Jader Soares lança biografia do primeiro humorista brasileiro (O
Povo/Divulgação)
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Nascido
em Aracati (148km de Fortaleza), em 1858, Paula Nei, nas palavras de Chico
Anysio, é o primeiro humorista brasileiro. E na biografia escrita pelo
estudioso do humor Jader Soares, o cearense tem a sua vida e carreira
percorridas. Paula Nei – O Primeiro Humorista Brasileiro, será lançado dentro
da I Festa Literária do Humor Cearense, amanhã, 19, no Museu do Humor Cearense.
Para
o autor, a influência de Paula Nei é importante justamente para mostrar que o
Ceará, enquanto “terra de comediantes”, já apresentava talentos na área muito
antes de Chico Anysio ou de Renato Aragão. “Defender Nei como o primeiro
humorista brasileiro é algo que faço sem esforço. Descobri isso através de
depoimentos que li ou simplesmente de citações de pessoas que conviveram e até
de quem só ouviu falar depois de sua partida”, conta.
Inicialmente
escrito com o título de O Primeiro Humorista Cearense, Jader trocou após uma
conversa que teve com Chico Anysio durante a oitava Bienal Internacional do
Livro do Ceará. “Chico foi quem me alertou. Disse que ele era, na verdade, o
primeiro grande nome da comédia que o Brasil teve”, diz. E coube a Chico
escrever a apresentação do livro.
Histórico
Aos
18 anos, Nei resolveu, com o consentimento do pai, morar na capital do Império,
Rio de Janeiro, em 1876. No local, tornou-se jornalista, poeta, boêmio e “rei
da pilhéria”. A Rua do Ouvidor, centro da efervescência política e cultural do
Rio, era o seu “escritório”. Era amigo de intelectuais e escritores como Coelho
Neto, Aluísio Azevedo, José do Patrocínio e Olavo Bilac.
Começou
a trabalhar com comédia a partir dos sonetos que escrevia. Seu mais famoso foi
A Fortaleza, de onde saiu a famosa expressão que define a capital cearense como
“a loira desposada do sol”.
Serviço
Lançamento
do livro Paula Nei - O primeiro humorista brasileiro
Quando:
amanhã, às 20 horas.
Onde:
Museu do Humor Cearense (Av. da Universidade, 2175 - Benfica).
Fonte: O
Povo, de 18/12/2015. Caderno Vida & Arte. p.5.
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