de Alencar Pereira, da Biblioteconomia


UFC, Terça, 24 Abril 2018
É com pesar que a Universidade Federal do Ceará informa o falecimento, na manhã desta terça-feira (24/04/18), da Profª Cleide Ancilon de Alencar Pereira, 84 anos, docente aposentada do Departamento de Ciências da Informação. Ela é considerada uma das fundadoras do Curso de Biblioteconomia da UFC.
O velório será realizado a partir das 14h, na Funerária Ternura (Rua Padre Valdevino, 2255, Aldeota), onde será celebrada uma missa de corpo presente às 8h30min de quarta-feira (25/04/18). O sepultamento será às 10h da quarta-feira, no cemitério Parque da Paz (Avenida Juscelino Kubitscheck, 4454, Passaré).
Cleide Alencar era Professora Emérita da UFC, título honorífico concedido em 2004. Esteve à frente da criação do Curso de Biblioteconomia. Na ocasião do III Congresso Brasileiro de Documentação, realizado em Curitiba, em 1961, ela propôs, por orientação do então reitor da UFC, Antônio Martins Filho, que o congresso seguinte ocorresse em Fortaleza, o que foi aceito. Com o evento na capital cearense, foram lançadas as bases de criação do curso, oficializado na UFC em fevereiro de 1964. A Profª Cleide teve grande participação no desenvolvimento curricular dessa graduação.
Foi ela também a criadora, em 1957, da Biblioteca de Ciências da Saúde, da Faculdade de Medicina da UFC, tendo sido uma profissional atuante e admirada pelos colegas e pares.
O Departamento de Ciências da Informação e toda a comunidade acadêmica da UFC se solidarizam com familiares e amigos neste momento de dor.
Fonte: Departamento de Ciências da Informação da UFC.

DO CEARÁ PARA O MUNDO


O Farias Brito já aprovou 1.148 alunos para cursos no ITA e no IME. Segundo o diretor-superintendente da instituição, Tales de Sá Cavalcante, alunos de estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco participam das turmas especiais todos os anos. “É o que tem consolidado o Farias Brito como uma referência nacional não só no ITA e no IME, mas também em outros cursos bastante concorridos, como a Medicina, e até em universidades estrangeiras”, aponta.
O Farias Brito está entre as empresas que tenta trazer de volta esses talentos para o Estado. Dois ex-alunos da escola, que foram para o ITA, voltaram como executivos. “Estamos a estruturar, para o início do 2º semestre de 2018, por meio do FB Ideias - nosso núcleo de inovação e empreendedorismo -, um projeto voltado, entre outros objetivos, a atrair jovens talentos empreendedores”, diz.
O colégio Ari de Sá também busca recrutar cearenses que estudaram fora do Estado. Hoje, o quadro de executivos conta com quatro deles. Além do ITA, IME e universidades internacionais, a escola aposta posta em cursos de preparo para Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), Escola Preparatória de Cadetes do Exército (Espcex) e Academia da Força Aérea (AFA). Somente nessas provas, aprovou 108 alunos.
Além de termos excelentes alunos, investimos muito em professores qualificados e experientes, bibliotecas com livros específicos, aplicação de simulados de nível elevado, salas de estudo, plantão tira-dúvidas, apoio psicológico aos alunos por meio do SOP (Serviço de Orientação Psicopedagógica) e acompanhamento individualizado. Hoje temos alunos de vários estados do País”, explica Marcos André Tomaz Lima, diretor de ensino do Ari de Sá. Por meio da plataforma de educação - SAS, a escola tem exportado o modo de ensino do Ceará, estabelecendo parcerias com 720 escolas do Brasil.
Publicado In: O Povo, Economia, de 15/4/18. p.18.

CELEIRO DE TALENTOS

REPRESENTATIVIDADE | Egressos de instituições de ensino cearenses ocupam 44% das vagas do ITA, mais que todos os estudantes do Sudeste
As estatísticas de vestibular do Instituto de Tecnológico de Aeronáutica (ITA), sediado em São Paulo, apontam que pelo menos 61% das vagas foram preenchidas por estudantes que concluíram o Ensino Médio em colégios particulares em 2017.
Esse percentual chegou a 70% em outros anos. Os números não levam em conta estudantes de escola pública que fazem cursinhos particulares para passar na prova. Entre as escolas do Brasil, redes de Fortaleza se destacam pelo sucesso na aprovação dos alunos.

