Nos idos dos anos setenta, no Ambulatório de Clínica Médica do Hospital das Clínicas, uma interna atendia a uma paciente, observando uma seqüência de perguntas de um roteiro aplicado na anamnese. Para explorar possíveis transtornos do sistema digestório, havia uma série de perguntas, dentre as quais algumas relacionadas às características das fezes do cliente (freqüência, consistência, volume, cor etc.).
No preenchimento dessas informações, a futura médica perguntou:
– Qual é, atualmente, a cor das suas fezes?
– Como assim, doutorinha?– indagou a paciente.
– A cor: marrom, amarela, esbranquiçada, escura – esclareceu a aluna.
– Ah, sim! É cor de bosta mesmo, doutora – respondeu, crente do suposto óbvio exigido pela pergunta.
Da Sobrames/CE e da ABRAMES
* Publicado, originalmente, In: SILVA, M.G.C. da. Medicina, meu humor! Fortaleza: Edição do Autor, 2012. p.107. Republicado In: SOBRAMES – CEARÁ. Murmúrios literários. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2012. 296p. p.231.
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