quarta-feira, 22 de junho de 2016

UM CORAÇÃO TRANSBORDANTE DE AMOR


Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)
Estamos no mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus existia sem nenhuma expressão, até que no ano de 1673, a irmã Maria Margarida Alacoque, freira do convento da Ordem da Visitação teve a primeira revelação de Nosso Senhor Jesus.
Ele apareceu-lhe por numerosas vezes e deu a conhecer que seria ela o instrumento para arrebanhar o maior número de pessoas ao Amor de Seu Coração. Deste colóquio distinguem-se classicamente as 12 promessas do Sagrado Coração.
O Papa Pio XII salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu Coração como fonte de restauração e de paz ao afirmar: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30).
Então, se o Coração de Jesus é manso e humilde, o nosso também deve ser. Imitá-lo é a grande finalidade da devoção ao Sagrado Coração. Busquemos viver como Ele, pautando nossa vida nos Seus valores, ensinados no Evangelho.
É deixar-nos modelar por Jesus, é percebermos se os nossos sentimentos e ações são próprios de quem tem um coração manso e humilde, tal qual o de Jesus. É uma meta a ser buscada durante a vida toda. Em nosso coração, pode ser gerado e nutrido o bem divino que é o melhor que há em nós, como o pior daquilo que podemos nos tornar.
Esforcemo-nos para aprender e viver a mansidão e a humildade do Coração de Jesus Cristo. Essa humildade que é uma virtude moral, podemos nascer com ela, mas ela pode ser trabalhada, buscada, aperfeiçoada.
Segundo Santa Teresa D’Avila, ser humilde é andar com a verdade. Deus é a verdade, então humildade é a busca da verdade, é andar na presença de Deus.
A humildade nos coloca a serviço, numa atitude de alegria, e, não em busca de honras, mas também não nos deixa afetar pelas desonras. Não nos deixa afetar pela calúnia. Não nos coloca como merecedor de nada.
Se não buscamos a humilde, nos tornamos soberbos, e a soberba torna a alma mesquinha, apegada a coisas mesquinhas e nos leva a nos achar autossuficientes, a julgar tudo como mérito próprio e negar que somos necessitados de Deus.
Temos que ter a humilde consciência de que em tudo dependemos de Deus. Negar a ação de Deus em nossa vida e se opor a Deus é soberba, orgulho.
Coloquemos nossas esperanças e confiança no Sagrado Coração de Jesus, que é fonte de misericórdia sem fim.
Jesus Manso e humilde de coração fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!
(*) Reginaldo Manzotti é padre e coordenador da Associação Evangelizar é Preciso.
Fonte: O Povo, de 28/6/2015. Espiritualidade. p.30.

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