Sobre o assunto

Em anos como 2016, egressos de instituições de ensino cearenses ocuparam 44% das vagas, mais que todos os estudantes da região Sudeste. Mesmo nos anos em que o percentual de aprovados do Ceará é menor, no caso de 2017 (30%), ele ainda fica acima da soma das aprovações das regiões Centro-Oeste, Sul, Norte e os demais estados do Nordeste. O talento para as ciências se mostram cedo, assim como o preparo para os concorridos vestibulares. As olimpíadas de matemática, física e química já são tradição. Neste ano, dos 14 brasileiros que participam de competições internacionais de física, dez são do Ceará.
Há 20 anos no preparo de alunos de cursos de exatas, o professor de matemática e coordenador das turmas ITA/IME do Colégio 7 de Setembro, Max Paiva já atuou no Rio de Janeiro, Pernambuco e Piauí. Para ele, o diferencial do Ceará é que existe uma grande competição entre escolas, fazendo com que elas se esforcem cada vez mais para garantir o sucesso dos estudantes. “Em 2005, nós começamos a preparar os alunos desde o 1º ano do Ensino Médio. Dois anos depois, vimos que a fórmula deu resultado. Logo depois, outras escolas adotaram o sistema”, destaca. Desde então, afirma, já foram mais de 100 alunos já foram aprovados pelo ITA e o Instituto Militar de Engenharia, com sede no Rio.
O diretor-geral do colégio Master, Nazareno Oliveira, conta que, ainda em 1988, o Estado mal aprovava alunos para os vestibulares de institutos no Sudeste. “Fizemos um estudo com as escolas do Sudeste e criamos um modelo próprio ‘made in Ceará’”, brinca. Em seguida, vieram os primeiros resultados e, desde então, o empenho das escolas só cresceu. Oliveira afirma que tenta trazer alguns dos antigos pupilos de volta para ministrar cursos para os que desejam ingressar nos institutos. “Apostamos numa turma reduzida com o maior percentual de aprovação do País”, completa.
Com capacitação de alunos que sempre estudaram na escola, o Christus deu início mais recentemente à empreitada para produzir potenciais engenheiros do ITA e IME.
Estou à frente dessas turmas há quatro anos. Começamos a fazer um trabalho bem mais intensificado, com uma cultura que o aluno comece a fazer esse trabalho e ver a escola como a primeira casa. Ele fica na escola o dia todo, todos os dias. A carga horária é bem grande em relação aos demais cursos”, explica Danúbio Portugal, coordenador-geral das turmas ITA/IME e Núcleo Olímpico da instituição.
Ótimos números
A concorrência acirrada entre as escolas de ensino particular do Estado tem feito com que, cada vez mais, cearenses sejam aprovados nos vestibulares de importantes instituições.
Publicado In: O Povo, Economia, de 15/4/18. p.18.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

