Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Numa recente madrugada
insone, concebi três poemas de amor visando reduzir um estado de ansiedade.
Caro leitor, alterei os rumos dos textos anteriores, e apresento-lhe: “Suplício”, “Amor de Criança” e “Angústia”. “Suplício”: Como é difícil! Não suporto a tua ausência. Ainda te
encontrarei, espero. Mesmo com a certeza do teu desamor./ Só penso em você. A
vida vem me magoando. Será que compensa viver? Amélia, creio ser sonhador./ A
melancolia domina meu coração. A esperança desaparece como fumaça. Deixando-me
sem ação./ Não mais resisto esta dor. Não consigo te esquecer. É um suplício, a
falta do teu amor. (“Felicidade foi-se embora. E a saudade no meu peito ainda
mora” - Lupicínio Rodrigues). “Amor
de criança”: Vida pura de
criança. Amor que visa a amizade. Sempre guarda a lembrança. Dos momentos de
felicidade./ Sonhando, sonhando. Procura o que deseja. Pouco se decepcionando.
Quando não alcança o que almeja./ Visa a solidariedade sem ambição. Tua
inocência muito bela. Expressa a linguagem do coração./ Linda criança. Com as
bênçãos de Deus. Jamais perde a esperança. (“Só é possível ensinar uma criança
amar, amando-a” – Goethe). “Angústia”: Há quanto tempo não te vejo. Talvez, culpa
sua, amor. Como gostaria de ti dar um beijo. Para reduzir minha perversa dor./
Meu coração não mais suporta. Vivo pensando em você. Para ti, creio, pouco
importa./ Quanta saudade! A esperança sumindo. A melancolia aumentando. Não é
sonho, é realidade./ Sinceramente, querida. Meu sofrimento não para de crescer.
Não sei até quando viver. (“Minha tendência a indagar e a significar já é em si
uma angústia” – Clarice Lispector). Parei de sonhar acordado, fui dormir.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 28/4/2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário