Abro a
coluna de hoje com a mineirice...
Mata o bicho
A
referência é o monsenhor Aristides Rocha, mineirinho astuto, que fazia política
no velho PSD e odiava udenistas. Ainda jovem, monsenhor foi celebrar missa em
uma paróquia onde o sacristão apreciava uma boa aguardente. Um dia, o
sacristão, seguindo o ritual, sobe o degrau do altar com a pequena bandeja e as
garrafinhas de vinho e água, e não vê uma barata circulando entre as peças do
altar. Monsenhor interrompe o seu latim e, de olho na bandeja, diz baixinho ao
sacristão:
- Mata o
bicho...
O
sacristão não entende a ordem. Atônito, fica olhando para o jovem padre, que
repete a ordem, agora com mais energia:
- Mata o
bicho, sô!
Ordem
dada, ordem executada. O sacristão não se faz de rogado. Diante dos fiéis que
lotam a capela, ele pega a garrafinha e, num gole só, sorve todo o vinho da
santa missa. No interior de Minas, "matar o bicho" é dar uma boa
bebericada.
(Do
livro de Zé Abelha, A Mineirice.)
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/403803/porandubas-n-841
Nenhum comentário:
Postar um comentário