GENES E HUMANIDADE

Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Apesar de as comparações iniciais terem revelado que, cerca de 40 milhões de pares de genes (somente 1,2% do total), são diferentes do chimpanzé, não é possível elaborar estudos comparativos da espécie humana, exclusivamente, pela quantidade de DNA existente no genoma desse primata, o parente vivo mais próximo do Homem: isto seria tão absurdo quanto a mentalidade das pessoas, nas escolas, desfavoráveis ao ensino da teoria de Darwin.
Essa pequena alteração, porém, possui um grande impacto nas diferenças entre as duas espécies. Ela deu um cérebro maior ao ser humano, a possibilidade de andar ereto sobre os dois pés, as habilidades linguísticas complexas, a percepção do som e a transmissão de sinais nervosos, além da capacidade de adaptação aos mais diferentes ambientes.
Calcula-se entre oito ou doze milhões de anos atrás, a época do maior número de duplicação dos genes, que causou a separação das linhagens dos humanos e dos chimpanzés, para melhor se adaptar às variações climáticas e alimentares. Nesta mudança dos genes surgiram as habilidades cognitivas (o processo ou a faculdade para adquirir conhecimentos complexos), e elas foram se tornando essenciais para a vida na sociedade humana, que é cada vez mais complexa.
Estudos mais recentes comprovam que as pequenas diferenças, entre o genoma humano e o do chimpanzé, são dez vezes maiores do que apontam as pesquisas feitas há poucos anos atrás, quando os estudos genéticos ainda estavam engatinhando. A chave para tal descoberta foi o estudo da duplicação de fragmentos de DNA, repetidos ao longo do genoma, que era difícil de distinguir e, por essa razão, não foi levado em conta no final do século XX. Foi, precisamente, o estudo das duplicações de todo o genoma das espécies de grandes macacos - orangotangos, chimpanzés e gorilas - que permitiu um avanço, através do qual se elaborou o primeiro catálogo específico das regiões, dos diversos genomas, entre símios e seres humanos.
As duplicações dos segmentos são fragmentos do genoma, que, devido a mecanismos moleculares muito complexos, em determinados momentos da evolução, empreenderam múltiplas cópias de si mesmo, e estas foram sendo inseridas em diversos lugares do próprio genoma. O genoma do chimpanzé, por exemplo, revela o que nos faz diferente dele.
Seres humanos e primatas possuem um ancestral comum: alguma criatura, semelhante ao macaco, que, há cerca de seis milhões de anos, viveu na Terra. No entanto, o tempo se encarregou de esculpir os genomas do macaco e do Homem, em sentidos diferentes. Cinquenta e três genes presentes no genoma humano, ou não existem, ou, caso existam, no chimpanzé são de forma imperfeita. Assim, o próximo desafio da genética será descobrir o que esses genes fazem. Será que eles poderiam explicar por que somos humanos? Esperamos que sim, além de esclarecerem muitas patologias que assolam a nossa espécie, particularmente, as doenças mentais.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Foi um dos primeiros neonatologistas brasileiros.

terça-feira, 24 de abril de 2018

EXAME DE PROFICIÊNCIA PARA MÉDICOS NO BRASIL

Carmelo Leão (*)
Médicos que se graduaram no exterior, sejam eles brasileiros ou estrangeiros, para exercerem a medicina no Brasil precisam ser aprovados em um exame chamado Revalida. A taxa de reprovação no exame é alta. Em 2016, 57% dos inscritos foram reprovados. A prova mede conhecimentos e habilidades consideradas básicas para o exercício da medicina.
Já os médicos formados no Brasil, em faculdades reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) não fazem nenhum exame e são imediatamente registrados nos conselhos regionais de medicina e liberados para exercerem a profissão. Nos últimos anos houve uma explosão no número de faculdades de medicina pelo País, já são 308 em funcionamento e mais de 50 já pré-aprovadas pelo MEC, 5 delas no Ceará. Muitas dessas faculdades não reúnem as mínimas condições para formarem médicos. No passado os políticos pressionavam Brasília para ter uma rádio em suas cidades, hoje pressionam por faculdades de medicina. Temos o dobro de faculdades que a China que tem uma população 5 vezes maior que a nossa, e a pressão por novos cursos continua, já que além de trazer prestígio político ao patrono do curso são fontes de lucro pois as mensalidades cobradas são altas. 
É preocupante que médicos sem qualificação adequada sejam liberados para exercerem a medicina, isso representa um risco para a população. A defesa de exame semelhante ao que existe para os advogados foi aprovada por unanimidade na última reunião do conselho deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB). A Associação Médica Cearense apoia integralmente essa proposta e vai lutar junto com a AMB e as outras federadas pela implantação do exame de proficiência para todos os egressos das faculdades de medicina do Brasil como pré-requisito para exercer a medicina no País.
 Presidente da Associação Médica Cearense – AMC.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 30/03/2018. Opinião. p.20.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

CRISE MUNDIAL

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nosso objetivo é refletir sobre algumas questões que preocupam a opinião pública mundial em nossos dias. A ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o entendimento, gerando desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social. Esses movimentos radicais não buscam soluções, mas modelos errôneos de comportamento. Não deveriam prevalecer a ambição pelo poder (em todos os seus aspectos), a falta de ideal, o fundamentalismo e o ódio. Por sua vez, conforme Norberto Bobbio, "A primeira grande distinção no universo das doutrinas políticas é a que contrapõe teorias idealistas do Estado perfeito, ou da melhor forma de governo, e teorias realistas". A ideologia quando verdadeira deve ser estratégica e não de curto prazo, o que gerações irracionais e insustentáveis. A história nos mostra que as manifestações ideológicas, quando consistentes, levam-nos a caminhos pacifistas, éticos, de liberdade, de solidariedade, não preconceituosos e democráticos. Para que tenhamos um mundo melhor é fundamental a existência das virtudes teologais (fé, esperança e amor) e das virtudes cardinais (prudência, justiça, fortaleza e moderação).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 20/4/2018.

domingo, 22 de abril de 2018

O FILHOTE DE CAMELO MUITO CURIOSO


A mamãe-camelo estava com seu filhote camelo, ambos descansando na relva. Até que o filhote pergunta:
“Mamãe, por que você tem esses dedos enormes nos pés?”
A mãe responde:
“Bem, meu filho, quando nós temos que atravessar o deserto, esses dedos grandes nos ajudam a pisar na areia com mais força”.
Dois minutos depois, o camelinho pergunta:
“Mamãe, por que você tem esses cílios tão enormes?”
“São para evitar que entre areia nos nossos olhos quando há tempestades de areia no deserto”, diz ela.
E mais uma vez ele pergunta:
“Mamãe, por que nós temos essa corcunda tão grande nas costas?”
“É para nos ajudar a armazenar água quando temos que atravessar grandes distâncias pelo deserto, então podemos ficar sem beber água por longos períodos.”
“Então nós temos dedos grandes para não afundar na areia, cílios grandes para não entrar areia nos olhos e corcunda para guardar água enquanto estamos no deserto?”
“Sim, querido”, diz a mãe.
“Então o que estamos fazendo no zoológico de Belo Horizonte?”
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

UM VELHINHO PASSA FRENTE A UM BORDEL...


Um velhinho caminhava pelo centro da cidade e passou em frente um bordel. Uma moça bem bonita estava na porta e o chamou:
– E aí, vovô, vamos brincar um pouquinho?
O velhinho respondeu desolado:
– Já não consigo mais, minha filha!
A mulher então insiste:
– Eu serei paciente com o senhor.
Ela insiste mais de uma vez, e ele acaba cedendo. Foram para o quarto e logo foi a primeira. Quinze minutos depois, já foi a segunda e, em menos de meia hora partiram para a terceira.
Surpresa, a mulher diz a ele:
– E o senhor disse que não podia mais!
E o velhinho explicou:
– Isso eu consigo, eu não consigo mais é pagar! A aposentadoria não me permite...
Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 21 de abril de 2018

Postos da Capital abrem no fim de semana para vacinação contra a gripe

Ana Rute Ramires (*)

INFLUENZA | Iniciada ontem, mobilização para imunizar grupos prioritários contra os vírus da gripe visa atingir mais de 2,2 milhões de habitantes no Ceará. Neste fim de semana, oito unidades devem abrir para vacinação

Antecipando a campanha nacional de vacinação contra a Influenza, unidades de saúde de Fortaleza devem funcionar excepcionalmente neste fim de semana para imunização contra o H1N1 e outros vírus da gripe. Desde ontem, postos de saúde da Capital e de alguns municípios do Ceará começaram a imunização, direcionada apenas a grupos prioritários (veja quadro na página ao lado).
No primeiro dia de mobilização, quem procurou as unidades de saúde enfrentou filas. Não obstante a importância da vacinação, especialistas e secretarias da saúde frisam que não há indícios de surto.

QUAL A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA EM FORTALEZA?

Antônio Silva Lima Neto (*)

