sábado, 31 de março de 2012

Dar com os burros n'água

A expressão surgiu no período do Brasil Colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas e muitos morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue obter sucesso.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

O BRASIL ANEDÓTICO XXXIX

TUDO PRETO!
Alberto faria - Conferência no Museu Histórico
Era Luiz Gama, o grande preto, antigo escravo, advogado em São Paulo, quando, na defesa de uma causa que o entusiasmava, notou, da tribuna, que se faziam comentários sobre a sua cor. De um golpe de vista, o assombroso tribuno percebeu a situação e interrompendo um período da oração, começou outro:
- Neste processo, vejo tudo escuro... Negro é o crime... Negro é o réu... Negro o acusador... Negro eu... advogado da defesa. E V. Excia., sr. .......
E após uma pausa, fitando o Dr. Joaquim Pedro Vilaça, pardavasco que foi, mais tarde, ministro e presidente do Supremo Tribunal de Justiça:
- V. Excia., também, não está muito longe de o ser!
A ARGÚCIA DE FLORIANO
Serzedelo Correia - "Páginas do Passado", pág. 18.
Apresentado pelo tenente Jansen Tavares, foi ao Itamarati, para falar a Floriano, um oficial do Exército, que pretendia dois meses de soldo adiantado:
- Sente-se, - ordenou o presidente.
Recusando a gentileza, o militar, mesmo de pé, contou ao que ia. E puxando do bolso uma nota de 5$000 e outra de 1$000, completamente machucadas, abriu-as, e disse ao ditador:
- Eis o dinheiro que eu e a minha família temos para passar o mês.
Floriano voltou-se, dizendo:
- Vá embora; vou mandar que lhe dêem três meses.
E virando-se para o tenente Jansen:
- Este camarada joga!...
- Não sei, marechal.
- Sabe, sim. Ele é jogador.
- Joga um pouco, - articulou Jansen.
- Um pouco, não; joga muito.
- Como sabe V. Excia. disso?
- Pois você não vê como ele tira o dinheiro do bolso todo machucado?! Isto só faz o jogador. No pano verde apanha indistintamente as notas de 20$000, de 10$000 e de 5$000, machuca tudo, mete no bolso e depois, ao fazer a parada, puxa-as da calça e abre para as pôr na mesa.
O oficial era, de fato, grande jogador.
IRONIA "VERSUS" GROSSERIA
Humberto de Campos - Discurso na Academia Brasileira de Letras, 1920.
Certo dia, passava Emílio de Menezes pela Avenida Central, quando cruzou com um deputado seu conhecido, que não primava pela educação, e que o deteve pela manga do casaco.
- Vem cá, ó Emílio... Quero dar-te a honra da minha companhia... Vamos tomar alguma coisa?
- A honra? - fez, com ironia, o poeta.
E com orgulho, desembaraçando-se do atrevido:
- Obrigado, meu velho; você já está tão desfalcado!...

GENTE DE SAIA
Contada pelo ex-deputado Laurindo Lemgruber.
Um político fluminense, amigo de Nilo Peçanha, acabava de entrar para a política do Estado, quando um dia, irritado com um magistrado local, resolveu atacá-lo. Antes disso, foi, porém, comunicar a sua resolução ao chefe do partido.
- Acalme-se, meu amigo; acalme-se... - aconselhou o ex-presidente da República. - Nada de precipitações e, se você quer ser mesmo político, não brigue com gente que usa saia.
E definiu:
- Juiz, mulher e padre...
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

sexta-feira, 30 de março de 2012

Sobre o livro “REFAZENDO O CAMINHO”


Elsie Studart Gurgel de Oliveira
Técnica em Assuntos Educacionais
Sempre que se usa a expressão “Fazendo o caminho”, Santiago de Compostela surge à mente, talvez pela dualidade existente na caminhada, em busca do sonho.
No caso do livro “Refazendo o caminho: passado e presente de uma família”, quem sabe o autor, Marcelo Gurgel Carlos da Silva, não tenha querido reinventar a letra da antiga canção popular, interpretada por Miltinho: “rio, caminho que anda e vai resmungando, talvez uma dor...”. O rio é a sua própria vida, por onde passam os seus entes familiares, alguns perdidos em pleno trajeto, como o pai Luiz Carlos, a irmã Marta, a tia Tatinha e outros mais cujas perdas justificam parte da composição: “o ventre da terra (ou seria o coração?) rasgando sem dó”.
O importante nessa trajetória de mil lembranças é o aprumo com que o memorialista lança mão dos remos e/ou mesmo do cajado, para refazer o caminho percorrido pela família Gurgel Carlos da Silva, com direito à parada obrigatória nos locais onde os filhos do casal Elda e Luiz, se firmaram como “gente de bem”, sem artifícios de qualquer espécie.
A leitura deste livro se faz tanto mais interessante, quanto mais vai sendo aprofundada, aguçando a curiosidade do leitor pelo desdobramento de onze vidas que experimentaram o lado ruim da história, com as dificuldades naturais de uma prole alentada, mas que souberam o que era o “lado bom da coisa”, na medida em que tiraram proveito de tudo o que estava ao seu alcance – educação, principalmente, para atingir um patamar grandioso de realização pessoal e profissional.
“Refazendo o caminho” significa, pois, uma volta às origens – o passado, mas já com o delineamento do roteiro da caminhada, cumprido no presente, pondo em destaque até os frutos vingados na nova geração, todos trazendo estampado no peito a marca que caracteriza o grupo familiar: “caminhar em direção ao sonho, mas sem tirar os pés do chão”.

quinta-feira, 29 de março de 2012

NÃO DÁ PARA LUTAR CONTRA, INFELIZMENTE...

