Por Camila Juliana, Da Redação
Profissionais tiram aproximadamente um ano
de licença de suas atividades para executar projetos pessoais
A
expressão “ano sabático”, tem origem na palavra hebraica shabat que significa parar, cessar. Na tradição judaica o termo sabat significa “parar de trabalhar” ou
ainda “período de descanso”. Esse dia ocorre entre o pôr do sol da sexta-feira
até o pôr do sol do sábado, período em que os judeus se dedicam ao descanso
religioso e não realizam nenhum tipo de atividade física. No judaísmo, além do
sétimo dia da semana, destinado ao descanso, no sétimo ano do ciclo de sete
anos da agricultura ordenada pela Torá para o povo de Israel, os judeus ficavam
um ano inteiro sem trabalhar.
Esse
“ano sabático”, tinha também o objetivo de permitir o descanso da terra, assim
como para auxiliar os trabalhadores a estarem mais dispostos para o cultivo,
depois de seis anos de colheita contínua. O mundo empresarial e o acadêmico
assimilaram a expressão “ano sabático”, e hoje é frequente que os profissionais
tirem aproximadamente um ano de licença de suas atividades para executar
projetos pessoais, se distanciar da rotina e repensar vida e carreira.
Neste
período que muitos buscam experiências internacionais, por vezes em locais de
difícil acesso, para que certa meditação seja possível. Em âmbito empresarial,
essa permissão normalmente é concedida para os executivos de altos escalões. A
concessão pode ou não ser remunerada. O período sabático não é uma
obrigatoriedade legal que está na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Assim, podemos pensar que se trata de um investimento da organização no seu
trabalhador, que pode propiciar um engajamento maior, aumentando a
produtividade e criatividade.
Na
perspectiva do trabalhador é recomendável que uma programação de médio ou longo
prazo seja estabelecida antes do período sabático. Organizar a vida familiar,
social e financeira são alguns dos pontos fundamentais para que efetivamente se
possa descansar e repensar nas escolhas feitas. Fique atento se sua empresa é
receptiva. Se for, tente montar um projeto. Aponte justificativas, resultados
esperados (qualitativos e quantitativos) e como tudo isso pode se relacionar
com o negócio principal da empresa. Depois, é curtir o momento e extrair
experiências que dificilmente seriam possíveis dentro dos limites do território
organizacional.
Fonte:
O Estado de São Paulo, 19/10/2014.
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