Gerente de Vigilância Epidemiológica avalia situação da Influenza

Essa semana, as filas nas clínicas de vacina sugeriam que estávamos na vigência de um surto incontrolável de gripe, situação que exigia horas de espera, mesmo sabendo que em poucos dias o imunobiológico estaria disponível na rede pública. Mas, afinal, diante de inúmeros boatos, posts despropositados e mensagens de WhatsApp, qual a situação epidemiológica de Fortaleza? Vamos a algumas considerações.
Em 2018, 24 casos, incluindo dois óbitos, de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza foram confirmados até esta data em Fortaleza. A maioria por H1N1. Observando a série histórica, o número de casos de SRAG por Influenza em 2018 ainda é substancialmente menor do que em 2016 (68 casos), por exemplo.
O subtipo H3N2 esteve associado à maior gravidade nos surtos de inverno (2017-2018) dos EUA e Europa. No entanto, o padrão não está se repetindo em todo o Brasil. Em Fortaleza, dois casos de SRAG por H3N2 foram identificados em 2018. A distribuição espacial da SRAG por Influenza no município não apresenta aglomerados de casos (clusters). Em se tratando de doença de transmissão pessoa-pessoa, isso não indica a ocorrência de surtos locais, desde que o padrão dos casos brandos siga a mesma tendência.
A disponibilização pelas autoridades sanitárias do antiviral Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu) para tratamento precoce dos casos de síndrome gripal em postos de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais pode ser estratégia ainda mais eficaz do que as vacinas para se evitar desfechos desfavoráveis em curto prazo. O início da campanha de vacinação deverá conter a propagação do vírus H1N1 e demais subtipos nas próximas semanas.
No entanto, o calendário de imunização proposto pelo Ministério da Saúde está em desacordo com a situação epidemiológica de Influenza sazonal do Nordeste. Em Fortaleza, a Influenza concentra-se nos meses da quadra chuvosa, normalmente entre março e maio. A vacinação deveria ocorrer, no máximo, em fevereiro.
A mobilização da população nunca é prejudicial. A adoção de medidas que evitem a transmissão é uma forma eficiente de interrupção da transmissão. Em especial: lavar as mãos, proteger os enfermos com máscara e evitar que crianças doentes frequentem a escola.
Não se descarta aumento de casos de gripe nos próximos dias, pois esta é a sazonalidade clássica da doença. Porém, serenidade e busca de evidências científicas são essenciais.
 (*) Médico epidemiologista, doutor em Saúde Coletiva, gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e professor do curso de Medicina da Unifor.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 21/04/2018. Opinião. p.7.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Dicionário do STF X Dicionário Cearense


Chargista: Montagem sem autoria definida.
Fonte: Circulando por e-mail (internet) e i-phones.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

DAS ESPECIALIDADES MÉDICAS

Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
Oficialmente no Brasil são reconhecidas 53 especialidades. A terminologia médica é composta de termos (mais) gregos e latinos, em voga nos séculos XV e XVII, derivados de línguas ditas “mortas”, embora ainda vivas até hoje. Destarte, convém identificar suas origens ou etimologia para saber seu significado. Assim: angiologia (do grego aggêion = vaso sanguíneo); cardiologia (do grego kardia = coração, ou estômago); dermatologia (grego derma = pele); endoscopia (gr. endon = dentro + skopein = olhar para); (gr. Idem krinein = separado, refere-se às glândulas internas); geriatria (gr. géron = velho); hematologia (gr. haimato = sangue); mastologia (gr. mastós = seio); nefrologia (gr. nephrós = rim); oftalmologia (gr. opthalmos = olho); pediatria (gr. paidós = criança); pneumologia (gr. pneumón = pulmão); proctologia (gr. próktos = reto); otorrino (g. ótos = ouvido rhino = nariz); urologia (g. ouron = urina).
Creio ter explicado didaticamente a diferença entre proctologia e urologia em artigo aqui publicado a 12/09/2012. Mas vale repetir: aquela entende-se com (relaciona-se) as doenças do intestino grosso (ou cólons) (1,5m), desde o íleo terminal, incluindo o apêndice, até o reto e o ânus. Nem só de hemorroidas e fístulas vivem os proctologistas, mas também do câncer colo-retal, do megacólon, das colites (reto-colite ulcerativa; colite granulomatosa, ou de Crohn), da diverticulite, das colonoscopias, das alterações do hábito intestinal, etc. Esta, pois, a província dessa especialidade eminentemente cirúrgica.
Quando presidi nacionalmente sua sociedade (1982), desde 1979 funcionou como colo-proctologia. A urologia trata doenças dos sistemas urinário (máxime da próstata) e reprodutor.
Dos 7 papiros médicos famosos na iátrica antiga (arte de curar), um foi totalmente dedicado à proctologia, ratificando-a como uma das disciplinas médicas mais antigas. Consoante o historiador Heródoto, no Egito, àquelas pristinas (velhas) eras (>450 anos a.C.) cada médico cuidava de determinada parte do corpo, sendo o proctologista considerado o “guardião do ânus do faraó”.
(*) Professor Emérito da UFC. Titular das Academias Cearense de Letras, de Medicina e de Médicos Escritores.
Fonte: O Povo, 17/03/2018. Opinião, p.10.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

PAULO LEITÃO: o primeiro nutrólogo na Academia Cearense de Medicina



Ac. Paulo Leitão acompanhado de sua esposa Dione logo após a solenidade posse na Academia Cearense de Medicina
Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos nasceu em Fortaleza-Ceará, em 12/08/1955, filho de Francisco Domingos de Vasconcelos e Francisca Celina Leitão Vasconcelos.
Foi aluno marista do primário ao científico no Colégio Cearense Sagrado Coração.
Cursou Medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC), de 1974 a 1979.


