Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nosso
objetivo é refletir sobre algumas questões que preocupam a opinião pública
mundial em nossos dias. A ganância de determinados países motiva uma
desconfiança que prejudica o entendimento, gerando desequilíbrios políticos,
econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração
desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de
pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade, a ausência de uma
paz estável, dentre outros problemas. Vivemos dias de expectativas, para não
dizer de intranquilidade e angústia, no contexto mundial. Em todas as nações,
da mais rica às mais pobres, existem problemas relacionados com a falta de
humildade, justiça e paz. Acreditamos que a supremacia dos valores exteriores
sobre os interiores é a grande responsável pelo atual desajuste universal. O
radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e
de organização social, em todos os países. Crises, desemprego, endividamento e
violência decorrem de movimentos cruéis que não buscam soluções, mas modelos
errôneos de desenvolvimento. Cremos que o caminho para combater o impasse está
na Democracia. Devemos ressaltar que ela não deve significar apenas
aperfeiçoamento dos mecanismos jurídicos e institucionais, mas também a
melhoria dos padrões socioeconômicos do povo. A Democracia, proporcionando a
liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades, representa a força básica
para constituição de um Estado, bem como de uma sociedade apoiada em princípios
éticos, morais e solidários.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 6/1/2017.
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