Neste século XXI, os
países estão em busca de melhores condições materiais, levando-se em conta,
principalmente, o chamado processo de globalização. Tal quadro criou teorias
confusas misturando teses liberais com teses autoritárias; propostas
capitalistas com propostas socialistas; até mesmo, manifestações democráticas
com manifestações totalitárias. Dentro deste quadro de referência, vale
ressaltar que não há caminho justo e consistente fora da democracia, como
também, em qualquer país, o objetivo da atividade estatal deve ser o bem comum
e não a vantagem apenas de uma minoria gananciosa ou de quem governa sem
equilíbrio. As manifestações sinceras e coerentes de apoio e de desaprovação a
um governo constituem os pilares básicos de sustentação do sistema democrático.
São sinceras, quando não se aproveitam de fatores circunstanciais como também não
buscam vantagens eleitoreiras ou de outra natureza, numa visão puramente
tática. Por outro lado, são coerentes quando rejeitam o pragmatismo alienado e
procuram propostas compatíveis com as diretrizes programáticas baseadas em
ideias estratégicas. Ademais, é fundamental ter em mente o espírito de
tolerância, a defesa de princípios éticos e morais, a não aceitação da
corrupção e do fanatismo, o respeito às minorias e à pluralidade, o
entendimento filosófico da verdade e da existência, bem como a importância dos
direitos individuais e sociais. Todos devem ser iguais perante a Lei. O
radicalismo tem influenciado de forma negativa as atitudes comportamentais.
Convém lembrar Dostoiévsky: “O segredo da existência humana consiste não
somente em viver, mas ainda encontrar um motivo para viver”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário