Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
O ano de 2014 se aproxima. Será um
ano eleitoral. Escolha do Presidente da República ou recondução da atual
Presidente. Vamos escolher ou reescolher novos ou os mesmos governantes.
Democracia, entre outras coisas, é alternância do Poder. Dizem por aí, ser a
melhor forma de governo. Concordo.
Mas, não posso deixar de me valer de
Maximillian Carl Emil Weber (1864 -1920).
No Brasil encurtaram o seu nome para
Max Weber. Não importa! É considerado um dos fundadores da Sociologia. Se ele
não disse isto eu não sei, inventei agora: “A Democracia é a melhor forma de
governo", mas como tudo que é inventado pelo Homem tem lá seus pontos
fracos e um deles é o calcanhar de Aquiles. No caso do sistema democrático é o
colégio eleitoral. Quem elege? Quem são os eleitores?
Nos povos de cultura mais estruturada
a exemplo de Joseph Goebbels (1897 -1945), o Ministro do Povo e da Propaganda
nazista, controlava os meios de comunicações de massa. O rádio e a televisão e
a leitura e a propaganda impressa era muito pobre se comparada com os de hoje.
Isto na Alemanha. Imaginem no Brasil?
Atualmente os marqueteiros políticos
dispondo da televisão, blogues, tweeters, e tantas parafernálias eletrônicas
que estão para vir decidem as eleições.
A comunicação de massa, como fonte
única e industrialmente bem estruturada, atinge todas classes sociais
principalmente as menos favorecidas. O que desejo dizer com isso é também a
ação da mensagem na mente de um espectador possui efeito diverso de acordo com
sua condição psicossocial. A televisão, internet é diferente. No cinema a
imagem é gerada pelo projetor, sala escura, exige do espectador uma série de
pré-requisitos para assistir um filme e na mídia escrita, temos que ler o que
foi escrito. Acontece entre o escrito um mundo virtual entre o texto e quem
esta lendo. A telinha sensibiliza a pessoa (o eleitor, no caso) frontalmente.
O fato é que frequentemente não nos
damos conta que a mente produz as decodificações necessárias para a compreensão
imediata do que é transmitido. Estimula a apreensão do espectador do que está
sendo transmitido sem censura, e agora a mídia eletrônica congelam as mensagem.
Penetra no interior das mentes nos aconchego dos seus lares.
Anatomia do homem não mudou e o que
avista vai diretamente pelo lobo central da telinha direto, sem (identificar e
interpretar os sinais do emissor da mensagem previamente construída por código
verbal ou não-verbal) para o inconsciente humano.
Oportuno, será salientar que a Mídia
pode ser, como vem demonstrando, a guardiã da Democracia. Hoje um país pertence
a quem controlar os meios de comunicação. O povo Brasileiro merece ganhar um
tal presente de Natal e Ano Novo; neste ano eleitoral— ser blindado contra os
maus profissionais do jornalismo.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco.
Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE)
e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).
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