Em 1980, foi estagiário da enfermaria cirúrgica do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) da UFC, chefiada pelo Prof. Haroldo Juaçaba. Paulo Leitão cumpriu Residência Médica em Cirurgia Geral, no Hospital Geral de Fortaleza, de 1981 a 1982.
De 1983 a 1987, completou sua formação na Universidade de Oxford, Inglaterra. Nesse país, fez uma extensão da residência cirúrgica no John Radcliffe Hospital, e os cursos de Mestrado e Doutorado, sob a orientação do Prof. Dermont Williamson. Em agosto de 1987, recebeu o Grau de Doutor em Filosofia da Universidade de Oxford.
Ao regressar a Fortaleza, Paulo Leitão, de início, foi médico voluntário do HUWC/UFC, pesquisador do CNPq, sob orientação do Prof. Manassés Fonteles, e integrou a equipe de cirurgia do Prof. João Evangelista Bezerra Filho, na Gastroclínica.
Mediante concurso, Paulo Leitão ingressou na vida acadêmica no Departamento de Cirurgia da UFC, chegando a Professor Titular em Cirurgia/Nutrologia em 2012.
Paulo Leitão foi um dos fundadores do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFC, em 1992, tendo sido o coordenador de 1993 a 2015.
É docente na graduação em Medicina, coordenando o módulo de Nutrologia, e bolsista de pesquisa do CNPq nível 2. Foi consultor ad-hoc da CAPES, de 1998 a 2014.
Sua produção científica destaca-se pela publicação de 93 artigos, dois livros e nove capítulos de livros. Orientou 44 alunos de iniciação científica, 34 mestres e 13 doutores. Possui uma patente registrada.
É membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e membro honorário do Colégio Real de Cirurgiões do Reino Unido.
O Ac. Paulo Leitão foi empossado, em 22/09/17, na Cadeira Nº 47 da Academia Cearense de Medicina (ACM), patroneada pelo Dr. Livino Virgínio Pinheiro, em vaga preenchida anteriormente pelo Ac. João Pompeu Lopes Randal, sendo saudado, na ocasião, pelo Ac. Janedson Baima Bezerra.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Titular da Cadeira Nº 18 da ACM
 
* Publicado. In: Revista Jornal do Médico, 14(94): 6, janeiro-fevereiro de 2018. (Revista Médica Independente do Ceará).

