Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Define-se taxa de câmbio
como o preço da moeda estrangeira (divisas) em termos de moeda nacional. Ou
seja, raciocinando com a moeda dos EUA, a mais comum de comparação, a taxa de
câmbio no Brasil é a relação entre R$ (real) / US$ (dólar). Por sua vez, de
maneira geral, pode-se dizer que por trás da demanda de divisas está o fluxo
representativo da saída de divisas para o exterior, mediante operações como:
importação de bens e serviços, pagamentos financeiros ao exterior, empréstimos
concedidos ao exterior, amortizações de financiamentos pagas ao exterior,
dentre as mais significativas. Já, por trás da oferta de divisas tem-se o fluxo
referente à entrada de divisas evidenciado por operações como: exportação de
bens e serviços, recebimentos financeiros do exterior, empréstimos obtidos no
exterior, amortizações de financiamentos recebidos do exterior, etc. Os
formatos das curvas de procura e de oferta de divisas, numa situação de mercado
livre, no sistema cartesiano (1º quadrante), são, respectivamente, descensional
da esquerda para a direita e ascensional, também, da esquerda para direita. Assim,
como a taxa de câmbio é o preço da divisa, quanto maior esse preço, menores
seriam as quantidades procuradas e maiores as ofertadas; ou então, quanto menor
o preço, maior seria a procura e menor a oferta. Referindo-se, especificamente,
às desvalorizações cambiais, isto é, os efeitos para um país que teve sua moeda
depreciada (por exemplo: aumento da relação R$/ US$, no Brasil) são: estímulo à
entrada de divisas e desestímulo à saída de divisas. Todavia, os elaboradores
de política econômica devem observar diversos indicadores, tais como: taxa de
inflação, taxa de juros, emprego, distribuição de renda, crescimento do PIB,
políticas e crises externas, especulação no país e no exterior, etc. Não é
fácil, todo cuidado é pouco.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 13/12/2019.
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