A história do seu primeiro contato
íntimo com o sexo oposto foi descrita por Eilson Goes de Oliveira em um dos
seus livros de memórias.
Revelou ele suas fantasias amorosas,
desde a primeira lancetada do instinto juvenil, quando, solidário, socorreu um
colega de turma, às vésperas de uma prova, tirando dúvidas com aula de Física,
que o fez entender bem.
Recebeu do seu aprendiz, como paga
dos honorários, a sua primeira aula de anatomia humana, pelo método Braille, numa
fêmea do cabaré “Tabariz”, homônimo da velha boate parisiense, no entorno da
Secretaria da Fazenda.
Eilson ainda não sabia distinguir
a missão dos mamilos pontiagudos e eriçados: se tinham papel lúdico e se
destinavam a bolinar, malinar, buzinar, beliscar, se eram cones eróticos para acariciar,
afagar e beijar, ou se apenas tinham a função de sobrevivência nutricional de
dar de mamar.
Eis que a experiente professora de
aula prática lhe ensina, sobre os seios fartos:
– Ei, lourinho, isto aí é pra
chupar, não é pra morder, não!
Marcelo Gurgel
Carlos da Silva
Presidente da Sobrames - Ceará
* Publicado,
originalmente, In: SILVA, M.G.C. da. Contando Causos: de médicos e de mestres.
Fortaleza: Expressão, 2011.112p. p. 15-6.
Fonte:
SILVA, M.G.C. da. O primeiro intercurso. In:
SOBRAMES – CEARÁ. Pontos de vista. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2019.
352p. p.230.
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