Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Concordamos
com a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um
direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de
ser um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o mais
importante, para o progresso ordenado de um país. É fundamental que as nações
entendam, em primeiro lugar, que a educação não é um gasto, mas um investimento.
Em segundo lugar, este é um investimento de longo prazo que deve expressar o
compromisso de gerações e ser elevado a um projeto de Estado Democrático, para
além das divergências partidárias das forças políticas que momentaneamente
ocupam os papéis de governo e oposição, ou seja, a educação não deve ser um
programa de Governo, mas de Estado. Ademais, deve-se buscar a articulação dos
diversos atores sociais, somando esforços de governos, setores empresariais e
trabalhistas e da sociedade civil em geral. Há uma evidente correlação entre os
níveis educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o
desenvolvimento dos países. Este entendimento levou à adoção da educação como
um dos fatores na concepção do conhecido IDH – Índice de Desenvolvimento
Humano, quetem orientado as políticas públicas em vários países e constituído
importante indicador de avaliação de seus acertos ou insuficiências. Resta,
pois, o passo mais difícil — transformar a retórica em ações concretas e
priorizar os investimentos no setor educacional, nas múltiplas dimensões do
acesso, da equidade e da qualidade. Eis o verdadeiro desenvolvimento humano.
(*) Economista.
Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte:
Diário do Nordeste, Ideias. Maio de/16
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