1) Quebrar espelho dá azar
Entre
os antigos gregos, um popular método divinatório consistia em usar uma tigela
com água para refletir a imagem da pessoa que queria saber sobre seu destino.
Se, durante a consulta, o recipiente caísse e quebrasse, era sinal de que a
pessoa morreria ou teria dias nebulosos pela frente. Os romanos adaptaram o
oráculo grego e acrescentaram que o infortúnio se prolongaria por sete anos,
tempo que duraria cada ciclo da vida. Quando os primeiros espelhos de vidro
surgiram, ainda na Idade Média, a superstição passou também a ter função
econômica: como eram objetos muito caros, os empregados eram avisados de que
quebrá-los dava azar.
2) Trevo de quatro folhas dá sorte
Acredita-se
que os primeiros a usar o trevo-de-quatro-folhas como talismã tenham sido os
druidas, antigos sacerdotes celtas, ainda no primeiro milênio a.C.: quem
tivesse uma dessas plantinhas conseguiria enxergar demônios na floresta e, assim,
escapar deles. O poder do trevo viria de sua raridade na natureza — em geral
ele tem apenas três folhas. Além disso, o quatro era tido como um número
cabalístico: são quatro as estações do ano, os pontos cardeais, os elementos
alquímicos (água, ar, fogo e terra) e as fases da Lua.
3) Não passar debaixo de escada
De
acordo com uma das teorias sobre a origem desta superstição, ela viria da
associação entre o dogma cristão da Santíssima Trindade, que jamais deveria ser
violado, e o triângulo formado pela sombra de uma escada encostada numa parede.
Passar debaixo da escada seria como profanar o triângulo sagrado, um pecado
gravíssimo e de consequências funestas. Outra hipótese é a de que a crença
tenha surgido na Europa medieval, por causa dos ataques aos castelos. Como os
invasores utilizavam escadas encostadas nos muros para invadir as fortalezas, a
principal defesa era derramar óleo fervendo sobre os inimigos. Ou seja, quem
estivesse debaixo da escada podia receber um banho fatal.
4) Suas orelhas esquentam quando falam mal de você
Não
se sabe ao certo quando surgiu a crença de que, se alguém estiver falando mal
de você, suas orelhas “pegarão fogo”. Mas, ainda em meados do século 1, o
historiador romano Plínio, o Velho, tentou achar uma explicação. Para ele, a
origem da superstição estaria ligada à ideia, difundida na época, de que no ar
existiria uma espécie de “mercúrio universal”, substância que permitiria a
transferência de energia entre pessoas. Assim, quando alguém fala de você,
mesmo estando a léguas de distância, as palavras acabam chegando a seus
ouvidos. Seja como for, caso sinta as orelhas quentes, não custa nada saber
qual a receita para contra-atacar o falatório alheio: basta morder de leve o
dedo mindinho da mão esquerda para que o fofoqueiro dê uma baita mordida na
própria língua!
Fonte: Revista Supertinteressante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário