Por Roberto Macêdo (*)
O mundo está de cabeça para baixo. Nos meus
81 anos nunca vivi um momento tão conturbado. Isso me leva a acreditar que
precisamos cada vez mais investir na nossa capacidade de desenvolver e
fortalecer relações de afeto e confiança nos lugares onde nossas vidas
acontecem.
Um alento para mim, tem sido as visitas de
aproximação que nós, da segunda geração, estamos proporcionando à terceira e à
quarta gerações da nossa empresa familiar com as pessoas que tocam o dia a dia
das nossas unidades fabris em Fortaleza, Salvador, Simões Filho, São José dos
Campos e Londrina, bem como nas unidades de Horizonte e Londrina, em
construção.
Esse programa faz parte de um processo de
contato com o mundo real, em contraponto a um tempo atravessado por tantas
mensagens fantasiosas que nos chegam a todo instante, pregando ódio,
desconfiança e provocando desperdício de energia e de crença no que somos
capazes.
O clima em cada unidade visitada revela que
o sucesso de uma empresa depende muito de integração e de espírito de
pertencimento. Aceitas e valorizadas por suas contribuições, as pessoas fazem
bem-feito o que se comprometem a fazer, não se deixando influenciar pelas
incertezas.
Como acionista, tenho o mesmo sentimento de
entrega e de satisfação por constatar que o patrimônio do grupo econômico
fundado pelo nosso pai José Macêdo e por seu irmão Benedito, está sendo bem
cuidado e cuidando de oferecer à sociedade produtos alimentícios de boa
qualidade.
Percebo essa conexão de simplicidade,
atenção e reconhecimento entre acionistas, gestores e funcionários, por meio de
práticas geradoras de confiança mútua como fundamental para a construção do
sentido de pertencimento dos integrantes das gerações que nos sucederão.
É contagiante o orgulho expressado por quem
se empenha no que faz, independentemente de posição ou cargo que ocupa em uma
empresa que, já na década de 1980, definiu que as pessoas, a valorização
estética e o meio ambiente fazem parte de seus Princípios Filosóficos.
Experiências como esta me dão a sensação de
que, se cada um fizer o que lhe compete, podemos construir um país e um mundo
melhores.
(*) Empresário.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 1/09/25. Opinião, p.22.
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