Por João Brainer Clares de Andrade (*)
Como iniciante no ofício médico, com parcos 5 anos de contato como acadêmico, confesso que, a despeito da pouca data e natalícios, conviver com a morte ainda parece ser o maior dos desafios.
No curso da formação, quando a ciência nos é dada como arma de salvação, aquela capaz de aniquilar quaisquer agravos conhecidos, a possibilidade de falha pouco nos é apresentada. Dão-nos, portanto, superpoderes; esquecem-se de nos informar, por mais breve e simples que possa ser, que, apesar de toda a labuta, perder também faz parte do jogo, perder também faz parte da luta...
Inconformados com o que seria o “fracasso”, seguimos estarrecidos ante a perda de um paciente... Na arte e na ciência de ser médico, na contramão da falta de recursos e dos salários minguantes, somos postos como filhos e pais de cada doente que nos aparece. Passamos a guardá-los sob nossa ciência e nosso coração: o zelo pelo doente desconhecido excede o puro gosto pela descoberta da doença e dos testes terapêuticos; a beleza de nossos livros de milhares de páginas ganha um segundo plano em nome do carinho quase que filial que passamos a nutrir.
Passamos horas depois das obrigatórias a imaginar os mais esquivados diagnósticos; reabrimos os mais distantes livros da prateleira e submergimos na cibernética em nome de soluções que nos deem munição de alto calibre contra a morte ou a enfermidade. O sorriso do paciente e seu abraço de despedida na alta tornam-se objetos de grande desejo, tornam-se sonhos em poucos minutos!
As forças na luta contra o insucesso alheio, infelizmente, têm efeito paradoxal: o que há de útil ao próximo que adotamos como filho ou pai não se vale da mesma utilidade ao próprio asclepiano; não aceitamos a própria doença, não sabemos lidar com a própria enfermidade... Assim, também acabamos transferindo, quase que involuntariamente, nossa “superproteção”, nossos “superpoderes”, aos pacientes sob responsabilidade. Não aprendemos, pois, a admitir a doença, seja a quem for, seja de que forma for...
Certa vez, fui rebatido por uma professora quando frisei em uma aula que o maior objetivo do médico é lutar contra a morte. A experiente médica, dona de uma subjetividade humana ímpar, foi enfática: “Somos formados com uma visão equivocada. Aprendemos a ter meios de brigar contra a morte, mas eliminá-la não deve ser tida como a nossa missão primordial; antes de tudo, ofereçamos qualidade de vida, devolvamos o sorriso ao nosso paciente, enchamo-lo de esperança, concedamos dias melhores, a despeito da vinda inevitável do derradeiro dia...”. Paralisado ante a lição da professora, que excedia todas as lições de clínica médica que me haviam sido dadas, em face comovida, envolto pelo olhar cuidadoso e reluzente da experiente médica, consegui citar:
- Não dá para brigar contra a morte, infelizmente, infelizmente, infelizmente...
(*) Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Membro da Sociedade Brasileira de Médios Escritores, Ceará.
Publicado In: O Povo, 27/03/2011. Jornal do Leitor, p.2.

quarta-feira, 28 de março de 2012

NA BUSCA DO EQUILÍBRIO

Antero Coelho Neto (*)
Para muitos, e para mim também, a palavra maior do Universo é “equilíbrio”. E a sua busca, deve ser o nosso maior desafio, luta e, algumas vezes, êxito. Quando se estuda as leis do Universo, encontramos sempre uma busca constante, uma tendência evidente das chamadas leis da natureza e da vida. E aí a verdade sobre esses complexos elementos se torna mais difícil quando se estuda as diferentes e conhecidas interpretações filosóficas, científicas, sociológicas e religiosas de grandes homens do passado como Platão, Aristóteles, Karl Marx, Freud, Hobbes, Rousseau, John Locke e, muitos outros.
Pena que muitas, melhor diria, quase todas, lutas da humanidade são dirigidas para os extremos. Evidentes e famosas lutas políticas (esquerda ou da direita), classes sociais (ricos e pobres), religiosidades (cristãos, muçulmanos, espíritas, uniteístas, deístas, agnósticos, etc.), estilos de vida (fumantes, comilões, beberrões, preguiçosos, etc.), tendências, vontades, amores, etc. etc. Muitos dizem, “mas nos extremos é que estão os prazeres maiores da vida”. Isto é verdade para muitos, sabemos disso, o que torna muito difícil mudá-los. Prazer é um sentido que desenvolvemos, cada um de nós, de uma maneira diferente. Mais e menos prazer. Sinto prazer com isso, ou não sinto prazer nenhum. Ele sente, mas eu não. Entre os homens e as mulheres, ainda maiores são as diferenças.
As tendências predominantes na humanidade sempre têm sido para os prazeres extremos. Para o maior ou para o menor. Mas, para alguns poucos “privilegiados”, o centro ou o equilíbrio entre as tendências tem sido possível e demonstra sabedoria ou oportunismo. Os nossos sistemas endócrino, circulatório, nervoso, muscular, etc., buscam sempre um equilíbrio funcional. E o verbo “buscar” passa a ser importante para a pessoa. A vida, com a busca pelo equilíbrio, passa a ser o estereotipo desejado para os que sabem desses conhecimentos e os praticam. Vocês sabem disso. Ou não aceitam isto como verdade?
Sempre que me perguntam como eu vou vivendo, respondo “na busca do equilíbrio”. E para os amigos tento explicar, como estou fazendo agora com vocês. Na procura de um ambiente em equilíbrio, na busca pela vida com saúde e com melhor qualidade de vida. Constitui a busca de uma vida sempre subindo os degraus para alcançar o andar superior. Agora, estou no quarto andar ou quarta idade. E não está fácil, mas farei tudo o que possa, darei todo o meu empenho para isto. E sempre obedecendo as leis do meu equilíbrio mental, físico e espiritual. E da natureza em que vivo, evidentemente.
Mas também é preciso lembrar-se de Albert Einstein quando disse: “viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio.” Isto significando que a coisa não é fácil. É preciso movimentar-se, ser ativo, para alcançar o equilíbrio necessário e buscado.
Antero Coelho Neto
(*) Professor, Médico e Presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 21/03/2012.

terça-feira, 27 de março de 2012

“CAÇADORAS DE SÊMEN”

