Por Weiber Xavier
(*)
Embora existam
registros de vacinação desde o ano 1000 na China, deve-se a Edward Jenner no
século XVIII, a descoberta da vacina contra a varíola, uma experiência
revolucionária na medicina que trouxe avanços importantes na prevenção de
doenças graves e potencialmente letais.
A palavra vacina, que em latim (vaccinus) significa
"de vaca", devido a Jenner ter desenvolvido a vacina em humanos a
partir de um tipo de varíola que acometia as vacas, por analogia, passou a
designar todo o inóculo que tem capacidade de produzir anticorpos, ou seja, uma
vacina é uma preparação biológica que estimula o sistema imunológico contra uma
doença específica.
Vacinas previnem infecções graves com risco de complicações
e morte, além de promoverem uma imunidade melhor do que a infecção natural.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a vacinação protege contra cerca de 26
doenças que incluem: Câncer do colo do útero, Cólera, Difteria, Hepatite B, Influenza,
Encefalite japonesa, Sarampo, Caxumba, Pertussis, Pneumonia, Poliomielite,
Raiva, Rotavírus, Rubéola, Tétano, Febre tifoide, Varicela, Febre Amarela. A
resposta imune às vacinas é similar a uma produzida pela infecção natural,
porém, com menores riscos como, por exemplo, os defeitos congênitos devido à
infecção por rubéola ou paralisia irreversível no caso da poliomielite.
A vacinação é uma intervenção das mais custo-efetiva em
saúde pública, cerca de três milhões de mortes são prevenidas a cada ano com a
vacinação. O aumento da cobertura vacinal, aumentando a imunização globalmente,
poderia salvar um adicional de cerca de 1,5 milhões de pessoas a cada ano.
Apesar das evidências de ganhos de saúde dos programas de
imunização, sempre houve resistência às vacinas em alguns grupos, que mesmo em
pleno século XXI, com argumentos inconsequentes, promovem um movimento
anti-vacina que não só põe em risco a si próprio como toda a comunidade.
Vacinas são seguras e efetivas, mesmo com melhor higiene,
saneamento e acesso à água tratada, se pararmos a vacinação, doenças como pólio
podem voltar, portanto, vacine-se!
(*) Médico
e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 14/1/2019. Opinião. p.22.
Nenhum comentário:
Postar um comentário