Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Os países pobres e
emergentes vêm, apresentando ao longo do tempo, baixos índices educacionais. No
Brasil, por exemplo, os níveis fundamental, médio e superior, apesar de algumas
melhorias pontuais, ainda permanecem num estágio pouco satisfatório. Entra
governo e sai governo, percebe-se que a educação brasileira continua baseada
numa prioridade retórica e não em ações objetivas visando à realização de
investimentos, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade. Todos
sabem que uma estrutura de ensino eficaz é fundamental para melhorar as
condições de vida do povo, nos aspectos do emprego, da saúde, da violência,
dentre outros. Segundo o professor Albert Fishlow: “Investir na educação é a forma mais eficiente para se
conseguir uma melhor e mais justa distribuição de renda”. Ademais, reforçando a sábia colocação de Fishlow,
pode-se afirmar que a distribuição do bom conhecimento, tanto cognitivo como
comportamental, leva a melhores condições de vida, emancipando a pessoa humana.
A pessoa com maior nível de escolaridade tem melhor possibilidade de acesso ao
mercado de trabalho, em constante evolução, característica desta era de
globalização. Com o aperfeiçoamento da mão de obra há mais atração de
investimentos, qualificação de empregos e dinamização do consumo. De fato, a
educação melhora a qualidade de vida do cidadão, o que permite torná-lo um
consumidor mais consciente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e
métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta acompanhar as
transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Através do caminho
da educação, encontramos a solidariedade, a liberdade e a igualdade de
oportunidades, compatíveis com fundamentos democráticos. “Post scriptum”: Aristóteles ressaltou que “educar a mente sem educar o coração não é educação”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 22/11/2019.
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