No Zimbábue, homens evitam caronas após denúncias contra “caçadoras de esperma”
Governo está preocupado com gangues que roubam sêmen para ritual comum no país, o Juju
Poucas mulheres no mundo tornaram-se mais temidas pelos homens ao longo dos últimos anos do que as do Zimbábue. No pequeno país africano de finanças frágeis e regime autocrático, homens estão sendo embriagados, torturados e sequestrados por mulheres que roubam seu sêmen para o uso em um ritual comum no país, o Juju.
A imprensa local noticiou casos nos quais as vítimas foram drogadas ou até mesmo ameaçadas com facas e armas de fogo para que mantivessem sucessivas relações sexuais com a sequestradora. Há até mesmo relatos de mulheres que ameaçaram suas vítimas com cobras e obrigaram-nas a ingerir estimulantes sexuais. O resultado é sempre o mesmo – o sequestrador abandona sua vítima em alguma via deserta e logo depois desaparece.
As chamadas “caçadoras de esperma” ficaram famosas no Zimbábue em 2009, quando a polícia prendeu três mulheres carregando 31 preservativos usados em uma sacola plástica. Desde então os ataques prosseguem e 17 homens já apresentaram denúncias de abusos.
Susan Dhliwayo, uma jovem de 19 anos, conta que passava certa vez por uma rua e viu que homens pediam carona, hábito comum no país. Quando os pedestres perceberam que se tratava de uma mulher ao volante, recusaram o favor e disseram que não confiavam nela. “Agora os homens temem as mulheres”, explica.
Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, o porta-voz nacional da polícia do Zimbábue disse que “não há números exatos sobre a quantidade de casos confirmados” e esclarece “a maioria desses casos acontece quando as vítimas estavam ganhando carona em veículos privados”. Por essa razão, o governo estaria “estimulando a população a utilizar o transporte público”.
O ritual Juju, destino mais plausível para o material saqueado pelas “Caçadoras de Esperma”, é uma tradição para a qual se atribui a atração de sorte e prosperidade. Watch Ruparanganda, sociólogo da Universidade do Zimbábue, confessa que “a questão é de dar um nó na cabeça”, mas aposta na existência de um negócio lucrativo por detrás dos casos.
Enquanto o mistério não é desvendado, quem mais sofre são as mulheres, vítimas de preconceitos e generalizações por parte dos homens. Um grupo de defesa dos direitos das mulheres no Zimbábue criticou a ênfase que a imprensa do país atribuindo a essas ocorrências e argumenta que a gravidade das violências sofridas por mulheres diariamente não chega nem aos pés do choque ocasionado por esse tipo de abuso sexual contra homens. Para além do humor e da polêmica que ganharam de todo o país, as três mulheres presas em 2009 também receberam ameaças anônimas de morte.
Fonte: Notícias UOL

segunda-feira, 26 de março de 2012

ACQUÁRIO PROMETE UM NOVO MILAGRE DOS PEIXES

Por Ricardo Alcântara (*)
Assim como o Dragão do Mar não poderia mesmo, por si só, revitalizar uma área deprimida do centro, tão pouco o Acquário do Ceará poderá fazê-lo com a praia de Iracema. A complexidade urbana não reage a truques de mágica.
O projeto tem méritos, sim, mas outros. O equipamento teria, por exemplo, potencial para estender o período de estadia dos turistas na cidade, uma contribuição para consolidar Fortaleza como destino privilegiado.
Não seriam apenas mais diárias em hotéis e mais comandas nos restaurantes. Os benefícios são extensivos também ao pequeno empreendedor, como taxistas, artesãos e até vendedores ambulantes.
Mas, na ponta do lápis, haveria, basicamente, retorno privado para investimento público. Daí, as restrições frequentes ao projeto: não seria, diante de outras carências, uma prioridade do interesse comum.
Outro aspecto do projeto alcança as fronteiras da megalomania: seria o terceiro maior aquário do mundo. Isso, numa cidade de gente muito pobre e situada nas bordas menos atrativas do circuito turístico mundial.
No Rio de Janeiro, paisagem urbana referencial da América latina, outro será construído pela metade do preço e todo com recursos privados. Mas esse nem é o único aspecto frágil do desenho financeiro do Acquário.
Até o dia de hoje, o governo não veio a público dar resposta consistente a uma questão, nem tem sido suficientemente questionado por quem caberia verificá-la – a Assembleia Legislativa, bunker da capatazia chapa branca.
Refiro-me aos recursos de custeio. A pergunta é: quanto custará por dia aos cofres públicos – o meu, o seu, o nosso suado real – manter aberto um equipamento só justificado pelos retornos que daria ao interesse privado?
É pueril o que tem sido dito sobre o assunto. Fala-se vagamente em “parcerias” que ainda seriam buscadas com “patrocinadores privados” e, acreditem, créditos mensais de uma dívida da Petrobrás com o Estado.
Da provável parceria, envolvendo empresas que agregariam valor às suas marcas numa associação com o equipamento, declino da oportunidade de contestar. É cascata demais para merecer o esforço dos meus neurônios.
Quanto ao que nos deve a Petrobrás, seria dinheiro demais para sangrar à última veia com despesas de custeio de um equipamento que atenderia a necessidades de terceira ordem – fosse uma universidade, eu ficaria calado.
Ademais, não é possível ignorar que a dívida da Petrobrás será liquidada em algum ponto do futuro. Com muita boa vontade, mas muita boa vontade mesmo, pode-se chama a isso de empurrar o problema com a barriga.
Agora, o governo começa a construir o Acquário sem informar aos que pagarão a conta – você é um deles – nenhum estudo sobre a curva estimada de retorno do investimento inicial, nem sobre os recursos de custeio.
Não digo que tais estudos não existam. Digo apenas que, pelos argumentos levantados, o secretário de Turismo os ignora. E digo que, se existem, não recebemos nós, os financiadores do projeto, a atenção de conhecê-lo.
Resta-nos, então, aguardar por uma exceção bíblica – quem sabe, um novo milagre da multiplicação dos peixes. É pândego, mas não percam o sono: o governo não negará a quem paga a conta o direito de aplaudir.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.

domingo, 25 de março de 2012

OS RISCOS DA APOSENTADORIA

RELATO DE UM APOSENTADO
Depois que me aposentei, minha mulher insiste que eu a acompanhe quando vai fazer compras no supermercado.
Infelizmente, como a maioria dos homens, eu acho que fazer compras é chato e tenho que ficar inventando formas de passar o tempo.  E a minha mulher é igual à maioria das mulheres, fica horas fazendo compras.
Resultado: ontem, minha querida esposa recebeu a seguinte carta do Big Hipermercado:

