domingo, 23 de setembro de 2018

ORAÇÃO, A FORÇA NA VOCAÇÃO


Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Estamos no mês vocacional e a vocação cristã é comum a todos os batizados. Ela se realiza no casamento, no sacerdócio, na vida religiosa ou leiga, mas não existe vocação sem oração.
Às vezes nos "mundanizamos" e deixamos de lado a humanização. 
Uso a palavra "mundano", porque muitas vezes abrimos mão de coisas imprescindíveis na vida espiritual. Assim como a natureza, que através de catástrofes naturais nos cobra devido ao descaso; assim como a nossa natureza humana, que se não nos alimentarmos, enfraquecemos e a saúde vai embora, o mesmo acontece com a nossa espiritualidade. Como dizia Santo Inácio, se nos propomos a rezar 5 minutos e pensamos: "hoje eu vou abrir concessão de um"; no dia seguinte serão 2, depois 3, 4, 5 minutos e acabamos não rezando mais.
Ninguém experimenta o amor de Deus se não viver na Sua presença. Quem não leva a sério sua vida com Deus, se perde. Não importa se sacerdote ou leigo, se perde. Portanto, devemos sempre olhar para a bússola de Deus, a fim de sabermos para onde estamos indo. Todo problema espiritual que tivermos, devemos prestar a devida atenção, pois está em risco a nossa salvação.
Uma das formas de cuidar da nossa vida espiritual é através dos Sacramentos, principalmente pela Confissão. Eu não consigo entender alguém que diz ser da Igreja Católica e não tem uma vida de confissão. Temos que purificar a nossa fé, não podemos ficar com o coração dividido. Ou somos inteiros de Deus ou não somos nada.
Deus não tenta ninguém, mas Ele permite que sejamos tentados. Ele é forte e poderoso, mas o inimigo existe e quer semear em nosso coração a dúvida e a confusão. Nossa alma tem fome de Deus e precisa ser alimentada em Deus, através do Sacramento da Eucaristia, ela é o alimento eterno. Temos necessidade de comungar. 
Ao receber Jesus, na verdade, é Ele que nos envolve com seu amor. 
Devemos dar mais valor a Eucaristia, é preciso, após cada comunhão, adorar Cristo Vivo dentro de nós, isso nos cura.
Caso deixemos de experimentar o amor de Deus, e se em algum momento da vida nos cansarmos e nos dermos conta de nossa imperfeição, nos coloquemos diante Dele e recomecemos. Ele estenderá as mãos para que cheguemos mais perto do Seu amor, pois a Sua misericórdia é infinita.
(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 11/08/2018. Opinião. p.20.

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