Por Elizabeth
Schumacher
Edição:
Francis França
Fruto de um relacionamento com soldado alemão
casado, Margot Bachmann revê a mãe após mais de 70 anos de separação. A mulher
do norte da Itália havia sido forçada pela família do pai do bebê a abandonar
sua filha.
Uma
senhora italiana de 92 anos reencontrou sua filha após 71 anos de separação.
Natural da cidade de Novellara, no norte da Itália, ela tinha ido trabalhar na
Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial e foi forçada a abandonar sua filha
pela família do pai do bebê, um soldado alemão casado.
Segundo
o jornal italiano La Repubblica, o pai de Margot Bachmann lhe contou que sua
mãe era italiana, mas que ela tinha morrido na guerra e proibiu a filha de
procurá-la ou perguntar sobre ela.
Foi
somente após a morte do pai, no ano passado, que Bachmann acionou o Serviço
Internacional de Rastreamento (ITS), na cidade alemã de Bad Arolsen. E foi no
centro de documentação e pesquisa sobre a perseguição nazista que a agora
senhora de 71 anos de idade descobriu que sua mãe ainda vive.
Em
trabalho conjunto com a iniciativa "Restabelecimento
de Laços Familiares", da Cruz Vermelha
da Itália, o ITS foi capaz de descobrir a localização da mãe. Ambas tiveram o
primeiro encontro no último fim de semana.
"Comecei a pesquisar, na esperança de aprender mais", disse Bachmann ao La Repubblica. "Mas eu nunca imaginei que um dia seria possível abraçar
minha mãe. Estou tão feliz de tê-la encontrado viva e em boa forma, apesar de
sua idade."
"Hoje vivenciamos um pequeno milagre", disse a porta-voz da Cruz Vermelha, Laura
Bastianetto. "Não é comum que mãe e
filha se reencontrem após 70 anos separadas. Graças a um esforço conjunto ao
longo dos últimos dois anos, podemos presenciar este reencontro comovente."
Fonte: O
Povo, de 11/08/2015.
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