Prezada Senhora,
Durante os últimos seis meses, seu marido tem causado grandes transtornos em nossa loja.
Não podemos mais tolerar seu comportamento e, portanto, somos obrigados a proibir sua entrada. Nossas queixas contra seu marido estão listadas abaixo e documentadas através de nossas câmeras do circuito interno.
1. 15/Junho:
Pegou 24 caixas de preservativos e colocou-as nos carrinhos de compra de outros consumidores enquanto não prestavam atenção.
2. 02/Julho:
Acertou TODOS os alarmes da seção de relógios para tocarem a intervalos de 5 minutos.
3. 07/Julho:
Fez uma trilha de molho de tomate pelo chão da loja indo até o banheiro feminino.
4. 19/Julho:
Dirigiu-se a uma funcionária e disse em tom oficial: “Código 3 na seção de Utilidades Domésticas. Dirija-se imediatamente para lá”. Isto fez com que a funcionária abandonasse seu posto e fosse repreendida pelo gerente, o que resultou em um grave incidente com o Sindicato.
5. 14/Agosto:
Moveu o aviso de “Cuidado – Piso Molhado” para a seção de carpetes.
6. 15/Agosto:
Disse para as crianças que acompanhavam os clientes que elas poderiam brincar nas barracas da seção de camping se trouxessem travesseiros e cobertores da seção de cama, mesa e banho.
7. 23/Agosto:
Quando um funcionário perguntou se ele precisava de alguma ajuda, ele começou a chorar e gritar: "Porque vocês não me deixam em paz?” O resgate foi chamado.
8. 04/Setembro:
Usou uma de nossas câmeras de segurança como espelho para tirar caca do nariz.
9. 10/Setembro:
Enquanto examinava armas no departamento de caça, perguntava insistentemente à atendente onde ficavam os antidepressivos.
10. 03/Outubro:
Movia-se pela loja de forma suspeita, enquanto cantarolava alto o tema do filme “Missão Impossível”.
11. 06/Outubro:
No departamento automotivo, ficou imitando o gestual da Madonna usando diferentes tamanhos de funis.
12. 18/Outubro:
Escondeu-se atrás de um rack de roupas e quando as pessoas procuravam algum artigo, gritava: “Você me achou, você me achou!”
13. 21/Outubro:
Cada vez que era dado algum aviso no sistema de som da loja, colocou-se em posição fetal e gritava: “Ah não, aquelas vozes de novo!”
E por fim:
14. 23/Outubro:
Foi a um dos provadores, fechou a porta, esperou um momento e então gritou: “Ei, não tem papel higiênico aqui!". Uma de nossas atendentes desmaiou.
Em razão do fato acima exposto, lamentamos informar que estamos orientando nossa Segurança Interna de proibir o acesso de seu marido em todas as lojas da nossa Rede de Supermercados.
Atenciosamente,
A Gerência
Fonte: Internet (circulando por e-mail). Sem autoria definida.

O PERDÃO AOS 98 ANOS...

Na missa das seis horas, o Padre Eusébio perguntou aos fieis, ao final da homilia:
- Quantos de vocês já conseguiram perdoar seus inimigos?
A maioria levantou a mão.
Para reforçar a visão do grupo, o padre voltou a repetir a mesma pergunta e então todos levantaram a mão, menos uma pequena e frágil velhinha que estava na segunda fileira, apoiada numa enfermeira particular.
- Dona Mariazinha? A senhora não está disposta a perdoar seus inimigos ou suas inimigas?
- Eu não tenho inimigos! - respondeu ela, docemente.
- Senhora Mariazinha, isto é muito raro! - disse o sacerdote. E perguntou:
- Quantos anos tem a senhora?
E ela respondeu:
- 98 anos!
A turma presente na igreja se levantou e aplaudiu a idosa, entusiasticamente.
- Doce senhora mariazinha, será que poderia vir contar para todos nós como se vive 98 anos e não se tem inimigos?"
- Com prazer! - disse ela.
Aí, aquela gracinha de velhinha se dirigiu lentamente ao altar, amparada pela sua acompanhante e ocupou o púlpito. Virou-se de frente para os fiéis, ajustou o microfone com suas mãozinhas trêmulas e então disse em tom solene, olhando para os presentes, todos visivelmente emocionados:
- Porque já morreram todos, aqueles filhos da puta, ordinários!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

COMO BEBER SOCIALMENTE

Coisas que são DIFÍCEIS de dizer quando você está bêbado:
- Indubitavelmente.
- Preliminarmente.
- Proliferação.
- Inconstitucional.
Coisas que são EXTREMAMENTE DIFÍCEIS de dizer quando você esta bêbado:
- Especificidade.
- Transubstanciado.
- Verossimilhança.
- Três tigres.
Coisas que são TOTALMENTE IMPOSSÍVEIS de dizer quando você está bêbado:
- Puta merda, que menina feia!!!!
- Chega, já bebi demais.
- Sai fora, você não é o meu tipo...
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

sábado, 24 de março de 2012

COISAS QUE SÓ UMA MULHER CONSEGUE

1 - Fingir naturalidade durante um exame ginecológico.
2 - Usar o poder de uma calça jeans para rediagramar a estrutura do corpo.
3 - Ter crise conjugal, crise existencial, crise de identidade e crise de nervos!
4 - Ser mãe solteira, mãe casada, mãe separada e mãe do marido.
5 - Lavar a calcinha no chuveiro. E depois pendurá-la no box para horror do sexo masculino.
6 - Rasgar a meia calça na entrada da festa.
7 - Sentir-se pronta para conquistar o mundo, quando está usando um batom novo!
8 - Chorar no banheiro e depois ficar se olhando no espelho para ver qual é o melhor ângulo.
9 - Achar que o seu relacionamento acabou e depois descobrir que era tudo tensão pré-menstrual. (Esta é perfeita!!!!).
10 - Nunca saber se é para dividir a conta, ou se é para ficar meiguinha.
11 - Dizer não, para ele insistir bastante, e aí ter que dizer sim!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

