Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)
Estamos no mês
dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus
existia sem nenhuma expressão, até que no ano de 1673, a irmã Maria Margarida
Alacoque, freira do convento da Ordem da Visitação teve a primeira revelação de
Nosso Senhor Jesus.
Ele apareceu-lhe
por numerosas vezes e deu a conhecer que seria ela o instrumento para
arrebanhar o maior número de pessoas ao Amor de Seu Coração. Deste colóquio
distinguem-se classicamente as 12 promessas do Sagrado Coração.
O Papa Pio XII
salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu
Coração como fonte de restauração e de paz ao afirmar: “Vinde a mim todos
vós que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis
descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30).
Então, se o Coração
de Jesus é manso e humilde, o nosso também deve ser. Imitá-lo é a grande
finalidade da devoção ao Sagrado Coração. Busquemos viver como Ele, pautando
nossa vida nos Seus valores, ensinados no Evangelho.
É deixar-nos
modelar por Jesus, é percebermos se os nossos sentimentos e ações são próprios
de quem tem um coração manso e humilde, tal qual o de Jesus. É uma meta a ser
buscada durante a vida toda. Em nosso coração, pode ser gerado e nutrido o bem
divino que é o melhor que há em nós, como o pior daquilo que podemos nos
tornar.
Esforcemo-nos para
aprender e viver a mansidão e a humildade do Coração de Jesus Cristo. Essa
humildade que é uma virtude moral, podemos nascer com ela, mas ela pode ser
trabalhada, buscada, aperfeiçoada.
Segundo Santa
Teresa D’Avila, ser humilde é andar com a verdade. Deus é a verdade, então
humildade é a busca da verdade, é andar na presença de Deus.
A humildade nos
coloca a serviço, numa atitude de alegria, e, não em busca de honras, mas
também não nos deixa afetar pelas desonras. Não nos deixa afetar pela calúnia.
Não nos coloca como merecedor de nada.
Se não buscamos a
humilde, nos tornamos soberbos, e a soberba torna a alma mesquinha, apegada a
coisas mesquinhas e nos leva a nos achar autossuficientes, a julgar tudo como
mérito próprio e negar que somos necessitados de Deus.
Temos que ter a
humilde consciência de que em tudo dependemos de Deus. Negar a ação de Deus em
nossa vida e se opor a Deus é soberba, orgulho.
Coloquemos nossas
esperanças e confiança no Sagrado Coração de Jesus, que é fonte de misericórdia
sem fim.
Jesus Manso e
humilde de coração fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!
(*) Reginaldo Manzotti é padre e
coordenador da Associação Evangelizar é Preciso.
Fonte: O Povo, de 28/6/2015. Espiritualidade. p.30.
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