Por Weiber Xavier
(*)
A indústria de
multivitaminas movimenta um mercado em torno de 12 bilhões de dólares por ano.
Pelo menos metade da população americana consome um suplemento vitamínico
diário. Em um editorial na revista Annals of Internal Medicine, intitulado "Basta,
é o suficiente: Pare de desperdiçar dinheiro em suplementos vitamínicos e
minerais", os pesquisadores da Johns
Hopkins analisaram evidências sobre suplementos, incluindo três estudos
recentes:
Uma análise de pesquisa
envolvendo mais de 400.000 pessoas, que descobriu que as multivitaminas não
reduziram o risco de doenças cardíacas ou câncer.
Um estudo que acompanhou o
funcionamento mental e o uso de multivitamínicos em 5.947 homens por 12 anos
descobriu que as multivitaminas não reduzem o risco de declínio mental, como
perda de memória ou raciocínio lento.
Um estudo de 1.708
sobreviventes de ataques cardíacos que tomaram um multivitamínico de alta dose
ou placebo por até 55 meses. As taxas de ataques cardíacos posteriores,
cirurgias cardíacas e mortes foram semelhantes nos dois grupos.
Os pesquisadores
concluíram que as multivitaminas não reduzem o risco de doenças cardíacas,
câncer, declínio cognitivo (como perda de memória e raciocínio lento) ou uma
morte prematura. Eles também notaram que, em estudos anteriores, os suplementos
de vitamina E e beta-caroteno parecem ser prejudiciais, especialmente em altas
doses. Em resumo: "As pílulas não são
um atalho para melhorar a saúde e a prevenção de doenças crônicas".
Infelizmente, hoje, vemos
pessoas que parecem que vão a uma viagem espacial ou moram na Lua tamanha a
quantidade de suplementos, pílulas e cápsulas, esquecendo os próprios alimentos
e os benefícios reais de uma dieta adequada.
Maior evidência de
recomendação tem-se em manter o peso ideal e reduzir a quantidade de gordura
saturada e trans, sal e açúcar em uma dieta saudável, de forma balanceada com
frutas, legumes, proteínas entre outros alimentos.
A forma natural de obter
as vitaminas e minerais que necessitamos, ou seja, através de alimentos é o que
de fato precisamos.
(*) Médico
e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 25/7/2018. Opinião. p.18.
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