BOM DIA COOPERADO DA UNIMED - 2012


A Unimed Fortaleza realizou hoje, sábado, dia 24/03/12, o seu tradicional “Bom Dia Cooperado”, no Marina Park Hotel, prestando homenagens aos seus médicos cooperados aniversariantes dos meses fevereiro e março. Participei do encontro por ser cooperado nas especialidades de Medicina do Trabalho e de Medicina Sanitária, e também por ter aniversariado em 13 de março.
Na oportunidade, a organização do evento distribuiu aos presentes exemplares do nosso lançamento literário OBSERVATÓRIO MÉDICO: crônicas e ensaios cotidiano”, doados pelo autor, uma cortesia que despertou muito interesse entre os colegas.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Lançamento Coletivo do Prêmio Literário para Autor(a) Cearense

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará-SECULT realizou ontem, dia 23 de março de 2012, das 15 às 20h, cerimônia de Lançamento Coletivo do Prêmio Literário para Autor(a) Cearense, como parte da ação das artes integradas, "Cultura na Praça".
O evento aconteceu na Praça do Ferreira, onde se destacou um espaço de exposição e de manuseio, ao público em geral, de, até então, 100 (cem) títulos publicados e recebidos na SECULT.
Ao evento compareceram autoridades e personalidades convidadas, além de representações de instituições de reconhecida atuação nas cadeias criativa e produtiva do livro e mediadora da leitura.
A cerimônia do Lançamento Coletivo de livros, presidida pelo Sr. Secretário da Cultura, Prof. Francisco José Pinheiro, e com a presença demais autoridades, ocorreu às 18h, garantindo, assim, a maior visibilidade do evento à população de forma geral. Entre as obras lançadas, figurou a nossa “Revelações de um maquisard”, que foi premiada na categoria dramaturgia.
Por especial deferência da SECULT fui indicado para falar em nome dos autores premiados.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sobrames-Ceará

sexta-feira, 23 de março de 2012

Homenagem in memoriam do ICC ao Sr. Clovis Rolim

Retrato do homenageado Sr. Clovis Rolim







 










Momento de nosso discurso de saudação ao Sr. Clovis Rolim

Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do ICC
O Instituto do Câncer do Ceará (ICC) realizou na manhã desta sexta-feira, dia 23/3/12, uma solenidade em homenagem in memoriam ao Sr. Clovis Rolim, empresário paraibano, de nascimento, mas cearense, por opção. O Instituto do Câncer do Ceará muito deve a Clovis. Foi ele que um dia, usando da sua consciência social, decidiu-se pela construção do prédio que por muito tempo abrigou o Laboratório de Anatomia Patológica do ICC. O ponto alto da cerimônia foi o descerramento de placa e do retrato no Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Haroldo Juaçaba.
Coube a mim a honra de fazer o discurso de saudação em nome do ICC.

HELENA PITOMBEIRA: outorga do título de professora emérita da UFC


A Universidade Federal do Ceará realizou ontem à noite, dia 22/03/12, no Auditório Castello Branco, da Reitoria da UFC, a solenidade de entrega do título de professora emérita à Dra. Maria Helena Pitombeira, valorosa docente da Faculdade de Medicina, consagrando, assim, uma trajetória de cinco décadas de bons serviços prestados à própria universidade, como diligente servidora e ocupante de relevantes funções acadêmicas, e ao povo cearense, beneficiário direto da sua atuação no campo da hematologia.
A sessão solene foi presidida pelo Magnífico Reitor Jesualdo Pereira de Farias e contou com a presença do Vice-Reitor Henry Campos e de vários pró-reitores e diretores institucionais, sendo prestigiada pela audiência de cerca duas centenas de amigos e colegas, que guardam, em comum, a admiração pela homenageada.
A saudação à querida hematologista foi feita pelo Prof. Dr. Luciano Bezerra Moreira, diretor da Faculdade de Medicina, sendo subsequenciado pela cuidadosa e bem medida fala da recipiendária, que a todos encantou com o seu discurso. Ao término da solenidade, o auditório foi brindado com uma bela peça oratória de sua magnificência, fazendo lembrar a plaquete “Elóquios Universitários”, que bem documentou a outorga de idêntico título ao Prof. Haroldo Juaçaba.
Para concluir o evento, a Acad. Maria Helena, nossa ilustre confreira da Academia Cearense de Medicina, ofereceu aos convidados um coquetel, marcado pelo requinte e pelo toque de bom gosto da anfitriã.
Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira Nº 18

quinta-feira, 22 de março de 2012

TEORIA DA PURA COINCIDÊNCIA

Agora, a comissão nomeada pelo xerife Joe Arpaio constatou que, nos arquivos da Imigração, onde são guardadas em microfilme aquelas fichas que os passageiros de viagens aéreas preenchem antes do desembarque, faltam as fichas das pessoas que chegaram do Quênia naquela mesma semana. No Arquivo Nacional de Washington, a mesmíssima coisa. E, por incrível que pareça, os registros daquele período estão ausentes, também, dos arquivos das companhias aéreas que em 1961 tinham voos entre o Quênia e os EUA.
Ver nisso tudo algum indício de ocultação proposital é, na opinião bem-pensante, pura "teoria da conspiração", mas tentar atribuir essa quádrupla convergência de sumiços a um acúmulo fortuito de coincidências é forçar a pobre lei das probabilidades até o último grau da inverossimilhança concebível.
Mesmo esse grau, porém, é manifestamente ultrapassado quando alguém pretende que foi também por pura coincidência que essas coincidências aconteceram não a um cidadão qualquer, nem mesmo a um presidente qualquer, mas logo àquele que recusa mostrar seus passaportes, seus registros escolares, seus trabalhos acadêmicos e outros documentos que seus antecessores sempre abriram à inspeção pública.
Entre a Teoria da Conspiração e a Teoria da Pura Coincidência, a primeira, a esta altura, já se tornou muito mais razoável. Por fim, se esse presidente exibe um certificado de alistamento militar com carimbo grosseiramente falsificado e, mandando publicar uma cópia eletrônica de sua certidão de nascimento, gasta um milhão de dólares com advogados para impedir o acesso ao original do documento, o teórico da pura coincidência, que se pretende a encarnação máxima da sanidade, já começa a parecer aquilo que sempre foi: um louco, um idiota completo ou parte interessada na ocultação do óbvio.
A experiência me ensinou que, quando a maioria bem-pensante aposta que dois mais dois são cinco, é mais prudente nadar contra a maré e ser apontado nas ruas como louco. A opinião respeitável pode ser muito respeitável, mas a matemática é mais. Afinal, essa gente toda apostou que o Foro de São Paulo não existia, que o PT não tinha nada a ver com as Farc, nem estas com o tráfico de drogas, que a ascensão do petismo acabaria com a era da corrupção na política e que a China se tornaria democrática tão logo adotasse a economia de mercado.
Em todos esses casos me chamaram de louco porque eu dizia que não. E em todas essas ocasiões preferi antes ganhar a aposta sozinho do que perdê-la mal acompanhado.
Que Obama seja o "Presidente da Manchúria", que por trás da súbita e misteriosa ascensão de um ilustre desconhecido ao comando da nação americana haja um vasto esquema de ocultação e manipulação, a maior fraude política de todos os tempos, é coisa que, no meu modestíssimo e louquíssimo entender, já nem se discute. Quem quer que ainda tenha dúvidas a respeito sofre de Síndrome do Piu-Piu em estado terminal.
Só o que resta é sondar melhor as finalidades da operação. Não posso crer, razoavelmente, que o objetivo de tão complexo, trabalhoso e arriscado empreendimento fosse apenas a conquista da presidência, nem que os planejadores da coisa imaginassem poder manter os fatos encobertos e invisíveis para sempre.
Ao contrário: a operação deve ter como objetivo último o efeito psicossocial traumático, devastador, que a revelação da fraude, mais dia menos dia, virá a ter sobre todo o eleitorado que se rendeu ao engodo com paixão e entusiasmo, cedendo à chantagem racial ostensiva, confiando cegamente nos inimigos e expondo à perseguição e à zombaria os mais sinceros patriotas.
Induzir toda uma população a apostar contra si mesma, a ajoelhar-se ante o altar de um ídolo postiço com identidade falsa, é sem dúvida a vitória mais admirável que alguém já obteve no campo da guerra psicológica. Nesse sentido, a própria revelação da verdade contribuirá para a derrocada dos EUA, criando uma crise constitucional e social num momento em que o país, em estado de estupor, estará atolado num desastre econômico sem precedentes e metido ou em vias de meter-se em mais uma guerra.
É impossível que essas linhas de consequência não tenham, desde o início, entrado nos cálculos dos planejadores. Quem são eles possivelmente, é o que tentarei sondar num artigo vindouro. P. S. – Mal havia eu acabado de escrever essas palavras, quando chegou pelo http://www.wnd.com/2012/03/pravda-asks-what-happened-to-american-media/ a notícia de que o jornal oficial russo, Pravda, estava denunciando alto e bom som a conspiração geral da mídia americana para ocultar a fraude documental de Obama. Pode parecer uma ironia que as funções tradicionais respectivas do jornalismo americano e russo tenham se invertido, mas também aí, se me permitem, não há nenhuma coincidência.
A mega-operação simplesmente passou à segunda fase: do ludíbrio geral está saltando para a revelação brutal de uma obviedade tanto mais desmoralizante quanto mais longamente, obstinadamente rejeitada. Os americanos, uma vez demonstrado ante a Schadenfreude da humanidade inteira o quanto é fácil ludibriá-los, fazê-los de palhaços e jogá-los contra si próprios, precisarão de muita ajuda divina para, depois de tamanha humilhação, poder conservar ainda algum espírito patriótico.

quarta-feira, 21 de março de 2012

UM PASTOR À PROCURA DE REBANHO

Por Ricardo Alcântara (*)
O PDT anunciou que irá indicar o deputado Heitor Férrer para a disputa pela prefeitura de Fortaleza neste ano. A pouco mais de cem dias do prazo final para a escolha de candidatos, é o primeiro a ser confirmado.
Médico, foi no serviço público que conseguiu desenvolver as condições para se dedicar à sua vocação política, construindo uma carreira até aqui exclusivamente dedicada ao exercício de mandatos parlamentares.
Heitor priva do respeito da cidade. De vida privada discreta, nunca teve seu nome relacionado a atos contrários às responsabilidades que a população lhe confiou. E sempre foi visto trabalhando. Para o que se tem por aí, já é muito.
Sua trajetória política pode ser definida por três aspectos principais de sua atuação: no que lhe é mais constante, Heitor se move com baixa identidade ideológica, independência de pensamento e foco na defesa do bem comum.
Baixa identidade ideológica porque Heitor construiu sua identificação com o interesse popular sem servir a nenhuma linha doutrinária mais específica e sem alinhamento com as razões corporativas do movimento sindical.
No fundo, Heitor é um solitário. Espírito independente, dentro do seu PDT, onde cumpre rara carreira de muitos anos, nem sempre esteve, como agora não está, alinhado com as posições defendidas pelo seu comando partidário.
O deputado não se posiciona como aliado incondicional de nenhum setor específico da sociedade – produtores, liberais ou assalariados. Sempre quis estar onde lhe parecia estar o interesse comum. Sua causa? O cidadão.
Das características mencionadas acima decorre sua força e fragilidade: o patrimônio político da boa imagem que sempre cultivou não lhe garantiu uma rede consistente de articulação. Heitor pertence a todos e a ninguém.
Seu eleitor potencial é um progressista desmobilizado, aquele cidadão que sabe o que está se passando, mas não comparece nem a reunião de condomínio. Um tipo que, apesar do perfil crítico, não pratica militâncias.
Gente de muita opinião e poucas atitudes, tão cética com a integridade dos homens públicos quanto com a sinceridade e isenção dos seus fiscais. É um tipo de perfil difuso, mas, ninguém se engane: bem fácil de encontrar por aí.
Uma adiantada articulação partidária pretende garantir ao candidato um generoso tempo de propaganda eleitoral na mídia – pouco mais de quatro minutos de programa eleitoral. Que tenha muito a dizer, é tempo suficiente.
Se o seu partido souber compartilhar com tais forças a construção da candidatura, tanto quanto elas deverão compreender as contingências conjunturais da articulação, ele ocupará espaço relevante na disputa.
Dele, hoje não se pode ainda dizer que esteja entre os favoritos – nem mesmo seus adversários foram já indicados. Mais tolo seria, no entanto, tomá-lo como figurante. Somente o será se muitos erros forem cometidos.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.