terça-feira, 17 de abril de 2018

SER BRANCO DOS OLHOS AZUIS

Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
... Foi assim: o presidente diz que a culpa da crise foi dos loiros de olhos azuis. E emendou dizendo que "não conhece nenhum banqueiro negro ou índio". Pois eu conheço vários que são semitas, indianos, chineses, japoneses, mas nenhum deles é "loiro de olhos azuis”. (26/03/2009).
Aprendi desde criança que o Brasil é um país livre de preconceitos. Menino ainda, encontrei algumas manifestações de que eu era diferente. Apenas tentava ser igual aos demais. Navio Negreiro de Castro Alves foi o meu poema preferindo, para fazer lembrar a chaga da escravidão, perseguição e preconceito contra os africanos escravizados.
Quando deixei o Colégio Israelita tive o meu primeiro choque racial. Eu e meus colegas de mesma origem, conhecidos por judeus. Muitas vezes as xingações eram tantas que ocorriam brigas homéricas. ‘Te espero na saída’ e estava marcada a briga. Naquele tempo não se sabia nem de longe o que era o tal do bullying. Mas se fosse conhecido nós, judeus, sofríamos bullying. Patrício não significava ser brasileiro da gema, mas sim cognome de outro judeu. Assim fui crescendo e entendendo que era diferente, embora não o desejasse e tentasse ser igual à maioria. Era muito difícil.
Quando tentava namorar alguma moça era perguntado e soletrava o meu sobrenome, perguntavam sempre se era judeu. Os mais delicados indagavam se minha origem era alemã. Os que diziam admirar os israelitas o faziam na forma de elogio, destacando a inteligência, a sagacidade e outros atributos comerciais da raça privilegiada. Isso feria mais do que o próprio preconceito. Mesmo que não o desejassem, os autores de tais louvores ou distinções, ainda mais golpeavam este jovem cujos pais não eram mais que refugiados de pogroms e do holocausto. Sem falar da Inquisição que ainda permanece encruada nos descendentes dos nossos colonizadores.
O pior era quando me encontravam pela primeira vez e, no início da conversa, enumeravam um grande número de pessoas patrícias (compatriotas de mesma origem), achando que com isso iriam ganhar pontos comigo e serem politicamente corretos. Não sei para quê? Agradar a um estranho, filho de um modesto prestamista. E eu pensava, como aprendi ou li depois, sobre a cordialidade do povo brasileiro.
Do meu tempo de vestibular no Recife não tenho notícia de judeu que tenha se formado Bacharel em Direito. Para ser advogado ou entrar para magistratura tinha de ter sobrenome brasileiro.
Pertencer à nobreza canavieira, ter nome de família. Restavam para essa primeira geração de filhos de imigrantes apenas duas oportunidades no Recife. Os que davam para matemática faziam vestibular para Engenharia e para isso escolhiam fazer tanto o curso ginasial e como o cientifico no antigo Ginásio Pernambucano. Os que não possuíam propensão à matemática estudavam no Colégio Oswaldo Cruz, uma vez que a grade escolar desse colégio era mais orientada para as humanidade e medicina. Restava ainda a Escola de Química e algumas outras que atraiam alguns poucos filhos desses imigrantes.
As moças estudavam para Odontologia, Farmácia, Línguas, Filosofia e outras profissões humanísticas conhecidas por ‘espera marido’.
Para fugir à regra na minha família tive um irmão formado em Direito e um primo Engenheiro Agrônomo. O resto era Medicina ou Engenharia.
Os mais ricos estudavam para “inglês ver” ou para prosseguir o negócio paterno. Era já uma grande vantagem não haver cotas raciais para entrar como aluno em uma Universidade brasileira.
Assim fui aprendendo que a vida em um país cristão era dura para um judeu. Apesar de o convencionalismo físico não estar explícito, o psicossocial estava presente e latente, sobretudo da classe média para cima— a ferida do antissemitismo permanecia cruenta e vergonhosa, plantada pela infame Inquisição.
Falavam os mais velhos frequentadores da Praça Maciel Pinheiro de um Congresso Eucarístico Nacional (1939) que tinha por lema o refrão “Quem não crê brasileiro não é".
E como ficavam os não-católicos?
Ainda hoje as cátedras (hoje, sou professor titular) não podem ser ocupadas por judeus e somente conheci um catedrático judeu já falecido na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. E mais dois na Universidade de Pernambuco, na minha profissão. Ser judeu é ou era um entrave.
O Brasil é um país com preconceito disfarçado. Até que um dia alcança um mulato, pobre, operário e sem diploma superior a Presidência de República Federativa do Brasil.
Por incrível que parece é quem estabelece quotas raciais para as universidades. E termina dizendo em plena crise econômica mundial que os culpados são os brancos de olhos azuis.
Pela experiência de mais de cinco mil anos de perseguição fico com medo. Medo justificado. A nossa cor brasileira não é de raça e sim do local onde o grosso da população brasileira migrou para fugir das perseguições raciais, religiosas ou econômicas. Não importa se de própria vontade ou à força, como no caso dos escravos africanos.
Quanto à dizimação dos povos indígenas nem é bom falar, no momento. Somos todos brasileiros por opção ou imposição que se transmudou em grande orgulho de pertencer a esta Nação miscigenada.
Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, não nos deixe com mais preconceito racial após o seu mandato. Os nossos problemas são outros. Não nos acrescente mais esse — pelo amor ao nosso querido Brasil.
Veja como Lula acabou? Se acabou.
(atualizada: 8 de janeiro de 2017)
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Foi um dos primeiros neonatologistas brasileiros.
 

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