sexta-feira, 13 de junho de 2025

FOLCLORE POLÍTICO: Porandubas 841

Abro a coluna de hoje com a mineirice...

Mata o bicho

A referência é o monsenhor Aristides Rocha, mineirinho astuto, que fazia política no velho PSD e odiava udenistas. Ainda jovem, monsenhor foi celebrar missa em uma paróquia onde o sacristão apreciava uma boa aguardente. Um dia, o sacristão, seguindo o ritual, sobe o degrau do altar com a pequena bandeja e as garrafinhas de vinho e água, e não vê uma barata circulando entre as peças do altar. Monsenhor interrompe o seu latim e, de olho na bandeja, diz baixinho ao sacristão:

- Mata o bicho...

O sacristão não entende a ordem. Atônito, fica olhando para o jovem padre, que repete a ordem, agora com mais energia:

- Mata o bicho, sô!

Ordem dada, ordem executada. O sacristão não se faz de rogado. Diante dos fiéis que lotam a capela, ele pega a garrafinha e, num gole só, sorve todo o vinho da santa missa. No interior de Minas, "matar o bicho" é dar uma boa bebericada.

(Do livro de Zé Abelha, A Mineirice.)

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/403803/porandubas-n-841


Nenhum comentário:

 

Free Blog Counter
Poker Blog