terça-feira, 20 de março de 2012

O ZÉ PINTO DA SUCATA

Francisco Magalhães Barbosa, o conhecido Zé Pinto, nasceu em Fortaleza, Ceará, em 28 de setembro de 1925. Era ele filho de Antônio de Freitas Barbosa e dona Maria Magalhães Barbosa. Escultor autodidata, com um DNA realmente fantástico, ao ponto de nunca ter frequentado uma escola especializada, casou-se com Maria Zenor Cassiano Barbosa, tendo com ela onze filhos, o que dá a impressão do quanto era realmente pródigo, tanto na feitura de gente, como de obras de arte.
Quando Zé Pinto entrou no mundo das artes plásticas, ele não era assim tão novo. Tinha mais de 50 anos, fato que não o impediu de ganhar a mídia, ao expor suas criações no canteiro da avenida Bezerra de Menezes, na década de 1970.
Por essa época, ele era apenas um “marchand”, encarregado de vender os trabalhos executados por seus filhos, os quais, desde muito cedo, já se dedicavam à elaboração de belas peças produzidas com diferentes materiais: cascas de coco, fio elétrico e couro. Eram quadros com paisagens variadas, que incluíam pescadores, rendeiras e jangadas. Os artefatos eram negociados por Zé Pinto em várias partes de Fortaleza, rendendo dinheiro enquanto viravam peças de decoração.
Já cinquentão, ao descobrir-se com o dom da arte, Zé Pinto deixou o emprego na Universidade Federal do Ceará, onde reparava motores, para se tornar um artista bastante popular, criando estranhos objetos através de sucatas de ferro.
A primeira peça que criou foi um galo, talvez até porque ele fosse um Pinto. Em seguida, vieram: “Lampião”, “Maria Bonita”, “Padre Cícero”, “Dom Quixote”, “Chaplin”, “Bumba-meu-boi”. Entre as suas inúmeras criações não faltavam trens, carros, cachorros, canhões e caracóis, além de outras que o faziam voltar ao tempo da infância, quando, menino ainda, produzia seus próprios brinquedos. Quem sabe não tenha sido aí que tomou a decisão de ser um escultor diferente dos que existiam, na cidade, escolhendo, por conta própria, a sucata como matéria-prima para suas esculturas.
Dessa maneira, fez-se garimpador de ferro velho, transformando em arte alumínio amassado, pregos envergados e molas desformes. A tudo dava um sentido de movimento, visível nas obras plásticas, conjugando estética e estática. Para expor os seus trabalhos, Zé Pinto reinventou a galeria. Derrubou muros e socializou a arte em espaços ao ar livre. Isso se fez bem presente em 1975, quando expôs no canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, que ele batizou de “Pintódromo”, uma escultura do cantor Luiz Gonzaga, montada a partir de pára-choques, parafusos e outras peças sucateadas de carro velho. Ninguém precisava pagar para ver a majestade daquelas obras, que se destacavam pelo equilíbrio, pela espirituosidade, enfim, pelo lampejo do gênio.
O sucesso chegou célere. Não a pé, nem de bicicleta, veículo preferido pelo escultor para ir de um lugar a outro, à cata de matéria bruta, para construir suas esculturas. A mídia encarregou-se disso. Inicialmente, as criações de Zé Pinto foram expostas nos museus, praças, prédios e ruas de Fortaleza, só após transpondo as divisas do Ceará e do Nordeste e as fronteiras do Brasil. O artista participou de algumas mostras e exposições pelo País, chegando a expor no exterior, deixando por onde passava, a marca da sua genialidade.
Hoje, a produção artística de Zé Pinto pode ser encontrada em museus de Portugal e do Vaticano, além de figurar em acervos particulares na França, na Holanda, e em cidades, como Frankfurt e Colônia, na Alemanha, e ainda em Nova York e New Hamphire, nos Estados Unidos.
Em 1996, ano da morte de sua esposa, o artista parou de produzir. Depois de três AVC sofridos, em 1997 ele já não podia mais criar. Mais algum tempo e o Zé Pinto, com a idade de 79 anos, foi exercitar sua criatividade no céu. Não se pode aceitar que ele tenha falecido, de fato, em 2004, em Fortaleza, porque até hoje, quando se vê o Dom Quixote feito por ele, fica-se a imaginar, que o grande Zé Pinto continue pedalando sua bicicleta, em busca de moinhos de vento, para verificar, talvez, se há alguma sucata de aço e de sonho sobrando, que ele possa transformar em arte.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista
* Publicado In: O Povo. Fortaleza, 20 de março de 2012. Jornal do Leitor. p.2.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A PÁTRIA SEM CHUTEIRAS

Por Ricardo Alcântara (*)
A declaração do secretário-geral da FIFA (“O Brasil precisa de um chute no traseiro para tocar as obras da copa”) foi recebida por gente de conduta duvidosa como uma ofensa à honra da nação. Ridículo.
O episódio ilustra bem uma frase do Millôr Fernandes: “O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”. Enquanto isso, olha só aqui o tamanho da bolinha que a seleção está jogando: o.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.

domingo, 18 de março de 2012

CASA DA MÃE JOANA

A expressão se deve a Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382. Em 1346, a mesma se refugiu em Avignon, na França.
Aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Transposta para Portugal, a expressão "paço-da-mãe-joana" virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa. Assim, "casa-da-mãe-joana" passou a servir para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde impera a desordem e a desorganização.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

DIÁRIO DE UM CEARENSE NA SUÍÇA

12 Agosto - Hoje me mudei para minha nova casa na Suíça. Um chalé porreta nos Alpes. Que paz! Tudo aqui é tão bonito e silencioso. Os Alpes são tão majestosos. Quase que não posso esperar para vê-los cobertos de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a violência, a poluição e aqueles brasileiros mal educados.
Isto sim é que é vida!
14 Outubro - A Suíça é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o amarelo. Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e, pela primeira vez, vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Suíça é mesmo um paraíso.
E pensar que sofri tanto tempo naquele inferno que é o Ceará...
11 Novembro - Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Está esfriando e praticamente já chegou o inverno. Espero que neve logo.
Isto sim é que é vida!
2 Dezembro - Ontem à noite nevou. Que alegria! Despertei e encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... Estava tão contente que rolei nela e logo tive uma batalha de bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei). Que bonita a neve! Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados.
Que lugar bonito! Suíça sim é que é vida.
12 Dezembro - Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto! Saí novamente para tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada e, quando a niveladora de neve passou na rua, tive que voltar a passar a pá para tirar a neve...
19 Dezembro - Ontem voltou a nevar. Saí de casa para tirar a neve e a niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que vamos fazer?
De toda maneira, são os ossos do ofício de quem mora num cartão postal.
22 Dezembro - Ontem à noite nevou muito, outra vez. Não pude limpar a entrada por completo porque, antes que acabasse, já havia passado a niveladora; assim, hoje, não pude ir ao trabalho. Estou um pouco cansado de passar a pá nessa neve.
Droga de niveladora!
Mas, que vida!? Isso não acaba não?
25 Dezembro - Feliz Natal ... Aqui não para de cair esta merda branca. Já tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia da esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá, para então passar. Vá pra p... que pariu!
Se pego o filho da p... que dirige essa niveladora, juro que o mato.
27 Dezembro - Ontem à noite caiu mais essa merda branca. Já são três dias direto que não saio. Não faço mais nada, senão passar a pá nessa porra de neve, depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum.
O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas, para que se derreta mais rápido este gelo de merda.
O noticiário disse que esta noite vai cair mais 20 centímetros desta merda. Não acredito, não! Pense!
31 Dezembro - O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 20 centímetros de neve... caiu quase 1 metro dessa merda! Ninguém pôde sair para comemorar o ano novo. Agora, resulta que a niveladora quebrou perto daqui, e o filho da p... do motorista veio me pedir uma pá emprestada.
Ah, macho descarado! Disse a ele que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Quase quebrei a pá na cabeça dele.
Arre Éééguaaa, que bosta!
4 Janeiro - Ao fim, hoje consegui sair de casa para ir ao supermercado. No caminho, fui desviar de um cervo que se meteu na frente do carro, e bati numa árvore. PQP! O conserto do carro vai me sair por uns três mil francos suíços.
Esses veados deviam ser envenenados. Antes os caçadores tivessem acabado com essa raça ano passado.
A temporada de caça deveria durar o ano inteiro!
15 Março - Escorreguei no gelo que ainda há neste lugar e quebrei uma perna. Ontem à noite sonhei estar em Canoa Quebrada, no Mucuripe vendo as jangadas, Praia do Futuro etc. etc., tomando uma cerva gelada debaixo daquele sol, me refrescando na brisa e mergulhando no mar, ao som de um forró bem tocado.
Quero vender esta casa para sair já desta merda!
22 Abril - Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o conserto ia ficar o dobro, pois o assoalho estava todo enferrujado, culpa do sal de merda que jogaram nas ruas para derreter a merda branca.
Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o gelo?
3 Maio - Hoje consegui vender a casa para um corno de um suíço. Graças a Deus poderei sair deste fim de mundo frio e solitário. Amanhã volto para o meu Ceará. Muito calor, tráfego, poluição, comer sarapatel, mas acima de tudo vou ver o sol, coqueiros, calango passando pelos meus pés, terra de gente boa e hospitaleira.
Aquilo sim é que é vida!
PQP, estou de volta!Nem acredito!
Eu tenho orgulho de ser um cearense, de chapa e cruz, confesso e não me engano......
TE AMO, CEARÁ!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

sábado, 17 de março de 2012

ACABAR EM PIZZA


Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido.
O termo surgiu por meio do futebol. Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e, durante 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome.
Assim, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso, simplesmente foram para casa e a paz reinou de forma absoluta. Após esse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva, fez a seguinte manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”. Daí em diante o termo pegou.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

SÓ AS MULHERES ENTENDEM

1 - Por que é bom ter cinco pares de sapatos pretos.
2 - A diferença entre creme, marfim, e bege claro.
3 - Achar o homem ideal é difícil, mas achar um bom cabeleireiro é praticamente impossível.
E O TÓPICO NÚMERO 1 QUE SÓ AS MULHERES ENTENDEM:
1 - As outras mulheres!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e de autoria ignorada).

sexta-feira, 16 de março de 2012

Enciclopédia Britânica somente na versão online

Enciclopédia Britânica vai deixar de ser publicada no papel, depois de 244 anos.
Daqui para frente, tradicional publicação terá somente versão online.
Depois de 244 anos em circulação e dezenas de edições, a Enciclopédia Britânica deixará de ser publicada no papel. A edição de 2010 é a última que vai poder ser guardada nas bibliotecas, já que as próximas publicações serão feitas somente online.
"Hoje nosso banco de dados digital é muito maior do que o que pode caber na impressão. E podemos revê-lo em poucos minutos, a qualquer hora" escreveu o presidente Jorge Cauz em comunicado da empresa. A publicação tem atualmente cerca de 120 mil artigos.
A empresa Encyclopedia Britannica Inc. já não tinha mais a publicação homônima como principal negócio. A projeção do presidente da companhia, Jorge Cauz, é que apenas 15% da receita total da empresa este ano virá da enciclopédia, por meio de assinaturas online e compra de aplicativos. O resto do faturamento deve vir de produtos e serviços educativos.
A versão da Enciclopédia Britânica em DVD custa cerca de 30 libras no site da Amazon, e são cobradas 70 libras para fazer uma assinatura anual. O presidente da empresa relativizou os custos da Britânica digital, comparados com o acesso gratuito à enciclopédia colaborativa online Wikipedia.
"Podemos não ser tão grandes como a Wikipedia. Mas nós temos uma voz erudita, um processo editorial, e artigos bem escritos. Todas essas coisas, em que nós acreditamos, são muito, muito importantes", disse Cauz, segundo informou o jornal The Guardian.
Sobre os efeitos internos do anúncio do fim da publicação, o presidente da empresa disse que a decisão foi bem recebida. "Todos entendem que nós precisamos mudar. Ao contrário dos jornais, sentimos o impacto do mundo digital há muitos anos. Tivemos tempo para a reflexão."
A Encyclopedia Britannica Inc. é propriedade do magnata bancário suíço Jacqui Safra. Núeros internos apontam que mais de 450 milhões de usuários visitaram os websites da empresa - que incluem dicionários Merriam-Webster - ao longo de 2011.
Fonte: Notícias UOL.
 

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