Por Antonio
Pastori
Ontem
(16/5) foi dia do lixeiro, perdão, dia do gari, uma nobre profissão.
Claro
que é nobre! Já imaginou sua vida sem eles?
Tem
gente - no meu tempo chamavam-se Sugismundos - que suja a rua com o simples
argumento de que "assim ajudamos a dar emprego aos garis".
Quem pensa assim poderia, por exemplo, muito contribuir para manutenção dos
empregos dos coveiros "se auto eliminando-se a si mermo"
(sic) da sociedade de uma vez por todas.
Pesquisando
sobre a origem e o significado dessa palavra, descobri o seguinte:
1
- Não é de origem francesa (para embelezar o nome?). Que nada! A palavra gari
vem do nome de Pedro Aleixo Gari que, durante o Império assinou com a
Corte brasileira o primeiro contrato de limpeza urbana no Brasil. Aleixo
costumava reunir no Rio de Janeiro, cidade onde morava, funcionários para
limpar as ruas após a passagem de cavalos, o que nessa época era muito comum.
2
- Os primeiros cariocas se acostumaram com esse trabalho e sempre mandavam
chamar a "turma do Gari" para executá-lo. Aos poucos e de tanto
repeti-lo, a população da do Rio associou o sobrenome de Aleixo Gari aos
funcionários que cuidam da limpeza das ruas. Assim, o nome gari se espalhou
para o restante do País.
3
- Gari também pode ser um tsukemono, uma espécie de conservas de vegetais -
picles - da culinária japonesa. Chique, né?
4
- Os garis têm um poder oculto que ainda não sabem como aplicar: podiam varrer essa
sujeirada meio invisível que assola o mundo sob as mais terríveis formas
(tráfego de drogas, corrupção, destruição do meio ambiente, poluição, guerras
santas, genocídios e outras vergonhas da espécie humana). Mas, para isso,
seriam necessários milhares e milhares de Super-garis. Oremos, pois.
Antonio
Pastori, guardião da Domingueira Poética
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